Além do seu Olhar escrita por Miimi Hye da Lua, Incrível


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Sugar! Yes, please!(maneira mais criativa que encontrei pra começar esse cap, e já vi q não deu certo kkkkk, mas eu amo essa música então vai ficar assim, rs)
Era pra eu ter postado mais cedo mas meu sobrinho de 3 anos não deixou, então eu tive de assistir mais da metade da galinha pintadinha com ele (tortura), até poder ter o pc só pra mim.
Chega de papo furado e vamos ao cap!
#Incrível ;)



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— Nossa, um homem pontual! Tá ai uma coisa que eu achei que nunca veria — sorriu Violetta.

Em exatas 07:45 e eu estava na frente da casa de Violetta para irmos tomar café da manhã juntos e agora caminhávamos para a padaria. Sinceramente eu me atrasava pra tudo, algo que vocês já devem ter percebido. Mas naquele dia, eu me esforcei e fiz de tudo para não me atrasar.

— Isso foi um elogio? — perguntei lhe retribuindo o sorriso.

— Obvio, Leon — revirou os olhos. — Não é sempre que um homem chega na hora certa. Como conseguiu esse feito?

— Ah, eu acordei cedo e depois de dar um fora na Cami por telefone, decidi vir.

Ela parou de caminhar bruscamente e eu tive de parar também. Por uns 10 segundos, Violetta me encarou com olhos assustados, enquanto eu me segurava pra não rir. Ela realmente parecia preocupada.

— O que? — disse com voz trêmula.

— Relaxa, Vilu. Era brincadeira — sorri e ela suspirou. — Não vou contar pra Cami o que sei. Seu segredo tá seguro comigo.

— Nunca mais me dê um susto assim, Leon Vargas — disse séria, voltando a caminhar.

— Ah, para de ser tão sensível, Vilu. Disse aquilo pra te irritar. Vem cá, vem — a puxei para me abraçar.

— Leon, me solta! — disse irritada, tentando se desvencilhar de meus braços.

— Não, pode esquecer — falei, ainda tentando abraça-la.

— Se você não me soltar, eu vou gritar — ameaçou.

— E dai? Não tenho medo — sorri.

— Leon! — disse manhosa.

— Diz que me perdoa e eu solto — chantageei.

— Ta, eu perdoo, agora me solta, por favor. Já estão todos nos olhando — segurou a risada e eu a soltei.

Voltamos a caminhar, sem nos importar com os olhares que as pessoas que passavam por ali, nos deram.

— Então, me conta: em que padaria estamos indo?

— Estamos indo para a melhor padaria de Buenos Aires, na minha humilde opinião.

— Nossa! E o que essa padaria tem de tão especial? — indaguei.

— Quando chegarmos lá, eu te explico. Mas assim que você entrar lá, vai entender — sorriu misteriosa.

— Você gosta de me levar para os lugares sem eu saber de nada, neh? — ergui uma sobrancelha.

— Exatamente. É divertido fazer surpresas para as pessoas. Sempre tem um gostinho melhor o objeto ou, no nosso caso, o lugar.

— Tudo bem. Então, me surpreenda, Violetta — sorri.

— Pode deixar — devolveu o sorriso.

Seguimos o caminho conversando. O assunto principal foi o dia de ontem, com a forte gripe de Violetta. Ela já estava bem melhor, e me agradeceu novamente por tê-la levado ao hospital. Isso me fez lembrar da médica dizendo que éramos namorados, e um sorriso se estampou em meu rosto.

— O que foi? — perguntou curiosa.

— O que? — disse confuso.

— Porque está sorrindo? — esclareceu.

— Ah... Nada não, só estou curioso pra saber como é esse lugar.

— Pois pode matar a curiosidade, porque acabamos de chegar — sorriu, parando.

O lugar se chamava Gardenlife e tinha um estilo bem retrô. Adentrando a padaria, notei que haviam muitas pessoas ali, conversando calmamente enquanto comiam. O cheiro de café e pão era maravilhoso e ao olhar a quantidade de doces, pães e bolos que haviam ali, parecia que seus olhos iam saltar.

— Pois é — riu Violetta, sabendo exatamente meus pensamentos.

Caminhamos até a bancada e neste momento, uma mulher apareceu atrás da mesma, com um sorriso largo. Ela tinha cabelos negros e olhos verdes, da mesma cor dos meus.

