The Secret of a Promise escrita por Leh


Capítulo 15
Redenção


Notas iniciais do capítulo

Hello o/



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Perna-de-Peixe andou da forma mais rápida que podia, desviando com dificuldade da quantidade que vikings com suas armas empunhadas, mas com esforço pode ver Soluço no escritório, com o líder, conversando.

Naquela distancia não era possível entender nem mesmo por leitura labial o que eles diziam, mas pela expressão de Soluço, ele não estava gostando. Pouco tempo depois Soluço assentiu positivamente para o pai e se abraçaram. Em seguida ele caminhou para fora da sala, os vikings curiosos começaram cerca-lo, com a esperança que Soluço os escolhessem caso fosse feita alguma missão. Mas Perna-de-Peixe conseguiu se destacar na multidão, e de qualquer forma, Soluço iria até ele mesmo que o caso fosse uma missão.

–Soluço, achamos alguém que pode nos ajudar a dizer onde está Dagur.

Disse o rapaz, com dificuldades, ele precisa ouvi-lo, mas não era uma informação que todos precisavam ouvir, mas por sorte dos dois, assim que Stoico saiu da sala, os vikings começaram a se aproximar do líder, para ouvir qualquer informação sobre alguma possível guerra.

Soluço e Perna-de-Peixe se afastaram da multidão.

–Você ouviu o que eu falei? – Tentou confirmar timidamente. Soluço assentiu, enquanto caminhavam silenciosamente ao encontro de Banguela, o Dragão se aproximou o cumprimentando.

–Vamos acha-la, Soluço, era só uma informação que precisávamos agora conseguir extrair tal informação que é uma dificuldade.

Perna-de-Peixe andava com um passo a frente de Soluço, o silencio que o amigo dava era muito incomum vindo de alguém tão comunicativo quanto Soluço era. Perna-de-Peixe rodava os dedos das mãos uns nos outros, nervosamente.

–Você gosta mesmo dela não é mesmo? – Tentou puxar assunto com insegurança, Soluço levantou os olhos cansados de noites mau-dormidas até o amigo.

Seu pai conversou algumas coisas sobre traições entre vikings, contou uma longa história sobre sua falecida mãe e sobre como também a agressão de Merida ao próprio marido seria algo difícil de aceitar pela população viking, por mais que, talvez pela adrenalina, mal conseguia sentir dor em sua perna.

Seus amigos provavelmente estavam preocupados, a ponto de achar alguém que pudessem ajuda-los, mas Soluço já estava sem esperança. Merida com Dagur, era morte na certa, uma longa e dolorosa morte que o fazia ter vontade de gritar de desespero só de pensar a respeito.

–Eu a amo, mais do que a minha própria vida, e meu estado atual é só a confirmação de que meus sentimentos por ela são reais.

Perna-de-Peixe abaixou a cabeça assentindo.

Soluço encarou Cabeça-quente e Cabeça-dura na frente da porta da academia, a garota ria maliciosamente de forma sádica no mesmo nível de seu irmão, Soluço tinha uma expressão confusa, principalmente quando viu Astrid saindo alisando o próprio punho, seus olhos gélidos encararam Soluço.

–Finalmente! Eu perdi a paciência, faça isso Soluço entre naquela sala com a certeza de que fará o necessário pela resposta que você precisa. – Ela comentou repentinamente. Soluço ficou visivelmente incomodado, com o olhar dos amigos atrás de si. Banguela se afastou e ele pôs a mão na maçaneta, girando divagar e entrando em uma das salas da academia. O lugar estava mal iluminado, com algumas velas espalhadas pelo ambiente. Ele visualizou o homem amarrado e caído no chão, com o olho roxo que Astrid lhe dera de presente. O olhar dele subiu para o jovem e ele sorriu convencido colocando-se de pé.

–O filho do líder veio me dar as boas vindas à Berk?

Sua voz saiu irônica.

–Johann... – Comentou Soluço quase sussurrando, seu punho se fechou e seus olhos estavam estreitos na direção do homem.

–Aposto que como a sua amiga nada amigável, você vai me perguntar a respeito de Dagur não é mesmo? Eu sou um homem de negócios e para segurança de meus clientes devo mantar detalhes em segredo. – Ele disse de forma simples, ele não era uma pessoa confiável, porém sua imparcialidade estava tirando Soluço do sério.

–Dagur sequestrou minha esposa, você precisa me falar onde ele está. – Soluço disse educadamente, com muitas dificuldades para manter a calma, porém era necessário, conhecendo Johann como conhecia, aquela era a melhor forma.

–Ah sim eu a vi, a ruiva com longos cabelos... Sempre acreditei no seu gosto com as mulheres, garoto.

Ele estava tentando lhe tirar do sério, isso foi algo que não passou desapercebido nem mesmo para Melequento que deu um passo na direção de Johann, sendo impedido de continuar pelo braço de Soluço.

–Onde ela está? – Perguntou Soluço autoritário.

–Já faz cinco horas que seus amigos me capturaram, ela é bonita e valiosa, o tipo de mercadoria cara. Dagur conhece o mercado ela já deve ter sido vendida, só espero poder ter a chance de encontra-la também...

Soluço não aguentou a insinuação descarada do homem e se aproximou bruscamente o segurando pelo pescoço prensando o homem na parede.

–Me diga a localização!

Ele pegou rapidamente a adaga amarrada em sua armadura e posicionou a lamina no pescoço do homem. Johann ficou em silencio por muito tempo.

–Deixem Banguela entrar. – Disse Soluço.

Cabeça-quente correu até a porta chamando o Fúria da Noite que entrou curioso e desconfiado, Ele caminhou como um gato até Soluço que passou a mão na cabeça dele e depois encarou Johann, Banguela pareceu entender que o homem encostado na parede era uma ameaça e começou a grunhir e se aproximar, só aguardando a permissão de Soluço para poder dar o bote.

