Estou frustrada comigo mesma. Não posso ir até Erza no treino de futebol porque ela esta furiosa comigo e agora não tenho como recorrer a ninguém. Acho que vou pra casa e vou me deprimir por lá.

*

Chego no estacionamento da escola e vou ate o carro de Erza e fico parada na frente, esperando ela.

Se passa cinco minutos.

–Meu Deus! Onde ela... –então me lembro – Eu estou muito burra hoje!

Dou um chute no pneu do carro e dói, dói muito.

Tento levantar meu pé para toca-lo e acabo tropeçando em uma maldita pedra. Começo a cair e já me imagino beijando o chão e é realmente isso que acontece. Fico debruçada ali no chão com as mãos raladas e, graças a sua calça, os joelhos não.

–Esta tudo bem? –era uma voz masculina.

Levanto os olhos para ver quem era.

–Estou ótima! –me levanto do chão e limpo o pouco sangue de minhas mãos em minha calça.

–Não é o que parece. –ele tentava esconder o riso.

–Escuta aqui, eu estou ótima, não são uns poucos ralados que vão me matar.

Ele sorri e me estende a mão.

–Sou Sting Eucliffe. –ele estende a mão para mim- E você?

Sting?

–Você não se lembra de mim? –dou um enorme sorriso- Sou eu, Lucy Heartfilia!

Ele faz um olhar de duvida.

–Mas você não tinha cabelos brancos?

–Eu voltei para o loiro.

Ele me da um abraço e então me solta.

–Cara, achei que nunca mais veria você!

–Eu digo o mesmo! Você não ia morar em outro país?

–Eu fui, mas acabei voltando pra cá e vim estudar aqui, mas não na Fairy Tail, vou estudar na Sabertooth, estou só de passagem pela Fairy Tail. –ele passa a mão direita nos cabelos loiros- Você precisa de carona?

–Eu.. bem... Preciso.

–Então vamos que hoje eu estou com espirito solidário.

*

Sting era filho de Marcus Eucliffe e ele era sócio de meu pai, Jude Heartfilia. Sting e eu nos conhecíamos desde quando eu tinha onze anos e dois anos atrás, ele foram morar pra fora do país e eu nunca mais havia visto ele, agora ele vai morar na mesma cidade que eu.

Ele me deixou no prédio em que eu moro e nos despedimos.

Entro pelo portão e abro a porta para entrar. Começo a cantarolar e então paro quando vejo um homem com uma mascará apontando uma arma para o porteiro, Zeref.

Meu coração começa a acelerar e imagens de dois anos atrás começam a vir em minha mente. Fico parada e imagens vão passando pela minha mente e não consigo parar de vê-las. Começo a piscar e então as imagens param e volto ao presente.

Largo minha mochila e então vou em direção ao assaltante, que ainda não percebeu que eu estava ali, mas Zeref começa a olhar para mim e então ele se vira.

–Sua... –ele tenta levar a arma o mais rápido possível até mim mas desfiro um soco nele e então ele deixa a arma cair no chão.

–Filho da puta! Desgraçado! –começo a gritar sem razão alguma, eu estava muito alterada.

Ele fica com raiva e da um soco em meu abdômen e então fico sem ar e sou alguns passos para traz. Ele corre para pegar a arma mas vou ate ele, mesmo sem ar, e dou um chute na parte de traz de suas pernas que o faz cair no chão. Me abaixo e pego a arma.

–Se você fizer alguma coisa –aponto a arma para ele- eu atiro!

Ele começa a rir.

–Loirinha –ele se levanta- abaixa que você vai se machucar com uma coisa dessas.

Destravo a arma e atiro em um de seus pés e ele cai no chão gritando de dor.

–Quem aqui não sabe usar uma ama?

–Lucy –era Zeref- você esta bem?

Olho para ele.

–Chame a policia, agora.

POV Erza

Acabo de marcar um gol, o gol da vitória e então começo a correr pelo campo. O treino já chegou no fim e eu já estou muito cansada. Acho que Lucy já deve ter ido pra casa.

–Erza, –me viro para ver quem me chamou e era Ultear- seu celular esta tocando!

Corro para ver quem era e era de um número desconhecido, mas resolvo atender.

–Alo? –era um voz masculina e então logo reconheço que era Zeref, o porteiro do prédio.

Ele começa a falar e a cada palavra dele vou ficando cada vez mais preocupada e cada fez mais com vontade de matar a Lucy.

Dou adeus para o pessoal do futebol e vou correndo o mais rápido possível para a delegacia de policia.

*

Quando desço do carro percebo que ainda estou com as roupas do time de futebol mas não ligo, a segurança de Lucy era mais importante.

Entro aos berros a delegacia chamando Lucy mas um policial me manda calar a boca e diz que estão me esperando na sala do xerife e então ele me leva ate la.

Ele abre a porta e dou de cara com o xerife, Zeref e Lucy. Ela olha para mim e solta um suspiro.

–Lucy, eu vou te matar!

–Sem violência aqui! –era o xerife. –sente, Srt. Scarlet.

Me sento numa das cadeiras vagas.

–Creio que já sabe da situação, não é?

–Sim. Eu tenho de pagar alguma fiança?

–Não será necessário, só lhe chamamos aqui porque...

Alguém abre a porta bruscamente.

–Zeref! –era Natsu!

Zeref se levanta da cadeira e corre para abraçar Natsu.

–O que esta acontecendo aqui? –pergunta o xerife.

–Eu sou Natsu Dragneel e este é meu irmão, Zeref Dragneel.