Once Upon a Zombie escrita por Nadin S Lynn


Capítulo 27
Tomorrow Never Knows


Notas iniciais do capítulo

Hey 0/
Ultima quarta feira do ouaz...
Então... Boa leitura e espero que gostem. ^_^



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As memórias sempre vão estar com você.

Quando amanheceu, os raios solares preencheram todo o ambiente, e apesar de estar escondido atrás dos troncos caídos de algumas árvores, a luz chegou até seu rosto. Debruçado sobre a grama, espreguiçou-se, seu gancho encostou-se a vários fios loiros espalhados detrás de si. Virou-se e abriu seus olhos devagar, só não esperava que os olhos azuis a sua frente fossem abrir na mesma hora e se assustarem ao se colidirem.

_Hook. – enunciou surpresa.

_Tinker? – devolveu o tom. _Não me diga... Que nos? De novo?

_Eu estou tão surpresa quanto você. – rebateu.

_Mas não era pra eu estar aqui... – confessou pensativo, não se lembrava de ter partido. _O que você fez?

_Sério? Acha que eu fiz alguma bruxaria pra você? – Indagou incrédula. _Isso é sério Hook?

_Não. – respondeu temendo a ira da mulher. _Mas... Se fez, porque fez? – Tinker revirou os olhos e o que Jones obteve como resposta foi uma noz acertada bem do meio das suas costas. _Ai!

_Vai me acusar disto também? – perguntou a loira abafando um risada para manter a pose séria com os braços cruzados?

_Isto é o que você ganha. – ouviram a voz na retaguarda, era um dos garotos perdidos da ilha, jogou outras nozes neles. _Quando deixa o navio atracado de todo jeito na praia. Já que voltara, podem ficar só se preparem para lutar. – desafiou o garoto, logo se juntando a mais deles.

_Malditos moleques. – praguejou Tinker. _O que vamos fazer? Correr? – tornou a questionar tendo que se desviar de alguns frutos vindos em sua direção.

_Não, correr apenas não é o suficiente. – Respondeu Hook. _Vamos ensinar-los uma lição. – Tinker assentiu e juntos começaram a correr, se abaixando apenas para pegar os frutos espalhados pela floresta sombria.

_Viu isso? Estão recuando. – disse Tinker após acertar um deles, Hook sorriu vendo-a sorrir também. No começo ele acreditara fazer aquilo apenas para dar o troco e ensinar algo àqueles garotos, eram travessos e um pouco cruéis, contudo perceberam que também só queria atenção. E os mesmos também se divertiam devolvendo a atitude infantil, notando assim que gostavam da companhia um do outro. Como se tivessem uma ligação, algo os unindo além de um simples caso do passado.

Continuaram e por muitos minutos Killian topava com algumas pedras pelo caminho, mas não deixava de correr por nenhum segundo, o mesmo não se podia dizer de Tinker, que tropeçou nas raízes de um grande arvoredo, caindo por cima de Hook que seguia na frente.

_Me desculpe. – disse sem mover seu corpo de cima do paz. Não sabia o que havia os trazido, talvez nunca soubesse, só sabia que sentia quando estava tão mais próximo dele.

_Talvez não precisarmos ir embora... – ele sussurrou.

_O quê?

_Estive pensando... Eles têm razão, nós podemos ficar aqui. – sua respiração quente era sentido bem próximo dos lábios da loira que tinha certa sensação em mente.

_Podemos.

**

Quando o sol bateu na janela do seu quarto, veio acompanhado de uma ventania que abriu suas janelas de forma abrupta. Henry coçou seus olhos e ficou de pé, pronto para fechar-las. Voltou para a cama, só que não conseguia mais dormir, então apenas ficou sentado cabisbaixo na borda do colchão, refletindo sobre algo que não sabia o quê.

_Henry? – Chamou Regina, atravessava o corredor quando viu a porta entre aberta do quarto do seu filho. _Você está bem?

_Sim. – respondeu. Suspirou, dividindo o espaço com sua mãe. _E enquanto a você?

_Vou ficar. – devolveu o suspiro e depositou um beijo em sua cabeça. _Tem planos para hoje?

_Eu estava pensando em dar uma volta pela cidade. – Como não tinha escola neste dia, ele decidiu fazer algo diferente do que costumava fazer.

