Disney in Hogwarts escrita por BlackWriter, Black


Capítulo 7
Capítulo 6: Natal


Notas iniciais do capítulo

Writer & Night: Olá, povo!
Night: Tá todo mundo bem? O dia foi bom?
Writer: Esperamos que sim. O nosso foi meio difícil.
Night: Isso mesmo. Writer aqui teima em dizer que Confident é melhor que Cool For the Summer.
Writer: E é. Confident é hino!
Night: Ainda prefiro Cool For the Summer.
Writer: Acho que o que dizem é verdade e gosto não se discute.
Night: É sim, então cala a boca.
Writer: Não, obrigada. De qualquer forma, povão, espero que gostem e boa leitura!
PS.: COMEMORAÇÃO PELOS QUATRO ANOS DESDE O LANÇAMENTO DE UNBROKEN!



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Depois do primeiro jogo de Quadribol do ano, os dias se passaram indistintos e, para Anna e seus amigos, caíram numa rotina. Todos os dias eles iam às aulas e, em seu horário vago, Anna, Kristoff, Ariel e Merida recebiam aulas de reforço de Hiro, Aurora, Belle e Rapunzel enquanto Mégara apenas assistia entediada. À noite, Kristoff e Merida geralmente cumpriam alguma detenção enquanto os demais conversavam até o mais tarde que podiam no Grande Salão antes de serem mandados para seus respectivos Salões Comunais. Nos finais de semana, eles passavam o tempo à beira do Lago Negro conversando sobre os acontecimentos mais importantes da semana e, por vezes no caso de Ariel e Hiro, tentando atrair a atenção da Lula Gigante que habitava o lago. Deste modo, as semanas se passaram até que eles já estavam bem próximos do Natal e a neve caía aos montes pelos Campos de Hogwarts, que agora se encontravam completamente brancos.

– Nem acredito que já se passou tanto tempo. – Rapunzel comentou enquanto seguia com seus colegas corvinos e sonserinos para uma a aula de Herbologia que a Corvinal compartilhava com a Sonserina. Os lufanos e grifinos teriam o horário vago e estavam apenas acompanhando os amigos até a uma das estufas. – O Natal está quase chegando! – Exclamou sem qualquer tentativa de conter sua animação.

– Ei, ei, calma aí, loira. – Merida pediu, abaixando os braços que Rapunzel erguera em meio a seu grito entusiasmado. – Você quase me acertou. – Comentou em meio a alguns risos, fazendo os demais rirem também.

– Tudo bem, se já acabaram, vão para a aula. – Anna falou, parando juntamente com Kristoff, Merida e Ariel enquanto que o restante continuou seguindo em direção à aula de Herbologia que, com o tempo, todos, com a exceção de Merida e Mégara, aprenderam a gostar, por mais que a professora, Mother Gothel, não fosse a pessoa mais agradável do mundo. Sem perceber, seu olhar se dirigiu ao castelo, onde, em alguma das salas, Elsa deveria estar tendo aula de alguma matéria. Naquele momento, com o pouco que passara a conhecer de Elsa, mesmo com a recente pequena aproximação, a Arendelle caçula se perguntou se ela compartilhava seu gosto por Herbologia.

Aqueles que não teriam aula se dirigiram ao Lago Negro e sentaram em seu lugar de costume à beira do lago. Anna sentou entre Ariel e Hiro, que já se atiravam numa conversa com os demais. A loira-morango, no entanto, não participou da conversa, como era comum que fizesse. Seus pensamentos vagaram para uma certa loira-platina corvina que estava em algum lugar em Hogwarts, provavelmente em companhia de alguma de suas amigas, se não todas. Elsa não havia lhe dito nada em relação à data comemorativa que estava chegando. Não parecia sequer animada para o Natal, como o restante dos alunos da escola estava. Naquele momento, Anna ponderou se sua irmã gostaria de ganhar um presente. Lembrou-se também de um antigo hábito de Elsa que há muito fora abandonado pelo Arendelle mais velha. Tocar piano. Houve uma época em que Elsa lhe ensinara algumas melodias simples, inclusive uma, um pouco mais complicada, que sempre fora a preferida das duas. Um plano já estava se formando exatamente e, com um sorriso enorme nos lábios, ela sabia exatamente que presente de Natal dar à sua irmã mais velha.

