Casados pela razão errada escrita por WendyReis


Capítulo 1
Capítulo 1 - Testamento


Notas iniciais do capítulo

Morgan Smith 25 anos - Empresaria
É baixa, tem peso mediano, cabelo castanho claro com balaiagem comprido até a cintura e repicado do ombro pra baixo, olhos castanhos escuros.



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Trim...Trim... O iPhone vibrava no banco do carona. Eu já estava de mau humor, meu dia havia sido muito estressante e ainda tive que sair mais cedo da empresa... Eu peguei o celular e vi que era minha mãe... Respirei fundo e atendi...

— Oi, mãe! (Falei indiferente)

— Onde você está Morgan?! Só falta você! (Ela dizia impaciente)

— Eu já estou chegando, ok?! (Falei irritada)

— Tá tchau... (Ela desligou na minha cara)

Eu peguei o iPhone e joguei de volta no banco do carona...

— Merda!! (Eu resmungava) A velha morreu já faz uma semana e nem assim nos deixou em paz... Bom, pelo menos algo eu ganho com isso... (Eu dizia irritada para mim mesma, não sou insensível só tive alguns problemas com a minha avó)

Alguns minutos depois eu cheguei e entrei na sala de reuniões. Estavam todos os meus parentes lá: meus tios, primos e meus pais. No meio da sala tinha uma mesa enorme com várias cadeiras... O escritório da vovó era realmente grande... Minha mãe pulou da cadeira e veio andando até mim, eu sabia que ouviria um sermão daqueles.

— Morgan! Duas horas de atraso! (Eu cruzei meus braços e esperei) O que tinha de tão interessante na empresa hoje?! Nem de trabalhar você gosta! Nem todo mundo tem o dia livre, sabia?! Sempre achei um erro seu pai ter te dado uma empresa pra liderar sendo tão nova! (Ela reclamava impacientemente)

— Acabou, mamãe?! (Fui irônica) Escuta, eu tive um dia realmente estressante hoje! Eu entendo que pra você perder a vovó foi quase o fim do mundo, mesmo depois dela ter abandonado o vovô e fugido com aquele senhor (Eu olhei para o velho que estava sentado na cadeira perto do advogado), mas nem todos pensamos assim! (Eu disse muito estressada. Então respirei fundo e disse) Desculpe... (Respirei fundo novamente) Eu só não quero que isso dure mais do que o necessário...

— Será que a gente pode começar logo? (Perguntava o advogado que estava sentado na cadeira do meio)

— Quando o senhor quiser! (Eu disse enquanto caminhava até uma cadeira entre minha mãe e meu pai)

— Nossa você demorou filha... (Disse meu pai em tom baixo para que só eu pudesse ouvir) Tá tudo bem?

— Eu to bem pai, obrigada... (Eu disse olhando para ele, também em tom baixo)

— Nossa, Morgan! Com ele você fala educadamente e até agradece! (Minha mãe reclamava com ciúmes)

Meus pais são divorciados e minha mãe simplesmente detesta minha madrasta... Eles não guardam raiva um do outro, só tem ciúme de mim e da vovó, já que ela sempre gostou mais do meu pai do que da própria filha. Eu era muito nova quando eles se separaram por isso não carrego nenhum “trauma”.

— Será que vocês podem deixar a reuniãozinha familiar para depois?! (Dizia o advogado já irritado)

— Com todo o prazer! (Eu disse irônica e grossa)

— Sempre grossa né, Morgy?! Gostosa, mas tão grossa! (Disse irônico e com um sorriso malicioso meu primo Jeremy)

— Sabe se você não fosse tão novinho eu até poderia considerar isso um elogio! (Falei grossa e dei um sorrisinho forçado e sarcástico pra ele)

— Ok, entendi... (Ele falou em tom baixo e meio sem graça)

O advogado começou a ler o testamento... Não estava prestando atenção até que... “Eu, Alisson Brown, declaro que todos os herdeiros terão algumas sentenças que devem ser cumpridas e, caso não, sua parte na herança será doado à instituição a qual eu apadrinhava Lar de Esperança.”

