Laços do Passado escrita por Amy Mills


Capítulo 12
Ela não sabe nadar


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii não demorei tanto né? Espero que curtam bastante esse capítulo de hoje tá? Comentem por favor, é importante a opinião de vocês, me ajuda a construir o próximo capítulo! Beijossss!!!!



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As duas ficam ali sentadas no chão, abraçadas como se quisessem que nada no mundo pudesse separá-las.

Amy chora.

Regina– Agora tá tudo bem, não chora! Vem cá( alisa os braços da menina com força como se quisesse esquentá-la)Você tá tremendo de frio.

Amy– Eu estava apavorada!( ofegante)

Regina– O que estava fazendo aqui sozinha?

Amy– Eu não sei direito (respira muito forte)

Regina– Respira!

Amy-Eu só lembro de estar perto do lago e vi um pequeno cervo, só lembro de seguir ele e de repente eu me vi aqui sem saber como sair dessa floresta.

Regina ergue Amy e andam um pouco.

Elas estão abraçadas quando sentem uma movimentação na mata, as duas ficam em alerta e Regina se coloca na frente de Amy.

Uma fera avança pra elas, Regina agarra Amy e se abaixa protegendo aquela garota que se tornou tão importante. Antes que a fera as atingisse Regina apenas escuta um rugido e depois a voz de alguém conhecido.

Robin– Regina?

Regina levanta a cabeça e vê Robin com seu arco e flecha em punho.

Robin– Vocês estão bem?

Regina solta à respiração, mas seu olhar muda de alivio pra raiva quando se lembra das palavras de Robin um pouco mais cedo.

Regina– O que era aquela coisa?

Robin– Não sei, mas eu o acertei.

Regina– O que está fazendo aqui?(fria)

Robin– O que acha? Estava procurando a garota. Ela está bem?

Regina– Vai ficar (esquentando a garota) Amy, você tá muito gelada.

Robin– Como veio parar aqui?(percebe que a garota está com o casaco de Regina, ele tira o sobretudo e tenta entregar a Regina) Tome, está muito frio.

Regina– Eu não preciso da sua ajuda. Vamos Amy!

Robin– Não seja teimosa Regina.

Amy escuta os dois e se incomoda com as palavras de Robin contra Regina.

Robin– Como você chegou aqui garota?

Amy– Eu não sei.

Um enorme lobo se aproxima, Regina olha pra trás.

Regina– Não Robin (fala alto)

Robin– Se abaixa Regina (Robin puxa outra fecha de sua aljava e quando ele faz o movimento de soltar a flecha)

Regina– Robin nãoooo( grita)

Antes de terminar a palavra Robin solta a flecha. Mas Regina é rápida e segura a flecha no ar antes que atinja o lobo.

Robin– Por que...

Regina– É a Ruby( olhando pra Ruby enquanto a mesma se transforma de volta sob o olhar arregalado de Amy e Robin)

Ruby– Jesus você quase me acerta (com o olhar apavorado) Regina obrigada por me proteger (ofegante)

Regina– Não foi nada.

Robin– Me desculpa Ruby, eu não sabia.

Ruby– Tudo bem.

Ruby abraça a amiga.

Ruby– Você está bem?

Regina– Ela está tremendo de frio.

Robin– Eu posso fazer uma fogueira agora mesmo.

Regina– Não ( fala áspera), nós vamos levar ela pra casa.

Robin– Por que não cria as suas bolas de fogo pra aquecê-la?

Regina abre a boca, mas não sabe responder.

Emma– Festinha e ninguém me chama( chega ofegante)...Ela tá bem?

Regina confirma com a cabeça.

Emma– Pai( fala no rádio)Avisa a Granny que a encontramos!

Ruby– Melhor irmos logo ela tá muito fria e....

Emma– Se abaixem!( com o olhos arregalados)

A fera que Robin achou ter acertado volta com tudo, mas Emma joga uma bola de energia e joga outra e outra, mas a fera vem pra perto da loira que puxa o revolver e atira bem no meio da cara da besta, que cai há poucos metros.

Emma– Nem tudo funciona com magia (sorri) Eu amo a minha arma(olhando pra o revolver)Estão todos bem?

Quando a loira olha Ruby está abaixada sozinha, mas uma cena a intriga. Robin e Regina abraçados como que se quisessem fazer um escudo protegendo Amy e a loira fica por um momento observando intrigada.

Os dois ficam ali por um momento.

Emma– Você tá bem Ruby?

Ruby– Mas o que era aquilo?

Emma– Eu nunca vi, mas depois nos preocupamos com isso.