...

Após o horário vago e uma aula de Transfiguração com Jafar Genoom, Anna se despediu apressadamente dos amigos e correu para o Corujal o mais rápido que suas pernas podiam lhe levar. Retirou um pedaço de pergaminho, um tinteiro e uma pena de sua mochila e escreveu uma curta carta para seus pais, amarrando-a em uma das corujas da escola, visto que ela não havia comprado uma para si e se sentia desinclinada a usar a de Elsa. Rapidamente o animal alçou voo para longe dali, deixando a Arendelle caçula com um sorriso. Depois que a coruja se distanciou o suficiente para que a ruiva não mais pudesse vê-la, Anna fez seu caminho de volta para o castelo, dirigindo-se ao Salão Comunal da Grifinória. Lá, Merida lhe esperava sentada numa das poltronas de frente para a lareira, enquanto que Ariel conversava com outra menina com a qual dividiam o dormitório, chamada Alice Kingsleigh.

– Onde você estava, ruiva? – A Dunbroch perguntou com desconfiança, arqueando uma sobrancelha para Anna, que sorriu e se sentou na poltrona vazia ao lado da amiga.

– Estava no Corujal. – Anna respondeu sem se importar muito em dar detalhes. Ela não queria que Elsa ficasse sabendo de sua surpresa antes da hora, de modo que achou melhor guardar as informações mais importantes para si. – Precisei enviar uma carta de última hora. – Explicou um pouco sem graça pelo olhar desconfiado que a ruiva lhe lançava.

– Tudo bem. – Merida assentiu sem fazer mais perguntas. Percebera que Anna estava escondendo alguma coisa, mas não iria força-la a contar. Se a loira-morango quisesse que ela soubesse, diria por vontade própria. – Você vai passar o Natal aqui? – Questionou para quebrar o silêncio instalado entre elas.

– Não sei ainda. – Anna respondeu com sinceridade, franzindo o cenho até se lembrar de que teria de perguntar a Elsa se seus pais haviam enviado alguma carta dizendo se iriam para casa ou não. Havia esquecido esse detalhe. – Tenho que perguntar a Elsa. Papai e mamãe disseram que avisariam a ela. – Explicou com uma dar de ombros, sem parecer agregar muita importância às suas palavras. – E você? – Perguntou, agora fitando sua amiga ruiva.

– Vou ficar. – Merida realizou uma espécie de dança da vitória enquanto ainda estava sentada na poltrona vermelha, claramente contente por seu feito. – Mamãe queria que eu fosse para casa, mas eu a convenci a me deixar aqui para o Natal, sabe, passar tempo com as amigas. – Lançou um sorriso irônico para a loira-morango, que riu. – Quando eu falei de você e das meninas, ela disse que podia ficar. – Finalizou, virando sua atenção para o fogo que crepitava na lareira.

– Ah, é verdade. – Anna pareceu se lembrar do que a amiga se referia por falar daquele modo. – Você disse que sua mãe é meio obcecada com essas coisas de manias de etiqueta e bons modos. – Recordou-se, um pouco surpresa por não ter pensado nisso antes.

– É, e, como ela vê você e as garotas como um bom exemplo, me deixou ficar. – A ruiva Dunbroch concluiu com um dar de ombros, fazendo movimentos distraídos com sua varinha, que soltava algumas faíscas vermelhas que divertiam ambas as grifinas. – Punzie, Kris e Meg disseram que também vão ficar, mas Hiro, Aurora, Ariel e Belle vão pra casa ficar com os pais. – Prosseguiu, atraindo a atenção de Anna para si mais uma vez. – Punzie falou que os pais dela estão ocupados com o trabalho no Gringotes e pediram que ela ficasse na escola ao invés de em casa sozinha. O pai de Meg é professor aqui, então ela vai ficar pra passar o Natal com ele. O Kris, eu não sei, ele só disse que ia ficar. – Concluiu.

