I'm a mess escrita por Novaes


Capítulo 6
And then comes this familiar feeling


Notas iniciais do capítulo

MEUS BABYS LINDOS! Um capítulo gigante pra vocês, minhas provas acabaram ontem e eu fiquei doente hoje, fui pro hospital, mas estou bem melhor - thank God - e passei o dia escrevendo, esse capítulo ficou longo - aleluia - como eu tinha prometido, e espero que vocês gostem e que não me matem!
Eu tava olhando o número de pessoas que já leram a fic e eu estou tão orgulhosa porque faz tão pouco tempo e tem tanta gente aqui, aprecio muito isso, fiquei até, sei lá, sou muito mãezona com vocês! De verdade, sempre digo e repito isso: Vocês são meus maiores prêmios! Não há sentimento melhor que esse, ter vocês aqui comigo faz a vida melhor, então muito obrigada e quero dizer que no que precisarem de mim, venham, não exitem, de modo algum, okay?
Vejo vocês no próximo capítulo - Espero que seja essa semana ainda, e espero que vocês curtam e não queiram me matar porque tem mais! Amo vocês!
Agradecimento - Marcia Brito, Princesa Mestiça, mariazinha



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P.O.V Elena

– Vamos, Tony! – Eu falava pela milésima vez para Tony se levantar porque ele não queria terminar a maldita armadura, mas quando eu começo um trabalho, quero termina-lo logo, não importa para quem seja.

O que no caso, estamos fazendo o trabalho sujo.

Tony estava deitado no chão com a mão apoiada no rosto, fingindo estar dormindo.

– Eu estou desligado – Ele fingiu uma voz de robô. Eu ri baixo.

– Não faça isso novamente, por favor – Eu brinquei e ele riu, mas continuou deitado enquanto eu conseguia montar umas peças, Tony ficou entusiasmado no começo, até desenhou a planta da armadura, ele ficou com o trabalho todo, pois, não sou muito boa com isso, mas claro, dei minha opinião sincera. No final, gostamos da nossa obra de arte, ele me ajudou a colocar em prática um pouco, mas não estava nada feito, o que ele fez de melhor foi um braço, enquanto eu fazia outro e cuidava para que nada explodisse conosco ali dentro, quando Tony mexia nos cabos com energia, saiam faíscas, e eu tinha medo que explodisse o lugar inteiro conosco dentro. Mas claro, nada nos faz esquecer que estamos fazendo tudo isso sem nenhuma tecnologia como Tony está acostumado, ou até eu mesma. Nunca construí uma armadura de ferro, o máximo que fiz foi um robô e foi tão menos complicado que isso. - Você não vai se levantar mesmo? – Perguntei já irritada.

– Olhe para isso, Lena, é uma perda de tempo completa, não temos ferramentas de precisão, não temos luz o suficiente, ou lanternas, não temos material de solda ou até mesmo propano, não temos nem uma forja, e nem óculos, como diabos conseguiremos montar uma armadura desse porte? – Ele retrucou.

– Talvez seja a única chance de sairmos daqui – Eu falei e ele me olhou confuso, abrindo os olhos.

– Como é? – Perguntou.

Abaixei-me perto dele.

– Estive observando, temos três câmeras escondidas aqui, uma naquela parte ali do teto – Falei sussurrando e apontando com a cabeça, ele percebeu o que eu estava tentando falar. – Uma perto daquela parede ali – Eu me virei calmamente, fingindo cara de paisagem. – E outra perto de onde fazemos nossa fogueira – Eu falei e ele sacou o que eu quis dizer. – Então, qualquer coisa que você diga, fale baixo, que seja segredo, claro – Falei e ele concordou com a cabeça.

– Mas o que quis dizer com “nossa única chance de sair daqui”? – Ele perguntou curioso.

– Quero dizer, Tony Stark, que você e eu vamos construir essa maldita armadura, você vai usá-la para sairmos daqui – Eu falei e ele me olhou ainda mais confuso.

– Então quer dizer que você não estava fazendo por eles? – Ele perguntou, eu dei um sorriso de lado.

– Não, claro que não. O que acha que eu sou... Uma amadora? – Perguntei e ele sorriu. – Então, está comigo ou não? – Perguntei estendendo a mão para que ele pudesse apertar. Ele sorriu e apertou.

– Vamos sair daqui – Ele falou e eu me levantei erguendo mais uma vez a mão para ele, e ele a pegou sem reclamar e já estava de pé, foi quando então a porta mais uma vez se abriu e Tony tomou sua posição de “cara durão”.

