P.O.V Alícia
Eu simplesmente travei, não sabia o que fazer, não sabia o que dizer e muito menos inventar uma boa desculpa para toda aquela situação. Era como se eu fosse um meliante pego em flagrante, estava até pensando em uma fuga mas um dia eu teria que voltar pra casa e encarar a minha mãe e não tinha como fugir! Quando por fim decidi encarar a realidade e contar a verdade Paulo foi de encontro a minha mãe e estendeu a mão em comprimento.
— Olá! Meu nome é Paulo eu sou o...— antes que ele terminasse de falar foi interrompido por minha mãe.
— Namorado da Alícia! — Disse ela estridente de tanta, felicidade? — Aiii, sabia que um dia conheceria pelo menos um namorado da minha filha.— falou fingindo emoção, sera que eu estava sonhando ou tendo um pesadelo, pra ser bem sincera preferia mil vezes levar uma bronca daquelas e ficar de castigo pro resto da minha vida do que ela achar que o Paulo é meu namorado e pior gostar disso.— Sábia que a dona Alícia nunca, nunquinha me apresentou um namoradinho sequer? — Disse ela a Paulo que olhou pra mim com um sorrizinho irritante nos labios.
— Nossa, mas bem, agora você me conhece.— Respondeu Paulo, e eu quase tive um treco.
Como assim ele estava entrando na paranoia da minha mãe? Eu devia ter feito algo muito ruim a humanidade para merecer isso!
— Oh sim! E estou lisonjeada em te conhecer, alias eu sou Veronica, mas me chame de Veh. — Falou minha mãe que parecia estar encantada com Paulo.
— Prazer senhora Veronica. — disse ele.
— Bom, vamos tomar o café, daqui a pouco vocês terão aula.— apos dizer isto saiu arrastando Paulo para cozinha.
No momento eu não sabia se ria se chorava ou se gritava diante de toda aquela situação super constrangedora com uma mãe maluca e um idiota aproveitador de situações que conseguiu a simpatia da minha mãe num piscar de olhos, sim eu estava completamente ferrada! por conhecer minha mãe eu tinha certeza que ela jamais tiraria da cabeça que o Paulo é meu "namorado" mesmo que eu negase mil vezes.
Tudo aquilo estava me deixando louca, compltamente louca.
(...)

O café da manhã foi adorável ao lado das pessoas mais importantes da minha vida minha amada e competente mãe e o amor da minha vida paixão do meu coração, Oh sim eu estava surtando, o café foi um verdadeiro desastre e só serviu para deixar a minha mãe ainda mais encantada por aquele traste, e Paulo aproveitou muito bem de tudo, e isso inclui fica o tempo todo me chamando de "amor".
— Não se esqueça de me visitar, as portas da minha casa estará sempre aberta para você querido. — falou minha mãe quando já estavamos de saida.
— Não vou esquecer disso dona Veh, foi um prazer conhecer a senhora.— disse o fingido.
— O prazer foi meu.— Sorriu para Paulo, e então eu o puxei para fora para que pudessemos sair do campo de vista de minha mãe.
— Hey! calma delicia nem me deixou despedir de minha sogra. — falou ele parando de andar.
— Chega de teatrinho Paulo.— disse rispida— quero ir logo pra escola.
— Não acha que ta muito cedo pra você ir para escola? — perguntou.
— Cedo? eu estou é muito atrazada! — respondi e para confirmar peguei meu celular e liguei o visor e me assustei quando vi que era 6:00 A.M. — Nossa achei que fosse tarde.— exclamei.
— Podemos dar uma volta de carro pra esperar o tempo passar ou você prefere voltar pra sua casa? — Sugeriu e perguntou.
— Não consigo decidir qual é o pior, andar em um carro de um aproveitador fingido ou voltar pra casa e ter que responder perguntas e ouvir comentarios sacanas da minha mãe.— zombei da minha "sorte" e meu-suposto-namorado gargalhou do meu mine surto.
— Acho que uma volta de carro não pode ser tão ruim assim.
— Bom dessa vez você tem razão!— exclamei vencida.— Agora vira de costa.— ordenei.
— Ham? Como? — perguntou confuso.
— E que o elevador ta parado nesse horario, o que nos resta é a escada, e eu não to afim de descer elas então você vai me carregar nas costas! — expliquei.
— Gatinha esperta, ainda bem que eu sou um cavaleiro e vou te levar! — disse Paulo, que virou e abaixou um pouco, corrigindo ele abaixou bastante já que era muito alto, eu subi e ele sustentou meu corpo atraves das minhas pernas que rodeavam sua cintura, eu passei os braços ao redor de seu pescoço.
— Vamos cavalinho!