– Legal, então amanhã eu pergunto à Elsa se vamos ficar. – Anna respondeu após Merida terminar de falar.

Merida assentiu ao que a loira-morango lhe dissera e voltara a brincar com sua varinha, mas uma fez criando faíscas vermelhas com a mesma. Anna se virou para o fogo que crepitava na lareira, olhando-o com uma vaga atenção enquanto sua mente trabalhava a mil. Preferia ficar em Hogwarts no Natal para que os planos que fizera para sua irmã dessem certo, apesar de também desejar muito ver seus pais. Porém, sabia que eles estariam ocupados no Ministério da Magia durante todo o tempo em que estariam em casa, de modo que seria um esforço inútil. Então, seus pensamentos voaram para a coruja que havia enviado. Demoraria alguns dias para que o animal chegasse a Arendal, cidade na qual morava com seus pais e sua irmã na Noruega, mas tinha certeza de que retornaria antes do Natal, ou, pelo menos, torcia para isto. E o que mais preocupava Anna naquele momento era saber se Elsa iria gostar da surpresa que preparara para ela.

...

Já fazia alguns dias desde que Anna fora ao Corujal para mandar uma carta a seus pais e o Natal, data tão esperada por todos, seria no dia seguinte. A escola já se encontrava relativamente vazia, afinal a maioria dos estudantes iria passar a data com sua família. A Arendelle caçula perguntara à sua irmã se as duas iriam passar o Natal em Arendal com os pais, recebendo um “não” curto e rápido em resposta antes que a loira-platina desaparecesse pelos corredores em companhia de Malévola e Mirana. Porém, diferentemente das outras vezes, ela se viu feliz com isso, e comemorou exageradamente, o que surpreendeu seus amigos, que não entendiam o motivo de sua alegria se Elsa praticamente a havia ignorado.

Naquele momento, Anna estava tomando seu café da manhã na mesa da Grifinória em companhia de Merida, visto que Ariel havia voltado para casa e os amigos restantes em Hogwarts pertenciam a outras casas. No entanto, em algum momento, Theodora se juntara a elas, que rapidamente se enturmaram com a grifina do segundo ano, que Anna apresentou a Merida. As três estavam conversando animadamente sobre seus planos para o Natal, afinal iriam permanecer na escola, quando as corujas chegaram para fazer as entregas matinais. Anna assistiu com um gigantesco sorriso quando uma delas, a mesma que enviara dias atrás, fez seu caminho até ela, parando na mesa à sua frente. Ela rapidamente pegou o pequeno embrulho e a carta que o animal trazia e, alimentando-o com algumas coisas simples na mesa, a coruja se foi.

– O que é isso, Anna? – Theodora questionou, apontando para o pacote nas mãos de Anna com curiosidade.

– Não é nada importante, Theodora. – Anna respondeu de bom humor, o que gerou ainda mais curiosidade nas amigas, levando as três a rirem. – Mas, é sério. Amanhã vocês saberão o que é. – Disse, terminado seu café da manhã, se levantou de sua mesa e retornou ao Salão Comunal da Grifinória, onde abriu a carta que viera com o pacote.

Querida Anna,

Como você nos pediu, mandamos o presente que você disse querer dar a Elsa. Boa sorte e eu realmente acredito que ela irá gostar. Mas, a despeito disto, também gostaria de me desculpar por mim e por seu pai por não passar o Natal com vocês. O Ministério está enfrentando alguns problemas sobre o qual não posso entrar em detalhes. Apenas espero que você não fique triste, afinal nós te amamos.

Feliz Natal.

Com amor, sua mãe.

Idun Arendelle.

