Depois que as meninas terminaram de comer, se apressaram em entrar na sala porque não queria que pensassem que estavam nem sequer assistindo a aquela briga.

Quando a professorinha idosa de gramática estava no meio de sua aula e Isa no meio da luta da sua luta contra o sono, Henrique e Nicolas acompanhados pelo o diretor passaram pela a janela da classe de Isa. Ambos estavam muito machucados e estavam ferimentos em locais visíveis. Nicolas olhou com o canto dos olhos para Isa enquanto passava e não desgrudou até o fim da janela e a parede separar. Aquilo não agradou Isa. Ela não queria ter a atenção desse garoto que é mal falado. Ela não queria confusão, justo agora que ela estava estudando em uma escola nova.

Ao tocar o sinal para ir para casa Isa pegou alguns livros das meninas e também de Mario para tirar xerox. Eram tantos livros que não cabiam todos na mochila e ela teve que segurar outros. Ela estava apresada, pois tinha receio de que Benjamin já tivesse ido para casa e no final ela teria que ir sozinha e infelizmente é perigoso para uma garota sair sozinha na rua.

Perto dali, dois rapazes e um extremamente bonitão estavam conversando por ali.

—Não acredito que você fisgou aquela garota! Agora você vai ver, ela não vai sair do teu pé.- o rapaz de óculos disse para o outro.

—Ah, vai que ela não esteja interessada. Aquilo de ontem que eu fiz foi só porque eu não tinha nada para fazer.

—Essa garota é doida! Minha prima estuda com ela e diz que ela não presta e é muito irritante com as amigas, imagina para um cara que ela tá gostando?- notou que o amigo tinha ficado em silêncio.- Mano, enquanto tu tá ai com geral eu não tenho nem uma menina, e tu nem me dá umas dicas.

O outro fez um “shiiiiu” com os lábios.

—Olha só aquela menina. Que bonitinha vou lá “brincar” com ela.- se referia a Isa.

—Carlos, de novo véi?

Só que Carlos nem deu bola para o amigo.

Ficou esperando na virada da parede até que Isa estivesse perto o suficiente para fazer aquilo.

Isa tombou com a barriga dura de alguém. Se desiquilibrou e caiu de bunda no chão. Ainda sem entender ela tenta ajeitar sua cabeça. Viu que tinha um rapaz bastante “chamativo” na sua frente e se envergonhou.

— Oh, desculpe eu não te vi, querida.- Falou com o ar inocente.

—Não tem problema!- Isa disse rapidamente, estava nervosa com a presença dele e que ainda estava apresada. Cuidou de ajuntar os livros.

—Bebê, deixa que eu te ajudo.- Disse se abaixando.

—Gentileza sua, mas não precisa.- Disse ela ainda nervosa o olhando enquanto ajuntava.

Carlos ficou um tempo pensando “ Mas ela é mais linda de perto. Não vou te deixar fugir sem saber teu nome.”.

—Qual é o teu nome, bebê?

—E Isabela.- Disse ela já se levantando e se preparando para ir finalmente embora e fugir do rapaz. Identificou que ele fazia parte do grupo de “meninos que você não pode se meter”(MVPM).

—Que nome bonito, princesa. De qual sala você é?

—Hm, me desculpe mas eu tenho que ir. Tchau.- Disse finalmente.

—Ah, então a gente se vê por ai.- Disse. Ficou desapontado por dentro.

Isa apertou o passo mais ainda. Na saída da escola viu o tal Nicolas já com curativos e com a sua namorada loira. E pode ouvir um pedacinho da conversa enquanto andava.

—Amor, não se meta mais em brigas tá? Não suporto te vê assim todo machucadinho.- Deu-lhe um beijo na bochecha.- E ainda mais ficar uns dias sem te vê? Da próxima vez que você se meter nisso e eu que vou te bater.

—Isso foi uma ameaça?- riu-E que ele me encheu muito o saco, acho que era para ver se eu ia ceder. E eu já estou cansado desse tipo me perturbando.

Isa sentiu que já ouviu algo do tipo, só não se lembrava de quem. Viu seu irmão e se alegrou.

—Benjamin, que grande alegria te encontrar por aqui!- Disse espontânea.

—Hãm? Tá endoidando é menina?-Disse sem entender, mas riu.

—Que bom que não vou solitária nas ruas. Ainda bem que eu tenho um homenzinho para me proteger dos amolestadores, né Ben-Ben?- Brincou.

Benjamin riu bastante. Mas depois ficou muito sério. E depois de um tempo sua irmã percebeu.

—Que foi? Mexeram com você? Diz agora para que eu vá lá dar uma surra!- Disse ela brincando.

