E a noite caiu... escrita por Lil Pound Cake


Capítulo 3
3º capítulo: Tentação.


Notas iniciais do capítulo

Às vezes é impossível resistir...



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Meu coração ainda batia forte, mas eu estava aconchegada em seus braços e me sentia muito bem assim, embora estivesse bem difícil pegar no sono. Vi que para ele não foi tão difícil assim, pois logo senti sua respiração mais leve e levantei a cabeça para olhá-lo... É, ele havia dormido mesmo.

Eu respirei fundo e me aconcheguei ainda mais nele. Relaxei e comecei a achar que realmente iria cair no sono, mas algo me despertou.

Lysandre mexeu as pernas e sua respiração ficou mais forte. Ele começou a ficar um tanto agitado e deduzi que ele estivesse sonhando. A sua mão que segurava em minha cintura agarrou-me mais forte enquanto a outra machucava a grama abaixo dele. Não demorou muito para eu descobrir que tipo de sonho ele estava tendo, pois senti logo abaixo de mim, roçando em meu corpo, algo que antes, definitivamente, não estava daquele jeito.

Olhei para sua calça e um volume crescia ali. Era impressão minha ou Lysandre estava tendo um sonho erótico? Não, não era impressão. Ele estava sim tendo um sonho bastante “caliente” e parecia que seu corpo respondia bem acordado. Ele me apertava contra ele, esfregando seu corpo no meu.

Eu não podia continuar ali deitada sobre ele como se nada estivesse acontecendo. Não consegui ficar indiferente àquela sensação que ele estava me transmitindo. Uma inquietude, um desejo que crescia assim como o volume em suas calças. Pensei em acordá-lo, mas pensei na sua reação ao ver como estava e achei que nós dois morreríamos de vergonha. Eu levantei meu corpo cuidadosamente de cima do dele e fiquei ajoelhada sobre suas pernas. Eu não sabia o que fazer, mas não podia negar que era muito tentador vê-lo assim. Tão tentador, mas tão tentador, que não pude me segurar. A vontade de tocá-lo era imensa. E já que ele estava dormindo... Por que não?

Lentamente toquei em seu sexo por cima da calça. Pude sentir o quanto estava duro. Eu nunca havia sentido nada igual. Apalpei-o mais e descobri seu tamanho. Uma palavra: impressionada! Foi como fiquei.

Eu já não podia mais parar. Eu me arrepiava a cada centímetro dele em que tocava. E arrepio maior senti quando fiz a maior loucura que poderia fazer: abaixei o elástico de sua calça para poder vê-lo melhor. Que homem, céus! Ele estava com uma cueca boxer branca e apertada. Era quase translúcida! Continuei a tocá-lo e ele mexia os quadris como se estivesse gostando. Não sei se por produto do toque ou do sonho, ele esboçou um sorriso algumas vezes e eu percebi que ele realmente gostava daquilo. Aí já não havia mais pudor ou timidez que pudesse me conter. Eu tinha um fogo dentro de mim e Lysandre era o oxigênio que me fazia queimar por dentro cada minuto mais.

Apalpei-o mais forte e puxei aos pouquinhos sua cueca até que seu pênis começou a aparecer. Com medo de acordá-lo, parei por aí, mas continuei a acariciá-lo mais e mais, e seu pênis parecia só ficar maior em minha mão. Chegou um momento em que Lysandre começou a balbuciar algumas coisas incompreensíveis, a gemer e respirar mais forte. Parecia que ia acordar! Assustada, pensando que ele havia sentido minha mão apalpando-o e acordado, me deitei de novo por cima dele como se não tivesse feito nada. Mas, ele mesmo enfiou a mão dentro da cueca e num momento apertou os lábios, e nesse mesmo instante abriu os olhos num susto. Eu fingi que havia acordado naquele instante e o chamei para despertá-lo.

– Lysandre! Lysandre!

