The Secret of a Promise escrita por Leh


Capítulo 1
O viking


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas, eu sei que alguns queriam uma continuação da minha outra fanfic Mericcup, mas eu não tenho culpa se a minha mente trabalhou para essa nova fanfic. Então pra quem chegou até aqui, de uma chance pra essa fanfic e espero que gostem ^ ^



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Raramente Merida era chamada para conversar em particular com a rainha e mais raro ainda era o rei estar presente. E não importava quantas vezes tentava se lembrar de alguma coisa errada que pudesse ter feito àquela semana, das vezes que cavalgara com Angus após uma chuva e não tivera cautela ao fazer um rastro de lama até o seu quarto. Não podia ser aquilo, Elinor já tinha advertido. Então o silencio estava feito, mas naquele momento Merida estava mais preocupada em pensar em sua desculpa do que propriamente na situação.

Elinor parecia nervosa, apesar de conseguir disfarçar perfeitamente. Já Fergus batia os dedos da mão desesperadamente uns contra os outros e olhava para várias direções aleatórias. Ouviu-se um longo suspiro de Elinor antes de falar.

–Merida... – Ela começou calma, mas foi rapidamente cortada por Merida.

–Não fui eu! Eu juro, estávamos perto do rebanho de ovelhas para uma corrida matinal, mas foi o Hamish que abriu o portão e sabe como elas são, foi impossível conter a fuga...

–O que?

A rainha estava completamente desentendida sobre a ultima travessura realizada pelos filhos, Merida piscou algumas vezes, confusa, se não era sobre o pequeno incidente com as ovelhas não podia ser nada que ela tinha conhecimento, disso teve certeza, foi então que ela deu conta do nervosismo de seus pais a sua frente. Ela franziu o cenho.

–Não é sobre as ovelhas sumidas que você vai falar é?

Elinor negou com a cabeça, a relevância sobre a notícia que queria trazer a tona a impediu de raciocinar, naquele momento, a respeito de qualquer problema causado pelos filhos ao reino.

–Você vai se casar. – Ela disse séria e pausadamente direcionando os orbes castanhos aos olhos confusos de Merida tentando ser o mais confiante que podia ser. Esperando a reação de Merida.

A princípio Merida pareceu não acreditar no que Elinor tinha pronunciado, ela deu risada das palavras e seu olhar se tornou vazio por segundos, até que, como se tivesse saído do transe, sua respiração começou a se alterar e seu rosto ficou tão corado quanto o cabelo.

–Casar? Eu pensei que essa historia tinha acabado no ano passado, mãe! – Seu tom de voz alterado não incomodou Elinor, aliás, ela já esperava uma reação desse tipo.

Ela sabia que qualquer bate-boca naquela situação era desnecessário. Por mais que tivesse pensado no que dizer à filha na noite anterior inteira, era como se as palavras simplesmente tivessem fugido. Não era o que ela desejara, tinham quebrado a tradição de casamentos arranjados.

–Os tempos mudaram, você sabe disso. – Sua voz tinha o equilíbrio exato de suavidade e autoridade.

–Então você vai apenas esquecer... Mor’du ou você ter se transformado em um urso. Tudo isso simplesmente acabou?

Merida passou a mão no próprio rosto com força, esperando que com o ato pudesse acordar do pesadelo, mas voltou à atenção a mãe, quando pode sentir seu ombro sendo tocado. Ela estava irritada, mas foi difícil ignorar o fato dos olhos da sua mãe estarem marejados com a discussão que estava apenas no começo.

–Merida, nós não escondemos nada de você. O clã Dingwall não ficou satisfeito com o fim dos jogos pela sua mão no ano passado. Poucos meses depois do fim dos jogos, recebemos uma carta dizendo que não gostaram nada da esnobação ocorrida em Dunbroch. Te deixamos informada de tudo isso.

Merida se afastou da mãe e tentou aparentar que não se importava com as palavras da mãe como deveria. Ela deu de ombros e cruzou os braços.

–E?

A indiferença de Merida pareceu chocar tanto Elinor quanto Fergus que encararam um ao outro antes de continuar a resposta.

–E o nosso tratado de paz estará desfeito em semanas, dias talvez. Dingwall quer que a guerra caia sobre DunBroch. E temos que impedir de alguma forma pacífica.

–E vocês vão fazer o que? Me casar com o jovem Dingwall em troca da garantia de um tratado de paz?

Merida viu sua mãe suspirar mais uma vez para tentar manter a calma. Suas perguntas retóricas e acusações eram no mínimo retrogradas a todo o relacionamento desenvolvido entre as duas aquele ano, Elinor conseguia lembrar-se das aulas sobre a história do reino pedidas por Merida, mas ver a rainha falando sobre casamento mais uma vez era frustrante para a filha, certamente Merida não esperava começar o dia daquele jeito.

Sua vontade foi de apenas dar as costas e não ouvir o que eles tinham a dizer, não importava a proposta, não era de seu interesse. Elinor continuou.