Anna terminou de ler a carta com um sorriso maior do que seu rosto poderia comportar. Obviamente não culpava seus pais por não terem tempo para ela, afinal ambos tinham que trabalhar, e ficara feliz em saber que também não agradava a eles passar o Natal longe dela e de Elsa. Dobrara o pedaço de pergaminho com cuidado e subira ao Dormitório Feminino para guardar na gaveta de sua mesinha de cabeceira. Sentada em sua cama, abriu também o pacote que seus pais haviam mandado, encontrando exatamente o que havia pedido lá dentro. Sorriu. Tinha esperanças de que Elsa fosse gostar, de modo que mal podia esperar pelo dia seguinte, quando veria a reação dela a seu presente.

...

Na manhã seguinte, Anna foi despertada por um golpe de travesseiro desferido por Merida, o que provocou sua queda da cama e uma carranca em direção à ruiva Dunbroch. Porém, esta durou pouco quando viu a amiga estender um embrulho vermelho para ela, a qual rapidamente pegou e a abraçou em resposta. Virou-se para sua mesa de cabeceira e retirou um embrulho também vermelho, que estendeu para a ruiva. As duas rapidamente abriram os respectivos presentes, sendo o que Anna recebera uma pelúcia animada de boneco de neve, com a qual ela se encontrou eufórica, e o que Merida ganhara uma aljava de couro, o que pareceu deixa-la bastante emocionada.

Anna também abriu os presentes que seus pais lhe mandaram, sendo um deles uma blusa azul de tecido grosso e mangas longas, claramente para que ela passasse o inverno, e o outro o par de botas de inverno que ela tanto quisera desde o início do ano. Aurora havia deixado para ela um livro de História da Magia. Belle lhe mandou um livro de Aritmância. Ariel a mandou um navio em garrafa animado, sendo que naquele momento a pequena embarcação enfrentava uma tempestade. Hiro a mandou um pequeno robô trouxa que era controlado por controle remoto. Kristoff e Mégara não haviam deixado nada, mas supostamente entregariam os presentes em pessoa.

Depois que Merida também já havia aberto seus presentes e as duas encontraram Theodora no Salão Comunal, as três partiram para tomar café da manhã no Grande Salão, que já se encontrava com os poucos estudantes que iriam passar o Natal na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Ao se sentar, o olhar de Anna imediatamente passou para a quase vazia mesa da Corvinal, arqueando uma sobrancelha ao perceber que sua irmã, diferentemente de todas as vezes que entrara no Grande Salão, não estava sentada lá. No entanto, Gretel, Mirana, Malévola e Glinda já estavam ali, sentadas em suas respectivas mesas. Isso a provocou um sentimento de pânico interno. E se alguma coisa havia acontecido a Elsa? A loira-platina jamais se atrasava para nada e já deveria estar ali. Algo havia acontecido com ela?

Já estava para se levantar e sair correndo à procura de sua irmã pelo castelo quando as portas do Grande Salão foram abertas, chamando sua atenção para os cabelos loiro-platinados da menina que acabara de chegar. Soltou um suspiro de alívio ao ver Elsa ali, percebendo então o quanto sua reação inicial fora exagerada. Porém, o choque a dominou quando, diferentemente do que pensava, Elsa não se dirigiu à mesa da Corvinal, e sim à da Grifinória, onde Anna estava.

– Elsa, o que faz aqui? – Anna perguntou nervosa, levantando-se rapidamente de seu lugar para ficar de frente para sua irmã quando esta se aproximou o suficiente dela.

A loira-platina nada lhe respondeu. Anna só percebeu que ela estava com uma das mãos atrás das costas quando a mais velha as retirou, deixando a mostra o embrulho prateado que segurava, estendendo-o para a irmã mais nova. Elsa estava lhe dando um presente de Natal. A compreensão finalmente atingiu a Arendelle mais jovem. Ela tinha certeza de que os olhos de suas amigas estavam vidrados nela e em sua irmã, mas não se virou para ter certeza. Em vez disso, recebeu o presente que a outra lhe estendia e, sem sequer pensar, puxou-a num abraço apertado.

