Shipping Back to Boston escrita por Parrijando


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

É a minha primeira fic Rizzles,espero que gostem.
Vou avisando logo que:eu tenho uma outra fic,pouco tempo e a procrastinação corre nas minhas veias,portanto não sei quando vou atualizar essa história.
PORÉM,se vocês forem bonzinhos e gostarem,eu vou TENTAR - não prometo nada - atualizá-la o mais rápido possível.
Sem mais delongas,boa leitura e espero que curtam! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/622628/chapter/1

Aquele era um dia calmo como outro qualquer.O ar do quase meio-dia era fresco,a temperatura estava agradável:nem muito quente e nem muito fria,simplesmente perfeita.As flores pelas ruas,parques e jardins das casas já começavam a desabrochar timidamente,indicando que a cidade já estava às portas da primavera.

Na estação do metrô,a comoção era geral.Tudo muito apertado,muito quente.Milhões de adolescentes se misturavam e aglomeravam,falando alto e animadamente sobre as férias de primavera que haviam começado naquele mesmo dia,esbarrando uns nos outros e em alguns adultos,que vez ou outra,praguejavam em meio à confusão causada.

- Com licença! - uma voz soou fraca em meio à multidão - COM LICENÇA! - esta se intensificou,quando as pessoas pareceram não ouví-la,e conseguiu ganhar algum território logo em seguida mas logo o caminho foi bloqueado por uma nova e mais densa parede de corpos - Ah,não mas que droga!O metrô já está chegando.

- Alex,eu estou cansado! - uma outra vozinha se pronunciou,manhosa

- Agora não,Matt! - a menina disse,olhando para baixo e sacudindo o braço do garoto - Vejamos,o metrô vai chegar agora,então temos que ser rápidos. - ela olhou para frente s oltou um longo e pesado suspiro ao ver que não havia uma brecha se quer em que pudessem se meter e chegar mais rápido à beirada da plataforma - Bem,há sempre a opção de outro.Vamos ver o próximo horário. - e puxou o celular do bolso da calça

- Alex,eu quero ir pra casa,estou com fome! - o menino insistiu mais uma vez,dessa vez puxando o braço dela e fazendo com que quase derrubasse o celular

- Ai,Matt!Olha só,quase me fez derrubar o celular! - ela esbravejou - Merda! - praguejou,ganhando alguns olhares dos que estavam à sua volta - O outro metrô só passa daqui a duas horas,até lá vamos ter perdido o almoço! Mamãe vai ficar uma fera conosco,capaz de nos cozinhar vivos. - disse guardando o celular no bolso e se abaixando um pouco como pode - Escuta,Matt,plano B,ok?Quando o metrô chegar nós vamos correr e não importa o quanto nos xingarem,não vamos parar. - o menino deu um riso sapeca e logo foi levantado do chão pela irmã - Tente colocar sua lancheira no braço que ficar mais pra fora,hoje é dia de jogar boliche humano!

- Assim?! - o menino tentou se ajeitar e acabou acertando o nariz da irmã

- Ai!! Assim não,ai! - ela resmungou e levou a mão ao nariz,sentindo algo de diferente - Tenho quase 100% de certeza que você o quebrou.O que carrega nessa lancheira?Chumbo?

- Pêras! - Matt abriu um sorriso largo e arrancou uma gargalhada dela - Desculpa,Alex.

Quando ela ia responder,o som do metrô entrando pelo túnel abafou qualquer outro barulho possível.

- Ok,lembra do plano,não é? - o menino assentiu na mesma hora em que o metrô parou na plataforma - AGORA!

E os dois saíram em disparada,batendo nas pessoas,ganhando xingamentos de tudo quanto era tipo.As portas sinalizaram que iriam fechar em poucos segundos,então Alex apertou o passo e saltou,no último momento,para dentro do vagão;Matt em seu colo,ria à toa.

- Conseguimos! - disse arfando - Não foi tão difícil assim,foi? - o menino balançou a cabeça indicando um não convicto

- Vamos fazer de novo qualquer dia!