– Hã? Hein? O quê?

Ele estava completamente desnorteado, tadinho! Parecia nem saber o que estava ocorrendo com ele próprio.

– Lysandre, acorda! T-tudo bem? – Perguntei saindo de cima dele.

– Oh... O q-que aconteceu?

– É... V-você... – Eu tinha que ser um pouco mentirosa naquele momento para que ele não descobrisse o que eu havia feito enquanto ele dormia. – A-acho que você estava tendo um sonho, sei lá. Você começou a se mexer e... É...

Foi quando ele prestou atenção em si mesmo e notou como estava. Estava com a mão dentro da cueca, segurando o pênis. Ele havia gozado na própria mão e nas calças, e até na minha roupa havia um pouco do seu sêmen. No mesmo instante ele levantou assustado e preocupado, correndo para o outro lado. Eu fiquei sentada na relva enquanto ele estava se recompondo, totalmente envergonhado, coitado! Ele mal conseguia olhar para mim. Só depois de limpar a mão e respirar fundo, ele falou.

– R-Rachel...

– Hum?

– O q-que... Que eu fiz?

– É... C-como assim, Lysandre?

Foi quando ele me perguntou muito sério:

– Eu... Fiz alguma coisa com você?

Eu fiquei gelada na mesma hora. Ele estava se sentindo culpado por como acordou, mas a verdade era que quem quase estava fazendo algo com ele, era eu.

– N-não... Não, Lysandre, você não fez nada.

– M-mas... Enquanto eu dormia... Eu... E-eu fiz algo que te constrangeu? Eu... Toquei em você?

– Não... Bom, você... Você apertou minha cintura...

– Ah não! Eu... – Ele virou para mim sem jeito e preocupado, sem conseguiur me olhar nos olhos. – Eu te pressionei contra mim? Eu me esfreguei em você? Foi isso?

– Não! Não, Lys, você não fez nada disso! ... Q-quer dizer... F-fez, um pouco, mas...

– Ah, não! Não pode ser! – Ele ficou de costas de novo. Estava atordoado. E eu comecei a me sentir mal, pois ele estava se sentindo culpado por algo que ele não tinha culpa totalmente. – Rachel... M-me perdoa. Me desculpe, por favor. Eu não sei o que me deu. Eu... Quando você deitou sobre mim, eu comecei a ter pensamentos que não devia e... Eu acho que e-eu... Eu tive um sonho em que... Nada, esqueça! Meu subconsciente me traiu!... Por favor, esqueça o que houve, esqueça o que eu fiz, esqueça o que viu, por favor. ... Você... Você pode me perdoar?

– Oh, Lys... – Eu não suportei mais minha grande parcela de culpa e o abracei pelas costas. – Eu não tenho nada para perdoar, Lysandre! O tempo todo você foi um cavalheiro comigo.

– E-eu não estava exatamente como um cavalheiro agora a pouco.

– Não, não é verdade! Você foi um cavalheiro o tempo todo... Até o momento em que você começou a se mexer como se estivesse sonhando e aí... Eu... Eu que não fui exatamente o que pode se chamar de uma dama.

Ele virou para mim e me olhou nos olhos.

– Como assim? O que você fez?

Fiquei com medo da sua reação ao saber o que eu havia feito, mas eu precisava contar.

– Eu... Q-quando você me chamou para me deitar sobre você... Eu não pude deixar de... De pensar coisas, de... De imaginar... ... Eu sei que não soa bem uma garota falar isso, mas eu tive pensamentos com você que você nem imagina. Você estava quieto e eu fiquei tentando dormir sem conseguir, até que você começou a se mexer. ... E-eu... Eu senti seu... Bom... Senti você roçando em mim, você estava... Excitado... – Eu não saberia dizer o quanto minhas bochechas estavam vermelhas nessa hora. E as dele também. – Eu... Eu... Eu tenho vergonha de dizer o que eu fiz...