_Quer companhia?

_Sozinho. – enfatizou a palavra, tentando não parecer grosso. Regina semicerrou seus olhos, não gostando muito daquilo, porém iria dar o espaço, seu filho estava crescendo.

_Tudo bem... Só tome cuidado. – Henry estranhou pelo fato de não ter precisado de mais para convencer-la. _Eu também tenho plano, acho que devo desculpas a sua mãe... Eu devo ter sido um pouco... Grossa, talvez. – sussurrou, sabendo que escutaria alguns questionamentos a respeito de sua confissão.

_Desde quando se importa tanto com o que ela acha? – perguntou receoso.

_Desde quando... – A verdade era que não sabia o porquê exatamente, estava enlouquecendo com tais dúvidas que não conseguia a resposta. Não saber o que sentir era o pior sentimento. _Algumas coisas devemos guardar pra nos mesmos. - Disse por fim, Henry concordou também não podia questionar a respeito de sua atitude. Ele fez o que tinha que fazer, e logo estava pronto para ir, só passaria antes do quarto de sua mãe para se despedir.

_Mãe? – chamou. Deduziu que Regina estava no banheiro, devido ao barulho de água que via do chuveiro. _Estou indo. – avisou, antes de partir algo chamou sua atenção, um pergaminho na mesa de cabeceira. Sem pensar duas vezes ele pegou e saiu a longos passos, para qualquer lugar solitário o bastante, para combinar consigo naquele momento.

**

Com as mãos dentro do bolso do casaco escuro, o garoto de cachecol quadriculado andava pelas calçadas da cidade. Sua caminhada continuava monótona, nada de novo acontecia. Até chegar na fronteira da cidade. Henry não esperava nada além de uma estrada vazia, por isso engoliu em seco quando ouviu um barulho próximo de passos quebrando folhas secas. Ele abriu o pergaminho e se deparou com algo saindo de dentro dos arbustos e seguindo para o outro lado da floresta.

Rapidamente começou a escoltar a fisionomia laranja que continuava a correr, o que foi falho para ela, pois sua perseguição acabou quando a garota tropeçou e bateu com a cabeça em baixo de uma arvore. Tudo ficou escuro por um tempo, até suas pálpebras se abrirem devagar, na medida em que as mesmas piscavam tentando ter uma vista nítida do que cutucava seu nariz.

_Hey! – Enunciou. Os olhos azuis abriram sobressaltados, após enxergar o garoto de cabelos e olhos marrons bem a sua frente, ela podia jurar que estava em algum tipo de transe, não conseguia desviar seus mirantes em outra direção. Ou até mesmo podia jurar que era amor e fuga a primeira vista. Henry não se sentiu diferente, a garota não só possuía belos olhos como também longos cabelos ruivos acompanhados de todo um visual de arqueira.

_Porque você está roçando algo no meu nariz? – perguntou, se levando de forma abrupta.

_Estava tentando te acordar. Espere... Aonde você vai? – perguntou e não obteve nada como resposta. _Vou continuar te seguindo.

_Não me siga, também estou perdida. – Confessou, sentando-se em uma pedra. Era ela que não sabia onde estava agora. A garota suspirou e aquilo deixou Henry confuso pela mudança repetida de humor, já não sabia mais o que se passava.

_Me conte e eu posso te ajudar. – sugeriu.

_Não tenho nada a dizer. – interferiu, enxugando algumas lágrimas que caiam. _Porque não ouvi minha mãe quando ela disse ‘’não vá muito longe Merida’’. – sussurrou para si. _Querem me obrigar a fazer algo que eu não quero, mas também não quero ficar sozinha. Eu apenas sinto a falta deles.

_Ei, vai ficar tudo bem. – Henry ponderou e procurou pensar em um modo de acalmá-la, queria mostrar que estava ali então dividiu a rocha com ela, passando seu braço pelos ombros de Merida. _Olhe para as flores... Conte um, dois, três... – Tentou desviar sua atenção, e isso parecia ajudar. _Vamos contar juntos. Olhe para as rosas logo ali, consegue vê-las?