— Oi, Vilu! — cumprimentou.

— Oi, Julie ! — respondeu Vilu.

— Quem é esse lindo rapaz que está com você?

— É o Leon. Leon essa é Julie, a dona desse lugar incrível.

— Muito prazer — estendo a mão e ela a pega.

— O prazer é todo meu! Violetta nunca trouxe um rapaz aqui — comenta.

— Julie! — repreendeu Violetta.

Fiquei com um sorriso bobo no rosto, enquanto Violetta ficava vermelha de vergonha. Quer dizer que nem o magricela do Tomás havia vindo aqui com ela? De alguma forma essa noticia me deixou muito, mas muito feliz.

— O que eu fiz? — perguntou Julie, inocentemente.

Segurei-me para não rir. Então, a porta se abriu e um homem de avental e touca, todo sujo de farinha, apareceu. Ele tinha cabelos castanhos e olhos negros e quando sorriu, notei suas covinhas. Assim que nos viu, disse:

— Oi Vilu! Ta namorando e nem nos contou?

Se antes Violetta estava vermelha, agora devia estar quase roxa de tanta vergonha.

— Será que vocês dois podem parar? — pediu Violetta.

— Parar com o que? — perguntou o homem confuso. — Vocês formam um belo casal!

— Raniero! — protestou.

— O que?

Percebi que Violetta estava muito envergonhada, então resolvi intervir em sua ajuda.

— Me chamo Leon — estendo a mão e ele a aperta.

— Muito prazer! Sou Raniero.

— O prazer é meu. E eu e Vilu não somos namorados — esclareci.

— Ah, é que como não é sempre que Vilu trás um garoto pra cá, acabei entendendo errado. Sabia que a Violetta não tem namorado?

— É, e ela tá solteira faz muito tempo. Sabia que vocês ficariam ótimos juntos? — disse Julie.

— Vamos pra mesa, Leon! — disse, me puxando desesperadamente.

Saímos dali rapidamente,deixando os dois com rostos confusos. Fomos para uma mesa circular com toalha xadrez, branca e vermelha. Sentando nela, notei que Violetta estava começando a voltar a sua cor normal.

— Me desculpe por eles — pediu.

— Tudo bem. Eles são legais. Que tal nós pedirmos? Estou com fome — mudei de assunto.

— Somos dois — sorriu.

Fizemos o pedido, com um sorriso malicioso de Julie para Violetta (e um revirar de olhos de Vilu), e logo nosso café da manhã chegou. Eu havia pedido um pão de queijo, uma bomba de chocolate e um pingado. E Violetta pediu "o de sempre".

— Porque aqui se chama Gardenlife? — perguntei.

— Essa é uma historia interessante: Julie e Raniero sofreram muito com a perda de um filho, anos atrás. Então eles se mudaram para Buenos Aires e começaram uma nova vida. Eles dizem que a vida é um jardim, às vezes as flores estão maravilhosas e a grama está verde e tem épocas em que as plantas estão morrendo e somente a alegria, o amor e cuidado podem fazer o jardim voltar ao seu estado perfeito — explicou.

— Interessante. Esse lugar é demais! — sorri.

— Fico feliz que tenha gostado. Como sabe, não trago muitas pessoas aqui.

— Já veio com quem pra cá?

— Vinha com meus pais quando era pequena. Minha mãe adorava esse lugar, e quando ela morreu meu pai não quis mais vir. Mas eu gosto daqui, é mais uma coisa que me deixa próxima dela.

— Esse lugar é especial pra você... Então eu me sinto lisonjeado por você compartilhá-lo comigo. Devo me sentir especial por isso? — sorri, brincando.

— Você é especial, Leon — sorriu sincera, me deixando sem fala. — Gosto muito de você. Se importa comigo, me diverte, me faz sorrir e ao seu lado me sinto muito bem.

O que ela estava dizendo? Ela não podia estar realmente gostando de mim, era um erro! Eu estava ali para me aproximar dela e matá-la! Ela não podia se apaixonar por mim, estragaria tudo! Mas o que me deixou mais confuso, foi que eu não fiquei bravo, e sim feliz, muito feliz. Algo me envolveu de forma tão única que eu tive de sorrir para ela. Peguei sua mão, que repousava na mesa e a segurei calmamente, sem tirar os olhos dela que agora, corava.