Regina desperta do momento e percebe que está sendo protegida por Robin e se afasta dele.

Robin se levanta e estende a mão.

Regina – Eu não preciso da sua mão (se levanta sozinha e ajuda Amy a se levantar) Será que ainda não entendeu que eu não quero nada vindo de você?

Robin– Regina...

Regina– Pra você é senhora prefeita (fala com autoridade)

Regina e Robin se encaram, uma com olhar ódio e o outro com olhar de misericórdia.

Emma– Ok, vamos nos acalmar!(percebe o clima tenso entre os dois). Vamos levar a Amy pra casa, ela tá quase azul de frio. É melhor sairmos daqui antes alguém da família venha velar o corpo da fera.

Regina confirma com a cabeça e todos vão embora da floresta.

Dois dias depois de manhã.

Regina está na sala da prefeitura, sentada no chão envolta de várias caixas.

Regina– Henry, por favor, assim que ouvir essa mensagem me liga! Beijos.

Desliga o celular e fica olhando pra tela preocupada.

Alguém bate na porta.

Regina– Pode entrar.

Emma entra.

Emma– Tá aí uma cena que eu nunca imaginei: Uma rainha sentada no chão.

Regina– Adoro bom humor enquanto eu estou muito ocupada.

Emma– Ok, vamos recomeçar! Bom dia senhora prefeita.

Regina– Bom dia senhorita Swan. A quê devo essa visita tão inusitada?

Emma– Eu vim saber se você quer um pouco de ajuda.

Regina– Um pouco? A sua mãe afundou a prefeitura numa desorganização sem tamanho!Já imaginou quanto tempo eu vou levar pra organizar isso tudo?

Emma– Eu sinto muito.

Emma senta ao lado de Regina.

Regina– Do quê se trata?

Emma– O quê?

Regina– Você não veio só me ajudar, o que você quer?

Emma– Às vezes eu tenho a impressão que você lê pensamentos.

Regina– Acertei não é?

Emma– Regina, você lembra da sua avó?

Regina olha surpresa pra loira.

Regina– Isso é algum tipo de brincadeira?

Emma– Eu não sou doida de brincar sobre a sua família.

Regina– Você é a primeira pessoa que me pergunta sobre a minha avó. Por que quer saber?(fica intrigada)

Emma– Lembra sobre que eu te falei sobre as minhas investigações? É importante.

Regina– Ah...É...é claro! Sobre a minha avó?( franze as sobrancelhas e olha pra o teto como se quisesse forçar a mente) Eu nem lembro direito dela. Acho que só a vi umas duas ou três vezes, lembro-me mais da minha tia. Ela conversava muito com a minha mãe sobre ela.

Emma– Podia me falar mais?

Regina– Eu lembro que a minha mãe dizia a minha tia que a minha mãe era controladora. Que irônico!

Emma– Verdade.

Regina– A minha mãe não sabia quem era a mãe dela. Na verdade ela nem sabia que possuía magia... Obrigada Rumplestiltskin!

Emma– Espera, ela não sabia quem era?

Regina– Não, depois que ela descobriu que tinha magia, começou a pesquisar e acabou descobrindo que além de ter uma mãe bruxa, tinha uma irmã.

Emma– Como ela não sabia sobre a mãe?

Regina– A minha avó abandonou a minha mãe com o meu avô, ela era uma bruxa gananciosa e resolveu deixar a filha, assim como a minha mãe fez com a Zelena.

Emma– E depois?

Regina– Depois que a minha mãe desenvolveu os poderes, a minha avó teve conhecimento de que a senhora Cora era tão cruel quanto ela e apareceu na nossa casa certo dia.

Emma– E como a Cora reagiu?

Regina– No inicio parecia furiosa, mas a minha avó entregou a ela uma caixa com diversas joias dizendo que era herança da família e que pertencia a filha, então conseguiu convencer ela, dizendo que tinha se afastado pra que a minha mãe se tornasse forte...Quem abandona um filho com uma desculpas dessas?

Emma– E a sua tia?

Regina– Era ruiva, muito ruiva, igualzinha a Zelena! Por isso que quando aquela verdinha disse ser a minha irmã não foi tão surpreendente, eu vi naquela ruiva rancorosa o sangue Mills.

Emma– Nossa já imaginou uma noite de natal? Você, a Zelena, a sua mãe, sua tia e a sua avó ao redor de uma mesa? Nem quero imaginar.

Regina– Com certeza seria uma reunião e tanto.

Emma– Então você não teve contato com a sua avó?

Regina– Não lembro de...Ah eu lembro de um só vez ela falar diretamente comigo. Foi na minha iniciação.

