Sweet Love/Amor Doce escrita por Vits2s2


Capítulo 9
Capítulo 9- perdidos




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Já estava cansada de tanto caminhar, sinceramente eu acho que estávamos andando em círculos... Castiel tentava refazer os nossos 'passos' mas não estava dando muito certo... Ele e Nathaniel já tinham se desentendido umas 10 vezes no meio da caminhada

– Vamos para um pouco, estou ficando com dor nas pernas - digo, esbaforida. Minhas espernas estavam me matando, sentei-me no chão com as pernas esticadas, Nath faz o mesmo e logo em seguida Alexy senta ao meu lado e começa a fazer carinho na minha cabeça, Castiel ficou em pé olhando para todos os lados. Estava anoitecendo e eu estava com um pouco de medo e frio.

– Devem estar nos procurando, vamos ficar por aqui, logo eles nos acham. - Nath tenta me tranquilizar e pelo visto funcionou um pouco, o pensamento dele fazia sentido, minha mãe sempre disse pra mim que se eu me perdesse dela, era pra eu ficar parada no mesmo lugar que ela ia voltar e me achar, se eu ficasse andando, podia perder ela mais ainda. Castiel me fuzila com os olhos, ele ainda estava um pouco chateado com o que aconteceu mais cedo com o mapa... Foi minha culpa, realmente e eu estava me sentindo culpada, faria qualquer coisa para voltar no tempo e ao invés de roubar, apenas pedir ajuda.

– Sabe... Não estaríamos aqui se não fosse por VOCÊ! - grita Castiel para mim, eu fico um pouco vermelha e faço um olhar de pidona, ele olha para o céu e levanta as mãos em rendição. Ouço um trovão, e olho apavorada para Alexy, que me retribui o olhar

– I-isso foi um t-trovão? - falo, temendo a resposta, Nath concorda com a cabeça e dá de ombros

– MERDA! MERDA! -reclama Castiel

– Temos que achar um lugar coberto ou vamos nos molhar e ficar com mais frio do que já estamos - avisa Nath, com razão. Lembro das capas de chuva que foram nos dadas e a retiro do bolso, a vestindo. Alexy pega a sua e também veste, começamos a caminhar procurando abrigo, mas o máximo que achamos foi uma 'toca' perto do rio. Entramos ali dentro, todos amontoados pois era muito pequeno e logo a chuva começa a cair, forte acompanhada de trovões. Sento-me no fundo da 'toca', Alexy senta ao meu lado, Nath na minha frente e Castiel ao lado dele, os dois não pareciam a vontade de estarem lado a lado, mas eu não estava afim de ficar do lado de qualquer um deles, apenas de Alexy que me dava conforto e não ficava apenas reclamando, no caso de Castiel ou dando ordens, no caso de Nathaniel. Eu tremia de frio e me abraçava em Alexy que estava com os braços por volta de meu corpo.

– Sabe... Já que estamos aqui sem nada pra fazer, esperando por alguém... Vamos conversar um pouco, pelo menos esquecemos do frio. - diz Alexy, eu concordo com a cabeça, Nath também e Castiel bufa e olha para fora da 'toca'.

– Então Pitrey... Você mora com seus pais certo? Nos fale sobre eles. - pede Alexy, eu concordo com a cabeça e me desgrudo um pouco dele.

– Bom... Minha mãe trabalhava como empresária... Ela parou quando decidimos nos mudar pra cá, agora ela fica como dona de casa. - começo, Nathaniel parecia muito interessado, assim como Alexy, mas Castiel não parecia ouvir. - e meu pai... bom... ele não é meu pai de sangue... É meu padrasto, ele trabalha em uma empresa de automóveis. - não tenho certeza se quero continuar a história... Meu pai que morava comigo não era realmente meu pai de sangue, ele era meu padrasto... Meu pai de verdade era vocalista de uma banda e não tinha muito tempo para mim.

– E o seu pai de sangue? - pergunta Alexy, eu fico um pouco desconfortável com a pergunta, e acho que ele percebe e não fala nada.

– Vocês prometem não contar para ninguém? - pergunto

– Claro - falam Nath e Alexy, fico olhando para Castiel, ele nem parece ter ouvido o que acabei de falar, então Alexy o cutuca e ele reclama algo que não posso ouvir e me olha

– O que foi?

– Promete não contar para ninguém o que vou falar aqui?

– Tá, tá, tanto faz. - ele vira a cara novamente e eu solto um longo suspiro

– Bom, meu pai de sangue tem uma banda... - quando começo a falar, Castiel me olha de rabo de olho, mas logo volta a olhar para fora, Nathaniel parecia curioso e Alexy estava tendo um ataque por mais informações.