**

_No três, ok? – ponderou por alguns instantes e olhou para aqueles que seguiam as sombras de seu movimento. _Tem certeza que querem ir junto? – tornou a perguntar. Desde que Elsa achou tal foto, ela não conseguia pensar em outra coisa. Foi até os trolls e lhe pediu um feitiço de encontro. Ela ficou surpresa quando eles disseram que a garota estava Storybrooke, rapidamente informou sua ida, teria que encontrar-la a qualquer custo.

_Eu acho que nosso casamento pode esperar. – disse Anna. _Não é Kristoff?

_Sim, não gosto de nos separarmos. Além do mais, esperamos até agora, podemos esperar mais um pouco. – brincou. Elsa sorriu e num passe de mágica estavam na linha da cidade, estranharam, esperavam que algo as barrasse, mas era como se tivessem passe livre, ou alguém tivesse deixado aberto a fronteira da cidade.

Regina seguia pela cidade quando viu uma luz se expandir na fronteira, freou o carro e desceu, se escondendo atrás das embreagens. Flexionou seus joelhos apenas para observar-los de costas, duas mulheres e um homem, não os reconhecia daquela distância. Teria que tomar vantagem, portanto foi se aproximando devagar, abaixando-se algumas vezes, não sabia o que as esperava então forçou sua mente para materializar algo. Fechou os olhos e quando abriu tinha um revolver em mãos. Ela mesma estranhou seu efeito, todavia ia servir então ela a pegou a arma, apontou e enrijeceu seu tom de palavras.

_Quem são vocês?

_OH MEU DEUS! O que aconteceu com você? – O trio virou-se para encarar-la assustados com os braços erguidos, enquanto uma das moças surpresas mencionava o fato de reconhecer-la mesmo ela munida de coisas que não habituavam a ver.

_O que fazem aqui? – perguntou surpresa. Suspirou aliviada, baixando sua arma. _Sinto muito... Eu não sabia o que me esperava aqui, esta é minha cidade, tenho que proteger-la. –deu de ombros.

_Regina! É bom rever-la. – Anna a abraçou, fazendo Mills permanecer estática com aquele ato.

_Anna. – falou sem jeito. _Não me lembro de ter toda essa intimidade da ultima vez que nos virmos.

_Desculpe, só vi você e tive a necessidade de ter abraçar. – respondeu.

_Eu também, só não queria arriscar. Anna é a impulsiva da história. – brincou Elsa.

_Até porque fui eu quem viajou o reino a procura de uma garota que nunca viu na vida. – Protestou e puderam perceber que Elsa tinha uma expressão semelhante estampando seu rosto.

_Ei, ei, ei... – Interferiu Regina. _Achei que fossem do tipo que não brigavam. – ela não sabia o que deu nela, Revezou o olhar entre as duas irmãs cabisbaixas a sua frente e depois em Kristoff que mantinha a cabeça erguida._Você ia deixar isso acontecer Kristoff?

_Não achei que chegaria a esse ponto. – Respondeu envergonhado.

_Nem eu. – sussurrou Mills para si. Agitou a cabeça rapidamente, tentando se livrar de seus atos e pensamentos tumultuados.

_Desculpe. – falaram as duas juntas. E Regina sorriu junto com Kristoff, porque mesmo ela estava sorrindo? Tratou logo de desfazer do ato.

_Que seja. – ela rebateu tentando soar indiferente. _Então... Sejam bem vindos. Aproveitem a estadia. Eu tenho que ir. Encontrar alguém. – falou tudo muito rápido, movendo-se para ir.

_Pra onde está indo? – Indagou Anna, já andavam ao seu lado. _E quem está procurando?

_A Emma. – Elsa franziu o cenho, aquilo parecia familiar, novos na cidade encontram Regina que procura Emma. Contudo sua atenção se voltou a certa mulher que atravessava a rua, pronta para entrar no Granny’s.

_Pra aonde ela vai? – perguntou Regina, ao notar que um deles se distanciava numa direção contrária.

_Não se preocupe. – Disse Anna, ponderou por alguns segundos e voltou a suspirar. _ Ela sabe o que estar fazendo. Mas e você? Parece preocupada...

_É que não sou boa com desculpas... – murmurou.

_Toma. – Kristoff agachou-se e pegou um dente de leão no meio das flores. _Dá pra ela. –Regina franziu a testa encarando o rapaz com uma expressão incrédula. Como aquela flor iria melhorar as coisas? _Há quem diga que ao soprar uma pétala da flor deve-se fazer um pedido sobre o amor ambicionado. Se o vento trouxer de volta a pétala é sinal de que o desejo será brevemente realizado.

