Sonhando Acordado escrita por Alena Santana


Capítulo 1
Estranhas Ilusões


Notas iniciais do capítulo

Bem, essa one é dedicada a Emily! Feliz aniversário, tudo de bom e essas coisas de aniversário, haha.
Ficou bem simples, mas é algo feliz.. Ou não, sei lá! kkkkkkkkk
Enfim, boa leitura e até as notas finais!



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Byakuya era um homem possuidor de modos impecáveis e gostos extremamente requintados. Entretanto, qualquer um se assustaria ao vê-lo em um restaurante como aquele. Bem, além de diminuto a decoração era de um mau gosto inexplicável. Porém a comida era uma das melhores que já havia provado, a clássica comida caseira que você encontra em poucos lugares além de sua própria casa.

A comida era maravilhosa, mas não era o motivo que o levava ali pontualmente todos os dias. O real motivo era algo que o Kuchiki jamais admitiria, nem sob tortura. O problema é que certo cozinheiro lhe despertava algo que ainda não sabia nomear. O local onde Byakuya sentava era o melhor para apreciar, digo, observar o homem em questão. Ele era alto, com físico de dar inveja (não que o moreno reparasse nisso), ruivo e cheio de tatuagens. Era um rapaz quase assustador, não fosse o sorriso infantil enquanto preparava o que quer que fosse.

Era aquele sorriso puro que levava o Kuchiki até ali todos os dias. Mas, não era algo que admitiria, lógico. Não tinha o menor cabimento! Um homem do nível dele frequentar um lugar como aquele apenas para observar a felicidade de um desconhecido enquanto cozinha. O pior não era nem isso, apenas observar a felicidade alheia é até normal... Bem, nem tanto, mas não é tão estranho quanto imaginar coisas. O Kuchiki nem sabia que tinha uma imaginação tão fértil... Terrivelmente fértil.

Em suas pequenas ilusões já havia conversado com aquele rapaz diversas vezes, sobre diversas coisas. Algumas vezes ele se aproximava para perguntar o que o moreno achava da comida, outras se esbarravam em algum lugar aleatório. Inicialmente as ilusões se resumiam a isso, mas com o passar do tempo foram ficando mais... Criativas.

Por criativas não entenda como indecentes, longe disso.

Um pequeno exemplo: o rapaz possuía diversas tatuagens, até mesmo no rosto... Perdia-se imaginando onde mais... Enfim, e se ele fosse de alguma organização criminosa? E se fosse membro da Yakuza?! Bem, na verdade, eles possuíam tatuagens de dragões, não tribais como o garoto... Mas, ainda assim era uma possibilidade. Sua irmã, Rukia, gostava de ler shoujo e outros gêneros um tanto estranhos... Enfim, uma vez ela leu um romance entre um yakuza e uma colegial. Bem, o yakuza em questão também era colegial... Mas o problema não era esse. A situação em si era muita complicada e perigosa.

Tentou tirar a ideia da cabeça ao imaginar o rapaz como uma espécie de fornecedor de drogas... Aquilo não fazia sentido, porque ele seria cozinheiro então? Permitiu-se olhar um pouco para o ruivo, fazia isso disfarçadamente. Não queria parecer nenhum stalker. Se bem que ultimamente se portava como um.. Oh, claro que não! Ele não possuía fotos do rapaz espalhadas pelas paredes do quarto ou o perseguia pelas ruas. Apenas observava. E observar era algo absolutamente normal!

O rapaz finalmente servia o pedido que acreditava ser o seu. O garçom, um homem moreno e mal-encarado, rapidamente o pegou e levou até a mesa do Kuchiki. Era importante citar que o garçom em questão era péssimo, simplesmente dispunha o prato e os talheres de qualquer jeito. De qualquer forma, o que levava Byakuya ali não era o garçom incompetente. Pensar nisso não o agradava muito. Bem, não era tão normal ficar tão obce... Digo, fascinado por outro homem. Mesmo que o homem em questão tivesse um sorriso tão puro. Sem falar no cabelo que sempre mantinha preso, logicamente, ainda assim era visível o quão comprido e exótico ele era.

Exótico. Era a palavra perfeita para descrever o rapaz, ele não parecia japonês. Talvez fosse descendente de alguma família estrangeira ou... Quem sabe um imigrante ilegal? Isso fazia muito sentido, por isso ele trabalhava em um lugar tão barato. Ele devia estar procurando por um casamento para legalizar sua situação no país... Evitou rolar os olhos, não era homem de fazer isso, ainda assim mais uma vez estava se perdendo em pensamentos sem sentido.

Porém, o pior não eram as estranhas suposições, mas o fato de se colocar nessas estranhas fantasias. Talvez fosse melhor parar de frequentar aquele lugar. Para começo de conversa, só começou por falta de opções. Bem, era um dia chuvoso, mesmo sendo um homem cauteloso que sempre andava com um guarda-chuva, naquele especifico dia não o encontrava em lugar algum. Mais tarde descobriu que Rukia havia pegado “emprestado”. Acabou sem nenhuma escolha além de se abrigar naquele pequeno restaurante... E foi assim que tudo começou.

Evitou um suspiro, não era o tipo de homem que suspirava, ainda assim havia se metido numa situação deveras estranha. Atentou-se mais um pouco aos afazeres do rapaz enquanto finalizava sua refeição. Fora rápido, ainda assim notou que o ruivo retribui o olhar, mas logo voltou ao que fazia sorrindo novamente. Droga, ele havia sido descoberto! Pediu a conta, ansioso para escapar daquele lugar... Refletiu sobre a situação, deixando de lado a ansiedade, não era um adolescente e não estava fazendo nada demais. Não havia motivos para aquela exaltação.

Esperou calmamente pela conta, só não esperava que fosse o próprio cozinheiro quem a levaria.

- Boa tarde, espero que tenha apreciado o almoço. - cumprimentou-o educadamente. Era a primeira vez que ouvia a voz do ruivo, nunca a imaginou tão agradável.

- Claro, estava maravilhoso como sempre. - respondeu polidamente.

- Fico grato em saber, não temos tantos clientes fiéis como o senhor...? - Byakuya sentiu uma leve interrogação no final, como se o rapaz pedisse por uma apresentação.

- Kuchiki Byakuya...

- Abarai Renji. - retrucou lhe estendendo a mão, o moreno prontamente respondeu ao cumprimento.

Antes que um silencioso desconfortável se instalasse, pegou a carteira sem nem ao menos olhar o valor, retirou algumas notas que já contavam com uma boa gorjeta e colocou na pequena caderneta junta da nota, percebendo outro papel ali... Um pequeno cartão com um número de celular. O cozinheiro pegou o pagamento, sorrindo para a expressão confusa do moreno. Era interessante vê-lo com uma expressão diferente da sempre séria.

- O restaurante fecha às 20h. - sorriu e se afastou.

Mais uma vez Byakuya se perdia em um estranho questionamento: Qual deles seria o gato?


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Notas finais do capítulo

Ai ai, piadinha para entendedores, haha.
Qualquer dúvida ou qualquer erro me avisem! Obrigada por ler, comentários me deixariam muito feliz, hehe.
Beijocas no kokoro e até a próxima!



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