O Jogo Interno escrita por Fertes


Capítulo 1
Capítulo 1 - A madrugada


Notas iniciais do capítulo

Oiie :) Sou Fernanda, 12 anos, For-CE.
Espero que gostem da Fic :3 aceito crticas construtivas!



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O último Jogo Interno.

Cap I - Na escuridão

De vez em quando eu acordava de um pesadelo de 5 minutos, ou até mesmo de ansiedade. Eu abro a persiana da janela e, que maravilha! O sol ainda não nasceu. Deviam ser 3 horas da madrugada, mais ou menos.

Aquela escuridão daquele quarto já estava me atormentando, mas a claridade atormentaria mais. Ligo o abajur, que tem uma luz fraca, e, novamente, volto-me a deitar olhando para o teto, lembrando do dia que ajudei meu pai com a tinta da parte de cima. “Branco, branco é perfeito para cima. Lembra da paz. Quando você estiver acordada, perdida na noite que nunca passa, olhe para o Branco. Lembre-se de queimar seus pensamentos obscuros; lembre-se dos bons.”

Ele falava isso. E hoje, esse branco que tanto me incomodava por ser uma cor tão sem graça, agora é minha cor predileta, talvez.

E fiquei olhando, desliguei meu pensamento. Fechei os olhos e lembrei do que eu lembrava quase todo o dia.

Meu irmão havia partido por causa desse jogo maltido que Bayron chama de “Interno”.

A cada ano é escolhido, por meio de sorteio, dois adolescentes entre 12 a 18 anos de todos as dez regiões para participar do Interno. Os jovens são levados para uma “Escola Interna”, onde são submetidos a provas e vários outros conflitos. Bem, no final, só um sai vitorioso. Este vai para a 1º região, e governa junto com Byron, que na verdade não governa coisa coisa, só ganha dinheiro que a população dá. O resto? O resto perde sua casa e vai viver nas ruas da 11º Região. Coberto de enxofre e sem água, ninguém consegue sobreviver nem uma semana.

Meu irmão foi uma vítima disso tudo.

Lembro sempre dele. De quando nós íamos juntos para a escola e sempre parávamos no caminho para retirar cartazes do Interno. Hoje eu passo por eles e tenho aquela vontade imortal de retirá-los, rasgá-los, mas não dá; sinto que não é a mesma coisa. Então, quer saber? Os deixo lá.

Na cama do lado, vejo Clarissa, minha irmã mais nova, de 11 anos, olhando para mim.

-Todo o ano é a mesma coisa. -ela diz, com sua voz meiga que faz qualquer um acreditar que tem 8 anos. -Te pego acordada algumas horas antes de começar o sorteio.

-Ele se foi por causa deles a 2 anos atrás. Quem será o próximo? Eu? -me reviro.

-Pamella, posso ter só 11 anos, mas eu te digo uma coisa: Não seria conhecidência de mais te escolherem? Dois da mesma família em poucos anos?

Me reviro novamente, desta vez olhando para ela.

-Conhecidências existem, sendo elas boas ou não. -dou um suspiro e volto-me a olhar para o teto branco. -Infelizmente.

Que ótima irmã eu sou! Eu que devia estar mostrando segurança para ela, e não deveria ficar aqui na cama como se eu fosse um alvo fácil. Eu devia ser o bom exemplo, mas não sou.

-Cla, você tem razão. Boa noite.

Como resposta, uma piscada.

E rapidamente durmo, esperando ser poupada pelas forças da terra.


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Notas finais do capítulo

O cap foi curtinho, já que era o primeiro, mas pretendo fazer muuuito mais, é só acompanhar, beijinhoos ♥



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