Emma– Iniciação?

Regina– Quando uma Mills atinge a idade de 8 anos, a avó ou a mãe dessa menina a inicia na magia.

Emma– E como é esse ritual?

Regina– Eu não vou contar tudo pra você.

Emma– Não precisa ser tudo, mas alguns detalhes são importantes.

Regina engole seco.

Regina– A descendente iniciada precisa passar por um circulo de energia que transmite magia.

Emma– Machuca?

Regina– Um pouco! Ali é constatado que tipo de dom você tem, além de...

Emma– O quê?

Regina– A pessoa responsável pela iniciação faz uma marca no corpo da descendente.

Emma– Que tipo de marca?

Regina– Um M.

Emma– A sua mãe marcou você?

Regina– Foi a minha avó. E é isso que eu lembro!

Emma– Eu posso ver?

Regina– O quê?

Emma– A sua marca?

Regina– É claro que não.

Emma– Por que não? É muito intima?(sorri e ergue uma sobrancelha)

Regina– Você... É tudo intimo pra você? Que mente poluída! Eu me recuso a responder isso!

Emma– Para com isso Regina( se diverte) deixa eu ver!

Regina– Não! Além do mais eu fiz uma coisa por cima.

Emma abre a boca surpresa.

Emma– Você fez uma tatuagem?(totalmente surpresa e entusiasmada)

Regina–Não.

Emma– Eu preciso ver!

Regina– Vai ficar querendo.

Emma faz bico.

Regina– Não. Não é uma tatuagem!( mente)

Emma– Regina, por favor, você tá mentindo (sorrindo).

Regina está calada.

Emma– Ao menos me conta...É uma tribal? Letras japonesas? Uma maçã?

Regina– Claro, adoro lembrar da sua mãe e desenhei uma maçã?

Emma– Então É uma tatuagem.

Regina– Eu não disse isso.

Emma– Me fala então o que é.

Regina– Não insista Swan.

Emma– Tem haver com a maldição não é?

Regina ergue uma sobrancelha.

Emma– Acertei?

Regina– Acha mesmo que eu iria marcar o meu corpo com algo que me fizesse lembrar o que mais me arrependo de ter feito na vida?

Emma– Me desculpa. Ah qual é Regina? Eu preciso saber o que é.

Regina– Você precisa esquecer isso!

Emma– Eu não posso, eu sou hiper curiosa.

Regina– Quer ficar mudando de cor outra vez?

Emma fica pálida.

Regina– Foi o que eu imaginei.

O celular da loira toca.

Emma– Fala garoto.

Regina olha pra loira.

Emma– Já perguntou pra Regina?( encara a morena), tá certo!

Desliga o celular.

Emma– Ele pediu pra almoçar com a minha mãe.

Regina– Ele não quer falar direito comigo( confirma triste) Não entendo por que ele tá agindo assim.

Emma– É só um ciúme bobo Regina...Ah, a Ruby me disse o que aconteceu, como sabia que era ela?

Regina– O que quer dizer?

Emma– A Ruby disse que você impediu que a flecha a atingisse...Como sabia que era a Ruby?

Regina– A Ruby, quando se transforma, tem uma mancha em formato de lua perto do focinho.

Emma– Regina, você é uma mulher admirável.

Regina– Sou só observadora.

O celular de Regina toca e as duas olham a tela no chão, vendo a imagem de Robin.

Regina semicerra os olhos e recusa a chamada.

Emma– Sabe, no conto de fadas de Nova York, o personagem Robin Hood não tem ideia do que é um celular.

O telefone toca outra vez e Regina mais uma vez recusa.

Emma– Quer conversar?

Regina– Não!

Emma– Ontem o clima estava muito pesado entre vocês.

Regina– Ah você notou?

Emma– O que aconteceu?

Regina– Você viu a parte em que eu disse que NÃO queria conversar.

Emma– Você não precisa ficar áspera desse jeito Regina.

Regina respira fundo.

Emma– Tudo que você falou muito importante, vai ajudar bastante.

Regina– Se houver algum progresso me avisa( ainda séria)

Emma– Eu prometo Regina!

Emma se levanta.

Regina– Eu sabia que não ia me ajudar.

Emma– Eu me levantei pra pegar aquela caixa( aponta pra estante)

Na rua Amy vem chegando a prefeitura.

Robin– Olá.

Amy para.

Amy– Ah..Oi senhor Robin( sorri)

Robin– Me chama de Robin. Você está bem?

Amy– Estou, muito obrigada por ontem. Se não fosse a Regina e você...Eu nem sei o que teria sido de mim. Muito obrigada Robin.

