Harry Potter e O Legado de Gryffindor escrita por MLCarneiro


Capítulo 1
Prólogo – A Expansão do Lorde das Trevas


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos!
Depois de muito tempo esperando, muitas revisões, muitas tentativas de betagem, muita enrolação de minha parte, resolvi começar a postar esta fanfic.
Coloquei bastante empenho e me esforcei muito para criar uma história bastante verossímil, fiel aos livros e ao estilo da J.K., e que fosse divertida para vocês. Eu me diverti bastante enquanto escrevia, espero que vocês sintam o mesmo lendo, e que possam matar um pouco da saudade que essa série sensacional nos deixou.
Aproveitem!



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Prólogo – A Expansão do Lorde das Trevas

— Mais chá, Milorde?

— Não, Rabicho. Deixe-nos.

O homem atarracado grunhiu e recolheu a bandeja de prata, saindo rapidamente pela porta de carvalho que levaria à cozinha. Voldemort se sentava na luxuosa poltrona de couro vinho da casa dos Malfoy, enquanto conversava com o chefe da família. Estavam numa sala larga, com as paredes altas, abarrotadas de estantes com livros, obras de arte e janelas compridas, que deixavam uma fraca luz da lua entrar. Um belo lustre de cristal fornecia uma melhor iluminação para o ambiente. Outro homem, alto e de feições duras, observava a conversa sem intervir, sentado em um sofá com o estofado verde musgo.

— Ainda não entendi, Lúcio. O que vai me oferecer além deste lugar que chama de casa? – gesticulou com desprezo ao seu redor – Como quer que eu esqueça seus deslizes?

— M-milorde... Eu... Eu já lhe disse. – Malfoy respondeu com a voz rouca e fraca – Você tem toda a minha família a seu dispor. M-minha casa, meus servos...

— Não basta. Não depois de tantos erros, depois de seu filho ter falhado naquela oportunidade.

— Mas... Mas pelo menos, ele conseguiu que Dumbledore morresse.

— Graças a Snape. – ele falava suavemente, como uma serpente rodeando sua presa – Nem ao menos isso ele pôde fazer sozinho.

— E-eu sei, Milorde, eu sei. Mas isso não vai se repetir. Eu garanto. Draco já foi advertido.

— Sua advertência não é o bastante. – ele abriu um sorriso, fixando intensamente seus olhos vermelhos e brilhantes nos de Malfoy – Ele cumprirá o combinado.

— O-o c-combinado? – o terror tomou conta do homem, pensando no que o Lorde das Trevas pedia – Mas, Milorde, ele é só um garoto de 17 anos. Por favor, não pode pedir que...

— Basta. – Voldemort o interrompeu – Draco é um comensal. Você disse que toda sua família estava a meu dispor. Não vejo o que o impeça de realizar essa tarefa. Ele partirá amanhã.

— Tudo bem, Milorde. – Lúcio fitava o chão, não ousando encarar o mestre. Sua voz arrastada quase não produzia som algum ao sair pela garganta. – Como quiser.

Voldemort apenas desviou o olhar de Lúcio, com desprezo. Dirigiu-se para o outro comensal presente na sala.

— E então, Kraparov? Que notícias traz da Rússia?

— Poucas, Milorde, mas boas. – o homem falava com um sotaque forte e fez uma reverência. Como o Lorde não fez objeção, ele prosseguiu – Depois de algum esforço o novo diretor de DomVolshebnyy já está sob nosso domínio. Controlamos a escola.

— E o Ministério?

O russo hesitou por alguns instantes antes de responder, pego de surpresa. Imaginava que Voldemort já ficaria satisfeito com a notícia.

— Bem, o Ministério Russo é muito bem protegido, temos poucos infiltrados e ainda não temos tantos aliados quanto...

— O Ministério é o essencial. – cortou Voldemort, irritado, mas logo forçando um sorriso de volta a sua face – Sem ele, a escola não é nada. Precisam tomá-lo para que a dominação funcione.