**

O sino tocou, indicando mais pessoa que adentrara no Granny’s, Elsa fitou o lugar desnorteada, a cada passo que dava suas pernas bambeavam mais. Não sabia por que estava se sentindo assim, era só uma foto, de uma pessoa que nem ao menos se recordara de conhecer. Inspirou o ar e soltou, e lá estava ela, a moça de mechas vermelhas, blusa xadrez e um pouco mais sensual do que na foto. Inclinada sobre o balcão, Ruby sentiu o cheiro que exalou na medida em que sentia alguém se aproximar.

_Em que posso te ajudar? – perguntou enquanto anotava algo no seu bloco de notas.

_É você? – Elsa murmurou e pôs a foto sobre a bancada. Ruby parou de mascar seu chiclete e olhou para a foto e em seguida para a garota em pé a sua frente. Ela não sabia o que dizer, seu estomago se revirou todo quando seus olhos verdes se encontraram com os azuis. _Não me pergunte como eu a tenho, eu apenas a encontrei... E esperava que você pudesse me explicar...

_É você... – Ruby soltou com ar.

_Não é você. – rebateu Elsa, franziu o cenho, confusa e apontou para o papel.

_Não, é você com quem eu sonho com você todas as noites. – Ela completou e ao terminar de falar, os rostos já estavam a centímetros de distância, tentando controlar as respirações que se encontravam descontrolados.

_Pode me explicar porque eu estou completamente apaixonada por você e nem sei a razão disto? – Ruby saltou e em um movimento acabou com a distância que separava seus corpos.

_Existe razão para o amor? - As duas ficaram se encarando por um tempo até Elsa se recompor e respirar fundo.

_Vai ficar ai parada? – perguntou descrente.

_Ta sugerindo o quê? – Ruby colou os corpos, mas não a beijou, esperava que a loira tomasse a iniciativa. Achava que era assim chegar, se declarar e depois ficar inerte. _Sabe, isto é o tipo de coisa que não costumo fazer muito... É o meu negócio sabe? Eu sou sozinha.

_Você quer que eu a beije? – protestou já impaciente, sem se importar com a atenção extremamente voltada para elas.

_Por quê? – Ela estava mesmo fazendo perguntas? Elsa revirou os olhos, então sussurrou em seu ouvido.

_Porque você não é a única solitária.

**

Emma não se importava de ficar sozinha, na verdade optava por passar o dia no sofá, mais uma vez seus pais tinham saído com Neal a deixando apenas com a companhia dos seus pensamentos no apartamento. E mais uma vez seu estomago roncou, por mais que pudesse fazer um gesto com a mão e ter o que desejasse, ela gostava da idéia de ter que pagar algo para comer, isso a fazia se sentir normal, como há tempos não se sentia.

Sentou-se no sofá e vasculhou sua calça, na esperança de achar alguns dólares. No entanto, após enfiar a mão no bolso do seu jeans rasgado, o papel que encontrou não era de valor, quer dizer, não literalmente, não ainda.

Ela mudou o semblante em questão de segundos, colocou alguns fios atrás da orelha, e tentou se recordar de onde havia saído aquilo. Era um papel velho e tinha o que tudo indicava ser uma seleção de músicas. Alguns daqueles cantores e bandas ela conhecia, então abriu o notebook e selecionou a playlist, quando ia por pra tocar bateram na porta. Levantou-se com o aparelho ainda em mãos e olhou sob o olho mágico, um nervosismo tomou conta de si, junto com uma ausência de palavras só de ver quem estava do outro lado. Colocou o notebook na cômoda ao lado e abriu a porta, a observando invadir sem cerimônias.

_Obrigado por me receber.

_Não chamei você... – Respondeu Emma. _Você apenas entrou e começou a falar. – Regina respirou fundo para manter o tom calmo, tentando ignorar o fato de Emma ter demandado aquelas palavras de forma rude.

_Se veio aqui para...

_Cale a boca. – interferiu. _Quer dizer, deixe-me terminar de falar. – Emma apenas assentiu. _Eu acho que talvez, eu tenha sido um pouco...