Robin– Aquela floresta é muito perigosa. Cheia de armadilhas e de feras mágicas.

Amy– Você acertou aquela criatura em cheio.

Robin– Sou bom com arco e flecha. Se quiser eu posso te ensinar a atirar com flecha.

Amy– Você me ensinaria?( surpresa)

Robin– É claro. Depois eu passo na lanchonete, se a vovó deixar vou te dar aulas. Combinado?

Amy– Combinado.

Os dois dão as mãos e se sentem bem. Robin segura a mão de Amy por alguns segundos.

Amy– O que foi?

Robin- Você é muito parecida com alguém que eu já conheço.

Amy– Quem?

Robin– Ainda não sei!

Amy sai e Robin fica falando sozinho.

Robin- Ainda não sei, mas eu vou descobrir.

Amy entra na prefeitura, entra na sala e Emma observa a cumplicidade das duas.

Amy– Com licença.

Regina– Amy?(sorri)

Amy– Me desculpem, estava aberto e eu fui entrando.

Emma– Oi Amy.

Amy– Tudo bem Emma?

Emma– Tudo.

Regina– Como sabia que eu estava aqui?

Emma– Eu pedi que ela trouxesse um lanche pra gente.

Amy– Eu trouxe o seu frappuccino.

Regina– Ah que ótimo! Tô morrendo de fome. Vem, senta aqui perto de mim!(bate de leve no chão perto dela)

Amy senta perto da rainha.

Emma fica observando a cena.

Emma– É a primeira vez que eu escuto você dizer essa frase( com as sobrancelhas franzidas)

Regina– Que frase?

Emma– Toda ela. Estou morrendo de fome. Senta aqui perto de mim.

Regina abre a boca pra responder, faz um careta que diz: você é ridícula e Amy acha graça.

Regina– O que mais você trouxe?

Amy– Donuts e pão doce.

Emma– O pão doce é meu( mexendo na caixa em cima da mesa)

Amy– Trabalha nos sábados também?

Regina– Na verdade não, é que vou recomeçar na segunda e a antiga prefeita deixou tudo bagunçado (olhando pra Emma e falando mais alto e a loira ri).

Regina abre a embalagem, entrega um Donut a Amy e começa a comer o outro.

Regina– Adoro Donuts.

Amy– Eu também (sorrindo e comendo)

Emma está de braços cruzados observando a cena.

Ela se vira e presencia uma cena muito curiosa e particular.Ela percebe que Regina e Amy simultaneamente mergulham o Donut no Frappuccino, sopra um pouco e colocam na boca.

Ela grava aquela cena na memória. A loira percebe que nunca viu Regina agir tão naturalmente com uma pessoa que não fosse o Henry.

Amy– Você não vai comer?( olha pra loira que ainda está intrigada)

O celular de Emma toca.

Emma – Eu já volto(vai saindo pra atender)

Amy– Muito obrigada por ontem Regina.

Regina– Não precisa agradecer.

Amy– Você deve estar cansada de ficar me salvando.

Regina– Não estou mesmo.

Amy– É verdade?

Regina– É sim.

Um tempo depois a loira volta.

Emma– Era o Hook, perguntando que horas eu vou voltar, ele quer conversar com os meus pais sobre compromisso.

Regina– Sério? Uma espécie de noivado?

Emma– Não, eles só vão conversar.

Regina– Eu fico imaginando quando vocês se casarem, onde você vai arrumar uma aliança que caiba no gancho dele.

Amy ri e Emma fica com os olhos semicerrados em direção a Regina que mantém a seriedade e toma mais um pouco de frappuccino.

Amy–A amizade de você é muito engraçada.

Regina– Não somos amigas.

Emma– Somos sim Amy.

Amy sorri.

Emma– Ahh eu tive uma ideia.

Amy e Regina olham pra loira.

Emma– Tá um dia lindo lá fora, que tal nós irmos dar uma volta no haras, nós quatro. Eu, vocês e o pequeno príncipe.

Amy– Pequeno príncipe?

Regina– Meu filho.

Amy– Ah... Claro (sente uma ponta de ciúme)

Emma– Nós podíamos aproveitar o dia lá. O que acha Regina?

Regina– Você faz tudo pra não trabalhar né?

Emma– Mas...

Amy– Eu não quero incomodar.

Regina– Você não é nenhum incomodo Amy.

Emma– Podíamos dar uma volta no haras. O Henry disse que faz tempo que você não vai lá.

Regina– Faz mesmo muito tempo.

Emma– Vamos, o Henry vai gostar.

