Cores do Meu Outono escrita por renata_chazy


Capítulo 5
Enquanto a Neve Cai


Notas iniciais do capítulo

— Boa leitura amores.



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 Acordei 20:30 da noite, tinha dormido demais. Mais também no dia anterior eu havia passado a madrugada inteira ensaiando a música. Desci para a cozinha onde meus pais e a Ayume estavam jantando.

 

- Boa noite... – Me sentei junto com eles.

 

- Nossa filha, você dormiu muito. – Disse minha mãe me olhando preocupada.

 

- Eu estava cansada, hoje me apresentei no festival de talentos da escola...

 

- Sério nii-chan? – Ayume riu enquanto bebia um gole do suco. – E que talento você tem?

 

- Eu canto Ayume... – Falei em tom de deboche. – Ao contrario de você pirralha, eu tenho algum talento.

 

  Ayume disse algumas palavras inaudíveis, suponho que foram palavrões. Pela cara do otossan.  Terminei a refeição e ajudei minha mãe com os pratos. Enquanto meu pai dava uma bronca na Ayume, sobre educação e palavras proibidas. Eu ria vez ou outra pela carinha que ela fazia.

 

- Mãe, posso te fazer uma pergunta?

 

- Claro Sakura...

 

- Bom, se você gostasse de um garoto... Gostasse como nunca gostou de nem um outro. – Eu falava enquanto guardava os pratos limpos e secos no armário – Mas tivesse medo de se iludir, ou do garoto te magoar. O que você faria?

 

 Minha mãe sorriu parando de mexer com os pratos, e eu fiz o mesmo olhando para ela.

 

- Primeiramente Sakura, todos os garotos com quem você vai se relacionar no decorrer da sua vida você vai “correr o risco” de se magoar. É inevitável. Segundo, se você realmente gosta dele, por que não se envolver só por um medo bobo de se iludir?

 

 Sorri me sentindo tão... Boba.

 

- Você tem razão Okassan. – Dei um beijo demorado na bochecha dela. – Vou subir para o meu quarto. Boa noite.

 

 Ela sorriu e eu já ia subindo a escada para o meu quarto. Parei no segundo degrau voltando a olhar para ela.

 

- Okassan... Obrigada.

 

 Ela sorriu mais uma vez e eu subi para o meu quarto. Já eram 11 da noite. Meus pais já iam se deitar e Ayume também, então decidi ir me arrumar. Coloquei uma calça jeans escura, uma blusa grossa rosa com bolinhas pretas e calcei meu chinelinho de dormir. Desci devagar as escadas, todos já estavam dormindo. Quando sai Naruto estava sentado na escada da varanda da minha casa. Ele sorriu pra mim dando um tapinha ao seu lado. Obedeci sentando-me ao lado dele.

 

- Boa noite vaquinha...

 

- Você não perde a mania mesmo né?

 

 Ele riu olhando para o céu, a neve começava a cair leve e fria.

 

- Hoje você cantou muito bem... E a letra da sua música é perfeita. – Disse ele com um pequeno sorriso nos lábios, o encarei meio sem jeito.

 

- Obrigada...

 

- Sakura, pode ser impressão minha não sei... – Ele olhava novamente para o céu – Você olhou pra mim a música intera...  Você cantou aquela música pra mim?

 

 Senti minhas bochechas corarem e desviei o olhar de imediato. Uni minhas mãos frias no intuito de tentar esquentar.

 

- Bom, eu escrevi a letra pensando em você... E cantei pra você também.

 

 Admiti meio sem jeito, senti as mãos grandes dele e quentes dele cobrirem as minhas. Ele me puxou pra mais perto dele fazendo com que eu deitasse a cabeça no peito dele enquanto ele ficava com as costas encostada no pilar de madeira da varanda. Ele me abraçou e naquele momento eu tinha certeza do que estava sentindo... Ele me trazia segurança e conforto. Senti o perfume dele invadir as minhas narinas num aroma tão delicioso e eu fechei os olhos me encolhendo meio aqueles braços tão aconchegantes.