– Fale, por favor. – Ele me pediu muito sério. Fiquei realmente com medo de que ele me odiasse por isso, me achasse uma “tarada”... Mas eu tinha que ser sincera com ele.

– Você estava roçando em mim e... Eu não consegui me manter indiferente a isso. Eu... Pensei em te chamar, mas... Desisti. E... Eu toquei em você... – Respirei fundo e virei de costas. Não podia falar tudo olhando nos olhos dele. Não conseguiria. – Eu te apalpei, eu te senti. Eu peguei no... E-enfim... Eu... Eu não pude resistir! Eu abaixei um pouco sua calça, eu queria ver... Eu... Eu não sei o que me deu para eu fazer tamanha loucura, mas... – Virei de novo para ele. Eu não estava completamente arrependida do que tinha feito. – Ah, Lys, o que você queria? Você me deixa louca! Me faz delirar, tá bom! Eu não me contive! Eu comecei a te acariciar, você ficou mais agitado, ficou mais excitado, e depois você mesmo enfiou a mão na cueca e... Se m-masturbou! Foi aí que você acordou. ... Foi isso.

Depois de falar tudo eu senti como se um balde de água fria caísse em cima de mim. Eu estava muito envergonhada. Simplesmente não sabia com que cara olhar para ele de novo. Então virei de costas e dei alguns passos para me afastar. Talvez ele não quisesse mais falar comigo. Mas... Ouvi seus passos... E ele, após uns minutos de silêncio, se aproximou de mim e falou:

– Não imaginei que você fosse capaz de fazer algo assim.

Eu já estava me sentindo muito mal, quase chorando, muito arrependida.

– Mas fui. Desculpa. Eu não queria te ofender. Eu me deixei levar, eu... Ah, você deve estar pensando o pior de mim não é?

Senti sua mão sobre meu ombro.

– Não, não estou. Eu te conheço bem para saber que tipo de garota você é.

– Eu nunca tinha feito isso antes, Lys. M-mas... Desculpa.

– Não precisa pedir desculpas. Eu... Devo dizer que... Isso me surpreendeu.

Estranhei nesse momento o tom de sua voz. Era meio... Contente.

– Você... Não está zangado comigo?

– Não. Por que ficaria? – Lysandre fez meu coração bater mais forte ao encostar em mim e sussurrar ao meu ouvido: - Não se fica zangado quando se faz o que o outro queria.

Aquilo me pegou desprevenida. Ele... Ele disse mesmo que queria que eu fizesse aquilo?

– V-você queria? – Me virei para ele e perguntei surpresa.

– Também não pense mal de mim... Não é que eu quisesse... É apenas que... – Suspirou. – Quando te chamei para deitar sobre mim, também não pude evitar ter os mais voluptuosos pensamentos, as mais loucas fantasias... Mas mantive o controle. Só que... Quando dormi... Acho que meu subconsciente me pregou uma peça. Me deixou vulnerável. Sentir seu corpo sobre o meu, seu cheiro, seu perfume... ... Isso tudo serviu para criar na minha mente o sonho mais... Mais cheio de luxúria que você possa imaginar. ... Eu... Eu te acho bonita e sexy, e... ... Não sei mais o que te dizer...

– Você... Estava tendo um sonho erótico comigo?

– Sim. E pelo visto o sonho ultrapassou as barreiras do subconsciente e fez todo meu corpo reagir ao toque de suas mãos... – Ele segurou minhas mãos. Nossas mãos ainda estavam quentes.

Depois de tanta sinceridade, minha curiosidade falou mais alto.

– Lys... Pode me contar como era seu sonho?

– Quer mesmo saber?

– Quero.

Ele parou por um instante olhando fixamente para mim. Minhas pernas ficaram bambas com aquele olhar tão carregado de desejo. Desejo que era recíproco.

–... Por favor, me perdoe mais uma vez.

– Pelo quê?

