Icha Icha Troubles

Capítulo 2 "Fogo subindo pela cabeça"

- Yoshi! Temos novos alunos cheios de fogo da juventude! Você que está na primavera da vida, me diga, qual é o seu nome? – Gai disse todo eletrizante para seus alunos e apontando para um ruivo que parecia nada amigável.

- Vamos, meu jovem, diga o seu nome! – Gai continuou insistindo.

- Por que ele tem que fazer isso todo ano? – Naruto murmurou. – Sempre quando tem um aluno novo ele sempre insiste em fazer esta apresentação idiota.

- Até mesmo quando não tem nenhum aluno novo ele faz isso. Você já devia estar acostumado. – Sakura disse concordando.

- ... Gaara. – o ruivo disse em um tom de dar medo depois de tanto insistência.

Uma grande gota brotou na cabeça de Gai-sensei.

- Er... muito bem. Simpático como sempre. Agora... Você! – Gai apontou para a sua próxima vítima voltando a sua atitude enérgica.

E assim se passaram os próximos trinta minutos. Quando o último aluno se apresentou, que era finalmente o novato, Gai voltou a sua costumeira pose de nice guy.

- Sejam bem-vindos! Meu nome é Maito Gai e serei seu professor de Educação Física.

"Como se não soubéssemos," era o que todos pensavam.

- E para a inauguração das aulas, vamos agora nos exercitar até nossos corpos suarem! - Mal acabara de falar isso e Gai já tinha começado a fazer flexões. – Vamos! 200 flexões! E quem não conseguir vai dar 500 voltas na escola!

A expressão estampada nos rostos dos alunos era de pura indignação e desespero. Aquilo era uma escola ou um campo de treinamento militar? Era difícil de se saber. Infelizmente, não eram só as aulas do Gai-sensei que lhes davam esta impressão...

- Malditas flexões... eu deveria fazer que nem o Chouji. Fugir e me empanturar de batatinhas. – Kiba falou para si mesmo, procurando uma rota de fuga.

- Você não deveria fazer isso. – uma voz soou às suas costas, o assustando. Um garoto usando sobretudo e óculos escuros apareceu do nada.

- S-Shino! Desde quando você está aí?

- Você não me notou, não é? – uma pequena nuvem negra começou a se formar sobre a cabeça de Shino, trovejando. Uma áurea negra o envolvia, causando calafrios em qualquer um que estivesse por perto.

- K-Kiba-kun, acho que ele ficou... – Hinata falou em uma voz falha e baixa.

- Ele só está bolado de novo. – Naruto disse, mas parou quando percebeu que Shino o encarava assustadoramente.

- Às v-vezes Shino-kun é t-tão a-assustador... – Hinata começou a suar.

Enquanto isso, na sala do 2º Ano...

- 53, 54, 55... – contava ofegante um garoto de cabelos de tigela. Quem não o conhecesse diria que era filho do Gai-sensei, mas não seria verdade. Porém, isso não significava que ele fosse menos idêntico ao professor em outros aspectos...

- Lee, pare agora com essas flexões e vá se sentar. – reclamava a professora de física indignada.

- Mas Kurenai-sensei, eu tenho que me aquecer para a aula do Gai-sensei. – o garoto falava ao mesmo tempo em que chegava a sua 62ª flexão.

- É, Lee, mas a aula do Gai-sensei é a última e ainda estamos no terceiro período. – dizia a garota de coques sentada bem a sua frente.

- Vamos, quero todos sentados, principalmente você, Lee. – Kurenai disse sem dó para o garoto e começou dar a sua aula.

Lee parou suas flexões, porém com lágrimas nos olhos e um punho no ar disse emocionado:

- Gai-sensei, não se preocupe! Mesmo que eu não possa treinar, eu o deixarei orgulho! Para compensar darei 100 voltas no colégio na hora do intervalo, Gai-sensei!

- Hn. O Gai nem pode ouvi-lo daqui. Por que ele simplesmente não fica quieto? – resmungou um garoto de olhos perolados.

- Neji, você tem certeza disso? – Tenten falou apontando para a janela.

Neji olhou para onde ela apontava. Ali se encontrava o professor de educação física pendurado na janela com um sorriso ofuscante e um dedão para cima.

"Como ele pode estar aqui? Estamos no terceiro andar!" pensou Kurenai indignada. Uma gota gigante estava plantada na cabeça de todos.

- É isso mesmo, Lee! Se esforce com seu fogo da juventude! – a voz de Gai entrou na sala, fazendo Lee chorar de emoção.

- Não acredito. - Neji disse pegando um livro e batendo na testa.

De volta ao 1º Ano...

Intervalo, intervalo, intervalo...

Isso era a única coisa que se passava na cabeça dos alunos do 1º ano depois de duas aulas torturantes com o Gai-sensei.

- 3... 2... 1! I-N-T-E-R-V-A-L-O!

Juntamente com o sinal, todos os alunos saíram em disparada antes que Gai pudesse piscar e resolver estender a aula a mais 50 voltas como de costume. Bom... quase todos.

Quero um S!

Quero um A!

Quero um S!

Quero um U!

Quero um K!

Quero um E!

Eu quero o SASUKE!

Gritavam lindas garotas de torcidas com grandes pompons dourados para um bonito garoto de cabelos e olhos negros que passava bem na frente.

Ouvindo aquela gritaria toda só fazia o estômago de Sakura se revirar. Como elas ousavam dar em cima do seu namorado tão descaradamente? Ele era dela e de mais ninguém, bando de oferecidas. Ainda para piorar, Sasuke não fazia nada para calar a boca delas. Que namorado era aquele?

"Por que você namora ele mesmo?" perguntou sua Ineer.

"Ora, ele é lindo, gostoso, sexy... eu já disse que ele é lindo?" respondeu Sakura sonhadora. "O que é mais se precisa em um namorado?"

"Para começar um cérebro. E além disso, ele apenas te ignora. Você devia se dar mais valor, mulher!" respondeu a Inner irritada.

"Cala a boca! Isso não é da sua conta!"

"Como assim não é da minha conta. Fique sabendo qu-"

"Lalalalala... eu não estou ouvindo! Ahn... cadê o Sasuke-kun?"

"SHANARRO! Eu te disse! Um dia ele ia te deixar sozinha."

"Ah! Ele está ali." pensou Sakura mostrando a língua para sua Inner.

- Sasuke! Me espera! – gritava Sakura que corria em disparada para chegar até ele. – Então, vamos lanchar juntos?

- Hn. – ele respondeu, mas Sakura já estava acostuma com isso.

"Grosso!" gritou a Inner Sakura.

"Ora, cala a boca."

Na hora do intervalo...

- Oh! Então você veio transferido de lá? Falam que é muito puxado! – Ino exclamou enquanto conversava com Sai.

"Ela nunca pára de falar?" pensou Sai dando um sorriso falso. Talvez assim ele conseguisse se livrar do forte desejo de estrangulá-la.