O Sacrifício escrita por Elysian Fanfics


Capítulo 5
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hello Everyone! O combinado era ontem dia 20, mas eu tive apresentação na escola e minha cabeça e meu tempo estavam a mil. Não deu tempo de postar, me desculpem. Mas aqui está! :)

Luanna



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“O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar seus obstáculos.”

– Ela finalmente te deixou ou resolveu ficar longe por um tempo? – Paul chegou sorrateiramente assustando o garoto.

– Há quanto tempo está aqui?

– Desde a conversa amigável de vocês lá em baixo.

Nick revirou os olhos, devia imaginar que ele estava sempre à espreita.

– Não deveria estar aqui, pelo que me lembro não devia ficar com a gente durante ... A lua sangrenta.

– A gente? Só vejo você aqui.

– Você entendeu.

– Só devo me afastar depois da meia-noite. E não pense que é para poupar vocês, eu apenas não gosto de carnes pálidas e magras.

– Ainda bem – Nick murmurou baixinho, mas o suficiente para o outro ouvir e rir.

Escalaram algumas rochas e seguiram o trajeto por dentro da montanha. Paul conseguiu uma tocha sabe-se lá onde, mas que era suficiente para guia-los na escuridão.

– Posso perguntar uma coisa? – Nick quebrou o silencio. O outro que andava a passos largos em sua frente assentiu. – O que é esse amuleto que usa? Digo, por que nunca o tira?

Mas que garoto abusado! Paul diminuiu os passos, de modo que Nicolas pudesse o alcançar. Ponderou se lhe responderia ou não, se respondesse entraria numa área muito pessoal da sua vida, não poderia ficar tão exposto assim, afinal no fundo os dois tinham que ser seus inimigos. Mas o que tinha a perder? Era só um garoto curioso.

– Uma... Amiga me deu antes de eu partir.

Nick franziu a sobrancelha pelo tom dele.

– Amiga? – zombou.

– Sim, amiga. Violet, o nome dela. Na verdade era Kristina, mas digamos que seu nome de loba seja Violet. Não fui eu que escolhi, quando a conheci já tinha esse apelido. É uma grande garota, a Violet– desviou do assunto como se estivesse em outra linha de pensamento. – Era minha melhor amiga no clã. – ele fez uma pausa. – Quando digo amiga quero dizer alguém em que eu podia confiar.

– Já entendi. Você a ama. – não era uma pergunta.

– Sim. Com certeza a amo, mas não do jeito que pensa. Embora sempre soubesse que ela mantinha outro tipo de “amor” por mim, sempre a vi como uma irmã mais nova, nunca a olhei com outros olhos.

– Isso significa que vocês são apenas amigos? – Nick soltou um muxoxo.

– Sim.

– Ou seja, seu caminho esta livre?

Antes de assentir, Paul entendeu onde ele queria chegar.

– Sim, eu sinto muito cara não era minha intenção...

– Sabe que ela te fará sofrer né?

– O quê?

– Ela irá te usar, ela não gosta de você de verdade. – as palavras saiam de sua boca sem que ele pudesse para-las. Nick tinha perdido o controle.

– Olha, eu não sei onde você esta querendo chegar, eu já te disse sobre mim e não sei nada sobre você, mas sobre isso eu já não posso fazer nada.

Nick riu sem humor.

– Estou tentando te ajudar cara. Você vai cair feito um patinho que nem os outros.

– Que nem você? – retrucou o moreno já irritado. – Realmente agora você esta provando que é mesmo uma criança imatura. Eu sabia que ciúmes podia corroer um homem agora uma criancinha? – provocou.