- Wow,não,não! - respondeu rindo da disposição do irmão - Tudo o que eu quero agora é chegar em casa e aproveitar as férias.
____________________________________________________

- MÃE,CHEGAMOS! - Alex gritou enquanto abria a porta,colocando Matt no chão,que logo saiu correndo pela casa - Esper-Matt!Sem correr! - ele desapareceu no corredor que levava à cozinha - Garoto maluco - e riu,fechando a porta

"Matt,o qu- MATT EU JÁ DISSE PRA NÃO CORRER EM CASA!MATTHEW!",Alex gargalhou quando ouviu a mãe gritando desesperada e quase ficou sem ar quando ouviu o irmão gargalhando mais alto e continuando a correr.Ela então jogou a mochila na bancada da cozinha,junto com o fino casaco,tirou os tênis e os jogou de qualquer maneira em um canto qualquer,prendeu o cabelo negro e já bagunçado em uma espécie de rabo de cavalo e saiu ao encontro dos dois.

- Oi! - ela falou bem perto do ouvido da mãe,que estava na bancada da cozinha externa cortando um pedaço de salmão,fazendo a mesma pular com um susto

- Alex!Vocês querem me matar hoje? - ela esbravejou,levando a mão livre ao peito e arquejando - Então,como foi o últim - a mulher parou no meio da frase quando viu que a filha já estava largada em uma das espreguiçadeiras - Eu não acredito que você já prendeu o cabelo,os convidados vão chegar daqui a pouco para o almoço!

- Ele estava bagunçado,mãe! - Alex resmungou,colocando a almofada da espreguiçadeira sobre os olhos

- Ah é?E você nunca ouviu falar de pente ou escova? - retrucou,se aproximando e retirando de supetão a almofada de cima do rosto da filha

- Nã-AI! - a menina reclamou segurando o nariz

- O que houve com o seu nariz? - a mulher perguntou inclinando a cabeça para o lado,estudando o rosto da filha

- Nada,não aconteceu nad- AI MÃE! - e resmungou mais uma vez quando a mãe segurou seu queixo e tocou seu nariz de leve com o indicador

- Dói se eu tocar?

- Não,eu é que gosto de ficar dizendo 'ai' por nada - Alex respondeu com seu sarcasmo habitual - Está muito ruim?

- Já vi coisas piores. - a mulher respondeu - Agora,olhe fixamente para mim e fique parada.

- Wow!Por que?O que vai fazer? - a menina perguntou,se desvencilhando das mãos da mãe

- Alexandra,eu disse para ficar parada. - disse em seu tom mandão habitual,ao que a menina fez um bico - Muito bem,escute.Você deslocou o osso e isso pode doer um pouco,ok? - continuou segurando firme o queixo da filha com a mão direita e aproximando a esquerda do nariz da mesma

- Espera o qu- AI! - Alex soltou um grito ao ouvir um "crack" em seu nariz

- Eu disse que ia doer um pouco.

- Um pouco?! - a menina levou uma das mãos ao rosto - O que você fez?!

- Coloquei o osso de volta no lugar.Lembre-se de colocar gelo pelo resto do dia se não quiser que isso inche. - e se levantou de repente,voltando para a bancada

- Mãe! Qual é - Alex a seguiu - O que houve?

- Não é nada.Vá ver se o seu irmão já mudou de roupa. - respondeu,continuando a cortar o salmão e os legumes com uma expressão fechada e sem perceber,batia o cutelo com toda a força na tábua

- Ei,ei,Dr. Isles!Esse peixe não é um dos seus corpos e nem lhe fez nada. - Alex colocou uma das mão sobre a de Maura - Quer contar o que está acontecendo?

A loira parou um pouco,fechando os olhos e suspirando pesadamente.Eram tantos os pensamentos,tantos anos longe e ainda assim,as lembranças a seguiam a qualquer lugar que fosse porque as lembranças moravam com ela,não tinha escapatória.Reprimindo algumas lágrimas,ela respirou fundo e depositou a mão sobre a da filha.

