O babaca do amigo do meu irmão 2ª temporada escrita por Lailla


Capítulo 6
Hum! Em que ele trabalha?!


Notas iniciais do capítulo

Só pra quem ficou curioso com o que os dois trabalham Hihi >.< s2s2s2



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Ultrassonografias, consultas quase que semanais e eu já estava com 4 meses! Minha barriga começou a tomar forma e eu comecei a registrar o tamanho. Já tinha tirado uma foto no mês anterior, então comecei a fazer um álbum da gravidez. Ellie me deu um cor de rosa, mesmo sem sabermos ainda se era menina ou não!

Eu estava em frente ao espelho do quarto, de short e top. Ia tirar a foto, mas Micael apareceu de repente por trás de mim pondo a mão na minha barriga.

– Sai. – Disse, rindo.

– O pai tem que aparecer. – Ele riu.

– É a foto do mês que eu estou.

Tentei tirar de novo, mas ele pôs o braço na frente. Dei um tapa nele, indignada.

– Não tem nada pra fazer não? Vai trabalhar!

Ele riu saindo do quarto. Consegui finalmente tirar a foto! Mas naquele momento surgiu uma dúvida. Não acredito que nunca tive curiosidade de saber! Em que Micael trabalha?!

Fiquei me perguntando por que nunca perguntei a ele sobre isso. E nem ao meu irmão, já que ele é meu irmão! Eu sabia que Du e ele trabalhavam juntos numa empresa, mas que merda de empresa era essa?! Devia ser importante ou algo assim, já que os dois ganham bem. Pelo menos preocupação financeira nós não teríamos. E que irmã horrível eu era!

No fim de semana, eu ainda estava com aquilo na cabeça. Sou muito lerda! Como alguém pode estar num relacionamento e não saber no que o outro trabalha? Felícia, idiota!

Fui para o quarto que meu irmão PREGUIÇOSO fez para ser uma mini academia. Abri a porta e dei de cara com Micael malhando. Ele abria e fechava os braços na máquina, acho que o nome que falavam era “Peck Deck”, sei lá. Ele estava suado e sem blusa, parecia que seus músculos estavam mais salientes. Tenho quase certeza que deixei o ar escapar. Ele percebeu que eu estava ali parada e parou, olhando pra mim.

– Oi... – Ele disse ofegante.

Eu olhava cada detalhe de seu corpo.

– Felícia.

– Oi! – Despertei.

– Que foi? – Ele riu.

– Hum, nada não. – Pus uma mecha atrás da orelha – Eu queria te perguntar uma coisa.

– Fala.

– Hum... – Pensava, tentando soar o menos horrível possível – Em que... Você trabalha?

Pensei que ele fosse arregalar os olhos, mas caiu na gargalhada. Fiz cara de tédio.

– Por que não perguntou pro Du? – Ele perguntou parando de rir.

– Porque... Eu não sei no que ele trabalha também.

Ele passou a mão na testa pra tirar o suor.

– Eu trabalho numa editora.

– Editora?

– É, sabe. Aquele lugar onde edita e faz os livros.

– Eu sei o que é! – Exclamei apertando os olhos em sua direção – Mas o que você faz?

– Designer gráfico. – Ele disse com simplicidade – Faço as capas dos livros e o visual.

– Legal. – Disse surpresa. Nunca imaginaria isso – E o Du? – Cochichei.

– Que irmã horrível você é. – Ele disse rindo.

– Cala a boca. – Fiz cara de tédio.

– Ele é o editor-chefe.

– Que?! – Perguntei mais surpresa ainda. Boquiaberta!

– Porra, Felícia! – Ele riu – Você tem um irmão foda e nem sabia!

Eu estava realmente surpresa.

– E ele faz o que? – Disse, querendo saber mais.

– Trabalha os textos com os autores.

– Pra que?

Ele me olhou com cara de tédio. Eu era realmente ignorante com o assunto.

– Pra se adequarem ao mercado. Tipo, hum... Pra eles ficarem bons para as pessoas lerem, sabe. Mais ou menos isso, burrinha.

Dei língua pra ele.

– Às vezes eu quebro um galho ajudando o Du ou revisando os textos.

– Revisando? Tipo... Erros de português?

– É. – Ele deixou escapar uma risada – Ortografia, gramática. Mas eu sempre fui bom em português, então... – Ele deu de ombros.

– Hum... – Pensava.

Agora que eu estava pensando, aquela carta dele estava bem certinha. Eu ri pela ironia.

– Surpresa? – Ele cantarolou.

Revirei os olhos fazendo bico para não rir.

– Palhaço. – Disse – Mas eu nunca te vi revisando nada.

– É porque esse não é meu trabalho. – Ele disse em tom de obviedade – Eu disse que quebro um galho. E mesmo quando faço, tento fazer tudo no trabalho.

– Hum.

Ele levantou e veio atrás mim, chegando bem perto.

– Fala. – Ele riu.

– O que? – Disse sem entender.

– Eu sou foda né.

Revirei os olhos, rindo. O empurrei, rindo e saí. Que convencido! Mas realmente, meu irmão e Micael eram incríveis!

Aquele mês não houve muita coisa. Mais consultas, mais ultrassonografias, ligações dos meus pais pra saber como eu estava, trabalhos e mais trabalhos. Como a maioria era à noite e Micael ficava em casa, ele passou a me levar para os casamentos. Não queria mais que eu dirigisse, pelo menos não sozinha. Estava começando a me incomodar com aquilo, eu não era aleijada!

Mesmo ele sempre me irritando, Micael era atencioso e se preocupava comigo. Então eu relevava. Mesmo ele me irritando constantemente eu até gostava, ele estava comigo naquilo tudo. Estava quase dizendo que o amava em voz alta, mas meu orgulho de não querer ser a primeira a dizer me impedia. Ah, que idiotice...


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