Regina– Pergunta a ele primeiro.

Emma– Tenho certeza que ele vai topar.

A loira se abaixa e abre a embalagem.

Emma– Cadê o meu pão doce Regina?

Regina– O quê?( olha pra Amy que ri)

Emma– Eu sei que foi você que comeu Regina.

Regina– Não sei do que você está falando( sorrindo pra Amy que ri)

Emma– Ta bom, eu acredito (pega o café com canela habitual). Eu vou buscar o Henry! E você me deve um pão doce.

A loira sai.

Amy– Vocês tem uma relação muito engraçada.

Regina– Essa loira é muito abusada.

Amy bebe um pouco.

Regina olha pra Amy e resolve confirmar as suas suspeitas a limpo.

Regina– Amy, podia me fazer um favor?

Amy– Claro.

Regina– Pega pra mim aquela agenda que está dentro da minha bolsa.

Amy se levanta, pega a agenda e se senta mais uma vez perto da rainha e entrega a morena.

Regina– Sabe, eu estava pensando...O que acha de ser minha assistente?

Amy– O quê?(surpresa)

Regina– É, eu vou precisar de uma assistente aqui, eu pensei no Henry, mas ele está estudando e vai fazer uma espécie de estágio com a Emma. O que me diz?

Amy– Eu adoraria...Mas e a vovó?

Regina– Eu já tinha pensado nisso, eu posso conversar com ela, você podia fazer um turno aqui e outro lá.( escreve algo na agenda)

Amy– Seria uma honra, mas...

Regina– Mas o quê?( franze a testa)

Amy– Eu não sei fazer nada.

Regina– Eu te ensinaria tudo.

Amy engole seco, pois sabe que precisaria saber ler e escrever pra ser assistente de Regina.

Regina– Me faz um favor( folhei a agenda), lê pra mim esse compromisso que está em destaque na cor azul( entrega a agenda a Amy)

Amy garota começa a respirar forte.

Amy– O quê?

Regina– Leia pra mim o que está escrito nessa página Amy.

A garota olha pra agenda, olha pra Regina e olha pra agenda outra vez.

Amy treme os lábios e seus olhos começam a marejar.

Regina– Amy?

Amy– Me desculpa!( duas lágrimas escorrem em seu rosto)

Regina pega a agenda de volta e a fecha.

Regina– Por que não me contou que não sabia ler?

Amy olha pra Regina com lágrimas.

Amy– Me perdoa, eu não quis mentir pra você...Eu já vou!

Quando Amy vai se levantando Regina a segura.

Regina– Não, espera! Tá tudo bem.

Amy– Você sabia? A Ruby te contou?

Regina– Eu soube no momento que lhe dei o livro e você não disse nada. Não precisou que ninguém me dissesse.

Amy se mantem calada.

Regina– Geralmente quando uma pessoa recebe um livro, essa pessoa lê a capa do livro ou lê o bilhete que vem junto. Você parecia perdida

Amy– Eu nem sabia o que te responder.

Regina– Posso te perguntar uma coisa?

Amy balança a cabeça.

Regina– Cadê a sua família? Você tem pais?

Amy fica receosa.

Regina– Por favor, confia em mim.

Amy– Eu sou órfã.

Regina se choca.

Regina– Mas...Quem cuidava de você?

Amy–De onde eu vim, uma pessoa cuidava de mim, uma senhora, mas ela era muito cruel e um dia ela me abandonou, depois eu soube que ela morreu.

Regina– Ela nunca se importou em te ensinar a ler e escrever.

Amy– Ela era a pior pessoa que existiu.

Regina– Ela te machucava?( incrédula e com raiva)

Amy– Ela era horrível, me maltratava, me torturava e me deixava vários dias sem comer.

Regina– O QUÊ?( GRITA COM OS OLHOS ARREGALADOS)

Amy– Ela...

Regina– Me fala o nome dela(se levanta)

Amy– O quê?(se assusta e se levanta também)

Regina– Me fala o nome dela agora (calça os sapatos), eu vou fazer essa mulher engolir uma bola de fogo (fala com ódio)

Amy– Regina fica calma.

Regina– Eu vou ficar calma quando essa cachorra tiver o que ela merece.

Amy– Mas...

Regina– Me fala o nome dela Amy, eu juro que vou arrancar a alma dela com as minhas próprias mãos (olhando as mãos).

Amy– Ela morreu!(segura os braços de Regina)

Regina– O quê?

Amy– Eu soube que ela morreu.

Regina– Tem certeza?(respira forte)

Amy confirma com a cabeça.

