Villa Witches&Fairies - 11hr
– A mãe guardiã descobriu o paradeiro da criança!! - a fada menor entrou anunciando.
– Menina, e os bons modos? Sabe que não deve entrar nos aposentos sem bater, principalmente quando estamos costurando. - A Velha Fada resmungou.
– Perdão. Mas as senhoras ouviu o que eu disse? A criança está viva!
– E vocês acreditam na bruxa velha? Ela já ultrapassou os 100 anos! - intrometeu-se Goya, a fada sem dom.
– E o que você pode falar Goya? Só entrou em nossa família porque mãe guardiã garantiu que tinha algum dom, mas até hoje não sabemos qual é. - a outra se calou e voltou a costurar.
A fada menor pigarreou.
– E então? O que faremos? Alguém precisa partir em busca da criança antes que os que habitam Shadoon cheguem. - Velha Fada suspirou.
– Pois bem, mandem todos virem pro salão.

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"Tudo é questão de tempo."
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Depois de muito olhar para os jovens, Velha Fada escolheu.
– Muito bem, Nicolas! Eu escolho você, meu único menino, para representar nossa villa, porque nós precisamos de alguém inteligente, astuto, sincero, nem tanto corajoso eu admito, mas serve. - alguns deram risadinhas atrás dele. - Silêncio! Agora, Nick por favor venha aqui. Vá até a mãe guardiã para pedir sua bênção. Eu te abençoo meu filho.
Nicolas saiu do salão ainda assustado, podia ter tudo de bom, mas coragem para dar sua vida para outra pessoa, só se essa fosse a Luna.
*
Chalé da mãe guardiã - 12hrs
– Meninas se acalmem! Assim que meu convidado chegar eu lhes contarei...Ah querido você chegou bem na hora, minhas meninas estavam ansiosas. Queridas, este é o Nicolas, ele é o escolhido para buscar a criança. - as meninas riram ao descobrir seu novo herói. - Acalmem-se! Alguma de vocês por acaso deseja ir com ele? - silêncio total.
– Tudo bem então...
– Espera! Mãe, eu gostaria de ir sim. - a bruxa maus nova surgiu na multidão.
– Oh! Minha filha, eu não esperava que se oferecesse, mas muito bem.
Nicolas de pálido passou para vermelho. Mal podia acreditar que a Luna, a sua Luna queria ir com ele.
– Antes que alguem pense errado, quero que saibam que só quero ajudar, porque a vida dessa criança pode ser a salvação do nosso futuro, e nada melhor do que cuidar dele, estando por perto.
O coração do Nick logo murchou. É, ele havia sonhado alto demais.
–Muito bem querida, pode partir, eu lhes dou minha bênção. E você filho, sei que não é sua obrigação, mas gostaria que a protegesse.
– S-sim senhora, com toda minha vida. - as bruxas assobiaram ao fundo. Nick corou. Pobre Nick.

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"Não desistam tão cedo..."
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Villa Moonred 19hrs
Caverna Maior

– Olá chefe, vim o mais rápido que pude. Quais são as novidades?
– Já disse para não me chamar de chefe! - Vociferou o líder. - Te chamei por que preciso de um favor.
– Opa! É pra já chefe! O que deseja?
– Cala a boca maldito! Continuando, um dos nossos guardas foi ao vilarejo vizinho, você sabe, o das malditas bruxas e das fadas inúteis, e bem, ele acabou sabendo de uma grande comemoração...
– Festa? Com mulheres? Nós fomos convocados chefe?
– Não vou mandar calar a boca novamente! É claro que não idiota. Eles nos odeiam esqueceu? E é bom que continuem assim. Eles sabem da criança. Da profecia, ela está viva, a bruxa guardiã conseguiu senti o cheiro dela em algum lugar no Texas. E a miserável com certeza já mandou alguém pra ir atrás.
– E agora o senhor quer que eu vá atrás deles? - perguntou receoso.
– É claro que não! Quero que mande seu irmão. Ele precisa segui-los, conseguir a confiança deles talvez, e quando achar a criança. Mate-a.
– O quê? Mas chefe, a criança corre perigo!
– Exatamente, se a acharmos antes de todos, a matamos e nosso mundo não correrá mais risco.
– Ma-mas senhor...
– Sem mas! Avise logo seu irmão! Vai!
O outro saiu do aposento em passos largos. Podia ser lento mas não era burro, sabia que o líder estava mandando seu irmão para a morte. Aquilo não ia ficar assim, se seu irmão podia ir ele iria também. Não deixaria Paul sozinho.

