I dont know give up escrita por anonimo403998


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Único com 13 cenas. Feito para o Desafio de Junho do NyahQuem gostou comenta Pfvr!!!!



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1 PEQUENA CIDADE ABANDONADA-RUA PRINCIPAL – ENTARDECER 1

Uma mulher caminha no meio da rua; tem a pele morena, cabelos pretos e curtos, olhos castanhos e altura por volta de 175cm. Ela está usando botas de couro marrom desgastadas, um sobretudo preto e velho, uma mochila grande e um chapéu cinza.

Suas botas fazem barulho no asfalto. Ela olha constantemente para os lados. As sombras começam a ficar mais densas. Barulhos como gemidos e grunhidos começam a ser ouvidos.

A mulher suspira, para e coloca uma mão nas costas por dentro do sobretudo. Seu olhar vasculha tudo ao redor.

Uma figura aparece dois quarteirões a frente. A luz do sol bate contra ele tornando-o uma sombra. Parece um homem, anda parcialmente curvado e sem rumo.

A mulher fica em alerta e puxa uma faca longa de baixo do sobretudo. Ela se abaixa ficando imóvel e observa a figura que caminha lentamente cruzando a rua.

2 PRÉDIO ABANDONADO- JANELA DO 3° ANDAR – ENTARDECER 2

Duas pessoas olhando pela janela. Um homem alto, mais de 175cm, cabelos curtos e castanhos, olhos castanhos chocolate, barba por fazer. Uma garota, por volta dos 17 anos, 165cm, cabelos castanhos num tom castanho quase cobre, olhos verdes escuros.

FRANK

Sem chance, já temos pessoas demais aqui pra você querer trazer mais uma Archie.

Uma mulher loira se aproxima dos dois irritada e gesticulando na direção da garota.

MARCIE

É a primeira pessoa viva que encontramos em mais de 10 meses, Frank . A Clarisse tem toda razão em achar que devemos trazer ela pra cá.

CLARISSE

Olha pra ela (se levanta e se afasta da janela). E presta atenção no que está fazendo

Frank se aproxima do vidro olhando para a rua. A mulher está abaixada, uma faca longa na mão direita, o olhar na figura ainda cruzando a rua.

CLARISSE CONT.

Ela sabe o que está fazendo. Deve estar sozinha a muito tempo. Pode ter muita informação pra gente. E depois (retira um arco e algumas flechas de um armário na parede oposta à janela) uma pessoa a mais não vai fazer nosso suprimento acabar antes.

3 PEQUENA CIDADE ABANDONADA-RUA PRINCIPAL – ENTARDECER 3

A mulher permanece abaixada e tensa enquanto espera o zumbi terminar de atravessar a rua. Os sons de gemidos e grunhidos aumentam e ela olha em volta novamente. Vários zumbis começam a surgir das ruas laterais. A mulher se levanta lentamente enquanto olha em volta buscando uma saída.

Um zumbi caminha na direção dela. A mulher segura a faca com mais firmeza; ela sabe que se ela se mover vai chamar a atenção dos outros. O zumbi está quase perto o bastante para notar a presença dela. A mulher se prepara para ataca-lo. Uma flecha acerta a cabeça do zumbi fazendo-o cair com um baque surdo no chão.

Quando os outros começam a se aproximar do que caiu outro cai no meio de vários num ponto mais longe da mulher. Um terceiro zumbi é atingido numa direção oposta. Os outros são atraídos para os corpos que fizeram barulho ao cair criando um corredor entre eles. Um caminho que a mulher se vê obrigada a seguir. Com cautela ela caminha saindo de perto dos zumbis que não a notam.

Uma escada de incêndio está abaixada na lateral de um prédio na quadra seguinte. Uma luz pisca 3 vezes na janela do 3° andar. A mulher segue até lá enquanto algumas dezenas de zumbis voltam a ficar confusos e a seguir em qualquer direção.

4 PRÉDIO ABANDONADO-QUARTO VAZIO QUE LEVA À ESCADA DE EMERGÊNCIA – NOITE 4

Uma faca é colocada na garganta da mulher quando ela se aproxima da saída do quarto. A pessoa, que está no corredor segurando a faca, a empurra de volta para o cômodo. É um homem, pouco mais de 170cm, cabelos pretos cortados muito curtos. Logo após ele entra outro homem.

FRANK

Preciso que coloque todas as suas armas no chão. Não queremos que o Joshua tenha que tirar elas de você.