A reação de todos foi a mesma. Então o advogado continuou lendo o que cada um de nós deveria fazer. Ele disse que teríamos um ano para cumprir o que a vovó tinha pedido e só então seria dividido a herança.

Ela era grossa e soberba, mas adorava pegadinhas e charadas apesar de usar tanto botox a ponto de parecer irmã da minha mãe. Acho que as cirurgias para parecer mais nova não foram o suficiente para evitar o ataque do coração...

Primeiro foi meu tio e sua família, depois minha tia e sua família, e por último minha mãe já que é a mais nova... “Para Elisa eu deixo a seguinte missão: você minha filha por ser a mais nova de todos cresceu muito mimada então você terá que viver sem luxo, numa residência humilde e ter um emprego decente...”

— Mas eu tenho um emprego decente! (Retrucava minha mãe)

— Mãe, viver da desgraça dos outros não é trabalho. Talvez, por isso, o papai tenha deixado você. (Falei irritada)

— Morgan! (Ela disse num tom como se me mandasse calar a boca)

— Mãe todos sabem da história da separação, e sobre o seu trabalho, sinceramente, programa de fofoca?! Sério você acha mesmo que isso é trabalho?! Você vive torcendo pras pessoas se darem mal só pra ganhar mais! Por favor!

— Por que não deixamos o advogado terminar e paramos com as lamentações? (Disse meu pai calmo)

— Você tem razão pai. (Eu disse o apoiando o que deixou minha mãe com mais raiva ainda)

“Chris, meu querido, você é o filho que eu nunca tive. Mesmo depois de se separar da Elisa continuou se preocupando comigo, eu só quero te pedir uma coisa... Eu sei que você e Karen, sua esposa, queriam ter um filho então adotem uma criança do lar o qual eu apadrinhava...”

— Claro, mãe, pra ele você deixa a coisa mais fácil... Ele vai continuar vivendo na casinha dele... (Minha mãe dizia chorosa e baixo)

Ninguém deu confiança para o que minha mãe falou o que a deixou mais chorosa ainda...

“E para você minha neta Morgan... Eu sei que desde os seus dez anos, nós nos afastamos muito, mas eu continuei vendo uma luz diferente em você que só precisa ser cultivada. Você precisa aprender a amar e a cuidar, para que não acabe como sua mãe ou seus tios. Então pra você, além de deixar a maior parte da minha herança, eu deixo também uma tarefa difícil que pode se tornar muito fácil. Você terá que se casar com Castiel Campbell, neto do meu atual marido Carlos...”

— Desculpa como?! (Eu perguntei assustada)

“... se casar com Castiel Campbell, neto do meu atual marido...” (Repetia o advogado com raiva)

— Que orgulho meu neto se casando com a neta preferida da minha amada... (Carlos forçava a barra de uma maneira sentimental)

— Pois eu prefiro morrer a casar com aquele idiota palito de fósforo ambulante! (Eu falei me expressando de maneira agressiva)

— Você está rejeitando casar com aquele deus grego, enquanto EU vou ter que trabalhar naquele orfanato xexelento de graça?!!! (Gritava minha prima Anne)

— Olha aqui criança, você só tem quinze anos!!! Do que tá reclamando?! Não é você que vai ter que se casar com um idiota que mal consegue olhar! (Eu disse alto)

— Priminha, se você não consegue enxergar aqueles músculos ou aqueles olhos em tom raro, você só pode ta ficando cega! (Ela disse com cara de deboche)

— Agora já chega sua garota mimada! Por que não vai trançar o cabelo das suas bonecas?! (Eu me irritei)

­— Você sabe que não brinco mais de bonecas, né?! (Ela dizia debochada)

— Chega meninas! (Dizia Carlos ainda calmo)

— Tem razão, pra mim já chega. Eu to indo! (Eu disse me levantando)

— Aonde você vai?! (Disse minha mãe)

— Eu preciso pensar no que fazer agora... (Eu disse me dirigindo a porta)


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