Casados pela razão errada escrita por WendyReis


Capítulo 40
Capitulo 40 - Descobertas




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Não! Eu preciso ser firme! Eu virei meu rosto para ele não me beijar e então ele riu e desceu seus lábios até meu pescoço da mesma maneira que fez na casa dos pais dele e encostou-os ao meu pescoço traçando novamente aquela linha de beijos que me faz arrepiar. Ele estava beijando meu pescoço de maneira brusca e eu sei que queria isso, mas não, seja firme, Morgan! Eu não vou ser mais uma pra ele! Não mesmo! Mas tava tão difícil resistir! Era quase impossível...

Eu queria e não queria ao mesmo tempo, suas mãos subiram pelas minhas costas, entrando por baixo da minha blusa, mas ele ainda continuava diversificando seus beijos entre meu pescoço, minha orelha, e depois começou a descer para meu ombro. Aquilo estava ficando intenso! Dentro de mim a luta era tão grande que minhas mãos tremiam de nervoso... Eu estava nervosa, eu queria estar com “ele”, mas não com esse ele, eu queria o outro, o da casa dos pais, que brincava com a sobrinha e tudo mais. Esse “ele” me deixa nervosa... Então ele simplesmente levou os malditos lábios até meu pescoço e me mordeu…

— Chega... eu... já estou aquecida o suficiente... (Finalmente eu venci a luta dentro de mim e consegui falar algo o empurrando levemente)

— É?! Então por que ainda está gelada e tremendo?! (Ele disse debochado)

— Ahn... (Eu fiquei mais nervosa do que já estava) É que... é... eu não acho justo trair meu namorado só por que tive uma crise de frio! (Eu disse inventando isso)

— Sei... Vai fazer o que então?! Morrer congelada?! Por que eu não vou te dar minha jaqueta! Cavalheirismo é coisa dos meus pais! (Ele disse sorrindo debochado)

— Não... Você pode me abraçar... Vai me aquecer... e eu não preciso trair ninguém, e olha que você ainda vai sair como o bom marido... (Eu disse sugestiva, mas doida que ele me abraçasse! É sério coração eu te odeio profundamente!)

Ele riu malicioso e se aproximou. Ele me abraçou pela cintura mostrando a pegada... Que nossa! Me arrepiou de novo!

— Não exagera, Castiel! É só um abraço não é pra você me levar pra sua cama!

— Como se você não gostasse! (Ele disse malicioso)

— Não, eu não gosto! (Ele aproximou o rosto dele do meu me fazendo ficar nervosa e ele riu) P-para! (Eu disse sem graça virando o rosto)

— Não posso te beijar?! (Ele disse malicioso)

— N-não… (Idiota! Não faça perguntas como essas! Argh!)

— Por que não?! (Ele começou a rir)

— P-porque eu estou namorando, esqueceu?! (Eu virei meu rosto de forma que quase nos beijamos) Se afasta um pouco, por favor! (Eu disse um pouco mais grossa)

— Você é minha esposa! (Ele disse implicante afastando seu rosto do meu, mas ainda me olhando e sorrindo daquele jeito que eu odeio)

— Eu sei, mas você não precisa me beijar por causa disso. (Eu disse o olhando)

— Mas eu queria! (Ele disse sem rir dessa vez)

— S-sério?

— Não! (Ele começou a rir) Queria apenas ver a sua reação! (Eu revirei os olhos e ele continuou rindo) Mais uma para minha lista de conquistas. (Ele disse se gabando)

— Eu odeio você, sabia?! (Eu disse muito revoltada)

— Não acho que o seu coração que está batendo forte deste jeito pense o mesmo! (Eu fiquei muito envergonhada, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa eu senti o elevador mexer. Eu me soltei do “abraço” dele e olhei pra cima... Vendo o elevador se mexer de novo...)

— O elevador está se mexendo... (Eu disse ainda olhando pra cima)

— Vai me dizer que é claustrofóbica?! (Ele disse grosso)

— Não idiota! Está realmente se mexendo! (O telefone de emergência tocou)

Eu atendi e era um dos seguranças avisando que iriam religar a energia dos elevadores e do prédio, pediram desculpa por quase duas horas de espera. Eles avisaram que daqui a poucos minutos estaríamos livres dali e se precisássemos eles mandariam bombeiros para nos checar... Mas eu disse que estava tudo bem... Os minutos seguintes foram rápidos e em menos de cinco minutos o elevador já tinha sido ligado e nós já estávamos em casa. Depois dessa eu nunca mais pego elevador na vida!

Fomos dormir sem trocar mais nenhuma palavra sequer. O que eu senti no elevador foi muito estranho. Eu deitei na cama e fiquei pensando em tudo o que havia acontecido no meu dia. Eu cantei após quase sete anos, ouvi a voz do idiota e pirei com isso, descobri que a Melody gosta do Nath, que o Nath é mais inseguro do que parece. Que estou me apaixonando pelo idiota. Que vou viajar depois de amanha e que eu não sei o que tinha sentido no elevador... Isso tudo está me cheirando a “incêndio”!