– Que banda Piii? Contaaa! - grita Alexy, reviro os olhos e continuo

– Hum... De uma banda de rock... Castiel conhece... A banda Wigged Skulled... - termino de falar e me encolho toda, fazendo uma careta, Castiel me olha e arregala os olhos

–SEU PAI É UM MEMBRO DA WIGGED SKULLED?! - pergunta

– S-sim... - eu estava um pouco receosa a respeito de compartilhar esta informação com eles... Fazia apenas um mês que eu tinha me mudado para a escola... Eles não precisavam desta informação... Nathaniel sorri para mim e se ajeita no seu canto, Alexy me dá um tapinha no ombro feliz da vida e Castiel estava brabo por eu não ter contado antes, dou de ombros e me aconchego ao lado de Alexy.

– Você não o vê muito? - pergunta Castiel

– Não, ele está sempre em turnê e... - sinto lágrimas brotarem em meus olhos, olho para baixo para tentar esconder, mas começo a soluçar e as lágrimas começam a escorrer... Alexy me abraça forte, Nathaniel me lança um olhar caridoso e Castiel fica sem reação, olhando novamente para fora, pensativo. Ficamos ali até a chuva cessar, o primeiro a sair da 'toca' é Alexy, se esticando ao sair, depois Nathaniel sai e reclama de fome e sede, Castiel me oferece a mão como ajuda, eu aceito e saímos daquele espaço minúsculo para esticar as pernas e as costas.

– Meu Deus! Que horas devem ser? - pergunta ALexy, todos dão de ombros, ninguém tinha trazido celular ou relógio.

– Vamos ficar deitados aqui e cuidar se alguém passa. - comento me deitando na grama molhada. Depois do que eu presumo ser horas, avistamos lanternas. Corremos até elas e fomos resgatados pelos professores e alguns policiais/paramédicos

– Está tudo bem? - pergunta um paramédico, afirmo com a cabeça e procuro Castiel em meio à carros, ambulâncias e alguns pais, entre eles, a minha mãe, chorando. Quando ela me vê vem correndo em minha direção e me abraça, soluçando.

– Onde você estava? - pergunta, me esmagando. Eu a abraço também, e começo a chorar, bateu uma saudade de meu pai...

– Mãe... - olho para ela - você ainda tem aquele número que papai te deu? - pergunto, ela me olha surpresa e afirma com a cabeça, dou mais um abraço nela e entro no carro. Chegando em casa, dou um abraço em meu "pai" e pego o número com a minha mãe, tomo banho e vou para meu quarto ligar.

Fico olhando para o celular por uma meia hora, pensando no que falar, pensando se ele ia falar comigo, se ele estava com saudade assim como eu estava dele... Uma lágrima escorre pela minha bochecha e vai até minha boca, permitindo eu sentir o gostinho salgado que lágrimas tem. Pego o telefone e dico o número.

*Ligação On*

– Alô? - atende uma mulher, deve ser a promotora dele, penso.

– Ah... Oi... Aqui é a Pitrey, posso falar com o Tony? - pergunto, a mulher fica em siêncio por um segundo e diz para mim esperar, ouço sussuros do outro lado da linha e a voz de meu pai abafada, falando meu nome

– Pitrey? - ele fala

– Oi pai. - é o que consigo dizer antes das lágrimas começarem a escorrer mais freneticamente e eu começar a soluçar

– Como você está? Aconteceu alguma coi... - antes que ele possa falar algo, eu falo que o amo e desligo o telefone, deito-me e me encolho em baixo das cobertas, me permitindo chorar como criança. Depois de um tempo, acabo pegando no sono.

Acordei com o despertador tocando, eu o desligo e fico olhando para o teto. Minha mãe entra no quarto e fica parada à porta de braços cruzados com um olhar triste.

– Se você não quiser ir à aula hoje, pode ficar em casa. - ela fala, eu sento-me na cama e a olho

– Não, eu preciso me distrair, falar com minhas amigas. - me levanto e a abraço, faço minhas necessidades matinais e saio para escola, vou a pé desta vez, sem a carona de meu 'pai'.

– PITREY MEU DEUS! COMO VOCÊ ESTÁ? - grita Shirley correndo na minha direção acompanhada de Rosalya, Kim e Peggy.

– E-estou bem... - minto. Bom, fisicamente eu estava bem... Psicológicamente nem tanto. Shirley me abraça forte, Rosalya e Kim se juntam ao abraço, preocupadas.

– Eu estou bem gente. - elas me largam e olham para Peggy

– Posso fazer algumas perguntas? - ela me olha, séria

– Não - digo, firme. Caminho com as meninas até a sala e todos me olham, curiosos.

– Como você está? Fiquei preocupado! - ouço uma voz e olho para cima.


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Notas finais do capítulo

Quem será?



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