- Está tudo bem,Alex. - vendo o olhar de inquérito da menina,completou - Falo sério,estou bem. - e sorriu - Agora vá ver o seu irmão,ok?Daqui a pouco os convidados chegam e vocês dois estão pela casa jogados!

- Ok,você já disse isso. - Alex retrucou,impaciente e depositou um beijo na bochecha de Maura,voltando para dentro da casa.

De repente,Maura sentiu um calafrio e em seu inconsciente,algo a alertava e incomodava.
____________________________________________________

Alguns minutos se passaram depois que as crianças haviam ido tomar banho.A casa estava um pouco mais silenciosa e Maura corria,arrumando tudo no jardim sob o olhar imperdoável dos tiques e taques do relógio,quando seu telefone começou a vibrar.

"Número privado",dizia o visor.

A loira então ignorou a chamada,guardando novamente o celular no bolso da calça e retornou aos afazeres.Dez minutos depois,o aparelho vibrou novamente;de novo o tal número privado e Maura repetiu a ação anterior.À exatamente 1 da tarde,o celular voltou a vibrar,mesmo número privado.Dessa vez,a legista bufou irritada."Se for algum tipo de brincadeira de mal gosto,eu nem sie o que faço.",pensou antes de atender.

- Alô. - disse seca e irritada.Do outro lado da linha,aparentemente nenhum barulho e não ser um chiado fraco - A-lô. - ela bufou mas tudo continuou o mesmo - Olha só,eu não sei se isso é algum tipo de piada ou o quê.Mas se você não tem mais nada de útil a fazer,me desculpe mas eu tenho.Meu tempo é curto pra ficar atendendo a esses trot...

"Maura?!",a voz masculina do outro lado da linha fez o sangue da legista gelar.

- O que você quer? - ela respondeu em um tom defensivo.Haviam se passado mais de 4 anos desde que falara com Patrick Doyle pela última vez.Ele havia lhe ligado da prisão quando soube do nascimento de Matt e pedido para conhecer os netos.Ela,como sempre,negara.

"Maura,me escute.Não há muito tempo.",ele parecia nervoso e isso fez com que o coração da loira disparasse dentro do peito pois Doyle não era um homem de expressar emoções."Vocês estão em casa?Maura?!"

- Por que quer saber isso? - tentou mascarar o medo que crescia em seu peito com a dureza das palavras

"Maura,só me diga se estão ou não!É uma questão rápida,de segundos até que..."

De repente,uma explosão vinda de dentro da casa arrebentou as portas e janelas de vidro que davam da cozinha para o jardim dos fundos,e jogou a legista longe,por pouco ela não bateu com a cabeça em um vaso de planta.A legista se levantou atordoada e agarrou-se ao telefone mais uma vez.

"MAURA?!",Patrick que ouvira tudo,gritou;o desespero tomando conta de si

Quando a legista já estava de pé e tentando assimilar as coisas,uma segunda explosão estourou as janelas do andar de cima.

- ALEX!MATT! - ela berrou se dando conta do que estava acontecendo - ALEX! - os gritos eram em vão,pois nenhum som podia ser ouvido pelo crepitar do fogo que começava a se aparecer e apoderar de alguns locais

- MÃE! - Alex gritou e logo saiu de trás de um cortina de fumaça espessa,trazendo o irmão no colo,ambos com alguns arranhões e cobertos de fuligem

- ALEX! - Maura correu e abraçou os dois,chorando - Vocês estão bem?Meu deus... - de repente sua expressão mudou,a raiva tomando conta de si e ela voltou a falar no telefone - COMO VOCÊ SABIA DISSO?O QUE VOCÊ FEZ?!

"Maura,calma,me escute.",Patrick começou "eles sabem que você está aí,vão fazer de tudo para machucá-los,te atingir e me atingir.Eu te liguei diversas vezes mais cedo mas você não atendia.Levei horas para rastrear o seu número desde que me mandaram o aviso"

- Aviso?!Que aviso? - Maura sentia seu mundo desmoronar

"Agora não há tempo pra explicação Maura,Tallahassee não é mais um lugar seguro pra vocês!Você está me ouvindo?Eu quero que venha para Boston imediatamente."

