O babaca do amigo do meu irmão 2ª temporada escrita por Lailla


Capítulo 1
Tudo de novo!


Notas iniciais do capítulo

Meus amados lindos, agora começamos a segunda temporada com muitas emoções. Espero que gostem dessa também como gostaram da primeira. Obrigado de novo por tê-la acompanhado.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/623731/chapter/1

Ressentimento + arrependimento + aquele olhar + álcool no sangue = Só dá merda!

...

Sete anos se passaram e agora eu tinha 25 anos. Consegui fazer faculdade de fotografia, o que foi realmente chato! E agora sou fotógrafa profissional e tenho minha melhor amiga como sócia. É isso mesmo! A Ellie.

Minhas antigas amigas me deixaram de lado, se esqueceram de mim ou sei lá o que houve, em vista que cada uma seguiu seu caminho e Ellie foi a única que ficou no cargo. Ela, como a cozinheira de mão cheia que era, se tornou chef de um restaurante e também trabalhava com Bufê em casamentos e festas. O que fez nos tornarmos sócias. Modéstia parte, ganhávamos bem pra caramba! Estávamos bem, financeiramente.

Nós morávamos juntas e Eduardo morava conosco. O que eu me amarrava! Ter meu irmão por perto! Todas as manhãs ele acordava primeiro e batia as panelas para nos acordar. Eu dava gargalhadas ao escutar Ellie gritar com ele, falando que ele ia estragar as panelas dela. Comédia pura!

Nossa casa era bem legal. Meu irmão foi promovido para um cargo ótimo na empresa e também ganhava bem. O que nos ajudou ainda mais em comprar a casa. Tinha apenas um andar, mas era perfeita. Cozinha grande, que Ellie amava. A sala logo que entrávamos. O corredor entre eles. O quarto de Du era na primeira porta à direita, ao lado era o quarto de Ellie e depois o banheiro. Meu quarto era no fundo à esquerda. Havia dois cômodos extras: em um eu fiz um quarto onde revelava as fotos e Du montou uma mini academia pra ele no outro. Mesmo aquele preguiçoso não malhando nela!

Meus pais venderam nossa casa antiga e se mudaram para o fim do mundo quando meu pai se aposentou. Era uma casa de campo linda! Só íamos lá nos feriados e datas especiais, mas falávamos muito ao telefone.

Micael como o abusado que era, vivia na nossa casa me perturbando. E detalhe: terminamos há cinco anos!

Depois de dois anos namorando, brigávamos constantemente. Decidimos terminar, pondo fim em tudo. Ficou aquele clima tenso por um tempo, mas como ele era um babaca e sempre me perturbava, voltamos a nos odiar e brigar constantemente.

Nossas brigas pioraram! Ele me pegou no colo uma vez e me levou para o lado de fora, me jogando na lata do lixo, fora o episódio do carro que ele quebrou meu dedo. Foi sem querer, a gente estava discutindo e ele bateu a porta, mas quebrou! Joguei uma vez um copo de vidro nele, que quebrou e cortou seu braço. Ele precisou tomar dois pontos. Ele entrou escondido no meu quarto uma vez e pôs pó de mico nas minhas roupas. Quase matei ele de raiva!

Com dificuldade conseguíamos conviver, mas não em paz. Sempre quando ele chegava na nossa casa, Ellie e Du se entreolhavam para saber o que iríamos tentar quebrar na cabeça um do outro. Aquele babaca, idiota!

Eu estava organizando algumas coisas. Uma amiga nossa ia se casar e nos chamou para fazer o bufê e tirar as fotos. Dei graças a Deus quando ela nos contou. Pensei que o namorado nunca fosse pedi-la em casamento! Micael entrou e foi para a cozinha. O fuzilei da sala.

– Está olhando o que feiosa? – Ele disse.

– A sua babaquice exalando pelo seu corpo.

– Ai! Chega porra! Que saco! – Du gritou – Vocês não dão um sossego viu?

Ellie entrou sorrindo.

– Fê, está tudo pronto?