–Por isso eu preciso que você ouça antes de falar! Existe uma ilha viking conhecida pelo nome Berk. São boas pessoas, que tem passado por uma temporada de dificuldade na colheita por conta do inverno rigoroso, o líder da vila, Stoico, o imenso, seu pai e eu entramos em um acordo que beneficiará a ambos, nosso clã e Berk. Temos certeza que com essa união o clã Dingwall será intimidado a cessar qualquer que seja o ataque que estão planejando. Teremos paz e eles podem pegar da nossa comida que é abundante.

Elinor conseguiu perceber que conseguiria dobrar a filha a sua vontade se lhe desse a liberdade de escolha, ela não queria precisar obriga-la a fazer aquilo, não depois de tudo. Elinor acreditava que aquilo era o certo, assim como seu casamento arranjado tinha dado certo, não tinha motivos para Merida temer tanto assim o seu futuro noivo da ilha distante de Berk, já que ainda tinham propostas além das dos três clãs escoceses que Merida não tinha encanto algum. Elinor mesma não conhecia o filho do líder dos vikings, mas pelas especificações na carta, parecia ser um partido ideal.

–E o envolvimento matrimonial é tão importante? Vocês podem só fazer um tratado.

–Porque o casamento diferente de acordos, se torna algo totalmente pessoal para as duas famílias, nada une mais do que as crianças que você pode vai gerar.

Agora bastava, aquela ideia era insensata. Merida arfou com o pensamento de ter filhos, ela acreditava que tinha muitas aventuras pela frente antes de considerar a ideia de trazer ao mundo um herdeiro. Era isso que desejava, não queria ser para sempre solteira, mas preferia deixar o destino lhe mostrar os caminhos a serem percorridos. Era tão difícil um desejo ser realizado? Pelo menos já sabia o que pedir caso tivesse a chance de se encontrar com uma bruxa na floresta.

–Crianças não!

–Fergus. – Chamou Elinor.

O Rei Urso se sobressaltou ao clamor da esposa, endireitou a postura e encarou a filha, como se pudesse dizer que não ia saber argumentar nada a respeito do assunto, não do jeito que Elinor o fazia, diferente da rainha, ele nunca precisou ter aulas de etiqueta e dicção para se preparar antes do casamento.

–Merida, escuta a sua mãe.

Merida deu de ombros e apenas negou com a cabeça. Se direcionou para sua mãe novamente.

–Antes de me obrigarem a qualquer tipo de casamento arranjado eu morro. Eu me mato antes disso.

Daquela frase Merida teve o memento de se arrepender de ter dito em seguida, assim que o silencio se estabeleceu, não que ela realmente se mataria, existiam métodos menos drásticos de impedir isso, como humilhando seu pretendente, fugindo ou até mesmo transformando pessoas em ursos.

–Merida! – Exclamou Elinor em alto tom. – Eu sei que parece difícil, meu amor. Mas eu tenho que lembra-la que meu casamento com o seu pai foi arranjado, mas não estaríamos felizes hoje se eu não tivesse colaborado. E se agora você matar a si mesma, o clã Dingwall matará o seu clã, o seu reino, a sua família, tenha isso em mente. A essa altura a única coisa que impedirá uma guerra é a união do nosso clã com os vikings de Berk. Eu sinto muito que tenha que ser assim...

Então Merida deu um longo suspiro para que enfim, acabasse concordando discretamente com a cabeça abaixada e não encarando seus pais diretamente. Sua voz abaixou o tom completamente e agora tinha sido quase um sussurro, totalmente derrotada.

–Posso saber pelo menos o nome do homem que eu vou... Enfim.

Elinor estava aliviada pelo fim da discussão, mas teve a sensibilidade de não comemorar pela filha ter aceitado, ela sabia que aquilo não era um plano que Merida tinha para si própria, e nem que ela tinha planejado para a princesa.

–O nome dele é Soluço Haddock III.

Merida não evitou soltar uma risada debochada, mas parou de rir gradativamente ao ver que sua mãe ainda estava séria e que não tinha sido uma piada. Infelizmente o casamento ainda era real.

–Ele é um ou dois anos mais velho que você, não se preocupa vai dar tudo certo.

Elinor percebeu que a cada palavra Merida se encolhia mais. E que agora sua resposta se limitara a um balançar de cabeça em concordância e que ela mal prestava atenção no que lhe era dito.

–Merida. – Chamou Elinor.

–Sim? – Respondeu distante.

–Eu e o seu pai te amamos.

–Eu sei. Eu só preciso sair com Angus um pouco para esfriar a cabeça. Posso?

Ela saiu ao ver que Elinor dera permissão. Sua cabeça estava a mil, não conseguia se concertar em absolutamente nada mais, apenas em como era de extrema importante odiar esse viking cujo nome era Soluço Haddock III que em breve teria o desprazer de ter como marido.


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Notas finais do capítulo

Tenho a intenção de atualizar na sexta ou na madrugada de sexta para sábado ok? Espero que tenham gostado. Eeeeeh o/



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