— Sim, Milorde. Tomaremos o Ministério também.

— Rápido.

O comensal meneou a cabeça e se encolheu de volta no sofá em que estava, endireitando sua coluna.

— Milorde, o senhor tem certeza de que só a ajuda da Rússia e da Bulgária bastará? – indagou Lúcio com um tom de descrença na voz – Não seria necessário...

— Dezenas de países ao nosso lado? – Voldemort sorriu, mostrando os dentes ofídios – Sim, e isto está em andamento. Mas esse assunto não lhe diz respeito no momento.

Batidas na porta chamaram a atenção dos presentes.

Um bruxo alto de cabelo encaracolado e ensopado pela chuva entrou, deixando a porta se fechar sozinha atrás de si. Produziu um rastro de lama no tapete esverdeado dos Malfoy enquanto andou até os três homens. Lúcio estremeceu ao vê-lo sujar sua sala. Fedia a sangue velho.

— Lord Voldemort.

— Barkley, ali. – ele indicou para que se sentasse no espaço ao lado do comensal russo – E então?

— Milorde, – o homem se sentou no sofá de Lúcio, molhando todo o estofado e fazendo o anfitrião ranger os dentes – Scrimgeour está enlouquecendo. Harry Potter se nega a apoiá-lo publicamente e ele perde credibilidade cada vez mais. Não será nada difícil depor aquele velho. O povo não acredita mais nele. – pegou um biscoito na mesa de centro e o enfiou inteiro na boca.

— Bom. Muito bom. – sua voz saía tranquila – E quanto ao garoto?

— Ainda não sabemos ao certo como vão transportá-lo, Milorde. – falou enquanto ainda mastigava o resto do biscoito – Existem vários rumores, mas nenhum é concreto. As opções mais prováveis são pela rede de Flú, por algum transporte trouxa ou por vassouras. A única coisa que podemos ter certeza é que metade da Ordem da Fênix vai estar lá para escoltá-lo.

— Sei disso. Mas essa pode ser a melhor chance que teremos de pôr as mãos no garoto. Quero acabar logo com isso, antes que ele atrapalhe mais meus planos. – ele ficou alguns instantes olhando o vazio – Temos que descobrir com exatidão qual será o transporte dele, e convocar um número decente de Comensais.

— Claro, Milorde. Todos já estão avisados, estarão prontos quando necessário. E logo descobrirei o transporte do garoto, minhas fontes não falharão.

Novas batidas à porta.

Rabicho apareceu novamente, tremendo ao entrar no aposento, e avisou ao Lorde das Trevas que quase todos os Comensais já haviam chegado e estavam esperando na sala de jantar.

— Ótimo. – respondeu, satisfeito, se levantando e indo para a sala ao lado. Teriam uma longa noite pela frente.

---------------xXx---------------

Em seu quarto na Rua dos Alfeneiros n° 4, Harry Potter acordava agitado, com a cicatriz formigando. Tateou em busca de seus óculos e os colocou no rosto, levantando-se logo em seguida. Um vento gelado entrava pela janela, então o garoto a fechou, fazendo sua coruja acordar piando. Foi até ela e acariciou suas penas brancas pelas barras da gaiola. Percebendo que a garganta estava seca, decidiu descer até a cozinha.

A casa apresentava-se silenciosa, pois já se passava das onze da noite. O único ruído audível ao fundo era o som da TV no quarto de seu primo Duda. Entrou na cozinha, pegou uma jarra d’água na geladeira e encheu seu copo, sentando-se à mesa em seguida. Ficou pensando no sonho que acabara de ter, imaginando se fora tudo obra de sua mente ou se acontecera de fato.

Por que Voldemort estaria se relacionando e se aliando a bruxos russos e búlgaros? O que Draco estaria destinado a fazer, que até seu pai achava horrível demais? Não conseguia achar muito sentido naquelas conversas. A única coisa que tinha certeza era que o Lorde das Trevas não conseguiria descobrir como ele sairia da casa de seus tios. Confiava que a Ordem não deixaria isso vazar.