– Por ter acabado de imaginar... Em não apenas contar o meu sonho... Mas, realizá-lo.

Ele me tirou todo o fôlego de novo, senti que ia desmaiar, mas nada mais importava. Eu não estava lidando mais com a razão, ela havia fugido de mim! Meu coração apenas palpitava em ritmo frenético e tudo que eu podia fazer era seguir meus instintos, minhas vontades. Não o deixei falar mais sequer uma palavra. Eu estava meio tonta de emoção, mas me segurei em seu pescoço e tomei sua boca num beijo profundo, voraz, apaixonado. Beijo que ele correspondeu e tornou mais molhado, mais sensual. Nossas línguas bailavam em nossas bocas, nossos lábios não se separavam por nada. Não precisávamos respirar naqueles segundos.

Demos uns passos até que eu senti bater as costas contra algo. Era a árvore gigante da floresta logo atrás de nós, testemunhando nossa paixão em seu auge.

Meu corpo estava entre o tronco da árvore e o corpo dele. O corpo dele me pressionava moldando-se ao meu. Eu já podia sentir o volume na calça dele crescendo de novo sob a roupa... E minha vontade era de mais, muito mais.

Em meio aos beijos vorazes, uma de minhas mãos que estava em sua nuca escorregou por suas costas até seus quadris. Adentrou sua calça e eu agarrei sua nádega esquerda com força, com desejo, arranhando-o, sentindo a fina malha de sua cueca rasgar em minhas unhas. Enquanto isso ele também parecia ficar mais fogoso. Mordeu meus lábios e depois passou para meu pescoço, deixando marcas.

Estávamos entregues a um desejo louco e desmedido, e parecia que nada iria nos parar... A não ser o bom senso. Eu já deveria saber que Lysandre era cavalheiro demais para não parar quando viu que as coisas já estavam esquentando demais entre nós. Ele me beijou mais uma vez, na boca e na testa, e se afastou alguns centímetros de mim, muito ofegante, dizendo:

– Eu... Não vou fazer nada... Apesar do que parece. Não vou fazer nada que você não queira. Não se sinta constrangida...

– Não estou constrangida.

– Posso... Te fazer uma pergunta?

– Claro. Todas que você quiser.

– Você... V-você já...

– Se eu já o quê?

– Você já ficou com alguém antes?

Entendi o que ele queria saber.

– Se eu fiquei... Tipo... Dormir com alguém?

– Tipo... Mais do que dormir apenas. ... Rachel, você já transou com alguém?

– Não. Nunca.

Ele sorriu, dando um suspiro aliviado. – Imaginei. Você é uma garota de princípios.

– E também porque... Eu nunca havia me apaixonado antes.

– E você está apaixonada agora?

– Estou.

– Por mim?

– Por você.

Ele sorriu para mim e beijou meu rosto mais de uma vez, até dizer:

– Sabe... Eu também nunca estive com ninguém.

– Sério?

– Sério. Sei que a maioria dos garotos da minha idade já teve algum relacionamento com alguém, mas... Eu sou diferente. E não me importo em ser diferente. Pelo contrário, eu gosto.

– Você sabe ser diferente.

Ele sorriu ainda mais lindo. – Acredito que sexo deve ser acompanhado de um sentimento maior que apenas atração física. Deve ser acompanhado de amor, ou pelo menos, de uma paixão avassaladora. – Ele pôs as mãos em meu rosto e olhando fundo nos meus olhos, confessou: - Uma paixão como essa que sinto por você.

Senti todo meu corpo estremecer com essas palavras. – E-então...

– Você quer ser minha namorada?

Nem acreditei que ele estava mesmo me perguntando isso.

– Q-quero! Eu quero!

– Então somos. Sabe... Eu nunca me apaixonei assim. Por isso, não quero fazer nada que você não queira.

– E se eu quiser?

...


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Notas finais do capítulo

Continua...