Memórias Perdidas escrita por Flor


Capítulo 2
Annabeth


Notas iniciais do capítulo

Muuuuito obrigada as pessoas que comentaram...E aos outros...COMENTEM!~Caso contrario terei que pedir ajuda ao tio Hades e o Nick!
Espero que gostem!!



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Torre dos Vingadores,

Algumas horas depois que Natasha anunciou sua gravidez para Steve...

As portas do elevador se abriram e o casal Rogers saiu do mesmo e seguiram em direção a sala principal de jantar. Ambos encontraram seus companheiros sentados á mesa.

Encontraram Tony sentado na ponta, ao seu lado direito estava Pepper e ao seu lado esquerdo estava Bruce. Thor, Jane, Clint, Bobbi, Betty , Maria Hill e Nick Fury estavam juntos. E até mesmo James Barnes estava na mesa. Logo após a missão do Soldado Invernal, Steve reencontrou o velho amigo de infância, que recuperou a memória e se juntou a SHIELD. Os novos Vingadores ainda não tinham um lugar na Torre, segundo Tony, eles deviam merecer para receber um lugar em sua preciosa Torre, então, por enquanto, ficavam na mansão dos Vingadores.

_Olha só quem resolveu dar as caras...O casal 20.- Tony debochou. Natasha se limitou a revirar os olhos, enquanto se sentava ao lado de Clint e seu marido se sentava ao seu lado.- Mas o que é isso? Sem ao menos uma frase afiada que apenas a Viúva Negra sabe dar?- O homem perguntou, fingindo espanto, quando a mulher o ignorou completamente.- Quem é você e o que fez com Natasha Rogers?- Ele perguntou mais uma vez.

A ruiva, por outro lado, atacou seu pedaço de frango, ela estava com muita fome e poderia comer um gado inteiro. As mulheres presentes riram da cara que Tony fez, ao perceber que não estava tendo a atenção da ruiva.

_Estou lhe ignorando para não cometer com assassinato contra a sua pessoa, Stark!- A ruiva respondeu, encarando o Homem de Ferro e lhe lançando um sorrisinho cínico.- Até porque, no meu estado atual não posso ao menos me envolver em uma briga.

Tony fez uma cara incrédula.

Primeiro, Natasha não lhe respondia mal educada; segundo, recusava um claro convite de bater no Stark...Ela só poderia estar doente.

_Está doente, Nat?- Clint perguntou com uma leve preocupação em sua voz.

_Estou grávida!- Natasha falou de uma vez.

Ouve um momento de silêncio. Imagino que o barulho de metal, se deva ao fato de Tony Stark ter derrubado seu garfo. Todos encararam o casal Rogers, espantados. Até mesmo Nick Fury estava com o olho arregalado, mas a cara de Tony Stark, era cómica, segundo a opinião de Natasha.

Pepper deu um grito animado e começou a bater as mãos. Jane, Betty, Bobbi e Maria seguiram seu exemplo e logo, todas estavam parabenizando Natasha. Dos homens, Thor foi o primeiro a parabenizar Steve, depois foi Bucky, Clint, Nick, Bruce e por último, Tony.

_Não acredito que o Caps não é mais virgem.- Tony resmungou, os homens presentes gargalharam alto, com exceção de Steve, que se limitou a revirar os olhos.- Mas é claro que eu serei o padrinho do bebê mais esperado da América, então eu perdoo vocês.

_Perdão, Stark, mas eu sou o melhor amigo do pai da criança, nada mais justo EU ser o padrinho.- Bucky se rebateu, lançando um olhar mortal ao milionário e dando ênfase em ‘’eu’’.

_Sou melhor amigo da mãe, quase um irmão...Aceitem, senhores, eu serei o padrinho.- Clint se interferiu. Os três começaram discutir quem seria o padrinho da criança, deixando Natasha irritada.

_Se eles continuarem desse jeito...- Natasha começou sussurrando para o marido.

_Escolhemos JARVIS para ser o padrinho.- Steve completou no mesmo tom da esposa, olhando para os três homens que discutiam fervorosamente.

Depois da pequena discussão entre os três homens, cada um se dirigiu aos seus respectivos andares.

Bobbi, que agora era namorada oficial de Clint Barton, Betty, que era um caso não resolvido de Bruce Banner e Jane, que era noiva de Thor, dormiram no andar de seus respectivos companheiros. Maria Hill e Nick Fury foram embora pouco depois da sobremesa.

[...]