Eu acordei de manha. E corri pelo parque como sempre fazia, no caminho eu pensei muito... Eu não conseguia esquecer aquela cena do elevador... Não saía da minha cabeça... Ele me tocando, e me beijando, meus pelos se arrepiando, os lábios macios em contato com a minha pele... Mas ao mesmo tempo ele foi rude, brusco e violento... Era como se eu fosse só mais uma das prostitutas com quem ele dorme... Eu não quero ser só mais uma! Droga! Pensamento errado! Eu não quero SER mais uma! Isso!

Eu resolvi ignorar meus pensamentos e começar a pensar na noite de hoje... Hoje tinha a premiação de melhores livros e editores do ano passado. E o Nath me convidou. Depois eu iria passar toda a noite com meu namorado! A Tamy disse que fazia questão de desenhar nossos vestidos.

Antes de ir trabalhar passei na casa da Tamy pra buscar meu vestido e o deixei em casa. Ele era de um vermelho escuro quase vinho bem justo ao corpo abrindo levemente no final. Mas tinha um decote desnecessário, que eu falei um milhão de vezes pra Tamansin, mas ela disse que com um decote eu arrasaria.

No fim da tarde eu voltei para casa, e apesar de uma parte de mim não gostar nem um pouco da ideia de ter que pegar um elevador eu fui e entrei. Esse tinha um enorme espelho atrás, são cinco elevadores, cada um com seu design próprio. Enfim... Eu me olhei no espelho e resolvi desabotoar alguns botões da camisa social feminina branca para tentar me imaginar usando um decote tão profundo. Meu sutiã era rendado de azul turquesa muito bonito de uma coleção atual, eu abri três ou quatro botões de maneira que aparecia parte do meu sutiã. Eu me olhei no espelho e me achei tão indecente... Sei lá! Ser sexy é uma coisa pagar de prostituta é outra!

O elevador chegou ao meu andar, eu saí e procurei minha chave na bolsa. Eu estava ouvindo uns gritos estranhos... Não eram sórdidos, parecia um time de torcedores na minha casa... Eu entrei e me deparei com um bando de homens sentados no sofá com os pés em cima da mesa de centro, garrafas de cerveja na mão e em cima da mesa, sem porta-copo! Eles estavam vendo um jogo de basquete e gritando e torcendo... Todos eram novos! Eu não conhecia nenhum deles! Ah sério! Eu me estressei! A maior bagunça na minha casa e ainda tinha que ouvir esses cornos gritando?! Não mesmo!

— Será que eu posso saber que bagunça é essa na minha casa?! (Eu disse revoltada enquanto andava até a frente da televisão e ficava de frente para o idiota)

— Essa casa também é minha, querida! (Ele disse disfarçando o bom marido)

— E quem são esses aí sujando o meu sofá? E por que são incapazes de colocar o porta-copo debaixo da garrafa? (Eu disse estressada enquanto cruzava os braços)

— Porque somos homens, querida! Agora, será que você pode nos dar licença?!

— Não! Eu quero esses porcos fora da minha casa! (Eu disse revoltada colocando as mãos na cintura)

— Olha! Não é que a patroa é gostosa mesmo! (Disse um dos babacas)

— Agora eu sei por que você casou cara! (Disse um outro infeliz)

— Ahn?! Você não vai falar nada?! (Eu disse esperando ele me defender, afinal eram os amigos dele e ele era meu “marido” fazer o que...)

— Eles estão certos! O que eu vou falar?! (Ele disse olhando para os meus seios, só então eu me lembrei da camisa aberta...)

— Ah droga! Eu quero esses otários fora da minha casa! (Eu disse saindo da frente da televisão e indo em direção ao corredor, eu andei um pouco, mas ouvi alguém atrás de mim. Ele parou bem na minha frente e ficou me encarando)

— Qual foi nanica?! Larga de ser chata! (Ele disse raivoso)

— Já disse Pica-pau, sem chances desses otários ficarem na minha casa! (Eu disse tão revoltada quanto ele e continuei andando. Ele veio na minha frente novamente e abriu a porta do quarto de hospedes onde ele e a Debrah ficam) O que tá fazendo?! (Eu perguntei confusa. Ele não disse nada, simplesmente entrou e me puxou pelo braço depois saiu e trancou a porta, a minha reação foi tipo: Ahn?! O que?!) Me tira daqui idiota!!! (Eu gritei)

— Só quando o jogo acabar, amorzinho! (Ele foi irônico na ultima palavra)

— Idiota! Argh! (Eu gritei) Como eu posso estar me apaixonando por isso?! (Eu perguntei indignada a mim mesma)

Eu fiquei revoltada... Tentei ligar pra casa, mas ele havia desligado a conexão do telefone, liguei pro celular dele e desligado. Droga! Imaturo! Eu estava pensando em como sair dali quando vi em cima da cabeceira um caderno escrito: Músicas. Eu abri e as músicas eram bem interessantes, mas teve uma que me intrigou bastante... Dizia: “oh querido você é tão ingênuo. Nem sequer percebe o que está debaixo do seu nariz...” O mais curioso é que tinha uns rabiscos e em um dos rabiscos tinha um diabinho do lado com um sorriso malicioso e escrito “corno”!


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Notas finais do capítulo

Não me matem, por favor!!!! Sério! É... então... seguindo a lógica da Morgan, nós não queremos algo de uma noite só! Então, sejam compreensivos com o coração da nossa pobre personagem que está sofrendo gostando de um cara quem até pouco tempo ela odiava... Please?! :)



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