Um, mais um escrita por Lola Carvalho
Notas iniciais do capítulo
Gênero: Romance, Angst.
Boa leitura!
Patrick: Teresa?
Teresa: Jane, estamos na aula. Não podemos ficar trocando mensagens...
Patrick: Meh... Tudo o que ele está falando eu já sei. E por que você está me chamando de Jane?
Teresa: Te chamei de Jane porque esse é seu sobrenome. E eu não sei sobre o que o professor está falando, então me deixa prestar a atenção.
Patrick: Está bem, está bem... Só queria te falar uma coisa, mas deixa pra lá.
Teresa: Tá bom, fala.
Patrick: Não. É melhor você prestar a atenção na aula
Teresa: Não vou mais conseguir. Fala logo!
Patrick: Sabia que, como "recém namorados", você devia me tratar com mais amor?!
Teresa: Patrick se você não falar o que você tem pra me dizer, eu vou levantar daqui e arrancar as palavras da sua boca. Claro, com todo amor.
Patrick: Irônica até o último fio de cabelo, não é srta. Lisbon?
Teresa: Patrick. Não muda de assunto. Fala logo!
Patrick: Oh oh. Acabei de ver seu olhar fulminante. Vou parar de te irritar.
Teresa: Ótimo! E então, o que é?
Patrick: É uma pergunta, na verdade.
Teresa: Então pergunte!
Patrick: O que é isso roxo no seu pescoço?
Patrick: Não precisa mexer no cabelo. Não dá pra ver.
Teresa: E como você descobriu?
Patrick: Quando te cumprimentei hoje de manhã. Você não deixou eu colocar a minha mão na sua nuca e eu sei que você adora quando eu faço isso.
Teresa: Ah...
Patrick: Mas, então, o que é isso?
Teresa: Depois te conto. Isso não é assunto para o meio da aula.
............
– Oi!
– Oi... - ela respondeu tímida
– Olha, desculpe ter perguntado... Eu vi que você ficou chateada depois-
– Não. Está tudo bem - ela sorriu - Mas você tem que ter certeza de que quer saber...
– Tenho - ele segurou as mãos dela - Quem fez isso com você?
– Foi o meu... Pai.
– Como assim? Como isso aconteceu?
– É uma longa história...
– Vamos até aquela cafeteria nova, para ficarmos mais à vontade?
– Pode ser.
............
– Eu vou querer ovos mexidos com bacon, é uma xícara de chá.
– Eu quero um Muffin de chocolate, e uma xícara de café.
– Ok! Mais alguma coisa?
– Não, obrigado - e a garçonete saiu - E então... ?
– Então vamos lá - ela respirou fundo - Quando eu tinha 12 anos, minha mãe morreu. Acidente de carro.
– Sinto muito - ele acariciou a mão dela
– Obrigada - ela sorriu diante do carinho que recebera - Meu pai entrou em uma depressão profunda. Quase sempre estava bêbado, e não conseguia se controlar. Até que um dia ele chegou em casa, e...
– E...?
– E bateu em mim. Depois disso, parecia rotina. Toda vez que ele chegava em casa, e a gente ainda estava acordado, ele ficava agressivo. Então minha tia achou melhor colocar ele em uma clínica de reabilitação, e eu e meus irmãos fomos morar com ela.
– Foi por isso que você mudou de escola?
– Sim. A escola antiga fica muito longe daqui.
– Mas isso não explica esse roxo.
– Isso foi ontem. Meu pai recebeu um "dia de folga" para vir comemorar o aniversário dele conosco, e até que estava indo tudo bem... Só que ele teve uma recaída, e... Enfim, o resto você deve imaginar.
– E onde ele está agora?
– Já voltou para a clínica.
– Eu posso te ajudar a cuidar desse machucado, se quiser...
– Ajudar como?
– Tem um creme que pode ajudar. Na embalagem diz que tira esse roxo. Eu posso passar na minha casa pra pegar e depois vou pra sua casa.
– Eu agradeço.
– Sinto um "mas" vindo - ela riu
– Maaaas... Você está pronto para ser apresentado para meus tios e irmãos como meu namorado?
– Mais do que pronto! - ele respondeu sorrindo
– Então está bem - ela sorriu e o beijou.
– Aliás, seu irmão já me conhece como seu namorado - ele brincou, fazendo-a rir.
............
*ding dong*
– Entra Patrick - Teresa abriu a porta
– Olá - ele a cumprimentou com um beijo
– Bem, deixa eu te apresentar... Esse é o Patrick, meu namorado. E Patrick, esses são os meus tios, Virgil e May Minelli
– É um prazer finalmente conhecer você, Patrick - disse May
– O prazer é todo meu
– Teresa sempre nos fala muito sobre você
– Coisas boas, eu espero - brincou
– Ah, sabe como é... - todos riram
– É muito bom saber que Teresa está em boa companhia
– Bom, May, acho que as crianças querem ficar a sós - ele pisou um olho
– Claro, claro. Mas lembrem-se que estamos no cômodo ao lado, então tenham juízo! - alertou
– Sim - respondeu Patrick, apesar da vermelhidão nas bochechas de Teresa - Eu nunca ousaria desrespeitá-la.
– Bom saber disso - disse Virgil e se retirou da sala de estar junto à sua esposa
– Acho que eles gostaram de você - disse Teresa
– Claro que gostaram! Sou um excelente partido
– Convencido! - ela riu e o beijou
– Eu trouxe o creme. Vamos passar?
– Claro - ela virou, para ficar de costas para ele e afastou o cabelo de seu pescoço
– Meu Deus, Teresa!
– Tenha cuidado... Está doendo.
– Claro! - ele passou com delicadeza sobre a pele da morena - Se eu estiver te machucando, me avise - ele espalhou o creme por mais algum tempo - Pronto!
– Obrigada, Patrick!
– Não precisa agradecer…
– Ah não? Eu ia te dar um beijo de agradecimento, mas agora que voc-
– Sempre. Me. Agradeça - ele interrompeu-a, pontuando a frase com beijos molhados em sua boca, fazendo-a rir.
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*-* Me deixem saber o que vocês acharam, ok?!
Beijinhos :*