 

- Você não existe vaquinha...

 

 Ri ainda confusa se aquilo era um sonho... Como podia ser tudo assim tão perfeito? Sonho ou realidade meu sentimento nunca foi tão intenso por outro alguém.

 

- Naruto, o que eu significo para você?

 

 Ele parou por alguns segundos encaixando o queixo em meu ombro, podia sentir o ar quente de sua boca bater em minha orelha, e ouvir sua respiração calma e baixa.

 

- Sakura, eu nunca conheci uma garota de uma maneira tão engraçada. – Ele riu e eu ri também me lembrando do dia em que nos conhecemos. – Sério... Você é diferente das outras garotas, te gosto demais como nunca gostei de outra garota... Você é minha vaquinha.

 

 Sorri satisfeita, tudo o que ele disse teria saído perfeito se ele não tivesse me chamado de vaquinha... Mais resolvi esquecer essa parte.  Fiquei abraçada nele por longos minutos, apenas sentindo o carinho dele. Minhas mãos já estavam aquecidas assim como todo o meu corpo, podia jurar que não havia neve caindo ali se eu não estivesse vendo os pequenos e brancos flocos.

 

- Vaquinha eu tenho uma coisa pra você.

 

- O que? – Perguntei sem sair do lugar, ali estava tão bom.

 

- Surpresa... Espera ai que eu vou buscar. – Ele me afastou e eu senti o frio de novo. Droga, por que ele foi falar isso bem agora?

 

- Você ta cheio de mistérios hein? – Ele riu correndo pra casa dele. Encolhi-me abraçando meus joelhos, observei a fina camada branca que se formava no chão. Olhei novamente pra casa dele e o vi saindo pela porta da frente com um embrulho vermelho nas mãos. Ele corria e a fumaça do frio saia de sua boca.

 

- Fecha os olhos e estende as mãos. – Pediu ele sentando-se ao meu lado e escondendo o embrulha atrás de si.

 

- Ah não...

 

- Ah sim... Vai logo vaquinha.

 

 Fechei os olhos e estendi as mãos, hesitante. Aquele maluco era capaz de me dar uma barata nojenta , voadora e peluda. Sério, apesar de lindo, engraçado e sedutor ele não batia bem. Ouvi o embrulho sendo aberto e senti uma coisa fofinha e quente sendo colocada em minhas mãos.

 

- Pode abriiir. – Disse ele em melodia. Abri os olhos devagar fitando uma vaquinha branca com manchinhas pretas e com os olhinhos tão meigos e grandes. Virei a vaquinha de costas e vi um coração no bumbum dela.

 

- Ain, amei. – Apertei a vaquinha num abraço apertado e escutei um “múuuuu” vindo dela. – Haha.

 

- Quando vi eu me lembrei de você...

 

- Vou relevar porque este é um momento kawai.

 

 Ele riu se levantando.

 

- Bom vaquinha é melhor entrar, o sol já ta nascendo.

 

 Olhei para o céu vendo o sol apontar no horizonte. Me levantei também com minha vaquinha nas mãos, queria ficar mais tempo ali com ele.

 

- Então, obrigada...

 

 Sorri apontando para a vaquinha de pelúcia. Ele sorriu selando seus lábios nos meus, num selinho demorado.

 

- Ja ne vaquinha.

 

 Ele virou e foi em direção da casa dele, lentamente. Observei seus passos ficarem marcados na fina camada de neve, logo ele chegou na porta de sua casa e parou olhando para mim. Apertei a vaquinha, e ele retribuiu o sorriso ao escutar o “múuuu”.


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Notas finais do capítulo

— Bom gente... Espero que estejam gostando *--------------* Sério, tô amando escrever essa fic E espero que vocês estejam curtindo ' Próximo capitulo eu posto amanhã ou segunda. Deixem seu review, recomendem a fic e me dêem pontinhos de popularidade. Afinal, eu acho que mereçõ rs. Kissus, amovocês sz'