Amy– Mas eu quero agradecer por querer me defender.

Regina– Eu sinto muito que você tenha passado por isso Amy.

Amy– Eu não quero mais falar sobre isso e sinto muito ter escondido de você sobre eu não saber ler.

Regina– Eu sei que é doloroso pra você contar isso.

Amy– A Ruby tem tentado me ensinar, mas os horários são complicados.

Regina– Amy, se você quiser... Eu podia te ensinar.

Amy– O quê?(quase sem acreditar)

Regina– Eu posso te ensinar a ler e escrever( se anima), você vem pra cá e aqui eu posso te dar aulas.

Amy– Você tá falando sério Regina?

Regina– Claro que estou, eu vou ser uma boa professora pra você, eu vou ter o tempo perfeito pra dedicar a você. O que me diz?

Amy– É claro que eu quero. Mas tem certeza que não vai te atrapalhar?

Regina– Absoluta( fala com muita convicção)

Amy– Muito obrigada Regina( ofegante e feliz)

Regina sorri, se aproxima de Amy e segura o queixo da garota.

Regina– Como alguém pode machucar uma garota tão meiga?

Amy– Por que ela era cruel. Foi muito bom encontrar a Ruby.

Regina– Só a Ruby?(com uma sobrancelha erguida)

Amy– Não. Encontrar a Ruby foi muito bom, mas maravilhoso mesmo foi ter conhecido você.

Regina se emociona e abraça a garota.

Amy– O que está escrito na agenda?

Regina– Está escrito: Você é especial pra mim!

Amy– Você também é especial pra mim.

Regina– Eu te prometo Amy, eu vou sempre te proteger.

Amy apenas aperta mais Regina e finalmente se sente amada.

Algum tempo depois estão no aras Regina, Amy, Emma, Henry, Snow, David, Neal e Hook.

Um pouco afastados perto dos estábulos estão Regina e Emma conversando.

Regina– Sério?

Emma– Regina, o que eu podia fazer?

Regina– Me avisasse, assim eu não viria.

Emma– Foi por isso que eu não disse. Quando eu chamei o Henry a minha mãe escutou e disse que era uma ótima ideia se todos viéssemos.

Regina– Foi mesmo uma ótima ideia( irônica)

Emma– Para com essa ironia. Somos uma família Regina, devemos estar sempre fazendo programas juntos.

Regina– E o Henry?

Elas olha pra Henry brincando com Neal.

Emma– Ele vai ter que mudar o comportamento dele.

Regina olha de longe e vê Amy conversando com Snow.

Emma– Ela já conquistou a minha mãe.

Regina– Ela é uma garota incrível.

Emma– Ei...Eu tenho uma surpresa pra você.

Regina– Adoro suas surpresas Swan.

Emma– Eu sei, eu vou buscar.

Regina vai perto do lago e Amy se aproxima.

Amy– Que lugar lindo!

Regina– É mesmo maravilhoso, eu vinha muito aqui!

Amy– É mesmo? Por que não vem mais?

Regina– Estábulos sempre me trouxeram péssimas recordações.

Amy– Ah, então você preferiu se afastar.

Regina confirma com a cabeça.

Amy– Que lago lindo, você já nadou aqui.

Regina empalidece.

Amy– O que foi?

Regina– Nad..nada!

Amy– Ta tudo bem?

Regina– Está( sorri sem muita convicção)

As duas olha pra o lago.

Amy– Por que está afastada?

Regina–Não me sinto muito confortável com a família da senhorita Swan.

Amy– Mas eles são bons e parece que sempre estão tentando te agradar.

Regina– Eu fiz muito mal pra essa gente Amy. Me sinto culpada por muita coisa.

Amy– Engraçado.

Regina– O que é engraçado?

Amy– Eu sei que aconteceu muita coisa, mesmo que você tenha feito mal a essas pessoas, eles parecem gostar de você.

Regina olha eles reunidos um pouco afastados.

Amy– Eles já se perdoaram, por que você mesma não se perdoa?

Regina fica pensativa.

Emma chega trazendo um cavalo.

Regina– Mas...

Emma– O que acha?

Regina– Que animal lindo( realmente emocionada alisa o animal), ele parece com o...

Emma– O Rocinante? Eu sei! Eu consegui achar esse parecido e trouxe ele pra você( sorri)

Regina– O quê?

Emma– Você adora cavalgar Regina há muito tempo não faz isso.

Regina olha pra o animal e o alisa com carinho.

Amy– Essa eu quero ver.

Regina– Mas...

Emma– Tá com medo?( provoca a rainha)

Regina– Não sou você Swan.