Elsa não repeliu o contato, como imaginara que ela faria. Pelo contrário, Anna não podia ter se encontrado mais surpresa quando os braços magros e pálidos de sua irmã a envolveram, retribuindo o abraço que ela iniciara. Já fazia anos que Elsa não a abraçava. A mais velha sequer conversava com ela por mais que cinco minutos. E lá estava ela, a Rainha do Gelo, abraçando sua irmã caçula.

– Feliz Natal. – A loira-platina murmurara num tom que só a loira-morango poderia ouvir. O sorriso de Anna aumentou ainda mais, se é que ainda era possível. O tom de voz de sua irmã não era muito emotivo, mas foi o bastante para fazer Anna se perguntar se talvez seu gesto havia acabado com um pouco da distância que havia entre elas.

Relutante, Anna se separou de sua irmã e sorriu para ela, pegando então o pequeno embrulho azul no bolso de sua calça e estendendo-o para Elsa. A loira-platina pareceu genuinamente surpresa, mas pegou o presente que a caçula lhe estendia. Percebendo que ainda não sabia o que Elsa havia lhe dado, a loira-morango abriu o presente ao mesmo tempo em que sua irmã o fazia, embora de forma mais barulhenta que a mais velha, que não emitia nenhum som ao delicadamente abrir o embrulho sem rasga-lo.

Finalmente tendo conseguido abrir seu presente, tendo destroçado completamente o papel que o envolvia, Anna abriu a pequena caixa de madeira branca que estivera envolta no embrulho, percebendo que havia um colar dentro dela. Um quadrado prateado com um formato de floco de neve minunciosamente talhado ligado a uma corrente prateada. A loira-morango então o retirou da caixa, maravilhada com o presente, e percebeu que se tratava de um relicário. Rapidamente, abriu-o. Dentro, em um dos lados, havia uma pequena foto bruxa dela e de Elsa abraçadas ao lado de um boneco de neve de cabeça torta, rindo. Anna deveria ter seus seis anos, e Elsa, sete. Do outro lado, havia apenas uma pequena frase talhada na prata: “Você quer brincar na neve?”.

Os olhos de Anna estavam cheios d’água e um sorriso enfeitava seu rosto quando ela olhou para Elsa, percebendo que ela também já havia aberto o presente que a loira-morango lhe dera. Também era um colar, mas não um relicário. De prata, tal qual o presente que Elsa dera a Anna, era um formato perfeito de um floco de neve. No centro, havia um botão pequeno e quase imperceptível que a mais velha pareceu ter notado, pois o apertou com delicadeza. Uma pequena e suave melodia de piano começou a tocar. A mesma que ela havia ensinado Anna a tocar há tanto tempo, a favorita das duas.

Você quer brincar na neve? Um boneco quer fazer...? – Anna citou distraidamente algumas partes da música enquanto a melodia tocava, lembrando-se de quando ela e Elsa costumavam cantar isso quando brincavam na neve nos dias de inverno em Arendal. – Você quer brincar na neve? – Repetiu ao final da melodia, que já estava ficando mais baixa, desfazendo-se, indicando que não iria durar mais muito tempo.

Não tem que ser com um boneco. – Elsa finalizou com um singelo sorriso inclinando o canto de seus lábios levemente para cima.

Mais uma vez, Anna puxou Elsa num abraço e, diferentemente de antes, a loira não tardou muito em retribuir. Àquela altura, a Arendelle caçula tinha certeza de que todo o salão estava olhando para elas, afinal a Rainha do Gelo, dita como a menina mais fria e sem sentimentos de Hogwarts, estava sorrindo e abraçando sua irmã mais nova. Definitivamente, aquele Natal já começara cheio de surpresas.

Porém, algo completamente inesperado chamara a atenção de Anna. Tão logo seus braços envolveram o pescoço de Elsa e entraram em contato com a pele pálida da mais velha, um arrepio passou pelo corpo da loira-morango em razão da temperatura glacial. Percebendo isso, a Arendelle mais jovem rapidamente se desvencilhou do abraço e deu um passo para trás, se afastando da outra.