– VOCE NÃO SABE DE NADA! – Nick explodiu de raiva. – Absolutamente nada! O único que sabe coisas que te interessariam aqui sou eu. Quer um exemplo? – empurrou o rapaz com uma mão, que se desequilibrou com o ato repentino do menor e derrubou a tocha, apagando-a. – Quer saber o poder de Luna? – esperou pela resposta que não veio. – Eu sei que quer, e sei também que não vai desistir, por isso mesmo que eu vou falar. ELA É UMA VITTUS! – exaltou-se como se o outro entendesse o que ele quis dizer, mas pela confusão estampada na cara, ele sabia que não. Bufou e normalizou o tom da voz. – Uma Vittus. Bruxas que nascem com poderes raros. Algumas adquirem os poderes já adultas, depois de compactuarem com o mal. Outras como a Luna, desde o nascimento. E todas elas são maléficas. Seres do diabo, feiticeiras, perigosas e mortais, extremamente poderosas; tão cruéis a ponto de seduzir um homem e descarta-lo tão rápido quanto o possuiu, fazendo- o crer que não foi nem nunca será bom o suficiente para elas.

– Mas que merda você esta falando?

– Luna é uma Vittus. Seu poder é sugar a energia dos humanos por meio de... Você sabe, contato intimo. – corou levemente. Paul revirou os olhos. – Ela se alimenta da energia do ser, seja homem ou mulher. É puro instinto. Não a culpo por ser assim, eu a amo, mas é difícil esquecer o que ela é capaz de fazer.

Paul absorvia as palavras do garoto lentamente.

– Então... Ela não pode amar? – questionou num fio de voz.

– A um homem como eu e você? Provavelmente não. Nenhuma Vittus nunca se relacionou duas vezes com a mesma pessoa. Quando ela não o esquece, arranca sua sanidade até que a morte seja para a pessoa, a opção mais sensata.

– Mas... Então porque ela nos poupou todo esse tempo?

– Ela sabe se controlar, foi criada e educada pela mãe guardiã, mãe dela e a melhor feiticeira que existe há séculos. E também porque todas tem um prazo até que precisem de outra “recarga” digamos assim. É como se nossas almas tivesse validade para elas. Imagino que deve ser difícil, principalmente por a Luna ser magnifica, a mais bela de todas que já existiram segundo boatos. E quanto mais linda mais perigosa.

Silencio e mais silencio durante aquela caminhada que parecia não ter fim.

– Como você sabe de tudo isso?

– Eu? Apenas sei.

– E como sobreviveu esse tempo todo se...

– Não sei. – o cortou. –Acho que porque a amo e por ela saber disso e não querer me magoar de verdade até porque na mente dela e de todos vocês ainda sou uma criança e não estou pronto para... Aquilo. Mas ainda sim eu deixaria.

– Deixaria o que?

– Que ela me usasse se precisasse de mim.

– Você provavelmente morreria.

– Eu sei, mas pelo menos seria com a mulher que amo, há morte melhor que essa? – perguntou ridiculamente.

– Você não falaria isso se soubesse a seriedade da situação. – Paul encarou o garoto, que sem que percebesse havia ficado para trás olhando fixo pro chão. – O que foi?

– Luna! Estou ouvindo ela em minha mente. Ela... Ela precisa de ajuda. Vamos! – e desatou-se a correr.

Paul bufou mais foi atrás.

Não podia culpar a garota por ser de uma natureza tão impura, afinal ele também era, e ser um lobisomem não era nada sexy para as mortais.

– Sabe ao menos onde ela esta?

– Posso sentir. Venha é por aqui. – apontou para uma entrada no teto. Logo a frente dava pra ver a claridade, o que mostrava que tinha chegado ao topo da montanha. Mas como uma aventura dessa não poderia ser fácil, ele teria que deixar a descoberta para mais tarde. Isso se eles não morressem.

Nicolas subiu na frente e Paul logo depois, o buraco era escuro. Por um momento duvidou que estivesse indo no caminho certo, até escutar gritos de dor. Gritos de Luna.

Seu coração de repente se apertou. E Paul soube que Nick estava certo. Seu coração um dia seria estraçalhado por aquela ruiva.


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Notas finais do capítulo

Ate os comentários e o próximo capitulo!
Beijos de Luz :*

Luanna



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