— Você me encanta — disse sem controle sobre meus atos e falas.

Isso sempre acontecia quando eu estava com ela. Parecia que ela fazia uma lavagem cerebral e me tornava uma pessoa diferente, com sentimentos que nunca havia experimentado.

Passei o polegar pelas costas de sua mão, assim como no parque. Então eu percebi o que fazia e soltei sua mão rapidamente, voltando minha atenção à comida. Ouvi um suspiro de frustração vindo da parte dela.

— Por que faz isso? — perguntou.

— Faço o que? — falei, sem tirar os olhos da comida.

— Olha, Leon. Você sabe exatamente do que estou falando — disse séria. — Por que se esquiva do que acontece entre nós?

— Vilu, eu simplesmente não acho legal isso acontecer, sendo que a Cami está gostando de mim e ela é uma de suas melhores amigas — disse sem olhar para seus olhos. Sabia que Cami não era o problema e sim, eu.

— Tá, mas isso não tem só a ver com a Cami, Leon. Tem a ver com o que sentimos. Sempre que estamos nos aproximando você se afasta. Vai dizer que nada rola? Impossível! Eu sinto isso. Algo está te incomodando, te impedindo de se aproximar de mim. Sou eu? Eu fiz alguma coisa?

— Não, você não fez nada. Você é ótima — suspirei.

— Então o que é? — suplicou.

Como afastar alguém que gosta de você? Talvez, dizer que gosta de outra pessoa. Tinha que afastar Violetta, apesar de aquilo me dar um aperto no coração.

— Olha, eu to meio que num rolo com a Ludmila. E eu to começando a gostar dela e tudo mais... E eu gosto da nossa amizade, Vilu. Não quero perde-la — tentei.

Por alguns segundos ela pareceu me analisar e depois concordou, percebendo que eu falava a "verdade".

— Tudo bem, eu também não quero perde-la. Só tome cuidado com Ludmila, então — alertou com um sorriso.

Ufa! Havia funcionado. Mas porque aquele fato me deixou chateado? Eu não queria que ela gostasse de mim DAQUELE jeito e havia conseguido. Porque não estava feliz?

— Pode deixar — sorri de volta. — Agora é melhor terminarmos de comer, pois logo temos de estar no Studio — mudei de assunto.

— Verdade! Nem vi o tempo passar! — disse surpresa, olhando para o celular.

— Claro que não viu, o relógio está atrás de você — brinquei.

— Engraçadinho. Anda, come logo pra gente ir — mandou.

— Claro. Ah, Vilu, acho melhor você não cantar hoje e amanhã, só por precaução. Sexta você estará completamente recuperada da gripe para cantar na apresentação.

— Tem razão, vou falar pro Pablo que estou com a voz cansada — sorriu.

Terminamos de comer rapidamente. Violetta pagou por nós dois, como ela mesma havia prometido no dia anterior, e eu não pude dizer não.

Caminhamos para o Studio em conversas paralelas, não mencionando o ocorrido no café da manhã. Assim que chegamos ao mesmo, nos separamos. Eu fui pra sala de música, ter mais um ensaio com a banda. E Violetta foi encontrar Fran e Cami.

Chegando a sala de música, vejo que todos já haviam chegado e esperavam por mim. Por isso, entrei, já me posicionando atrás do teclado.

— Finalmente, Vargas — falou Maxi. — Onde estava?

— Essa eu respondo — disse Broduey antes que eu pudesse responder. — Estava com a Violetta.

— Hum... — disseram todos maliciosamente.

— Calem a boca! — disse, irritado. — Vamos começar o ensaio ou vocês vão querer saber mais sobre a minha vida?

— Seria legal — falou Diego em tom de brincadeira.

— Sim, nos conte mais sobre sua vida, Leon! — falou André, sem perceber que tanto Diego quanto eu, havíamos usado o tom irônico. Isso fez todos rirem.

— Melhor começarmos. Faltam dois dias para as apresentações e temos que fazer mais ajustes na música — falou Maxi, mais sério.

— Tem razão, vamos lá — disse Diego.