Maura sentiu o sangue gelar.Boston.Onde seu passado e a melhor parte de sua história viviam,onde passou seus dias mais felizes.Mas também de onde teve que partir com esta história incompleta e uma grande tristeza no peito.

- Você só pode estar brincando! - ela esbravejou

"Isto tudo está longe de ser uma brincadeira!",Doyle perdeu a paciência."Escute,acredite no que quiser.Só estou avisando que um carro preto vai parar a duas ruas depois da sua,daqui a dez minutos e vai levá-los até um hangar afastado,onde vão pegar um jato direto pra cá.Não fale com ninguém,não conte nada às crianças.Apenas venham."

Silêncio.

"Maura,está me ouvindo?Nós não temos muito tempo,eles vão atrás de você e das crianças.Principalmente de Alexandra e você sabe muito bem porque.Vão fazer de tudo pra te atingir,vão jogar com todas as cartas.Apenas venham,aqui eu explicarei melhor o que está acontecendo." e antes que a legista pudesse protestar e esbravejar,o sinal de chamada finalizada preencheu seus ouvidos.

- Mãe?MÃE! - Alex gritou - Quem era?O que foi isso tudo? - ao ver Maura olhá-la sem reação,seu coração se apertou - MÃE O QUE ESTÁ ACONTECENDO?!

- Escutem bem,eu quero que façam silêncio e me esperem ali no portãozinho que dá pros fundos.Podem fazer isso por mim? - ela disse com as lágrimas escorrendo,afagando o rosto dos filhos,e ao ver os dois assentirem,voltou correndo para dentro de casa.

Após alguns minutos,voltou com a roupa chamuscada mas trazendo uma pequena bolsa e alguns casacos.


- Vistam isso. - ela disse prendendo o cabelo,colocando seu casaco e o capuz;em seguida pegou Matt no colo e o cobriu com uma manta,o menino resmungava - Shhh,Matt,já vai passar.Alex,está pronta? - a menina assentiu,depois de colocar o capuz e um óculos escuros,e os três saíram em direção à tal rua.

__________________________________________________

Aquele poderia ter sido um dia como outro qualquer.O ar fresco do quase meio-dia,a temperatura agradável:nem muito quente e nem muito fria,simplesmente perfeita.As flores pelas ruas,parques e jardins das casas desabrochando timidamente,indicando que a cidade já estava às portas da primavera.Poderia ter sido mas não foi porque nada nunca é como nós esperamos ou queremos.E Maura Isles sabia muito bem disso.

Ao olhar para seu colo e ver o filho dormindo e sua filha com a expressão mais confusa que já havia visto,a fizeram perceber isso.

Conforme o carro entrava mais pra dentro da mata,ela apertava Matt contra si.Seria aquilo o início do fim?Ou o fim daquilo que se iniciara tempos atrás?O veículo parou,tirando-a de seus pensamentos.Um homem de óculos escuros e touca,abriu a porta do carro e os conduziu até o hangar.A legista reprimia algumas lágrimas e sentia a respiração pesada de Alex atrás de si.

Os três entraram no jatinho e o silêncio foi desconfortável,ela podia sentir o olhar da menina em si.

- Mãe,por favor... - ela suplicou em um sussurro - Para onde estamos indo,me diga que sabe o que está acontecendo - a voz ligeiramente rouca da filha tendia a ficar mais grave quando ela estava prester a chorar - Por favor...

Antes que o homem voltasse ao jatinho para pilotá-lo,Maura fechou os olhos,apertando-os e suspirou.

- Nós estamos indo para Boston. - respondeu e ouviu a filha arquejar,no exato momento em que o homem deu a partida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso,espero que tenham gostado e comentem!
Até o próximo capítulo,pessoal :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Shipping Back to Boston" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.