Duas semanas se passaram e Natasha e Steve estavam sentados em frente a Bruce, que se prontificou a ajudar na gravidez, afinal se tratava de uma criança que tinha dois soros poderosos em suas veias, então o cientista passou dias pesquisando sobre gravidez e fazendo testes em Natasha, colhendo amostras de seu sangue, etc.

O laboratório parecia um posto médico, todos os aparelhos foram encomendados por Tony, que deu a desculpa de querer o melhor para seu afilhado(a), mesmo Natasha e Steve deixando claro que ainda não haviam decidido quem seria o padrinho.

O cientista parecia preocupado, pediu para Natasha deitar-se na maca, porque ele iria iniciar uma ultrassom. Steve se manteve ao lado da esposa, sem nunca sair de perto, segurou sua mão e sorria a cada momento.

Após o exame ser realizado, Bruce não escondeu sua face tomada pela preocupação. E isso preocupou o casal. Depois de devidamente arrumada, Natasha sentou-se novamente em frente ao amigo.

_Por que você está com essa cara?- Natasha perguntou. Ela não queria admitir, mas uma onda de medo tomou conta de si e então ela agarrou a mão de seu marido.

_Eu...- Bruce começou, ele parecia querer buscar as palavras certas, e isso o deixava ansioso.- Segundo os exames, o seu útero está bastante danificado, quase impossível de suportar uma criança...-As palavras atingiram a ruiva como uma facada, ela fechou os olhos, afim de reter as lágrimas, ela sentiu a mão de Steve apertar a sua, isso a reconfortaria, mas não hoje, não agora.- Eu suponho que, com o soro do super soldado, a criança sobreviva, mas isso danificaria ainda mais seu útero e eliminaria suas chances de engravidar novamente, e mais que isso, poderia colocar a sua vida em risco, podendo nenhum dos dois sobreviver...Isso sem contar que, com o soro da Viúva, seu organismo elimina qualquer tipo de ameaça...-O homem suspirou.- É um risco a correr, nos 3 primeiros meses, é algo complicado e depois tem a incerteza da criança não sobreviver ao parto...

_Bruce...-A ruiva o interrompeu.- Por favor, vá direto ao ponto.

_Você tem duas opções, Natasha. Você segue com a gravidez, mas vive a incerteza de a qualquer momento ter um aborto espontâneo ou que seu filho nasça natimorto, mas tendo a esperança de que pode dar tudo certo ou...

_Interromper a gravidez.- Natasha completou com a voz distante. Steve prendeu a respiração e olhou incrédulo para sua esposa.- Digamos que eu leve a gravidez em diante...

_Eu ajudarei em tudo o que estiver ao meu alcance.- Bruce garantiu.- Lembre-se, Natasha, essa criança tem grandes chances de sobreviver, o Steve sobreviveu congelado por 70 anos...

_Eu não trabalho com incertezas, Banner.- Natasha falou fria, naquele momento, ambos os homens viram a temida Viúva Negra de volta. Ela se levantou e saiu do laboratório. Steve olhou para o amigo e Bruce suspirou.

_Sinto muito.- O cientista falou. O Capitão assentiu e levantou-se, indo em direção à porta.

Steve seguiu pelos corredores de cabeça baixa, toda alegria que ele sentiu, parecia ter ido embora tão rápida quanto chegou. Ele se sentia tão incapaz.

Entrou no elevador e pediu a JARVIS que o levasse para seu andar. Ele não queria chorar, mas as lágrimas insistiam em querer vir. Como é possível amar alguém que ao menos conhece?

Ele entrou em seu apartamento e seguiu até o seu quarto. Encontrou sua esposa arrumando sua bolsa, seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo e ela andava de um lado para o outro, pegando coisas e colocando dentro da bolsa.

_Onde vai?- Ele perguntou, quando a viu colocar as chaves de seu carro na bolsa.

_Acabar com isso de uma vez por todas.- Ela respondeu de maneira fria.- Eu disse que não queria sofrer, eu disse que não aguentaria...

_Não acredito que vai desistir de tudo, assim tão fácil.

Natasha soltou uma risada cínica e se virou para o marido.

_Desistir fácil? Olha pra mim, Rogers, eu não nasci para ser mãe. Eu sou uma assassina e eu não quero essa coisa dentro de mim, é tudo culpa dele, tudo isso que estou sentido, toda essa angustia é de única e exclusiva culpa dessa coisa.