Depois de uma hora e muito esforço para ajustar a música, finalmente Queen of the Dance Floor estava pronta! Eu e os garotos ficamos muito felizes com o resultado. No dia seguinte faríamos um ensaio final no zoom e tudo tinha de estar perfeito.

O dia transcorreu naturalmente e depois de ter aula com alguns professores legais e outros nem tanto, começamos a ensaiar a música On Beat, em grupo. Depois, finalmente fomos dispensados e pudemos voltar pra casa.

Chegando em casa eu jantei e logo tive de ir pra faculdade. As últimas semanas estavam sendo bem corridas mas valia à pena, pois nunca havia me sentido tão feliz.

Na faculdade, eu e Diego fizemos a prova e, como havíamos estudado muito, não tivemos problemas, com certeza tendo passado com uma boa nota. Eu e Diego somos apaixonados por tecnologia, razão lógica pela qual escolhemos cursa-la na faculdade.

— — — —

Por um milagre, eu havia acordado cedo. Talvez pela falta de sono ou, quem sabe, pelas seis vezes que Diego havia me ligado, para que eu não perdesse hora. Mas após me arrumar eu deitei na cama e voltei a dormi, acordando atrasado, de novo.

Chegando ao Studio, não encontrei ninguém nas salas de música. Então me lembrei que todos estavam no Zoom, e assim que eu notei esse fato, fui correndo para o mesmo. Quando me aproximava da porta do Zoom, a mesma se abriu e eu fui de encontro à Camila.

Colidindo com ela, Camila passou seus braços por meu pescoço e se segurou pra não cair, num movimento exagerado. Instintivamente, passei meu braço por sua cintura para mantê-la firme. Nossos rostos ficaram próximos e por alguns segundos permanecemos parados.

Foi então que percebemos que todos que estavam no Zoom, nos olhavam. Então, nos separamos rapidamente. Cami ficou corada, enquanto eu sorria amarelo para todos e procurava Violetta com os olhos. A encontrei ao lado de Fran, me olhando inexpressivamente.

— Que bom que chegou, Leon. Estava mandando Camila ir agora te procurar — disse Pablo.

—Pois é. Desculpe pelo atraso, Pablo — disse envergonhado.

— Tudo bem. Continue Marotti — falou Pablo, enquanto eu caminhava para dentro da sala, com Cami na minha cola.

— Continuando o que eu dizia: Hoje temos de fazer tudo perfeitamente. Pois amanhã essa apresentação será gravada para o portal do You Mix, e pessoas muito importantes irão assisti-la — falou Marotti. — Então, prestem muita atenção... Pois não quero menos que a perfeição!

Todos assentiram com a cabeça, completamente concentrados e levando tudo muito a sério. Então, apresentaríamos todas as músicas para que, se algo precisasse ser mudado, os professores nos avisassem.

— Então, começaremos com os meninos, cantando Queen of the Dance Floor, pois será uma ótima abertura. Pode ser? — indagou Pablo.

— Por mim, tudo bem — falei.

— Por nós, também — falou Maxi, enquanto os outro assentiam com a cabeça.

— Okay. Então passamos para Entre Tu y Yo, logo em seguida Tienes el Talento e Como Quieres, terminando com On Beat — concluiu. — Todos de acordo?

— Sim! — falamos em uníssono.

— Bom, com isso, vamos para o ensaio geral...

O ensaio geral começou comigo e os meninos cantando Queen of the Dance Floor numa boa. Correu tudo bem e tanto Marotti quanto os outros professores elogiaram bastante.

Então, foi a vez de Tomás cantar Entre Tu y Yo, e a hora de me deixar irritado. Por quê? Pelo simples fato de ele ter cantado a música para Violetta. Um sentimento possessivo tomou conta de mim, enquanto eu me pegava olhando raivosamente para Tomás e tristemente para Violetta, que tinha um leve sorriso no rosto. Queria que ela me olhasse assim! Mas não sabia por que.

Passada a minha raiva (pois a música acabou), Tomás, Ludmila, Marco e Naty, cantaram Tienes el Talento. E enquanto ouvíamos, Francesca se aproximou de mim.

— Está bem, Leon? — perguntou, diretamente.

— Sim, Fran. Por quê? — disse confuso.

— Ah, você parecia bem irritado com o Tomás.

— Ah, isso? — dei de ombros, fingindo não me importar.

— Sim, isso. Percebi que te incomodou....