CLARISSE

Não seja mal educado seu idiota (caminha até estar em frente à mulher). Prazer, meu nome é Clarisse Stevenson, mas me chamam de Archie. Quem é você? De onde vem e pra onde vai?

CHRISTINE

São muitas perguntas de uma vez só.

CLARISSE

Você só está viva agora porque eu queria que você respondesse isso. Caso o contrário estaria sendo devorada por aqueles zumbis.

Frank e Joshua encaram Clarisse com olhares irritados. Frank não gosta dela assumindo o comando da situação. Christine olha de um para outro notando o conflito entre eles.

CHRISTINE

Eu vim do leste, estou indo pro norte. Meu nome é Christine.

CLARISSE

Porque está indo pro norte?

CHRISTINE

Isso não é da conta de vocês.

FRANK

Precisamos saber se existem mais grupos de sobreviventes no Leste. Ou suprimentos.

Christine olha para o homem. Ele tem uma expressão séria. Ela nota a irritação e o ignora.

CHRISTINE

Eu conto tudo o que tiver pra contar, mas amanhã. Eu estou viajando a mais de dois dias sem parar, gostaria ao menos de ter um tempo para dormir se for possível (encarando um por um e fixando o olhar em Clarisse). Se não for possível me digam logo que eu saio e vou embora.

5 PRÉDIO ABANDONADO-SALA DO 3° ANDAR – NOITE 5

Christine está arrumando suas coisas em um canto da sala. Há uma mesa longa no canto oposto a ela. Dois sofás e uma poltrona estão dispostos em frente a uma televisão. Não há iluminação além da luz da lua que entra pelas três janelas à esquerda de Christine.

O grupo composto por 15 pessoas se reúne em volta da mesa. Há mochilas e outras coisas espalhadas pelos cantos. Frank está descontente e gesticulando muito. Clarisse não se importa e vez ou outra olha para Christine de um jeito sério e curioso. Existe certa divisão em quem concorda e em quem discorda da presença da desconhecida. No fim Frank sai de perto da mesa e então cada um vai para um canto se preparando para dormir.

Christine pega algo do bolso interno do sobretudo quando todos estão deitados, exceto um rapaz que faz guarda na janela mais distante dela. É um mapa e ela olha para aquilo como se procurando algo. Quando encontra o nome que viu na entrada da cidade escrito no mapa ela suspira e o guarda novamente.

6 PRÉDIO ABANDONADO-SALA DO 3° ANDAR – DIA 6

Christine está sentada no centro do sofá de três lugares; suas coisas estão no chão ao lado do seu pé direito. Frank está em pé perto do armário onde fica a televisão olhando para ela. Clarisse está sentada na poltrona parecendo entediada. Joshua está atrás do sofá, sua mão perto da faca presa ao cinto.

FRANK

(cruzando os braços)

Certo, porque não nos conta o que você sabe do Leste?

CHRISTINE

Não há nada. Encontrei uns 3 grupos nos últimos 15 meses, mas nenhum deles estava em boas condições. Não entrei nas cidades maiores, mas creio se existe alguma coisa boa pra se achar seria nelas, as menores estão completamente limpas.

FRANK

(ficando de perfil para Christine)

Droga.

Não pode ser. Tem que haver algo.

MARCIE

Quando isso tudo realmente começou, antes de todas as transmissões caírem, ouvimos no rádio que o exército tinha uma base em algum lugar em Michigan perto da fronteira com o Canadá.

CLARISSE

(entediada)

Nós estamos vindo do sul indo pra Michigan. Nosso grupo já foi maior, mas...

FRANK

(segurando um dos braços de Clarisse a erguendo um pouco do sofá)

Quer calar a porra da boca, Archie!!

CLARISSE

(se soltando)

Vai se ferrar FRANK!

(se levantando)

Que merda você acha que tá fazendo???

JOSHUA

Está tentando colocar bom senso nessa sua cabeça sua retardada.

CLARISSE

Que porra de diferença faz? Ela vai nos matar enquanto dormimos pra ficar com os suprimentos? JÁ SEI (risada sarcástica) Ela é uma espiã de outro grupo vindo ter informações!!!

Joshua fazendo uma expressão irritada. Frank com as mãos fechadas encara Clarisse. O resto do grupo fica apreensivo, alguns com raiva de Clarisse, outros apenas com medo de uma briga acontecer.

CLARISSE CONT.

Vão Se Ferrar seus Grandes Babacas! A porra do mundo já era. Que diferença faz se quem nos mata são esses zumbis do inferno ou alguém que ainda está vivo!! Dá Na Mesma, CARALHO!