_Natasha! –Steve gritou enfurecido. Como ela podia ser tão fria a ponto de chamar o filho deles de coisa.– Coloque a culpa em mim, que não me protegi, mas não culpe uma criança que ainda nem nasceu, porque a culpa não é dela. Ela é inocente...Eu não posso te obrigar a ficar com algo que não queira, o corpo é seu, faça o que bem entender, mas não conte comigo...Eu não serei o assassino do meu filho. Eu prefiro seguir a diante e dizer: ‘’Eu tentei!’’, do que nem ao menos tentar...Então vai nessa, Romanoff, tire a criança e mostre que todos estão certos, mostre que a Viúva Negra, não tem um coração.

Ele saiu do quarto, batendo a porta fortemente, tão forte que ela quebrou e caiu, mas ele não se importou de ser um cavalheiro naquele momento, estava furioso demais, magoado demais e confuso demais.

[...]

Natasha parou o carro em frente ao prédio, que parecia ter condições precárias. Ela pegou sua bolsa e saiu do veículo, trancou seu carro e olhou para o edifício a sua frente. A ruiva tirou os óculos escuros que usava, mas quando deu o primeiro passo para entrar, parou abruptamente. Ela olhou para o lado e viu um pequeno parque, onde algumas crianças brincavam.

Ela caminhou até lá, mesmo seu lado racional dizendo que ela deveria entrar naquela clínica e fazer o que deveria fazer.

Quando ela chegou ao tal parque, sentou-se em um banquinho de madeira que havia ali. Ela começou a olhar as crianças que haviam ali, todas inocentes, sem saberem a verdadeira maldade do mundo. Ela sentiu as lágrimas chegarem de maneira avassaladora e então, se permitiu chorar.

Natasha não se deu conta, quando um pequeno ser de 5 anos sentou-se ao seu lado. Ela apenas percebeu, porque a criança começou a acariciar suas mãos. A ruiva olhou para a criança, assustada, ela nunca havia tido contato direto com uma criança.

A tal criança, se tratava de uma pequena garotinha de cabelos escuros e olhos azuis. Ela usava um vestido rosa bebê, que estava sujo da areia da ‘’caixa de areia’’, mas isso não impedia sua beleza.

_Por que você cholando?- A menininha perguntou, com sua testa franzida de preocupação.- Você tá dodói?- Natasha negou com a cabeça. Tratou de secar as lágrimas e deu um mínimo sorriso para a garotinha.- Qual o seu nome?

_Natasha...- A espiã respondeu.- Onde está sua mãe?

_Ali...- A menininha apontou para uma mulher loira que aparentava ter 25 anos, ou menos, que se concentrava no seu livro, mas hora ou outra olhava para onde filha estava.- Você é tããão bonita. Aposto que tem um namolado...

Natasha riu minimamente.

_Sim, eu tenho, mas acho que ele está bravo demais comigo.

_JÁ SEI!- A garotinha saiu correndo, e quando voltou tinha uma rosa vermelha na mão.- Dá pro seu namolado e pede desculpa...Assim que não vai mais ficar com raiva de você.

Natasha pegou a rosa e deu uma risada.

_Muito obrigada...Posso saber o seu nome?

_É Annabeth.- Ambas ouviram a mãe da garotinha chamar, a menina deu um beijo estalado na bochecha de Natasha e correu até a mãe. A ruiva encarou a mãe da menina pega-la no colo e lhe rodopiar no ar. Então um rapaz moreno se aproximou das duas, deu um selinho na mulher e um beijo na testa da menininha, pegou-a no colo e lhe colocou sobre seus ombros. Eles pareciam felizes, e por um momento, Natasha sentiu inveja deles.

Ela colocou o óculos, pegou sua bolsa e, com a rosa na mão, seguiu até a clínica.

[...]

Steve andava de um lado para o outro e Tony, Clint, Thor e Bruce acompanhavam seus passos com a cabeça. Os quatro tomavam whisky e pediam para Steve parar de andar tanto. As meninas estavam na cozinha e Bucky havia ido ao banheiro.

_Capitão, se você formar uma cratera no chão da minha sala, cabeças vão rolar!- Tony ameaçou.

_Se acalme, amigo Rogers.- Thor pediu.- Lady Natasha sabe o que faz.

_Aí é que tá, Thor, Natasha não sabe o que faz, ela está colocando a vida dela e do meu filho em risco...Como vocês querem que eu me acalme?- O soldado estava aflito. Ele parou de andar e ficou em frente aos amigos.

Bucky chegou ao cômodo e carregava dois copos de whisky.

_Da última que eu te vi desse jeito, você foi recusado do alistamento da guerra pela 1º vez.- O Soldado Invernal entregou um dos copos para o melhor amigo.- Toma isso e se acalma.