– Hum? Tá.

– Certo. – Ela sorriu – Juliana disse que podemos nos arrumar como convidados depois de terminar tudo.

– Legal, mas vou ficar com minha roupa mesmo. Ela devia ter avisado antes. Não dá mais tempo.

– É por isso... – Ela disse tirando um vestido lindo da sacola – Que eu comprei isso pra você!

– O que? – Exclamei surpresa, levantando pra ver.

Fiquei boquiaberta ao ver o vestido. Ele tinha a manga comprida de um lado só e chegava até as coxas, sendo que era um pouco mais comprido atrás. Ele era como se tivessem pegado um lado do pano e o costurado do outro lado do quadril, deixando um pequeno decote na frente das pernas. O que o deixava sexy e os detalhes do vestido lindos. Era azul marinho bem escuro, mas com uma vida na cor que eu fiquei deslumbrada.

Abracei Ellie, eufórica.

– Obrigada, obrigada! Amei!

Micael analisava o vestido.

– Vai ficar horrível.

Estiquei o braço pra trás, em sua direção e dei o dedo do meio a ele. Ellie riu.

– Certo. Eu vou para o salão terminar de arrumar as coisas e deixar meus “serviçais” a par de tudo. – Ela riu – Vocês se arrumem e fiquem a postos. Quando eu chegar quero ver todos prontos e a minha espera.

– Mas você também não tem que se arrumar? – Du perguntou se escorando na parede.

– Tenho. – Ela riu – É que eu gosto de ver vocês me esperando.

Du bufou e eu revirei os olhos, indo em direção ao quarto olhando meu lindo, maravilhoso e mais novo vestido. Ellie foi resolver as coisas e logo voltou. Ela riu ao nos ver do mesmo jeito. Sabia que não a esperaríamos!

Como meu quarto tinha um banheiro só meu, Ellie e eu ficamos nele e os outros dois foram se arrumar no outro banheiro. Ellie agora tinha seu cabelo loiro num chanel repicado, o que ficou bonito, mas não dava pra ela fazer os penteados que amava. Ela fez uma trança em sua franja e a prendeu atrás, escondendo o grampo entre o cabelo. Ficou lindo! Como meu cabelo ainda era grande, ela fez cachos nele do meio do cabelo até as pontas.

Ela fez uma maquiagem incrível e sexy em mim. E mesmo com minha roupa social, ficaria bem profissional. Não era muito clara e nem muito escura. Simplesmente perfeita!

– Nossa! – Exclamei me olhando no espelho – Você devia ser maquiadora também.

Ela riu.

Nos arrumamos. Ela se vestiu toda de branco e eu com minha calça social preta e a blusa social branca. Os meninos já estavam na sala nos esperando. Como sempre, elegantes de terno.

– Puta merda! – Micael gritou – Estão fazendo o que?!

– Cala a boca! – Exclamei chegando na sala.

E ele se calou quando me viu arrumada. Ellie sorriu. Sempre pensavam que iríamos voltar. Não, obrigada!

– Milagre! – Du disse – Vamos logo. – Ele levantou – Felícia, você vai na frente comigo. Pelo amor de Deus! Quero chegar lá vivo!

Saímos e mesmo comigo na frente, Micael mexia comigo. Eu me virava constantemente para bater nele, mas Ellie nos separava e Du nos xingava mandando parar. Na última vez ele falou um “Puta que pariu! Pára com essa porra!” tão engraçado que começamos a rir e paramos. Mesmo meu irmão sendo o maluco que ainda comia as garotas que queriam ficar com ele, ele era ainda assim o mais responsável. Visto que até aquele dia não engravidou ninguém, nunca arranjou uma doença como DSTs – Ele não era idiota! – e sempre que Micael e eu tentávamos nos matar, ele tomava a rédea da situação e controlava tudo.