CHRISTINE

Não há nada no Michigan.

Todos encaram a estranha se mantém sentada ignorando o inicio da discussão. Ela está calma, mas olha de um a outro analisando as reações.

MERCIE

É impossível

(risos nervosos)

Era o Exército

(pausa)

Tem que haver algo lá. Alguma coisa. Alguém.

CHRISTINE

Não há nada. Tenho certeza.

FRANK

É mentira. Você não tem ideia do que há ou não lá.

Christine encara o homem com uma aparência cansada. Ela já tinha passado por isso. Dizer o que sabia e não acreditarem nisso.

CHRISTINE

Havia um acordo de cooperação com o Canadá. Por algum motivo eles estavam conseguindo controlar a situação lá. Não foi algo que durou. A base perdeu a ajuda, ficou sem recursos e foi quando o exército perdeu o controle.

CLARISSE

Como você sabe? Como pode saber?

CRISTINE

(encarando a outra com tédio)

Sei por que eu estava lá.

7 PRÉDIO ABANDONADO-SALA DO 3° ANDAR – DIA 7

A discussão já durava alguns minutos. Todos em volta da mesa, cada um falando sem se importar com o outro. Christine os observava do sofá enquanto arrumava suas coisas.

Clarisse nota a movimentação da outra e quando Christine se levanta ela deixa a mesa e corre na direção da outra.

CLARISSE

O que está fazendo?

CHRISTINE

Indo embora.

CLARISSE

Não pode ir embora, não ainda. Precisamos das informações que você tem.

CHRISTINE

Eu já dei as informações que vocês precisavam. Agora tenho que continuar meu caminho e aproveitar que existem poucos zumbis do lado de fora.

CLARISSE

Pra onde está indo e por quê? Porque o norte? O que tem lá??

CHRISTINE

Eu não sei.

Clarisse fica confusa.

CHRISTINE CONT.

Eu não sei, mas preciso ir até lá.

JOSHUA

Isso é Ridículo!! Não podemos simplesmente acreditar no que uma desconhecida nos diz.

FRANK

Nós estamos viajando a muitos meses. Não podemos simplesmente desistir sem chegar até lá!!

MERCIE

Não seja idiota! Se não houver nada lá vamos ter viajado em vão??

FRANK

Vamos fazer o que então??? Desistir??

CLARISSE

(apontando para Christine)

Vamos ir com ela.

Frank começa a rir desdenhando da ideia de Clarisse.

MERCIE

Talvez Clarisse tenha razão.

JOSHUA

Não seja idiota Mercie. Vamos simplesmente seguir uma desconhecida?? Pelo amor de Deus! Nós começamos isso juntos e perdemos muitas pessoas seguindo o que tínhamos estabelecido. Não podemos simplesmente começar a seguir alguém aleatoriamente.

CHRISTINE

Eu não quero ninguém comigo.

Todos a encaram.

CHRISTINE CONT.

Eu comecei isso com um grupo e perdi todos eles. Não quero um grupo atrás de mim pra que eu veja ele morrer também.

CLARISSE

Nós sobrevivemos. Juntos, mas sobrevivemos. Estamos vivos ainda, assim como você. Não é por seguir você que iremos morrer.

FRANK

Nós não vamos com ela.

8 RUA PRINCIPAL – DIA 8

FRANK

Vocês estão loucos. Isso é ridículo.

Clarisse e mais 5 pessoas com suas coisas em mochilas e bolsas estavam saindo do prédio. Christine tinha começado a caminhar alguns minutos antes e já estava um tanto longe.

CLARISSE

Convenhamos, eu não suporto você Frank.

JOSHUA

Você não teria sobrevivido sem ele garota!

CLARISSE

(encarando os dois com desdém)

Vocês é que não teriam sobrevivido sem mim esse tempo todo. Já se esqueceu de quantas vezes eu salvei a vida de vocês dois? Mas se vocês querem seguir num caminho que não vai dar em lugar nenhum, então me desculpe. Mas se eu for morrer eu prefiro morrer indo atrás de algo que pode ser uma opção e não algo que já não existe.

9 RODOVIA INTERESTADUAL N°25 – DIA 9

Christine caminha na frente de um grupo de mais 6 pessoas incluindo Clarisse e Mercie. Christine está irritada por estar sendo seguida. Clarisse tenta caminhar mais próxima da outra antes de começar uma conversa. Christine não gosta do fato daquele grupo querer estar com ela.