Steve suspirou e aceitou a bebida.

_Eu só queria que ela enfrentasse e não desistisse na primeira oportunidade...Essa decisão era pra ser tomada entre nós dois, juntos...

Steve foi interrompido pelo barulho do elevador. As mulheres que estavam na cozinha vieram correndo até a sala, os homens deixaram seus copos de lado e prestaram atenção no elevador.

Natasha saiu do elevador, segurando uma rosa vermelha na mão esquerda e algumas sacolas na mão direita. Ela sorria abertamente, como se tivesse tirado um peso de suas costas.

_Boa noite!- Ela saudou alegremente. Ela colocou a bolsa de lado e seu encaminhou até seu marido, lhe deu um selinho e, em seguida, entregou a rosa a ele. Steve aceitou e, assim como todos os presentes, estranhando a felicidade da ruiva.- Vocês não vão acreditar no que eu comprei.- Ela sentou-se no sofá e abriu a sacola, tirando uma macacão amarelo de bebê.- A moça que me atendeu disse que o amarelo é uma cor unissex, eu sei que ainda é cedo, mas eu me apaixonei e...

_Natasha!- Steve chamou sua atenção.- Você saiu daqui certa em fazer um aborto e agora trás roupinhas de bebê? O que aconteceu?

Natasha suspirou olhou para os presentes.

_Eu ia realmente fazer o aborto. Mas, perto da clínica, tem um parquinho e eu fui lá...Eu comecei a conversar com uma menininha, ela que me deu essa rosa e disse para eu dar ao meu namorado, para ele não ficar bravo comigo...-Ela apontou para a flor nas mãos de seu marido.- No final, ela teve que ir embora, os pais estavam esperando-a e eles pareciam...Felizes, jovens demais, mas felizes.- Natasha encarou Steve.- Eu quero sentir isso, e quero tentar.

A sala ficou em silêncio. Steve abriu um grande sorriso e abraçou a esposa, abraçando-a e a girando e depois, beijando seus lábios.

_Mas tem um porém...- A espião falou assim que Steve a colocou no chão.- Se for menina, quero que se chame Annabeth.

Steve assentiu.

_Tudo o que quiser.

Todos comemoraram e então Tony encarou o casal Rogers.

_Bem, agora que já resolveram tudo, posso começar...Eu serei o padrinho!- Ele gritou a última frase para Clint e Bucky.

_De jeito nenhum!- Os outros dois responderam e então, começaram a discutir novamente.

[...]

17 anos depois...

NEW YORK...

Acampamento Meio-Sangue...

Uma semana após os sonhos de Annabeth começarem.

Annabeth andava pela praia pensativa, mal conseguia dormir a noite e quando conseguia, os sonhos lhe perturbavam. E eram todos iguais. Em todos eles havia uma mulher ruiva e uma garotinha, que era Annabeth quando tinha 7 anos, e ambas pareciam fugir de algo...Mas o mais estranho, Annabeth chamava a tal mulher de ‘’mamãe’’.

Então ela sabia que precisava de ajuda, e sabia a quem pedir. Ela chegou até a caverna que Rachel costumava a ficar, a ruiva se mostrou uma boa amiga, desde que se tornara oráculo.

_RACHEL! RACHEL!- A loira chamou.

A outra saiu de dentro da caverna, carregando uma cesta de morangos.

_Ei, ei, ei gritaria! Estou aqui, o que foi?- Annabeth permitiu deixar seu corpo cair no chão da caverna, tinha alguma coisa errada com ela, mas ela não sabia o que era.- São os sonhos de novo?- A oráculo sentou-se ao lado da amiga e lhe ofereceu um morango.

_Sim... Rachel, parece estranho, mas...Eu sinto que esses sonhos são verdade, que realmente aconteceram.

_Já pensou em falar com a sua mãe?

Annabeth bufou.

_Milhares de vezes, mas é como se Atena estivesse com raiva, ela não está respondendo nenhum de seus filhos...Ai que raiva!- Annie bateu com força no chão da caverna. Um estalo foi ouvido.

Rachel arregalou os olhos e cutucou Annabeth, que abriu os olhos e olhou na direção que a ruiva olhava. Após o soco que Annabeth deu, o chão abriu uma pequena cratera em volta da mão da loira.

_Eu não sei o que está acontecendo, mas acho melhor você descobrir, antes que destrua algo maior.


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Notas finais do capítulo

Eai? Gostaram? Comentem por favor...Isso me motiva bastante!