– Ora, ora, se não são os Starks – Ele falou e eu ri debochada. – O que estão fazendo que não estão trabalhando? – Ele perguntou olhando para o lado e entrando, andando até a única mesa que tinha ali que estavam todas as coisas da armadura, incluindo a planta.

– Não temos nada o suficiente para construir o que você quer – Eu comecei. E o cara me olhou fingindo espanto.

– Não venha com desculpas para cima de mim, sei muito bem das coisas que trouxe aqui e foram muitas – Ele falou irritado.

– Se você quer uma armadura desse porte terá que trazer pelo menos um material de solda, ou propano, precisamos de mais luz porque não temos visão noturna, uma forja, ferramentas mais precisas, óculos, e outra coisa, precisamos de carvão, como você acha que moldaremos a armadura? – Tony começou a falar.

– Não reclame do que já tem, Homem de Ferro – Falou o chefe rosnando.

– Se você não nos der, não podemos fazer nada, além de deixar a armadura pela metade – Eu falei.

– Se vocês não fizer a armadura, irão morrer – Ele falou sínico.

– Bom, então eu acho melhor fazer isso rápido, não é? – Falei ainda mais sínica com uma pitada de ironia. - Terão que achar outros gênios para sequestrar, e você conseguiu sequestrar o Homem de Ferro, então, não acho que vai achar nenhum melhor por aí...

– Oh, obrigada – Tony falou sincero, mas ainda queria que fosse levado como ironia, tudo parte do plano.

– Tudo bem, quer jogar esse jogo? Vamos jogá-lo, mas assim que eu der os materiais, vocês vão ter apenas dois dias para essa armadura ficar pronta, se não... Um de vocês morre – Ele falou frio e saiu da cela levando seus comparsas juntos.

– Estamos nessa juntos, okay kiddo? – Ele me apelidou mais uma vez.

– Eu não vou nem retrucar, Stark – Falei e dai notei o meu sono exposto.

– Você está uma droga – Ele falou.

– Nossa, muito obrigada. Você também não me parece tão bem – Falei irônica me sentando no chão.

– Como você acha que iremos sair daqui? – Sussurrou o Stark sentando-se ao meu lado.

– Eu não sei, você é o velho aqui, devia me dar alguma ideia – Falei e ele riu debochado.

– Não sou tão velho – Ele falou fazendo uma careta.

– Você... Quer saber? Não sei, você é o Homem de Ferro, vai vir com algo para fugirmos daqui – Eu falei.

Ele concordou.

– E para onde você vai seguir? – Ele perguntou do nada. Sempre vem com esses assuntos pessoais.

– Pra qualquer lugar – Eu falei dando de ombros.

– Você é tão jogada assim? – Ele riu.

– Na verdade sim, Stark, mas vamos manter isso em segredo – Eu falei e ele riu.

– Você poderia passar uma temporada comigo em Nova York, iria amar – Ele falou e eu dei de ombros.

– Já fui à Nova York – Eu falei e ele riu.

– Você é muito teimosa, Stonem – Ele reclamou.

– Oh, muito obrigada, Stark. Você não fica para trás - Falei e ele riu.

2 dias depois

Finalmente – ou talvez não – recebemos todos os materiais, mas com ameaças de morte, como sempre. E com as piadinhas do Stark, mas estávamos de fato perdidos. Não sabia o que iriamos fazer, ou como iriamos sair, mas tínhamos uma boa chance e não tenho nada a perder... Bom, ao menos eu espero não ter nada a perder.

Enquanto Stark fazia a parte pesada porque eu estava com preguiça, eu ajeitava os últimos detalhes da arma secreta da armadura, de todos os misseis que ela poderia aguentar, de tudo, e se isso der certo, daí eu me considero uma gênia porque não temos nenhuma tecnologia à nosso favor, a não ser nossos cérebros e isso é muito péssimo.

Enquanto Tony e eu discutíamos das quantidades necessárias, ele retrucava tudo e eu também, dois teimosos, e isso apenas piorava a situação.

– Tony, pare! Você está fazendo de um jeito errado – Eu falei enquanto ele apenas bufava.

– Eu fiz isso milhões de vezes, acho que eu sei para onde vai – Ele falou irritado e querendo me ignorar.

– Olha para as contas! – Eu falei mostrando os papeis para ele, ele pegou sem vontade. Peguei o lápis e refiz a conta com ele. – Viu? Não vai dar, as medidas são...