CHRISTINE

Vocês não deveriam estar aqui. Não deveriam estar me seguindo.

CLARISSE

E porque não?

CHRISTINE

Vocês sequer sabem pra onde estou indo. Ou o porquê de estar indo.

MERCIE

Então nos conte. Diga pra onde está indo e por que.

CHRISTINE

Se eu contar vocês vão voltar?

CLARISSE

Depende. O resto do nosso grupo quer ir para um lugar que não existe mais. Talvez seja mesmo melhor ir com você, mesmo que seja pra algum lugar onde sequer sabemos o que vamos encontrar.

Christine suspira, ela não quer falar. Clarisse resolve não algo e deixa a outra caminhar um pouco a frente.

10 HOSPITAL/ABRIGO DO EXÉRCITO AMERICANO-NORTE DE MICHIGAN – NOITE (2 ANOS E 11 MESES ATRÁS) 10

Christine acorda se sentando na cama de hospital. Existem aparelhos ligados a mão esquerda dela, em seu braço esquerdo também existe um acesso venoso por onde desce o que resta de uma bolsa de soro. Ela arranca tudo o que está conectado a ela, a maquina está desligada e a luz do quarto está piscando e com uma intensidade reduzida. Ela se levanta testando o apoio dos pés no chão. Há vozes, hora altas hora muito baixas, vindas da porta.

Christine abre a porta e sai para o corredor, as luzes de emergência deixam a iluminação muito forte o que fere os olhos dela. Vozes são ouvidas vindas do lado direito do corredor. Ela segue as vozes até uma sala. Na porta entreaberta tem uma placa “Sala de Enfermagem”.

Existem sete pessoas na sala. Elas estão discutindo sobre deixar o lugar ou não. Um deles usa uma farda do exército com os símbolos de sua patente arrancados. Uma enfermeira nota a presença de Christine; ela é negra e tem os cabelos cacheados presos num coque que está se desfazendo.

ENFERMEIRA

(expressão assustada)

Ela acordou.

Todos na sala encaram Christine. Alguns surpresos, outros assustados. Um homem usando um jaleco branco e encardido se vira para ela. Há um nome bordado no lado direito do jaleco: “Dr. Flinch”.

DR. FLINCH

Como é possível? Ela está em coma a quase um ano!

Ele se aproxima e Christine recua. O médico para e mostra as mãos tentando acalmá-la.

DR. FLINCH CONT.

Está tudo bem. Não vou te fazer mal. Sou o médico responsável por esse lugar e só quero avaliar você.

(olha para o lado vendo a enfermeira ir na direção de Christine)

EMMA o que está fazendo??

A enfermeira negra chamada Emma se aproxima de Christine com um olhar calmo, mas sério.

EMMA

(apontando para o braço esquerdo de Christine onde escorre uma linha fina de sangue)

Seja uma boa garota e me deixe limpar o seu braço.

Emma se aproxima de Christine, segura o braço dela, tira um lenço do bolso lateral do uniforme e limpa o sangue.

CHRISTINE

(engasgando e gaguejando)

Onde estou?

EMMA

Você está em um Hospital/Abrigo do Exército dos Estados Unidos. Você esteve em coma aqui por aproximadamente 6 meses. Seu coma já durava dois meses quando foi transferida para as nossas instalações. Se lembra de alguma coisa meu anjo?

CHRISTINE

Não.

11 HOSPITAL/ABRIGO DO EXÉRCITO AMERICANO-NORTE DE MICHIGAN – DIA (2 ANOS E 11 MESES ATRÁS) 11

Christine está sentada na cama calçando botas militares que foram deixadas para ela. A enfermeira entra no quarto com uma pasta na mão.

EMMA

Bom dia. Já se lembrou de algo?

CHRISTINE

Não sei. Minha cabeça dói.

EMMA

Sinto muito, não temos muitos medicamentos sobrando, mas vou tentar achar algum analgésico para você.

CHRISTINE

Porque estou aqui?

EMMA

Não temos mais a sua ficha, ela foi perdida quando (suspiro). Quando invadiram o prédio principal do hospital. Quando fizemos a retirada de emergência de quem podia ser transferido não houve tempo de recolher as fichas.

CHRISTINE

Quem sou eu?

EMMA

O que sei é que seu nome é Christine. Christine Mason. Minha supervisora era a responsável por você e me falava algumas coisas. Ela me disse que haviam ordens sobre você caso acordasse.

