Bad Blood escrita por Anninha Antonelly
Notas iniciais do capítulo
Tradução; Momentos Sombrios/ Momentos escuros
Tenso
POV´s Sam
Acordo sentindo uma agulhada em meu braço. Estou deitada em cima de algo, uma maca. Tento me levantar, mas uma corrente me impede.
– Ora, ora. Se não é Samantha Puckett do iCarly – uma voz brota da escuridão do quarto.
– Quem é você mané, e por que me prendeu ? Fala idiota – puxo a maldita corrente e me debato, tudo que consigo é um corte na veia, o que me faz urrar ao sentir o sangue escorrer pelo meu pulso.
– Ela estar nervosinha? – fala com voz debochada – então é melhor se acalmar – seu tom muda de repente para sério e frio.
– Me obrigue.
– Vou fazer pior que isso, cara Srta. – a figura sombria se aproxima, uma mascara cobre metade de seu rosto, impossibilitando que eu o identifique-o.
Ele tem um bisturi em sua mão esquerda, uma injeção na direita.
– Sai. Daqui – sibilo.
A figura sombria começa a rir muito alto e maquiavelicamente.
– Tenho pena de você, querida – ele diz e enfia o bisturi em minha pele – não, eu não tenho.
Em seguida, sinto uma injeção em meu pescoço. Meu corpo amolece. Minha mente para por um segundo e sinto que meus pulmões também entraram na onda.
Tento – inutilmente – puxar o ar, mas ele não vem. Meu cérebro para de funcionar e tudo foi escurecendo aos poucos.
[...]
Puxo o ar, não estou morta – quem me dera – observo o local onde estou; armários grandes que vão do inicio ao fim da parede branca, eles estão lotados de medicamentos, seringas, injeções, e outros aparelhos que eu não tenho a menor ideia do que seja.
Faz exatamente três dias que estou nesse pedaço de inferno. Sou torturada, espancada, drogada, todos os dias, constantemente. Quando a seção de torturas termina, eles me encaminham para enfermaria, preocupados comigo? Longe disso, é apenas uma maneira de manter viva para que mais torturas aconteçam.
O que eu fiz para esse bando de dementes?
Nada
Nem sei o motivo de terem me sequestrado e estarem me torturando. Às vezes ouço pedaços de conversa aqui e ali, tudo que sei até agora é que o mandante dessa seita é um tal de Williams, ou como os bocós chamam seu “mestre”, Sr. Williams.
– Olá Sam, como se sente – Hale, a enfermeira, me cumprimenta com um sorriso.
Como alguém me pergunta se eu estou bem depois de ter sido espancada e quase morta?
– Estou ótima, acabei de ser torturada e quase morta, mas estou radiante, fez até bem para o meu emocional – digo irônica.
Ela bufa e começa a medir minha preção.
– Sam, você pretende, fazer algo para sair daqui?
– Se eu pudesse
– Terminei – ela larga meu braço – Sr. Williams deseja ver-te
– Vai ficar desejando – rosno
– Sam – ela me reprende – quer morrer?
– No momento é a melhor solução – falo fria
– Deixa de ser cabeça dura – olha para prancheta apoiada em seu braço – tenho outros pacientes para atender, até mais. Não faça besteira
Hale sai batendo a porta quase em um estrondo
Me levanto da maca e coloco os pés no chão gelado. Observo meu corpo, cheio de marcas, arranhões, meu olho está com um roxo enorme, também há marcas de gilete em minhas pernas e braços – eles passam gilete pura e afiada em meu corpo, depois me jogam em um tanque com agua gelada. Arde para caramba.
Ah, esqueci de comentar minha perna quebrada , sim eles mesmos que quebraram, com as próprias mãos.
“Por que você não faz nada, Sam?” – resposta simples; é inútil lutar, quanto mais você se debate mais eles te espancam. Aprendi da pior forma possível.
Aqui é o pior lugar que você pode habitar. Homens te espancam durante horas enquanto riem da sua cara, você só come duas – miseras – refeições no dia, vocês ouviram bem? DUAS, eles só vão te dar comida duas vezes. Isso é um absurdo. Como alguém pode sobreviver assim? Comendo míseras duas vezes.
– Aqui é a sala do idiota que me trouxe para esse inferno? – pergunto ao guarda na porta de uma sala
– Mais respeito menina – ele segura meu pescoço e me sustenta no alto – mais uma palavra profanada deste lixo que tu chamas de boca, e ficaras sem teu pescoço.