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"A resposta que todos procuram estam dentro de si."
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– Porra Carl, não tem nada para fazer não acordar uma hora dessa?
– São oito horas da noite seu idiota, você deveria estar acordado vigiando a cerca, e não cochilando, é pra isso que serve o dia afinal. Você é mesmo uma vergonha para o nosso clã. - balançou a cabeça.
– Quê que é? Vai ficar me xingando, ou vai me dizer o que veio fazer aqui? - o mais velho bufou.
– O mestre L. me mandou aqui, ele quer que você parta em uma missão atrás da criança.
– O quê? Ah! Fala sério. Não se pode nem descansar em paz nesse inferno? E quando eu saio?
– Agora! - o outro cuspiu o vinho que bebia.
– Ta de sacanagem comigo né? - o irmão negou segurando o riso. - Puta que pariu! E o que eu tenho que fazer?
– Matar a criança.
– Ta maluco cara? - arregalou os olhos.
– Foi o que eu pensei que diria, mas é ordem do mestre.
Carl contou ao irmão o que ele devia fazer.
– Não vou conseguir cara, você sabe que não tenho sangue frio o suficiente.
–Ah! Você tem sim meu irmão, mais do que ninguém lembre-se que é um híbrido. Se tem alguém que consegue fazer o certo esse alguém é você Paul. Quando precisar de mim já sabe como me achar. - abraçou no outro forte.
– Ah! Para com isso cara! Você sabe como odeio despedidas. Me deixa sair logo daqui antes que eu chore.
O mais velho gargalhou.
– Ei, antes de ir, saiba que me contaram uma coisa, parece que as vizinhas escolheram uma bruxinha bastante aproveitável, a única herdeira da mãe guardiã, dizem que ela é muito linda, você bem que podia aproveitar e lembrar do seu irmão aqui né?
– Ah! Cala a boca, você só pensa em mulher? - Carl abriu a boca. - Não! Não precisa responder.
– Tudo bem. - levantou as mãos em rendição. - Boa sorte irmão, não se esqueça de fazer o que é certo.
– Vou tentar irmão, eu prometo.
E com isso mais um partiu.

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South Side
Casa dos Morgan - 01:00hrs - 10 anos atrás.
– Mamãe, mamãe! Eu posso vê-lo?
– Claro querida, mas tenha cuidado. - a pequena subiu na cama e olhou de perto seu irmãozinho.
– Ele é tão pequeno mamãe, e olha! Ele tem os olhos dourados.
– É porque ainda é um bebê Ellen, e quanto ao olhos, bem, deve ter sido um presente do Senhor.
– E qual será o nome dele mamãe?
– O nome dele será Eik.

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Rua dos Morgan 03:00hrs
– Silêncio! Ninguém pode saber que estamos aqui.
– O que faremos?
– Garantam que ninguém entre na casa. Épiasa to moró.

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– Não!!! - foi um grito de dor tão grande que até o mundo mágico de Ayroon poderia escuta-lo. - Meu menino! Por favor, meu menino não!
– Mamãe? - Ellen olhou pela fresta da porta.
– Não Ellen!! Não entre aqui! - a pequena nem pôde fazer nada. A porta já havia sido empurrada.
Ao olhar pra cima de sua mãe, apenas deu tempo de ver a grande névoa preta a envolvendo e então veio o grito, só não poderia saber se ele era seu ou de sua mãe. E nem nunca saberia.