E se eu for sua nova chance escrita por Camila Apolônio


Capítulo 5
Feridas




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Natsu on.

Acordei com o sol batendo no meu rosto, eu acabei dormindo na cama com a Lucy, mas ela não está mais aqui, pego meu celular e olho as horas, 8:30, porque ela saiu tão cedo em? Há, é mesmo, ela me falou daquele compromisso, disse que ia passar o dia todo fora e que não precisava espera-la para jantar. Levanto, faço minha higiene matinal e vou para a cozinha para preparar algo, quando chego à geladeira, reparo em um bilhete que está em na porta, não estava lá antes, então resolvi ler. Ele dizia:

Natsu!!!

Espero que você fique bem enquanto eu estiver fora, vai ter que se virar com o que tem na geladeira ou comprar alguma coisa, se precisar tem dinheiro em cima da mesa.

Tenha um bom dia!!! Beijos!!!

Lucy.

Isso me fez sorrir, então sussurro, como se ela pudesse ouvir:

– Tenha um bom dia você também Lucy.

Durante o café da manha, fiquei pensando em tudo o que a Lucy fez por mim e decidi que não posso ficar dependendo dela para sempre, então vou procurar um emprego, pego o jornal e vejo os disponíveis.

Autora on.

Natsu passou seu dia fazendo entrevistas para empregos, após tentar quase todos os escolhidos, pensou em desistir, mas para sua sorte, uma moça que estava passando o viu tão abatido e resolveu perguntar o que estava acontecendo.

– O que aconteceu com você? – Natsu estava com a cabeça baixa e quando a levantou, viu uma moça de cabelos brancos longos o observando.

– Não consigo arrumar um emprego.

– Ô, que pena. Chamo-me Mirajane, mas você pode me chamar de Mira.

– Eu sou o Natsu – Mira sentou-se ao seu lado.

– Então? O que deseja fazer?

– Qualquer coisa que não seja muito complicado.

– Ô, acho que eu tenho algo para você.

– Serio? – Natsu parecia esperançoso.

– Claro!!

Mira levo-o para uma cafeteria muito famosa de Magnólia: Fairy Café, ele iria trabalhar lá como garçom, já que estão perto das festas de aniversario da cidade e do Dia das Bruxas, estão requisitando pessoas para servir, esta cafeteria é responsável por tudo o que é servido nas festas do reino. Natsu aceitou o emprego de cara, sabia que a Lucy ia ficar muito feliz por saber que ele conseguiu e ele também estava feliz.

Após aprender como seria seu trabalho, tudo ficou acertado que ele começaria na próxima segunda, então faltava apenas dois dias para ele começar a trabalhar. Despediu-se do pessoal do seu novo trabalho e olhou as horas 5:00 da tarde, tinha que ir para casa.

Natsu on.

Tenho que chegar em casa logo, a Lucy já deve ter chegado, ela pode esta preocupada.

– Hã?? Que estranho, as luzes estão todas apagadas. Ainda bem que a Lucy tinha uma chave extra e me deu, assim eu não teria que ficar esperando ela chegar aqui no frio.

Entro em casa, e coloco o meu uniforme de trabalho encima da mesa, quero mostrar para a Lucy assim que ela chegar.

– Estou animado!!!! – Já se passará um bom tempo e Lucy ainda não chegou, vou deitar no sofá para espera-la.

Acordei com o barulho da chave na porta, Lucy havia chegado, continuei deitado e estava me preparando para te dar um susto, mas quando ela entrou toda minha alegria desapareceu, ela estava cheia de hematomas, seus ferimentos eram graves, seus olhas estavam inchados, com toda certeza andou chorando, ela veio até mim e eu fingir estar dormindo, então ela falou:

– Ainda bem que você não está acordado – Ela beijou minha bochecha foi para o quarto e trancou a porta.

– Lucy o que aconteceu com você? Porque esses machucados? – Perguntei para mim mesmo – tenho que vê-la, mas ela trancou a porta, só da para entrar pela janela.