– Erradas – Ele falou atônito. – Como não percebi isso?

– Você deveria ter me escutado – Eu retruquei e ele riu.

– Okay, fui rude. Sinto muito – Ele falou e riu, ri igual.

– Vamos, vamos fazer isso logo – Falei e ele retomava às novas medidas, o que era difícil.

Tínhamos que entregar essa maldita armadura amanhã, ou seja, amanhã seria o dia que – mais provável – eu morrer, ou viver com algum milagre. Mas espero que o Tony saia dessa, não sei porque, mas sei que se ele morrer, muitas pessoas vão sentir sua falta, sei que ele tem um time, ou um grupo, tanto faz. Sei que ele tem uma namorada, e um grande império ainda para continuar, então ele não deve morrer. Farei tudo possível para ele conseguir sair, mesmo que sem mim.

Ninguém sentiria minha falta. Já conheço a morte, mas Tony, ele não merece isso. É um homem bom.

– Você acha que vai funcionar? – Perguntei enquanto ele se arrumava para entrar na armadura. Coloquei o casaco nele para ter mais resistência. Enfaixei suas mãos antes de coloca as luvas e começamos o processo. – Tem certeza que você não vai morrer frito ai dentro? Os cálculos estão realmente certos? – Perguntei o fazendo olhar para mim, porque ele não prestava atenção.

– Calma, Lena. Eu vou ficar bem, você não precisa ficar toda preocupada ai – Ele falou sorrindo.

– Eu não estou preocupada – Falei entre os dentes e ele riu.

– Você está sim, posso ver na sua cara isso – Ele falou e eu dei de ombros.

– Tanto faz, só vamos acabar logo com isso – Eu falei irritada.

– Não fique tão irritadinha, vamos sair daqui – Ele falou seguro.

– Não sei como está tão seguro de si, podemos morrer daqui a pouco – Eu falei.

– E você tem medo de morrer? – Ele perguntou.

– Não – Eu respondi verdadeira.

– Ótimo, mas você não vai morrer – Ele falou e colocou a parte frontal da armadura, concordei com a cabeça.

– Mande as coordenadas – Falei enquanto fechava a armadura e a parte tecnológica dela, que era a parte letal. Poderíamos explodir ali se qualquer coisa desse errado. Peguei a ferramenta e já estava pronta. – Você consegue mover suas mãos? – Falei cerrando os pulsos querendo que ele fizesse o mesmo. Ele conseguiu. – Okay, Tony, agora vamos fechar! Mande as coordenadas – Falei e ele concordou.

– Cuidado – Ele falou.

– Não vou nos explodir – Eu retruquei.

– Mas você sabe que é letal não é? Que qualquer giro errado nós explodimos - Ele falou um tanto desesperado.

– Tenha um pouco de fé em mim – Falei e ele riu concordando. – Agora as coordenadas Tony.

– 41 passos à frente. 16 passos a partir da porta, à direita. 33 passos à direita – Ele falava enquanto eu tentava girar com o maior cuidado e ainda com pressa, era difícil.

– Você colocou o explosivo na porta? – Eu perguntei enquanto já escutava os homens querendo abrir a porta, eles nos perceberam. – Tony, acho que a festa chegou antes do esperado.

– Eu estou escutando, coloquei... Agora aperte os parafusos, Lena. É só apertar, mas com calma, não nos exploda aqui – Ele falava com uma pitada de desespero na sua voz.

– Não me apresse, Tony! – Falei nervosa enquanto apertava. – Pronto – Quase gritei, corri para a mesa novamente peguei a sua mascara de ferro, essa era a hora. Nosso ultimo momento, antes de eu colocar na sua cabeça, Tony me olhou longamente como se falasse que ia me proteger e que ia ficar tudo bem, mas sei qual é meu destino, apesar de não acreditar muito nisso, mas ele vai viver. Ele merece isso.

Assim que o ajeitei, peguei a granada que tinha ali, acho que era a única coisa que eu tinha ali para me defender, além dos meus dotes naturais.

Assim que a porta rompeu, a bomba que estava colada nela explodiu e eu me abaixei no chão me protegendo atrás da mesa, fiquei um pouco surda, e um pouco tonta, mas me levantei enquanto vi Tony derrubando um homem que consequentemente jogou a arma na minha perna, peguei rapidamente e sai atirando, matando um por um enquanto podia, agradecendo a quem quer que tenha me ensinado a atirar e eu faço isso muito bem.