Esvaziou o copo com mais dois goles e ficou observando as gotículas de água que se formaram na superfície do vidro. Dumbledore o advertira sobre esses sonhos, que na verdade vinham da mente de Lord Voldemort. Ele não podia manter essa ligação, deixar que o Lorde das Trevas tivesse acesso à sua mente. Mas o que podia fazer? Os sonhos vinham inconscientemente, não podia controlar. Além disso, nunca conseguiu ser bom em oclumência, nem ao menos mediano. Por mais que tentasse, não era capaz de fazer o desejo do falecido bruxo.

A morte de Dumbledore, aliás, ainda não saía de sua cabeça. A cena do bruxo caindo da torre de astronomia também assombrava seus sonhos, todas as noites, doía muito pensar que nunca mais poderia estar com o professor. Os conselhos, as aulas, tudo se fora. Estava sozinho na luta contra as Horcruxes.

O final do ano anterior fora tão conturbado que ele ainda tinha dificuldades de assimilar tudo que tinha acontecido. Depois do jogo contra a Corvinal, em que ele finalmente beijara Gina, parecia que tudo ia ficar bem. Nas semanas que se passaram Harry começou a pensar que realmente poderia ser feliz. Estar ao lado dela era tudo que importava. Até o incidente na floresta.

Agora que tinha tudo vívido em sua cabeça, parecia surreal imaginar que tinha perdido a memória, esquecido quase um ano inteiro de sua vida. Tudo isso graças a Snape. Sempre ele, Snape. O maldito covarde traidor.

Pensou em como fora estranho viver sem saber dos acontecimentos do último ano. Os desencontros, as descobertas, Gina... Como pudera se esquecer de sua relação com ela? Nunca mais permitiria que isso acontecesse. Apesar disso, no fim, tudo que aconteceu serviu para unir ainda mais os dois. Ele se perguntava se essa ligação teria ficado tão forte caso não tivessem passado por tudo que passaram naquelas semanas.

Lembrou-se da noite que passaram juntos, de como tinha sido maravilhoso, de como ele adorava estar do lado daquela garota. Em contrapartida, também se lembrou do sonho que tivera e que teimava a aparecer noite ou outra. Cada vez que o sonho vinha ele ficava mais confuso. Tudo bem que havia concordado com Gina de que eles ficavam mais fortes unidos, que tudo valeria a pena se estivessem juntos. Mas sabia os riscos que ela correria se Voldemort quisesse usar a relação dos dois. E não se perdoaria se a perdesse também. Depois de Sirius, Dumbledore... Perder Gina ia ser demais.

Devolveu o copo à pia e subiu as escadas, voltando ao seu quarto para tentar dormir novamente. Sentou-se na cama e, antes de tirar os óculos, pegou a foto que repousava em sua mesa de cabeceira. Gina sorria agarrada no pescoço de Harry, enquanto ele parecia querer se esconder da foto que Collin Creevey tirara, na semana em que ele e a Weasley começaram a ficar juntos. Por mais que na hora tivesse achado que Collin estava sendo bastante invasivo, agora ele o agradecia por ter essa imagem de sua namorada. Não se cansava de observar aquele sorriso.

Colocando a foto de volta na mesinha, Harry se deitou e tentou adormecer, sem imaginar que aquela ainda seria uma longa noite.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado deste início, é só uma prévia do que está por vir. Provavelmente amanhã postarei o primeiro capítulo e então seguirei postando um a cada final de semana.

Caso tenham gostado, por favor deixem um comentário, vocês não sabem como isso é gratificante e nos incentiva a escrever mais. Continuarei postando mesmo que ninguém comente, não estou querendo trocar capítulos por comentários, mas tenham certeza que serei um autor bem mais feliz caso cada um de vocês comente ao fim de cada capítulo, dizendo o que gostaram e o que não gostaram. :)

Até a próxima!



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