Saiu de casa e dou uma volta até está na direção da janela do quarto da Lucy, subo sem fazer barulho, ela sempre larga a janela aberta, quando entro observo que Lucy está na frende do espelho, apenas com as roupas de baixo, seu corpo é lindo, mas seus hematomas estão quase cobrindo toda sua pele, ela ainda não me percebeu, esta com o olhar fixo no colar que está entre suas mãos, dei alguns passos e falo:

– O que aconteceu com você? – Ela se assustou

– Por onde você entrou?

– Pela janela. O que aconteceu com você? – antes de responder ela desviou o olhar.

– Tivemos problemas com os caras que fomos prender – não acreditei.

– O que aconteceu exatamente?

– Eu fui pega, eles me bateram, fiquei presa por um tempo, fugi, fui perseguida e cai de uma encosta. Basicamente foi isso – ela ainda mentia, eu tinha certeza, mas preferi não questionar.

– Vá tomar um banho, depois vou cuidar de suas feridas.

– Não preciso, eu sei me virar sozinha.

– Isso não foi um pedido – ela me olhou com raiva, mas sabia que eu não desistiria então teve que ceder.

– Tudo bem.

– Você precisará ficar apenas com suas roupas de baixo quando voltar do banho – falo um pouco envergonhado – como conseguiu ficar com hematomas em quase todos os lugares do corpo?

– Não sei – ela estava corada, suspirou e respondeu – OK.

Quando ela saiu, fui até o banheiro e peguei o kit de primeiros socorros comecei a tratar de suas feridas.

– Ai, ai, ai, ai.....

– Se acalme, eu sei que esta doendo, mas eu estou tendo o máximo de cuidado possível.

– Eu sei, obrigado.

Ficamos em silêncio até eu terminar, ela vestiu-se e eu pude notar que ela estava muito abatida, tenho que fazer algo para levantar seu animo, lembrei sobre o meu emprego, acho que vai ser uma boa ideia.

– Lucy

– Hum?

– Tenho uma surpresa pra você.

– Surpresa? O que é?

– Você vai ver, mas vai ter que me deixar fechar seus olhos – ela parece ter se animado um pouco.

– OK. – Levanto, fico de frente para suas costas, passo meu braços por sua cabeça e tapo seus olhos, meu coração está acelerado.

– Agora eu vou te guiar, confie em mim – falei perto do seu ouvido, ela se arrepiou. Levei-a até a mesa – continue com os olhos fechados – puxei o pacote do uniforme para sua frente e mais uma vez falei no seu ouvido – Pode abrir agora.

– O que é isso?

– Veja você mesma – Ela abriu um pacote.

– Isto é ...

– Sim, um uniforme de trabalho, eu arrumei um emprego – dei-lhe um sorriso.

– Que bom – ela me abraçou e pela primeira vez desde quando chegou ela estava realmente feliz. Ficamos conversando por um bom tempo sobre o meu novo emprego, até que o estomago da Lucy roncou, ai eu lembrei que não tinha nada para comer em casa, Lucy iria me esperar enquanto eu compraria algumas coisas.

Lucy on.

Assim que ele saiu, eu me senti totalmente sozinha, é como se toda a minha felicidade também tivesse saído pela porta, um tempo depois a campainha tocou, será que o Natsu esqueceu a chave?

– Oi Bunny.

– Sting? O que você está fazendo aqui?

– Eu vim conversar com você querida?

– Saia daqui, eu não tenho nada para falar com você – Ele forçou a porta, me empurrou e entrou, trancando a porta atrás de si.

– Parece que aquele seu amiguinho não está aqui, isso que dizer que você esta indefessa – ele me agarrou, me apertou na parede e lambeu o meu pescoço. Eu fiz uma cara de dor por causa dos meus hematomas, ele riu.

– Então seu corpo está doendo, não é mesmo? Ele sabe que a culpa de você está toda machucada é dele.


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