— O que? A mim? Não me incomodou.

— Isso se chama ciúmes. Mas pode ficar tranquilo. Tomás só está se sentindo ameaçado por você, então tenta de todas as maneiras conquistar Violetta. Mas ele devia perceber que essa é uma batalha perdida — sorriu.

— Por quê?

— Por que ela já gosta de você... Os esforços de Tomás são inúteis — disse Fran, naturalmente.

Não consegui responder pois fiquei imerso em pensamentos. Então eu estava sentindo ciúmes? Não, não podia ser isso. Porque se fosse, eu estaria gostando de Violetta, e isso estava fora de cogitação e jamais aconteceria. Sobre uma coisa, Fran tinha razão: Violetta gostava de mim, algo que nem nos meus pensamentos mais temerosos quanto ao "trabalho", eu imaginei que aconteceria. E agora eu não sabia o que se passava dentro de mim, pois era uma mistura de pensamentos conflitantes.

A música havia terminado e Pablo e Marotti saíram por cinco minutos para resolver um problema. Sou tirado de meus pensamentos com uma movimentação estranha no palco do Zoom. Eram Ludmila, Naty, Tomás e Violetta discutindo. Eu e Fran decidimos intervir e fomos para o palco.

— É tão difícil responder? — falou Ludmila. — Porque não pode cantar, Viluzinha?

— Para de me chamar assim! — grita Violetta.

— Ela não te deve satisfações, Ludmila — falou Tomás.

— Claro que deve! Todos cataram, porque somente ela tem tratamento exclusivo? — disse Ludmila.

— Olha quem vem me falar de tratamento exclusivo! A "rainha" do Studio — zombou.

— Tome cuidado com o que fala sua... — dizia Ludmila com olhos flamejantes.

— Sua o que? — desafiou Tomás, avançando na direção de Ludmila.

Me posicionei no meio deles, pois estava com medo de Tomás bater em Ludmila, e eu não queria isso. Primeiro, porque homens não deveriam bater em mulheres; segundo, porque eu havia dito para Violetta que gostava de Ludmila.

— Ei, ei. Vamos nos acalmar, sim? — falei, colocando a mão no peito de Tomás.

— Vai cuidar da sua vida, Vargas! — cuspiu, retirando meu braço de si.

— Para de se achar o machão, Heredita — sorri. — Não sabe bater em homens e vem bater em mulheres?

Antes que eu pudesse perceber, Tomás acertou um soco violento em meu nariz, me fazendo cambalear pra trás. Todos que estavam no Zoom emitiram um "wooou". Percebi que meu nariz sangrava, mas não me importei, pois tudo o que eu queria fazer era pular em cima dele e liberar toda a minha raiva em forma de socos e chutes. Mas, olhando para Violetta por mínimos segundos, notei sua expressão de assombro, medo e súplica para que eu não começasse uma briga. E, surpreeendentemente eu me controlei e o encarei firmemente.

Ninguém havia percebido, mas Pablo e Marotti haviam retornaram e viram toda aquela cena.

— Tomás, pra minha sala. Agora! — mandou Pablo. Tomás obedeceu assustado e caminhou para a saída do Zoom. — Francesca! Por favor, leve Leon para limpar esse nariz.

— Desculpe, Pablo. Mas não gosto de ver sangue, eu tenho enjoo e às vezes desmaio — respondeu. Não sei por que mas aquilo não me convenceu.

— Okay. Violetta, você o leva. Volto daqui a pouco — se retirou.

Sem dizer nada, caminhei para a saída do Zoom, seguindo Violetta. Se eu tivesse brigado estaria encrencado como Tomás. Mas, graças a Violetta, eu não havia me importado em bater em Tomás. A raiva por ele desapareceu assim que eu vi a angústia estampada em seus olhos. Sem contar que eu sabia que Vilu odiava violência.

Na verdade, eu sabia muita coisa sobre ela, e o desejo de conhecê-la ainda mais se tornava maior à medida que eu descobria os mistérios de Violetta Castillo.


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Notas finais do capítulo

Vargas e Heredita brigando... Quem será que ganharia? Sem dúvida o nosso lindo, neh gente? rsrs
Bom, por hj é só e espero q tenham gostado! Deixem a opinião de vcs sobre a fic, ok?
Beijos e até mais!