_Um pouco? – Emma interrompeu.

_Cale sua maldita boca antes que eu enfie algo ai dentro, senhorita Swan – Emma ponderou por alguns segundos, procurando pensar em algo para revidar, mas só conseguia pensar no quanto Regina ficava sexy ao falar ‘’ senhorita Swan’’. _Sobre a cripta... Aquilo foi horrível, não foi você, fui eu... – tentava se justificar de maneira desastrosa e com as mãos para trás, o que tornou tudo muito estranho para Swan que observava cada expressão sua.

_Está terminando comigo? – Brincou. Não conseguiu evitar a gargalhada, Regina bufou e moveu-se de maneira abrupta para sair daquele cômodo, porém antes que pudesse dar mais um passo Emma segurou seu braço. _Espere... Achei que tínhamos algo...

_O que? – Regina estremeceu, sentiu as batidas descompassadas do seu coração tão altas, que teve que se esforçar para que Emma não as escutasse.

__Achei que éramos amigas... Que esses anos que permaneci aqui significassem algo pra você, então não pode me tratar assim porque estar com medo.

_Não tenho medo de nada.

_Você tem sim, porque todos têm e você não é diferente. Isso é o que está começando a aparecer... – Seu tom de voz ao contrário de Regina ainda era calmo e terno. _Todos querem algo que não têm... O que você quer?

_Eu queria vir aqui e pedir desculpas por ter utilizado meu tom de sempre em pessoas sentimentais... – debochou. _Mas mudei de idéia, e no momento, eu quero que pare de pensar que sabe das coisas quando na verdade não sabe.

_Sinto muito. – disse Emma devolvendo o tom de sarcasmo.

_Não sinta. – Rebateu. Deu as costas e saiu. Emma fechou a porta e deslizou sobre a madeira, livre para demonstrar qualquer fraqueza, ela esticou o braço e pegou o aparelho, pôs no colo, em seguida colocou a playlist para tocar. Flash de memórias povoaram sua mente com alguns versos, principalmente o ‘’ My heart would break without you’’.

Não sabia se ficava mais surpresa com o impacto que apenas uma setlist causou nela ou porque podia sentir e distinguir quem estava ali, apenas pelo perfume que exalava, ela podia sentir quem estava consigo e ao confirmar sua suspeita Emma se aproximou ainda mais, colocando suas duas mãos sob a porta. A prefeita parecia ver através da madeira, já que fez o mesmo, encostando seu rosto e escutando a respiração mudar do outro lado.

Regina se impressionava cada vez mais consigo a cada passo que não conseguia dar, e a cada vez que pensava que podia viver com qualquer coisa menos com Emma com raiva dela, então ela apenas continuava parada ali, escutando do outro lado. Já não tinha mais forças pra se manter em pé, fechou os olhos e soprou o dente de leão, e quando menos esperou Emma tornou a abrir a porta, só que desta vez para capturar seus lábios de maneira urgente.

O vento que soprou alto com seu ato, fez com que as pétalas e uma série de memórias preenchesse o ambiente.


Tomorrow Never Knows - Carla Azar

Quem honra aqueles que amamos pela vida que vivemos?

_Emma! – A moça falou quase como um murmúrio.

_Regina? – Uma lágrima escorreu pelo rosto de Swan ao encontrar finalmente um rosto conhecido, ou melhor, alguém vivo.

Quem envia monstros para nos matar?

_Quem você acha que lançou essa maldição? Zelena? Gold... – Questionou cavando um buraco no chão com suas mãos.

_Se tiver sido a Zelena.... Que é o mais provável. – Rebateu de forma rígida. _Eu mesma a matarei! Arrancarei seu coração e esmagarei na frente de todos. – Seu olhar fervia de ódio.

~ ~

_É só uma questão de tempo até virem me procurar... – murmurou, seu corpo todo doía, o autor era mais doentio e cruel do que imaginara.

_E eu farei um bolo com cobertura rosa. Será que eles vão gostar? – indagou sarcástico. _Uma coisa é certa, eles viram... Sabe por quê? Está tudo planejado... – ele encarou os olhos claros que transbordavam de pavor. _Eu sempre penso em tudo... Eu planejei tudo, o helicóptero na fazenda, o ataque dos zumbis na prisão... – sorriu ao se recordar. _Eu só queria garantir que tudo saísse perfeito... Eu brinquei com você e você deixou.