– Elsa, o que...? – Anna ia perguntar, mas Elsa a silenciou com um de seus conhecidos olhares gelados, rapidamente retornando à mesa da Corvinal sem sequer se despedir de sua irmã grifina.

Observando-a até que a mais velha finalmente estivesse sentada sozinha à mesa da Corvinal, a loira-morango finalmente voltou a se sentar em seu lugar, atônita pelo que acabara de acontecer.

– Anna, o que foi que aconteceu aqui? – Merida questionou verdadeiramente surpresa. Não entendeu o ocorrido, mas, fosse o que fosse, havia deixado a caçula realmente assustada. Alguma coisa estava bastante errada ali. No entanto, a loira-morango não respondeu. – Anna? – Chamou-a mais uma vez, mas ela parecia ainda absorta demais em seus próprios pensamentos para ouvi-la.

Merida e Theodora se entreolharam. Algo havia acontecido e abalado bastante a loira-morango. Suas atenções então se voltaram para mesa da Lufa-Lufa, de onde Kristoff as olhava, e então para as mesas da Corvinal e da Sonserina, de onde Rapunzel e Mégara observavam antes de os três se levantarem de suas respectivas mesas e começarem a caminhar em direção à da Grifinória.

– O que aconteceu? – Rapunzel questionou quando se aproximou o suficiente do trio sentado à mesa da Grifinória, falando num tom que apenas os seis ali presentes poderiam escutar. Todos se viraram para Anna e, naquele momento, a loira-morango pareceu sair de torpor.

– Nada. – Ela respondeu sem graça antes de se levantar abruptamente e sair quase correndo do Grande Salão. Evidentemente, os demais a seguiram, sem jamais perdê-la de vista.

– Anna, o que aconteceu? – Mégara exigiu saber. A mais jovem do grupo a estava preocupando. Em um momento, ela e sua irmã estavam sorrindo e abraçadas, em outra, Elsa empurrara Anna e a loira-morango estava completamente aterrorizada.

– Eu não sei! – Anna explodiu, parando de andar e se virando para os amigos que a seguiam, que ficaram paralisados com a reação da ruiva. Anna jamais se alterava. – Ela só estava tão fria e... – Não conseguiu terminar de falar.

– E? – Kristoff a encorajou a continuar, cruzando os braços frente ao corpo, verdadeiramente preocupado com sua amiga.

– A pele dela parecia gelo. – Anna se arrepiou novamente à lembrança do abraço. Rapunzel imediatamente correu até ela e a abraçou, na clara tentativa de consolar a prima, embora não soubesse bem o que estava acontecendo. – Ninguém pode estar tão frio a menos que esteja... – Não conseguia falar, mas precisava. Engoliu o nó na garganta e continuou. – Morto. – Disse por fim, surpreendendo os demais. – Tem algo errado com ela. – Concluiu, enterrando o rosto na curva do pescoço de sua prima loira, sem saber o que fazer.

Finalmente, percebera. Alguma coisa estava muito errado com Elsa, algo estava acontecendo com sua irmã e era isso que a vinha afastando de todos. Aquilo era mais complicado do que ela havia imaginado a princípio.

– Ei, se acalme, vamos descobrir. – Theodora assegurou, aproximando-se da Corona e da Arendelle e colocando uma mão no ombro da jovem loira-morango como uma tentativa de acalmá-la. – Estamos todos com você e, o que quer que esteja acontecendo com sua irmã, nós iremos descobrir o que é. – Garantiu.

Anna então levantou o rosto em tempo de ver o restante de seus amigos assentindo à afirmação da Uplands. Um pequeno sorriso tristonho formou-se em seus lábios. Ela não estava sozinha.


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Notas finais do capítulo

Writer: O que acharam do capítulo? Ficou bom?
Night: Eu achei que ficou bom. Mas o importante é o que vocês, leitores, acharam. Então, deixem comentários e nos digam suas opiniões teorias, etc.
Writer & Night: Até a próxima!



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