Regina monta no cavalo e sai em disparada.

Emma e Amy ficam observando.

Amy– Que incrível!( sorri)

Emma– Ela cavalga bem.

Amy– Que inveja (os olhos brilham acompanhando os saltos de Regina)

Todos observam Regina dá vários saltos com o cavalo.

De longe alguém vê a cena.

Marian e Gold.

Marian( Zelena)– Que desgraçada. Aqui como se não tivesse acontecido nada. Você me fez encher a cabeça do pestinha do Roland, pra que ele pedisse que o pai me beijasse. Não deu em nada.

Gold– Aí é que você se engana. A Regina viu o beijo e logo depois eles brigaram.

Marian( Zelena)– Vamos derrubar ela do cavalo( arregala os olhos olhando pra Regina)

Gold– Não, eu tenho uma ideia melhor.

Marian(Zelena)- Sabe alguma fraqueza dela?

Zelena e Gold riem.

Depois de várias cavalgadas Regina volta pra perto de Amy e Emma.

Regina– Ele é incrível (desce do cavalo)

Amy– Você foi incrível.

As duas se abraçam.

Emma– Nós vamos te ensinar Amy.

Amy mesmo abraçada a Regina ergue a mão e bate na mão de Emma.

Henry– Que ótimo!

Regina– Henry.

Henry– Já não basta tá colada em uma das minhas mães, agora que colar na Emma também?

Amy franze a sobrancelha sem entender.

Regina– Para com isso Henry.

Amy– Me desculpe Henry eu não sabia que...

Henry– Por que você não volta pra sua família e deixa a minha em paz?

Emma– Garoto.

As mães olham decepcionadas e Amy sai correndo pra os estábulos.

Emma– Por que fez isso garoto?

Henry– Ela vive colada em você e eu...Deixa pra lá.

Henry vai saindo.

Regina– Henry Daniel Mills( fala zangada)

Henry para e olha pra mãe com os olhos arregalados. Emma também se surpreende.

Regina– Você vai parar com esse comportamento infantil agora( fala firme). Eu tenho engolido esse seu comportamento desde o acidente agora chega! Como foi capaz de falar desse jeito com aquela menina?

Henry– Mas...

Regina– Cale-se Henry! Eu não criei você pra você ser essa pessoa insuportável. Desde que você nasceu eu tenho dedicado cada segundo da minha vida a você. Você sabe muito bem que meu amor por você é incondicional então não vejo por que esse ciúme besta. Aquela menina( apontou pra os estábulos) sofreu um acidente por minha culpa. Tenho dado atenção a ela por que de alguma forma eu me sinto responsável por ela e você tem se afastado de mim. Eu te amo Henry, mas não vou tolerar mais essa birra.

Henry– Mas mãe...

Regina– Não me interrompa! Aquela menina é órfã Henry.

Emma e Henry sentem pena de Amy.

Regina– Ela vê em mim alguém como da família. Ela se sente acolhida! Eu estou muito decepcionada com você Henry. Eu passei horrores nas mãos da minha mãe e sei o que é se sentir sozinha no mundo e por nada eu deixaria alguém passar a mesma coisa que eu passei e eu simplesmente cruzar meus braços. Então, você queira ou não eu vou continuar vendo e dando atenção a ela. Nunca mais você tratará a Amy ou qualquer um que seja com essa grosseria. Estamos entendidos?

Henry– Sim senhora.

Emma– Eu vou falar com ela.

Henry– Não. Eu vou. Eu fui culpado!

Henry sai em direção aos estábulos.

Emma– Nossa.

Regina– Poupe-me Swan.

Emma– Foi ótimo Regina.

Regina olha com surpresa pra loira.

Emma– Ele merecia um puxão de orelha desses.

Regina– Ele estava passando dos limites.

Emma– Foi muito bom você falar daquele jeito com ele, eu jamais teria um pulso tão firme. Realmente ser mãe não é pra todos.

Regina– Você não é tão ruim.

A loira olha pra Regina surpresa.

Regina– Obrigada pelo cavalo! Eu nem lembrava mais como era cavalgar.

Emma– Foi um prazer.

Nos estábulos Amy está chorando perto de um dos cavalos.

Henry– Amy?

Amy– Eu já vou embora.

Amy vai saindo.

Henry– Não!( segura o braço da garota) espera, eu te devo desculpas.

Amy– Não precisa.

Henry– Preciso sim eu tenho sido um imbecil com você.

Amy– Você me trata tão mal Henry e eu nem sei por quê.

Henry– Ciúmes.