E ao mesmo tempo, canções que nunca vão morrer?

_Ainda cantarei nossa canção, quando seu cabelo não estiver tão loiro... – Falou enquanto acariciava seu rosto com os polegares.

_Temos uma canção? – Ela franziu o cenho, curvando sua cabeça a medida que seus olhos azuis a analisavam.

~ ~

_Valendo... Estamos no meio de uma floresta.

_Falso.

_Estamos numa loja de disco porque eu preparei uma playlist pra você. – mesmo que não pudesse ver, a loira podia notar o tom alegre em sua voz.

_Falso. – tornou a falar.

Quem nos ensina o que é real e como rir das mentiras?

_Olha.... – Inspirou lentamente e depois soltou o ar depressa. Ficando de frente para a morena, soltou algumas frutas e bagas ao seu lado. _Sinto muito que tenha o visto morrer diante dos seus olhos... De novo! Uma vez você me ensinou uma coisa de um universo totalmente diferente ao que eu estava acostumada. Magia! – Conseguiu a atenção da morena ao jogar sua faca para ela, que a pegou de imediato sem entender aquilo. _Hoje é minha vez de te ensinar a viver... No mundo real.

~ ~

_Ok, prestem atenção! Tem que atingir os cérebros. – Segurou a gola de um dos cadáveres, tirou a faca em sua cintura e fez jus as suas palavras. _Viram? Tomem cuidados para não serem mordidos ou dominados, sei que é o obvio, porém é importante ressaltar isso.

_Você parece muito preparada para alguém que veio de um mundo semelhante ao nosso. – Comentou novamente Elsa.

_Digamos que tive uma boa professora. – Sorriu.

Quem decide quem vai viver ou morrer defendendo?

_Você não é a rainha má Regina. – Sorriu mesmo que a outra não pudesse ver. _Bem... Não mais. Você é a mãe do meu filho, e eu sempre te salvarei.

~ ~

_Quer saber? Não importa! Você sempre será apenas a criança desobediente e você a perdida... E isto não será o suficiente para se livrar do doce alivio da morte.

~ ~

_Isso não é nada... Você veio... – seus olhos azuis buscavam por respostas, uma lágrima solitária escapou e correu pelo rosto ensanguentado. _Porque você veio? – sussurrou.

_Você tinha alguma dúvida? – Emma negou, sabia que ela sentiria sua falta, só queria acreditar que ela não a encontraria e não tivesse mesmo destino dela. _Eu sempre te salvarei lembra? – Sorriu fraco encarando uma Swan visivelmente preocupada também. _Ou tentarei.

Quem nos acorrenta? E quem tem a chave para a nossa liberdade?

_Não pode trazer sua mulher de volta dos mortos, seu INFELIZ. – Berrou, sua voz soou firme, não deixando se intimidar.

_Cuidado, não sou eu quem está amarrada aqui. – debochou, o sorriso cínico pairava em seus lábios._Porque está tão brava? – Fingiu um tom incrédulo, abafando uma risada. _Você está em apuros pela sua estupidez... Eu só queria dar o troco, mas você implorou por um acordo. A protegeu, mas e enquanto a você? Meio enervante, não acha?

~ ~

_Hey. – Regina a vez despertar de seus pensamentos ao segurar sua mão, voltando a fitá-la com uma expressão carinhosa. Nunca foi boa com palavras reconfortantes, então ponderou por alguns instantes antes que escapasse qualquer palavra por sua boca._Não há ninguém neste planeta com quem eu enfrentaria uma luta, além de você.

É você!

_HENRY. - Disse Regina, segurou em seu rosto enquanto o mesmo ouvia atentamente o que dizia. _Pode ficar e lutar ou pode partir.

_Mãe, desistir nunca esteve nos meus planos.

~ ~

_Este lugar está um caos. Há muito deles, em seis direções diferentes, temos armas na base. Vamos ter que lutar.

_Nos vamos lutar e nos iremos conseguir.

Você tem todas as armas que precisa.

Agora, lute!

{Sucker Punch}


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Notas finais do capítulo

Este filme é meu amorzinho desde 2012 s2
E então?
Me deixem saber por favor 0/ Beijos