Enquanto Tony pegou um lado, eu peguei o outro, trocando de armas quando os cartuchos acabavam. Então, eu me escondi quando vi era muitos homens se juntando, então foi ai que armei um plano, o primeiro homem veio, sem perceber deu uma coronhada nele, me virei enquanto eu atirava no outro atrás, e o outro que vinha atrás dele recebeu o mesmo tiro. Um perfeito headshot.

Vi Tony ficar um tanto encurralado, ele olhou para mim e acenou com a cabeça e depois foi para cima dos homens, ele estava aguentando muito bem para quem estava numa armadura.

Então quando me virei fui atingida por um soco, dei um passo para trás enquanto me concentrei rapidamente e dei outro soco, e foi ai que eu vi que era o grande chefão, ele estava bem arrasado, vi minha chance, dei um chute nas suas partes intimas e ele caiu de joelhos na minha frente, o acertei com um soco e ele caiu no chão, quando me abaixei para pegar a arma, levei um tiro, não senti de imediato, mas foi ai que a dor me atingiu, tomando tudo de mim, não demorou muito para começar a sangrar, mas vi que tinha que fazer algo, talvez fosse minha única chance de viver. Peguei a arma e atirei nele, bem na cabeça, um segundo headshot perfeito, e então foi quando eu arranquei pedaço da minha cabeça e tentei estancar o sangue que saia por toda parte. E então comecei a andar e atirar mais, quando vi, várias pilhas de homens mortos e então eu finalmente pude ver a luz do dia, mas minha visão estava começando a ficar embaçada e lá vem aquele sentimento familiar de morte, aquela sensação da vida saindo pelas suas mãos, ou quase isso, aquela agonia, aquela dor, por pequenos minutos e depois vem a escuridão, eu estava bem familiarizada com isso, mas não desse jeito, e não talvez aqui, então quanto menos esperei, senti uma parede bem atrás de mim e isso foi minha desculpa, precisava me sentar. E foi o que fiz, sente-me e olhei para o céu, ainda era azul o céu, estava tudo na perfeita ordem, é a balança da vida, algumas coisas – no caso pessoas - precisam morrer para outras nascer e sei lá, ficarem bem na vida, crescerem saudáveis e felizes.

Não tenho medo, estou bem, estou sempre bem e sei que a dor e agonia é inicial e que tudo isso vai acabar, fechei os olhos por 5 segundos e senti uma pisada forte, sei que era Tony e estava feliz por ele está bem, não sei porque, ele se preocupou comigo, acho que o mínimo que eu podia fazer é desejar que ele seja uma pessoa, ah, não sei... Que ele viva e continue sendo o Homem de Ferro, é tudo que ele é. Não, não é tudo que ele é... Ele é tudo do que as pessoas precisam.

– ELENA! – Ele falou quase gritando enquanto tirava a máscara. Sentou-se ao meu lado e me puxou para si. Ele estava emocional, pude ver. Como ele pode se preocupar tanto? Eu não sei o porquê, mas ele se preocupa.

– Nós vencemos! – Minha voz já falhava, minha visão escurecia a cada minuto que se passa.

– Sim, vencemos, você precisa olhar para mim, Lena – Sua voz estava tremida. – Vamos, fale comigo! Não me deixe sozinho, temos muito a fazer ainda – Ele falava agora sussurrando enquanto ele tentava fazer algo para parar de sangrar.

– Está tudo bem, Cowboy. Eu estou bem, não dói – Falei quase sem voz alguma, saiu como um sussurro desesperado.

– Não, você não pode me deixar...

– Stark, não seja... – Eu falei, mas já estava sem folego. – Tão dramático.

– Por que não salva o fôlego? – Ele pediu.

– Porque eu vou parar de falar para sempre e prefiro continuar falando agora – Falei em meio de uma pausa descompassada. - Eu quero que você continue essa pessoa, Okay? Quero que continue sendo esse bom herói que particularmente é o meu favorito.

– Não, você não vai morrer, não – Vi lágrimas saindo do rosto de Tony e foi a ultima coisa que eu pude enxergar, enquanto eu apertava forte suas mãos e logo a força me faltou e a inconsciência foi misturada com a escuridão e ela me engoliu como um todo.


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Notas finais do capítulo

Amo vocês! Meus amores, meus babys! Até o próximo capítulo.
OBS: N ME MATEM!