POV Lucy

Finalmente Sexta Feira chegou e hoje temos o nosso primeiro jogo, e finalmente irei conhecer o treinador. Eu passei de Terça até agora evitando falar ou olhar para Natsu, eu corava só de pensar no que eu fiz, quero dizer, o que nós fizemos.

Nosso jogo seria as dez horas e agora eram ainda nove horas. Todos os jogadores estavam no ginásio a espera do misterioso treinador para podermos irmos até o local do jogo.

–Lucy, -Jellal se senta ao meu lado- aquilo que você disse naquele dia, era verdade?

Ele ficava estalando os dedos da mão, impacientemente.

Eu realmente não sei se aquilo que eu disse era verdade, sobre a Erza gostar do Jellal, eu apenas falei o que me veio em mente e saiu aquilo.

–Não sei, -decido dizer a verdade- foi apenas um palpite... O que me veio em mente.

–Entendo.

Ele se levanta e vai até Gray e eles começam a conversar. Jellal ficou decepcionado, ele deve gostar muito de Erza, e tenho quase certeza de que ela está doidinha para dar uns pegas nele.

–Pessoal –Natsu levanta a voz- o treinador está vindo, nada de confusão!

Todos ficamos em silencio e então escutamos a porta do ginásio de abrindo e passos chegando cada vez mais perto. De repente ele chega e para em nossa frente e fico boquiaberta.

–Eu sou Gildarts, o treinador. –ele olha diretamente para mim- Lucy!

Meu Deus, eu não acredito! Gildarts era meu treinador na época em que eu era capitã dois anos atrás.

Gildarts me dá um abraço e eu o abraço também. Ele era o melhor treinador que um time poderia ter, embora ele nunca tivesse dado um treino em toda sua vida.

–Quando Natsu me disse que você tinha entrado no time eu quase não acreditei! –todos olham para mim e Gildarts sem entender nada.

–Quando percebi que você era o treinador, eu entendi porque quem dava os treinos era o capitão. –eu estava tão envergonhada por causa daquele dia que até evito mencionar o nome dele.

Nós rimos e o pessoal do time continuava boiando na imensidão do ginásio.

–Eu já fui treinador da Lucy. –todos fazem um “Ahh” ao mesmo tempo – Agora vamos todos para o ônibus, temos um jogo para vencer.

*

O jogo estava prestes a começar e eu já estava posicionada no meio da quadra. Olho para meu lado esquerdo e consigo ver Erza, Juvia, Levy e Sting na arquibancada esperando o jogo começar. A Sabertooth jogaria depois do meu jogo, então Sting estar ali não significava que ele estaria matando aula.

O juiz apita e isso da inicio a partida.

Durante o jogo, Natsu e eu estávamos no mesmo ritmo de jogo e por causa disso, não dávamos chance ao time adversário. Infelizmente Natsu e eu fazíamos uma ótima dupla, senão a melhor.

*

O jogo termina e ganhamos de 83 á 22, um grande começo.

Todos comemoramos e saímos da quadra e na saída da quara, Sting estava me esperando.

–Lucy, você está melhor do que nunca.

–Eu sei, meu querido, eu sei. –rimos e ficamos parados ali.

Olho ao redor e me deparo com Natsu beijando Lisanna. Aquilo me machucou, mas não devia machucar porque eu não sinto nada por ele. Ou sinto? Ah, como eu odeio isso.

Não sabia o que fazer nem o que pensar, então beijo Sting ali no meio de todo mundo. No começo ele fica perdido, mas depois acaba retribuindo. Quando o beijo acaba, olho para Natsu novamente e ele está me olhando com ódio.

–Pode me explicar o que foi isso? –ele estava totalmente confuso.

–Nada... –passo a mão no rosto e penso na burrada impulsiva que eu fiz.

Começo a correr até chegar para fora do ginásio, e então eu quero chorar mas penso o quão estupida eu pareceria caso chorasse. Resolvo correr até que encontro um Café e resolvo entrar.

O lugar era bonito e agradável e as pessoas nele estavam vestidas e limpas, enquanto eu estava com blusa e shorts de basquete, tênis e totalmente suada.

Resolvo me sentar numa das mesas e então uma garota vem me atender.

–Quero um cappuccino, por favor. –ela anota meu pedido num tablete e então vai embora.

Coloco minha cabeça na mesa e fico pensando o quão idiota eu sou. Se eu fiz aquilo foi porque eu gosto dele, não é? Não Lucy, você tem que odiar ele! Mas ele não é o garoto perfeito pra você? Sim, mas... Ahh!

–Aconteceu alguma coisa? –era uma voz doce e suave, viro minha cabeça para ver a quem pertencia.

Meu olhos se arregalam.

–M-mavis? O que você está fazendo aqui?

–Posso me sentar?

–Claro.

Ela se senta e sorri. Ela tinha os cabelos loiros e compridos e usava um vestido rosa, e apesar de parecer mais nova, ela tem 17 anos.

–O que aconteceu Lucy? –ela coloca as mãos sobre a mesa.

–Eu fiz a maior burrada da minha vida. –solto um suspiro e mordo o lábio.

–Pode me contar o que você fez de tão grave?

Conto para ela a historia inteira, até os mínimos detalhes. Não ligava para o que ela acharia, ela é minha prima e como um membro da família ela tem que me ajudar e dar apoio moral.

–Entendo... –ela começa a pensar- Há 96% de chances de vocês ficarem juntos.

–Eu te contei isso tudo pra você me ajudar, não para piorar minha situação.

–Mas isso seria uma boa coisa, pois há 86% de chances de você me convidar para ser madrinha do seu casamento.

Mavis e seus malditos cálculos, e o pior disso tudo é que a miserável ainda acertava.

*

Como eu havia esquecido minha mochila no ginásio, Mavis acabou tendo que pagar meu cappuccino e acabou tendo que me levar para meu apartamento.

Nós entramos no prédio e cumprimentamos Zeref que estava lá embaixo mexendo numa papelada e fazendo um olhar de “Que merda é essa?” enquanto lia os papéis.

–Algum problema, Zeref? –pergunto enquanto vou até mais perto dele.

–Não consigo entender algumas coisas...

–Eu posso ajudar! –Mavis se ofereceu para ajudar um cara que ela nem conhece, mas não posso negar que ela seria de grande ajuda já que é muito inteligente.

Zeref aceita a ajuda de Mavis e acabo tendo que subir sozinha para meu apartamento. Não sei se Erza já chegou ou não, mas espero que não.

Abro a porta e a cena me deixa sem palavras.

Erza, Juvia e Levy estão na cozinha preparando pipoca e não sei mais o que, enquanto Natsu, gray, Gajeel e Jellal estão na sala jogando no meu Xbox.

Jellal e Gray, que estão esperando sua vez para jogar já que só tenho dois controles, olham para mim parada ali na porta e tentam dizer algo mas preferem ficar calados.

–O que está acontecendo aqui? –grito e todos olham para mim.

Erza sai da cozinha e vem até mim.

–Lucy, você não tem o direito e reclamar de nada já que você desapareceu! E eles –ela aponta para os garotos- estão aqui para comemorar a vitória, então nem reclame, e estávamos esperando você chegar para pegar o filme.

Não vou nem discutir com Erza porque vamos acabar brigando e eu não estou no clima para isso.

–Tudo bem, mas espere eu tomar um banho primeiro.