1944 – New Orleans

Úrsula abria uma porta de uma loja de bijuterias,fazendo um sininho tocar. Sentada em uma cadeira logo em frente a porta,estava Marie Laveu,a rainha do Voodoo,que por mais estranho que pareça,parecia já esperar a vinda de Úrsula. A Mulher se senta do lado oposto da mesa onde Marie estava.

– Bom,o que está esperando? Se está aqui é por algum motivo,então vale o que você quer, Úrsula! – Pediu Marie Laveu.

– Isso é jeito que tratar um cliente? – Falou Úrsula. – Mas como eu acho que não sou bem vinda, vou ser direta, preciso que você faça um ritual de troca de corpos.

– Hmm,Você não faz idéia com que forças do mal está se metendo né? Tola! – Falou Marie em tom de deboche.

– Por favor,Emily,minha filha, é uma garota com alguns problemas,ela necessita mudar sua face.Nós até já temos o outro corpo,só falta alguém capacitado para fazer o ritual. Você. – Insistiu Úrsula.

– Oh,por favor, não se faça de mamãe preocupada,eu sinto de longe o cheiro pobre vindo de você. E não,não irei fazer o ritual,isso é muito perigoso,é pura magia negra.

– Tem certeza? – Falou Úrsula colocando lentamente uma mala de dinheiro em cima da mesa. – Eu acho que podemos fechar um negócio,estou certa?

– Preciso das duas mortas,iremos fazer o combinado em dia de lua cheia,mas eu estou avisando,se algo sair errado,seu internato pode ficar condenado a virar um purgatório. – Avisou Marie.

– Então estamos combinadas. – Disse Úrsula erguendo a mão para Marie,que assentiu.

American Horror Story : Boarding

Martha reuniu todos os alunos para comunicar a saída de Úrsula do posto de diretora e que agora está no comando de tudo,ao lado da nova vise-diretora,Tânia. Aproveitando a reunião já formada,Martha anuncia a nova professora,Riley Morgan.

– Pessoal, essa é Riley Morgan,a nova professora do internato. – Comunicou Martha.

– Oh,é um grande prazer para mim. – Disse Riley.

– Bom,estamos abertos a perguntas dos alunos.

– Bem,com licença,eu tenho uma pergunta. – Falou Ramona.

– Tudo bem,pode falar. – Assentiu Martha.

– Eu queria saber o que aconteceu com Edward? – Perguntou Ramona.

– Próxima pergunta? – Falou Martha tentando mudar de assunto.

– O que houve com a diretora Úrsula? – Perguntou Ginger.

– Bom,já que ninguém tem mais perguntas,vamos falar sobre os preparativos do Halloween de amanhã a noite. – Novamente mudando de assunto.

Enquanto Martha falava,Ramona nota Trent com um olhar tenso, dentro do internato, observando tudo que estava acontecendo através de uma janela no dormitório das meninas. Ramona, então, sai escondida entre a multidão e decide ir ao encontro do rapaz.

– Você está bem? – Pergunta ela.

– Você sabe que aqui não é meu lugar. – Falou ele.

– E aonde é seu lugar,Trent? Até por que, na primeira vez que nos encontramos,você está fugindo de alguém ou alguma coisa.

– Isso... Isso não importa mais. Olha,eu agradeço por tudo que vocês fizeram,mas está na hora de eu ir embora.

– Então, você realmente não vai me contar nada do que aconteceu? Não acha que preciso de pelo menos uma explicação? – Exigiu Ramona.

– Eu pensei que vocês,garotas,gostassem de mistério. – Comentou Trent.

– Eu não sou uma garota normal,tenho problemas,coisas que me assombram toda vez que coloco minha cabeça no travesseiro. Você não entende...

– É claro que eu entendo,eu sinto a mesma coisa. Nós somos iguais.

Nesse momento,Ramona pode sentir alguém para quem possa finalmente se abrir,Trent sentiu o mesmo,fazendo o beijo acontecer,tudo isso sendo espionado por Kim e Ginger por uma brecha na porta. Depois do fim da reunião,Martha apresenta todos os cantos do internato para Riley,a mulher,no entanto,pareceu se importar mais com uma porta visivelmente trancada com um cadeado.

– O que tem atrás dessa porta? – Perguntou Riley.

– Oh,Isso? Não se preocupe,não há nada além de um deposito de bugigangas. – Explicou Martha. – Vamos seguir?

– Eu não entendi o por que de ter tantos cadeados. – Falou Riley,voltando ao assunto.

– Eu falei para você não se meter, será que você entendeu? – Falou Martha seria. – Agora, se você tiver a honra, eu poderei mostrar mais do nosso acolhedor internato.

– Tudo bem, eu não voltarei a falar sobre isso. – Afirmou Riley.

– Assim espero. – Falou Martha.

Mas a promessa não valeu de nada,já que assim que escureceu,Riley volta ao local, dessa vez com um diário onde escrevia cada detalhe do que acontecia,e uma lanterna. Com um grampo ela consegue,incrivelmente,abrir o cadeado e entrar na sala. Ao perceber que estava em um quarto de bonecas de Martha, sai correndo desgovernada pelos corredores, deixando seu diário cair. Do lado de fora, Tânia começa a colocar seu plano de vingança em ação,colocando Úrsula em uma cova já pronta e começando a enterrar.

– Pai nosso que estais no céu... – Começou a rezar.

– Ora, você acha que depois de todas as crueldades que você fez nessa vida inútil Deus irá de ajudar? Você é ridícula! – Falou Tânia.

– Eu aceito ajuda até do próprio Diabo, mas eu não aceito ser morta por alguém como você. – Reclamou Úrsula.

– Eu imagino. Deve ser difícil admitir a derrota, não é? Ainda mais por sua maior inimiga.

– Oh, iludida, você nunca foi minha inimiga, não seria capaz de chegar perto desse posto. Você é só uma qualquer que quer ser eu.

– Eu não diria isso se estivesse prestes a ser enterrada vida,mas eu não espera menos de uma mulher como você. Finalmente a justiça será feita e o melhor, ninguém pode te salvar agora, Úrsula! – Anunciou Tânia.

De repente,algo bate com uma pá na cabeça de Tânia,fazendo ela cair morta no chão. Úrsula aproveita o momento e tenta fugir da cova,conseguindo sair correndo,mas sendo em seguida acertada também por Tânia,que parecia normal,mesmo com sangue escorrendo de sua cabeça.

– Vadia! – Falou Tânia.

Tânia arrasta Úrsula até o porão do internato, lá ela amarra a inimiga e coloca um pano em sua boca, com a intenção de deixar-la totalmente muda e sem chance de gritar por socorro. Em seguida que Tânia sai,uma escuridão toma conta do lugar,só uma vela acessa iluminava o local. Das sombras, sai Emily, Edward e Charlote, deixando Úrsula apavorada,se arrastado para o canto.

– O que foi? Parece que viu um fantasma... – Falou Emily.

O fogo da vela é apagado por Emily,e a escuridão agora era inevitável.