Os olhos azuis de Johann iam para o Dragão e voltava para Soluço.

–Mestre Soluço... Talvez se você me trouxer um papel eu consigo fazer um mapa... digo, lembrar da localização.

Soluço sorriu vitorioso.

–--x---

–Para começo de conversa, se redimir com Soluço ou com meu irmão está fora de questão para mim. Eu tenho a confiança de quem preciso agora, porém a única coisa que eu não tenho é uma garantia de que eu posso estar livre para conseguir meus objetivos sem que Berk me atrapalhe.

Heather parou de falar e analisou a figura de Merida presa, ela estava confusa.

Merida simplesmente não conseguia entender o lado em qual Heather estava, até mesmo o pequeno sorriso, era tão diferente do qual ela apresentava quando estava ao lado de Dagur.

–Eu não vou poder te ajudar, mas caso meu dragão esteja por perto quando Dagur tentar te matar, pode usar ele, mas com a garantia que os cavaleiros de Berk não me procurem nunca mais.

Merida assentiu desconfiada. Então satisfeita a viking voltou a subir as escadas e desaparecer da visão de Merida que semtou no chão da cela e começou a contar o tempo passar.

Quando olhou novamente a janela, pode constatar que já era noite, e a imagem de Dagur começou a aparecer nas escadas, ainda tinha o sorriso no rosto.

–Merida... Eu ainda acho que Erda combina mais com você.

Ele abriu a porta da prisão e se aproximou de Merida, estava perto o suficiente para sentir a respiração alterada da princesa. Ele a segurou pelo pescoço, sem apertar, mas o que já foi o suficiente para provocar pânico em Merida que com agilidade conseguiu se livrar dele e correr para fora da cela, direto para o convés.

Dagur estava atrás de si, ele estava com a espada na mão e calmamente caminhava em direção dela.

Merida tentou achar alguma solução, mas nem sinal de Heathe, e não se surpreendeu ao achar que ela poderia estar mentindo. Ela viu um dragão tão negro quanto Banguela em um canto do navio e correu até ele, a principio ele foi completamente arisco, mas depois de sentir o cheiro de Merida ele pareceu mais confortável, Merida montou rapidamente para que ele voasse, mas o dragão não a obedeceu. Então Dagur conseguiu cravar a espada em seu braço.

Merida gritou e caiu atrás do Dragão tentando se afastar de Dagur. Ela pôs a mão em seu braço para estocar o sangue. Não tinha para onde ir. Aquele era seu fim.

–Merida!

Ela ouviu a voz de Soluço, bem ao longe. Na hora acreditou ser apenas fruto de sua imaginação, mas conseguiu ver Banguela voando rapidamente e mirando no casco no navio o acertando em cheio.

Merida se afastou do Dragão que estava mais assustado. Viu Dagur arfar com raiva e levar sua atenção para Soluço.

–Peguem ele!

Gritou Dagur, para os homens que estavam apavorados, pelo fato da água congelante entrando rapidamente na embarcação.

Os homens tentaram mirar os canhões no Fúria da noite, mas o Dragão tinha sua cor como camuflagem. Soluço conseguiu pousar e sacar sua espada de fogo em direção a Dagur, fazendo com que ele se afastasse e dando espaço para Merida correr até ele. Merida subiu rapidamente e Soluço em seguida.

Não tinham tempo para lutar, não com Merida sangrando daquele jeito.

–Ainda não acabou! – Gritou Dagur ao vê-los fugindo.

...

Merida estava em silencio, no quarto. Soluço também ficou em silencio. Quando chegaram a Berk, foram direto para casa, sem dar explicações para ninguém, nem mesmo para Stoico. Seus amigos ajudaram de um lado da ilha, para que do outro a chegada deles fosse discreta.

Soluço se virou com um pano em direção de Merida e o colocou em seu braço. Ela recuou a principio, mas depois ele encostou o pano novamente em seu braço. Merida viu seu colar no pescoço de Soluço e suspirou, levando seus olhos para baixo enquanto seu marido terminava seu curativo.

–Soluço... – Ela arriscou cortar o silencio. Ele lhe deu atenção, mas seu rosto ainda era sério.

–Me desculpa.

Os olhos dela estavam marejados e ela esperava que ele começasse a lhe dar uma lição de moral, ou regras de convivência...

Mas ele a abraçou. Estava tão aliviado de vê-la novamente que mal podia pensar em tudo o que passou. Merida estava viva e ao seu lado isso era o que importava.

–Eu pensei que nunca mais ia te ver. – Ele comentou com os olhos igualmente molhados.

–mas eu...

–Merida, te considero mais importante do que minha própria vida, você nunca tenha duvida disso. Eu ainda tenho minha promessa de te fazer feliz. Você confia em mim?

Merida pensou em mil coisas para responder, sobre a flecha que acertou Soluço, sobre ter roubado um dragão na academia, te-lo feito arriscar a própria vida para salvá-la, e principalmente por ter perdido o objeto mais importante para as explorações de Soluço.

Mas naquele momento, mesmo aflita por tantos motivos, ela sorriu e pôs as mãos no rosto de Soluço o beijando docemente.

–Eu confio em você

Eles se abraçaram.

Merida fechou os olhos e ficou sentindo os dedos de Soluço se enroscarem em seus cachos, e seu pensamento migrou até Dagur. Não conseguiria viver sabendo que perdera o Olho de Dragão para aquele patife, precisava achar uma forma de conseguir o objeto de volta.


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Notas finais do capítulo

Essa Heather mudando de lado a cada capítulo hahahaha



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