Amy– O quê?(franze as sobrancelhas)

Henry–Eu tenho ciúmes dessa afinidade que você tem com a minha mãe.

Amy– Se você quiser, eu me afasto dela.

Henry– Não...Amy, me desculpa. Eu tenho sido um idiota te tratando desse jeito e minha mãe me fez enxergar o quanto eu estava sendo injusto com você.

Amy– Eu gosto muito da sua mãe Henry. Ela me salvou várias vezes e é uma pessoa maravilhosa!

Henry– Eu sei, mas... Ela teve um passado muito difícil, passou por muita coisa, mas se tornou uma heroína.

Amy apenas escuta.

Henry–A minha mãe é uma pessoa maravilhosa!

Amy– Eu sei disso!

Henry– O problema é esse. Você já sabe algo que eu demorei muito pra saber. Ela tentou durante anos conquistar o meu amor, a minha admiração, meu carinho e...Quando eu vejo você tão a vontade com ela eu percebo o quanto fui imbecil com ela. Durante anos eu a maltratei e a humilhei e ela me dava amor incondicional em troca.

Amy– Você sente ciúmes por que desde o inicio eu a trato bem? Isso é loucura!

Henry– Eu sei disso agora, a minha mãe me fez ver o quanto eu estava sendo imaturo. Eu demorei muito pra enxergar o amor da minha mãe...Eu perdi muito tempo a magoando, entende?

Amy– Mas ela está lá fora agora Henry. Está sempre do seu lado, é só aproveitar cada minuto ao lado dela. Ela te ama mais que a própria vida.

Henry– Eu sei e mais uma vez eu a magoei.

Amy– Não precisa ser assim. Se afastar dela não é a resposta. Eu já notei que quando eu estou perto dela você nem se aproxima.

Henry– Eu sei!Era ciúme, eu demorei pra admitir, mas isso acaba hoje...Acaba agora!

Amy– Eu adoro a Regina, mas se quiser eu me afasto dela, mesmo sofrendo com isso!

Henry– Não, já deu pra notar que ela fica feliz ao seu lado, eu não posso afastar dela uma pessoa que a faça bem.

Amy– Eu...O que quer que eu faça?

Henry– Que tal me dar um abraço pra gente selar essa amizade e nos unirmos pra dar carinho pra rainha?

Amy sorri, se aproxima e os dois se abraçam.

Regina– Espero que dessa vez eles se acertem.

Emma– Temos que torcer que ele tenha tido medo das suas palavras.

Regina– Medo?

Emma– Henry Daniel Mills?(imita a voz da rainha) Regina aquela lição de moral nem era comigo eu quase mijei nas calças...Acho que ainda mijei um pouquinho.

Regina–Você é ridícula (ri)

Emma– Eu consegui uma mini risada? Yess( dá um salto)

Elas veem Amy e Henry vindo na direção delas.

Emma– Parece que se entenderam.

Eles chegam perto.

Regina– Então?

Henry– A Amy me desculpou...Agora só falta a senhora mãe.

Regina abre os braços e o filho a abraça.

Regina– Esqueça isso.

Emma–Ah que ótimo...Agora vamos dividir os dias pra dar carinho a rainha.

Amy– Isso mesmo!

Regina fica olhando pra Emma com os olhos semicerrados.

Henry abraça a Emma e Amy abraça Regina.

Gold e Marian( Zelena) observam a cena.

Marian– O que vai fazer?

Gold– Observe.

Perto do lago eles continuam conversando.

Henry– Vamos buscar um suco?

Emma– Vamos Amy, vocês tomam um suco e eu trago algo mais forte pra Regina. Nós já voltamos!

Regina– Tudo bem.

Os três vão saindo. Emma e Henry vão entrelaçando as pernas brincando e Amy logo atrás rindo.

Regina observa a cena satisfeita, encosta numa espécie de beirada de madeira, quando de repente sente um aperto em seu pescoço e não consegue gritar.

Gold e Marian se divertem com a cena. Ele faz um movimento e a beirada se rompe.

Depois de se afastarem alguns metros Amy sente um aperto e olha pra trás.

Ela olha a tempo de ver Regina se desequilibrar e cair na agua.

Amy– REGINAAAAA!!!!!( grita desesperada)

O grito desesperador chama atenção de todos que observam a cena.

Emma e Henry olham pra trás e veem Amy correr e pular na agua com roupa e tudo pra socorrer Regina que a essa altura já havia afundado.

Emma sai correndo também.

Henry– O que houve?( grita)

Emma– A Regina não sabe nadar!

A loira pula na água também pra o desespero de Henry e aflição dos outros que vem correndo pra perto.


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