Du nos deixou na porta da igreja mandando a gente não brigar e levou Ellie para o salão. Ela não assistiria a cerimônia, estaria a postos para quando todos chegassem. Micael e eu ficamos emburrados um do lado do outro. Eu com minha bolsa com os filmes e câmeras, e ele com as mãos no bolso do terno. Realmente, ele ainda ficava lindo de terno! Principalmente pelo seu cabelo preto estar um pouco maior e ele tê-lo penteado pra trás. Du chegou logo depois e entramos na igreja.

Juliana foi pontual. Ironicamente, pensei que fosse para o noivo não pensar demais e ir embora. Ela estava linda com aquele vestido branco com brilhos por todo o corpete. O noivo a olhava, apaixonado. Sorri enquanto tirava as fotos. Quando estavam no altar, peguei o momento que ele olhou para ela sorrindo, enquanto ela sorria olhando para o padre. Perfeito!

A cerimônia não demorou muito, mas também não foi rápido. Eu estava de salto e meus pés começaram a doer. Quando íamos para o salão, tirei o salto no carro e massageei os pés. Micael me olhava sem que eu percebesse.

Ao chegarmos olhei para Ellie que estava no bufê e acenei. Ela sorriu fazendo um sinal positivo. Depois de uma longa, porém linda sessão de fotos, que durou mais ou menos uma hora, eu guardei tudo e nos trocamos no banheiro. Ellie usava um lindo vestido preto com brilho e a parte da clavícula transparente, e eu meu maravilhoso vestido azul marinho. Meu salto, que adora não doía mais tanto, era alto, preto e com uma tira grossa no tornozelo. Dei uma ajeitada no cabelo e maquiagem assim como Ellie, e saímos. Todos já estavam dançando. Começamos a beber e a conversar com alguns caras que olhavam para nós. Du já beijava uma garota e Micael dançava com outra, com ela já cochichando em seu ouvido e ele rindo.

Eu bebia champanhe, até chegarem minhas lindas margaritas. Bebi apenas três taças, mas consegui não ficar bêbada. Mesmo Ellie e eu não estando bêbadas, o álcool estava no sangue e nós duas fomos para a pista de dança.

Ficamos de costas uma para a outra e dançávamos agachando até o chão e rebolando. Ríamos o tempo todo, percebendo como aquilo estava sendo ridículo. Du pegou Ellie pra dançar e a girou, pondo o braço em volta de sua cintura em seguida. Ellie riu e eles começaram a girar juntos pela pista. Ela ria o tempo todo. Du já devia estar bêbado também! Eu ia sair da pista vendo os dois dançar, mas Micael pegou minha mão e me puxou, fazendo nossos corpos se chocarem de leve, o que me fez perder o ar. Ele pôs o braço em volta da minha cintura quando começou uma música sensual.

– Sabe dançar tango? – Ele perguntou rindo.

– Não. Você sabe? – Ri.

– Porra nenhuma. Vou arriscar uns passos.

Eu ri e começamos. Ele nos girou e me jogou levemente para trás segurando minhas costas e puxando minhas coxas para próximo da dele. Passou a mão gentilmente por ela. Os convidados gritaram pela cena, era bem sensual. E o DJ fez o fazer de pôr uma música de tango que fez tudo ficar ainda mais sensual. Micael me levantou ainda segurando minha coxa. O olhei ofegante e sorri sem entender nada.

– Você não disse que não sabia? – Perguntei ofegante, rindo.

– Também disse que arriscaria alguns passos. – Ele riu.

Ríamos o tempo todo, estávamos um pouco bêbados. Só assim pra nos darmos bem!

Ele soltou minha coxa e eu abaixei a perna. Ele dobrou levemente o joelho e esticou a outra perna. Fiz o mesmo, e mais pessoas gritaram. Até o DJ! Micael desceu a mão pelas minhas costas até a altura da cintura e me aproximou mais dele. Olhei aqueles olhos, ele também estava ofegante. Ele nos fez ficar em pé e começou a girar sem parar. Ele me jogou levemente para trás de novo, me segurando. Porém ele me inclinou mais para trás e passou a mão gentilmente pela minha clavícula, descendo até o abdômen. Du e Ellie olhavam aquilo e se entreolhavam, rindo. Mais gritos.

