.P.O.V. Lilly.

Terminamos de tomar café e eu resolvi ir embora, estava precisando cuidar do Risca de Carvão, a July falou que ia ficar mais um pouco e me pediu para dar comida para a Kally e o Loki que ela logo iria voltar para casa e limpar a casinha deles. Concordei e me levantei, pegando minhas coisas e me despedindo de todo mundo.

– Ei, Lilly, espera um pouco! - Nath falou, indo até onde eu estava. - Eu vou com você, meu apartamento fica no caminho para a casa de vocês, e eu tenho que te mostrar uma coisa.

– Okay! - saímos juntos, andando na direção da minha rua.

No meio do caminho, porém, desviamos para a rua do lado, parando na frente de um prédio de uns quatro andares, ele me convidou pra entrar e eu aceitei, subimos até o segundo andar e ele abriu a porta de um dos apartamentos, ele fez um gesto com a mão, pedindo para eu entrar, e eu concordei.

O apartamento podia ser definido como "pequeno e aconchegante", era mito bonitinho, todo arrumado e quase todo em madeira. Em um canto, porém, vi uma coisa diferente, brinquedos para gatos, olhei para o Nath, esperando ele me falar o que queria, e ele sorriu.

– Já volto, só tenho que encontrar o que quero te mostrar. - ele sorriu, indo para um dos cômodos.

Nathaniel voltou logo depois, com uma pequena gatinha branca de olhos azuis no colo, ele estendeu a mesma para mim e eu a peguei, com cuidado.

– Essa é a Branca. - ele sorriu, enquanto eu fazia carinho na cabecinha da gata. - Isso aqui estava meio solitário, então, resolvi adotar uma gata, pra ter companhia.

– Ela é muito fofa! - sorri de volta, colocando a gatinha em cima do sofá.

Ele se sentou no sofá, acenando com a cabeça para o lugar vago do seu lado, eu me sentei também e a gatinha correu para o meu colo. Ele riu e fez carinho na bolinha de pelos branca.

– Acho que ela gostou de você. - comentou, brincando com ela.

Eu concordei com a cabeça e olhei para o relógio em um dos cantos da sala, eu tinha ficado meia hora ali, eu precisava alimentar os bichos! Coloquei a gatinha no colo dele e me levantei, arrumando a saia.

– Nath, desculpa, mas eu tenho que ir, qualquer dia desses eu passo aqui e a gente conversa sem pressa. - sorri, enquanto ele levantava e abria a porta do apartamento. - Tenho mesmo que ir, o Risca de Carvão deve estar com fome, até segunda. - dei um beijo na bochecha dele e corri para fora do prédio.

Cheguei em casa em menos de três minutos, peguei a ração dos bichos e coloquei nas vasilhas deles. Minutos depois a July chegou, ela me cumprimentou e foi limpar as gaiolas dos bichos, além da caixa de areia do meu gato. Começamos a conversar e ela me contou mais sobre o namoro dela com o Armin, me contou como eles se conheceram e etc. A única coisa que ela não me respondeu foi o motivo de ele nunca tirar aquelas pulseiras.

– Vamos, July, me fala! - pedi, mais uma vez.

– Não posso, Lilly, desculpa! - ela me explicou, mais uma vez. - Prometi para ele que não falaria pra ninguém!

Concordei coma cabeça, tristemente, mas, depois, me lembrei de uma novidade.

– Ah, hoje eu fui no apartamento do Nath. - sorri. - Ele adotou uma gatinha muito fofa, chamada Branca.

– PARA TUDO! - ela gritou, animada. - Você foi no apartamento do Nathaniel? E vocês ficaram sozinhos lá?

– Não, tinha a Branca, também. - expliquei novamente.

– Você gosta do Nath, Lilly?

– Ahn... - essa era uma pergunta difícil, ele era meu amigo acima de tudo, eu adorava a companhia dele, gostava de passar tempo com ele. - Eu... não sei... talvez.

– Entendo. - ela sorriu. - Eu acho que vocês dariam um casal muito kawaii!

– Sério? - corei um pouquinho com o comentário. - Eu não sei exatamente se daria certo... Ele é meu melhor amigo, mas acho que não passa disso.

– Lilly, tá muito na cara que ele gosta de você. - ela me animou. - Eu tenho certeza que, se eu perguntar, ele vai admitir.

Fiquei um pouco apreensiva de imaginar a July perguntando para o Nath se ele gostava de mim, mas ela prometeu que seria cautelosa para não dar muito na cara.

.P.O.V. July.

Segunda-feira, me levantei rapidamente e logo estava na escola, corri até o Grêmio e encontrei o Nathaniel, ele parecia feliz com alguma coisa, mas eu não sabia o que era. Me aproximei e dei um mini-susto nele, por trás.

– Nathaniel! - exclamei, encostando nos ombros dele. - Tenho uma pergunta pra te fazer!

– Fala... - ele respondeu, depois de se recuperar do susto.

– O que você acha da Lilly?

– Ahn... bem... - ele corou. - Ela é... divertida...

– Você gosta dela?

– N-Não! - ele corou um pouco mais. - Talvez...

Comemorei internamente e agradeci, me afastando, ia sair do Grêmio, quando o Nathaniel me chamou de novo.

– July, você... tem ideia de algo que a Lilly gosta? - ele perguntou, envergonhado.

– Bem, se você for pedi-la em namoro, eu aconselho que dê algo como um mamegoma ou algo do tipo pra ela, ela ama esses bichinhos!

– Obrigada. - ele sorriu, e eu saí do Grêmio.

Fui falar com o Armin, que já estava no fundo da classe, ele parecia concentrado no jogo, mas deu pause assim que eu me sentei do lado dele.

– Bom dia! - sorri, dando um beijo na bochecha dele.

– Bom dia. - ele sorriu de volta. - O que veio fazer tão cedo na escola?

– Bem... estava resolvendo uma cosia entre a Lilly e o Nath, nada de mais.

– Dando uma de Cupido outra vez? - ele riu. - Boa sorte, então.

– Eu não preciso de sorte. - me gabei, fazendo ele rir. - Eu SOU a sorte em pessoa. Olha só, eu tenho os melhores amigos de todos, o melhor namorado de todos, a melhor companheira de apartamento de todas.. - comecei a listar.

– O que você disse? - ele sorriu, se aproximando.

– Ahn, melhores amigos de todos?

– Depois.

– Melhor companheira de apartamento de todas? - provoquei.

– Você sabe do que estou falando.

– Claro que sei, melhor namorado de todos. - eu ri, e ele me beijou.