—Ainda bem que eu tenho uma alguém para me proteger dos valentões, né mana?- Disse rindo. Ele queria que ela acredita-se, porém ela percebeu.

—Diz, oque foi?- disse preocupada.

—Não é nada. Besteira minha.

—Diz, vai.- insistiu.

—Hm, e que eu já tenho bastante trabalho e livros para tirar xerox, e estou desgostoso por isso.- Mentiu.

—Hm, sei como é.- Isa resolveu deixar para lá.

Chegando os dois em casa, cada um deu um beijo na Sandra e no pai deles. Isa fez sua higiene e almoçou e depois saiu com o irmão para achar uma lanhaouse para tirar xerox.

E Isa logo se lembrou daquela locadora, e lá imprimia.

Chegou com o seu irmão e o moço chamado Dave apareceu. “Oh não! Não, não, não!! Ele vai se lembrar de mim! Não se lembre!” disse em pensamento. E fez um esfoço para manter sua cara calma.

—Oi! Em que posso ajudar?- Disse ele.

—A gente quer tirar xerox desse livros.- Disse Benjamim.

—Hm, sim claro venham.- Disse ele dando uma olhada em Isa.

Ele sentou-se na cadeira e ligou a impressora. E logo estava imprimindo e Isa e seu irmão ficaram esperando sentados. Mas ela notou que ele ainda estava olhando para ela.

—Não era a senhorita que estava olhando aquele CD infantil?- Disse pensativo.

—Em? Não!- ficou nervosa.- Nunca estive aqui.- Mentiu.

—Ué, Isa. Mas você disse que conhecia aqui!- Benjamin se meteu.

Isa se virou para o irmão e juntou a sobrancelhas e quis puxar suas orelhas mas tentou não fazer isso na frente daquele rapaz.

—Ah, minhas amigas me indicaram aqui.- Mentiu outra vez.

—Hm...Certo, desculpe.- Disse ele meio constrangido.

Isa festejou em sua cabeça.

***

Na hora que Isa colocou o pé na entrada da escola Fernanda e Helena vieram correndo.

—Menina!- Gritou Helena.

—Ai Helena! Meus ouvidos!- Disse Isa botando as mão nos ouvidos.

—A gente vai ter um ‘coiso’ para quando estiver tendo incêndio aqui na escola! Não é um máximo?

—Hm, é sim.- Disse Isa não achando nada demais.

Quando as meninas estavam indo para a sala juntas. Carlos e seu amigo estavam vindo também. Quando Carlos viu quem estava no meio do trio ficou todo sorridente.

—Oi, bebê!- Disse meio alto, e vindo para perto delas.

—Ah, não.- resmungou baixinho. Pois ele fazia parte do MVPM.

—Ah! Que bom te ver!- Disse ele abrindo os grandes braços para abraçar Isa.

—Ah! Sim.- Se desviou do abraço do garoto alto- igualmente.

Isa sentiu o peso dos olhares de suas amigas com um ar de supresa e de “hmmmm” misturado.

—Quem são essas princesas aqui?- Disse Carlos não perdendo tempo.

—Eu sou Helena.-Disse Helena.

—Eu sou Maria Fernanda mas podem e chamar só de Fernanda.- Disse mexendo no cabelo.- Você é amigo da Isa faz tempo?- Disse querendo puxar assunto.

—Hm, ontem. Mas a gente já e amigões né bebê?

—Ahh. Tenho que ir para a sala. Tchau. –Pegou as duas pelo o pulso e saiu.

Pelo o caminho viu uma garota com a olhando feio. Sentiu medo.

—Ai nossa, tu arrasou viu!- Disse Fernanda.- Sortuda.

—Ele faz parte do grupo MVPM. Pode ir tirando seu cavalinho da chuva.- Quando Fernanda fez uma cara de quem não estava sabendo de nada, explicou- “Meninos que você não deve se meter.”

—Ela está certa ,Fernanda. Carlos só gosta de brincar. Não quer nada sério. E me parece que ele gostou de tu.- Se referiu a Isa.- Suponho que queira que você seja a Barbie dele.

—Socorro.- Disse Isa, meio brincalhona e meio com medo mesmo.

—Ah que pena. Nem queria mesmo. – Fernanda fez beicinho e cara de choro.

—Chora não! Quando você chora tu borra esse teu rímel, tu fica parecendo uma chupa cabra.- Disse Helena rindo.

—QUÊ? AGORA VOCÊ VAI VER.- Partiu Fernanda e começou a bater nela brincando.

Isa riu bastante. Ela estava muito contente com as meninas. Se perguntou se aquilo um dia iria acabar. Mas expulsou esse pensamento para bem longe!