Micael em um movimento rápido me puxou, me segurando na altura da cintura e em minha coxa de novo. Respirei ofegante, começando a abrir um sorriso. Ele estava me olhando diferente. Comecei a rir e me soltei já que já havia terminado a música.

O empurrei rindo. E quase caí. Ele me apoiou segurando em minha cintura. Ellie veio rindo e pulando nos abraçar. Não estávamos em nosso total juízo.

Voltamos para casa no começo da madrugada. Ellie como sempre sendo a menos bêbada, dirigiu. Du inventou que queria beber margaritas. Pegou as coisas na cozinha e fez algumas, na verdade várias. Ellie, maluca que era, ligou o karaokê. Ela começou a cantar horrivelmente e Du a servir as margaritas. Eu bebi muito e realmente fiquei muito chapada, assim como os outros. Comecei a cantar e a tirar os sapatos balançando os braços. Micael já estava muito chapado e correu em minha direção, me jogando no chão. Gritei com raiva e ele levantou, saindo correndo. Du e Ellie ficaram bebendo e rindo nos vendo correr corredor adentro.

– Não é melhor fazermos algo? – Ela perguntou abobada.

– Ah! Foda-se! – Du riu bebendo mais.

Eu batia em Micael no corredor e ele me levantou me pondo nas costas. Bati nas costas dele, até ele me soltar. Ia tirar o sapato pra tacar nele, mas me lembrei de que estava descalça.

– Vai me jogar o que agora? – Ele ria.

Peguei um vaso pequeno e joguei nele, rindo. Ele pegou e riu mais.

– Bebum! – Exclamou rindo.

Bufei e fui em sua direção, tentando bater nele. Ele ria mais e de repente segurou meu braços e me pôs contra a parede atrás de mim. O olhei surpresa, respirando ofegante.

– Me solta... – Murmurei, mesmo não querendo que ele me soltasse.

Micael me olhava, ofegante. Abaixou meus braços e os soltos. Não fiz nada, apenas o olhava. Ele pôs a mão na minha coxa e subiu para meu quadril e cintura, onde a apertou levemente. Respirei ofegante. Engoli em seco quando ele pôs mão na minha bocheche e a acariciou. Pôs o braço em volta da minha cintura e me puxou pra perto dele, me beijando intensamente. Tentava empurrá-lo, mas apenas apertava seu terno. Ele me pegou de repente na colo, segurando minhas coxas. Aquilo era nostálgico. Nos olhávamos como se perguntássemos um ao outro o que deveríamos fazer agora. Micael me escorregou por seu corpo até eu ficar na sua altura. Ele estava mais forte. Fitava aqueles olhos, sorria pra ele com ternura. Há quanto tempo isso não acontecia! Ele entrou comigo no meu quarto e trancou a porta ao fechá-la.

Dois bêbados que já namoraram + um clima intenso + um quarto vazio = A merda toda de novo!

...

Acordei com a vista embaçada e vi o sol refletir no espelho. Minha cabeça doía e na hora me lembrei de Du com as margaritas. Que idiota! E eu era mais já que bebi também!

Eu estava deitada no chão, numa espécie de cama improvisada e mal feita. Me cobria com o edredom. Tentei levantar, mas senti um peso sobre minha cintura. Olhei pra baixo e vi um braço me abraçando. Arregalei os olhos e me virei lentamente. Pus a mão na boca ao ver Micael dormindo ao meu lado.

Respirava, nervosa. Levantei levemente o edredom pra ver se era aquilo mesmo. Puta merda, estávamos pelados! Batia na testa. Só podia ser um sonho. Me virei de volta e me encolhi na cama improvisada. Não acreditava naquilo, só podia ser sacanagem!

– Ai, de novo... – Gemi tampando o rosto com as mãos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Curtiram o primeiro capítulo? *----* Comentem s2s2s2s2s2



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O babaca do amigo do meu irmão 2ª temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.