(erguendo a pasta)

Eu fui busca-las e o que encontrei foi essa pasta com seu nome escrito nela. A ordem deixada foi para te entregar isso aqui quando acordasse.

12 RODOVIA INTERESTADUAL N° 25 – DIA 12

Christine para e se senta fora do asfalto. O sol está quente e alto no céu. O verão parece estar chegando ao fim porque o calor é insignificante, ao menos para Christine.

Todos se sentam e retiram alguma coisa mínima de comida quando veem Christine pegar um pacote de bolachas de água e sal de dentro de um bolso lateral da mochila.

Clarisse se senta entre o seu pequeno grupo e a estranha mulher. Ela come olhando para Christine.

CHRISTINE

Há quase três anos eu acordei na num Hospital/Abrigo do exército.

Todos param de comer e a encaram.

CHRISTINE CONT.

Eu fiquei em coma por 8 meses e quando acordei no que restava da base americana no norte do Michigan estava sem memória. O que sei é o que estava contido numa pasta com meu nome que havia sido guardada ali. Havia uma carta. Era do meu irmão. Ele é um militar, acho que de alta patente. Sofremos um acidente alguns meses antes da epidemia dos zumbis estourar. Ele se machucou bastante e eu fiquei em coma. Quando acordei na base, havia apenas mais um militar, três médicos, nove enfermeiras, seis pacientes recuperados e funcionários da limpeza do lugar e algumas dezenas de pacientes moribundos ou em coma. Na pasta com meu nome havia um mapa, no mapa estavam indicadas e nomeadas 7 bases do exército pelo país. E mais algumas folhas com informação confidencial do governo.

(guardando o resto da bolacha e fechando o bolso. Se levanta)

As três bases ao sul eram as mais fracas porque estavam mais perto dos primeiros pontos de perca de controle. Eram bases de extermínio. A base em Michigan sucumbiu um mês antes de eu acordar quando o Canadá deixou de nos dar apoio e começou a sofrer com os zumbis. Sobraram outras três bases mais ao norte. Eu saí do Hospital/Abrigo com mais 7 pessoas. Emma, a enfermeira que tinha ficado cuidando de mim quando o que restou da base foi para o subterrâneo; mais três das enfermeiras; um dos médicos e dois rapazes que trabalhavam como faxineiros e mecânicos antes da base ser atacada por uma horda de zumbis. Por algum milagre nós conseguimos sair vivos de lá. Chegamos a cidades menores, conseguimos um pouco de suprimentos e começamos a viajar. Metade do grupo morreu antes de chegarmos à primeira base. Éramos só quatro quando achamos a base e (pausa) Só eu e Emma conseguimos sair de lá. A segunda base também estava desativada, mas ela tinha poucos zumbis o que parece indicar que ela foi desocupada antes de ser invadida, conseguimos um pouco de suprimentos ali. Nove meses atrás ficamos completamente sem comida e tivemos de entrar numa cidade maior. Achamos suprimentos, mas Emma (pausa) eu não consegui tirá-la daquela cidade.

CLARISSE

Você não acha que a outra base tenha algo não é? Por isso não quer a gente indo com você.

CHRISTINE

Acho que não há mais nada em lugar nenhum.

MERCIE

Então porque continua?

CHRISTINE

Eu não tenho memória, não tenho amigos, não tenho pra onde ir. Parar seria fácil. O mundo se resume a zumbis mesmo.

(colocando a mochila nas costas)

Só que eu não sei desistir.

13 PERIFERIA DE UMA CIDADE MÉDIA – DIA 13

Christine, Clarisse, Mercie, uma adolescente e mais dois rapazes entram silenciosamente num prédio de apartamentos abandonado. Há poucos zumbis em volta, mas mais para dentro da cidade existe uma quantidade maior.

Em silêncio, com paciência, calma e se movendo juntos sob as ordens de Christine eles abrem porta por porta. As flechas de Clarisse, a faca longa de Christine e o bastão de baseball de um dos rapazes silenciam os poucos zumbis que eles encontram pelo caminho.

THOMAS; 180cm, pele morena, olhos castanhos, cabelos negros e crespos; é o único que tem coragem e força para acompanhar as duas garotas na limpeza do lugar.

Enquanto eles acabam com os zumbis Mercie e os outros dois revistam os cômodos pegando tudo o que pode ser útil. Ainda há um pouco de comida nos apartamentos que parecem ter sido invadidos pelos zumbis.

Quando acabam eles saem da cidade; Christine liderando a todos. Eles não desistiram de sobreviver.


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Notas finais do capítulo

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