Ele me solta bruscamente. Meu corpo vai ao contato com o chão.
– Adorável Samantha – a porta da sala se abre revelando o “mestre dos idiotas”
Encaro a figura sombria que tem um sorriso estilo gato Cheshire (gato da Alice) nos lábios carnudos.
– Por favor, me de a honra de tê-la em minha presença – fala com sarcasmo doentio.
– Vai se ferrar – rosno, ele sorri.
– Tão hostil, por que isso, adorável Samantha – ele pega em um dos meus cachos, eu o puxo de sua mão.
A cada minuto que se passa seu sorriso cresce maior e amedrontador. Tremo.
Um dos guardas soca meu rosto, sinto o sangue vermelho escorrer por minhas bochechas e depois pelo maxilar.
Sr. Williams pega meu queixo com seu dedo indicador, suas unhas cravam ali formando uma pequena cicatriz.
– Vadia – ele ainda sorri – tenho um presentinho para você.
Não a tempo para raciocínio.
Outro murro
Outro desmaio.
– Acorde adorável Samantha – a voz me faz arrepiar todos os pelos de minha nuca.
Me levanto em um pulo.
– Você tem visitas, não vai cumprimenta-los? – ele desliza a gilete por meu braço.
Seguro o gemido.
Ele para a gilete, segura minha cabeça com uma força desnecessária, me obrigando a olhar para minha esquerda.
Jace, Annie e um louro que eu não conheço. Todos machucados, amarrados em cadeiras individuais. Jace é o mais machucado, sem duvidas, seu rosto tem vários hematomas, marcas arroxeadas, e um corte profundo no maxilar.
Seu peito desnudo está repleto de arranhões e marcas de ferro.
O machucaram com ferro? – uma lagrima solitária escorre pela minha bochecha.
Ele percebe meu olhar e tenta sorrir, mas ao esboçar aquela simples expressão recebe um soco no abdome.
Viro o rosto para não encara-lo, mas Williams – ele não é meu senhor nem aqui nem na China – me obriga a fitar a cena, como se sentisse prazer nisto.
Vagabundo!
Seu abdome incha, sua respiração é descompassada, seus olhos estão em alerta, como se pudesse receber outro golpe a qualquer momento.
Outro, outro e mais outro, todos os golpes desferidos em seu rosto tão delicado, agora completamente desfigurado.
Eu gritava, me desesperava e me debatia, mas isso só fazia que os golpes fossem desferidos com mais força. Me contive em chorar em silencio, tentando fechar os olhos, mas seus urros de dor perturbavam meu coração
– Parem – a voz me traz um alivio momentâneo – assim iram mata-lo, só queremos que isto aconteça depois de brincarmos muito com o jovem rapaz.
Miserável
O capanga vai em direção a Annie, ele sorri maliciosamente, meu estomago se embrulha assim que o nojento da um beijo em sua bochecha.
O vomito sobe minha garganta. Ponho tudo para fora, literalmente.
Levanto a cabeça e me deparo com o crápula esbofeteando sua face pura, ingênua, agora está marcada.
Annie chora, mas não faz som. Ela sabe que se chorar apanhará mais. as lagrimas apenas escorrem por seu rosto.
– Já estar bom, Jaspen. Vamos brincar com a garota mais tarde.
– Com certeza, Senhor – ele vai até a outra cadeira. Acerta um garoto louro com um murro na boca, o garoto desmaia e sua boca jorra sangue.
Ele arranca uma unha do menino, sem piedade.
– Chega – ele faz um sinal com a mão para que o outro miserável pare de torturar o louro.
– Nos divertiremos mais tarde playboy – Jaspen diz ao garoto.
– Muito bem. Samantha, como eu sou uma pessoa culta vou deixar que escolha um destes – ele aponta para as pessoas torturadas – para ir com você, os outros serão torturados até a morte.
Meu coração gela. Como assim escolher?
Não é difícil imaginar o que esses nojentos faram com uma garotinha como Annie, mas, Jace é meu irmãozinho, eu amo ele como a mim mesma, não posso imaginar minha vida sem ele. Jace é minha escolha certeira.
Eu seria capaz de abandonar Annie com esses imundos?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Tenso, muito tenso! Fiz esse menor porque o outro ficou gigante. Quem é o louro que aparece no capitulo? Qual a escolha de Sam? Deixem seus palpites!
Comentem!
Bjuss