Um Belo Errado escrita por Mila Karenina


Capítulo 30
Bônus - Seis anos de casamento.


Notas iniciais do capítulo

Está aqui o bônus que eu prometi, e gostaria de voltar a pedir que lessem as minhas outras histórias, beijocas e aproveitem!



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A casa estava cheia, quando se comemora seis anos de casada e ao mesmo tempo comemora quatro anos de seus filhos gêmeos é de se esperar que a casa fique cheia.

Lauren andava de um lado para o outro com Melanie e Cory em seus braços, a cena era engraçada, e assim que Cory me viu olhando, desceu do colo da avó e veio correndo até mim.

— Mamãe, onde está a tia Nora? — Cory perguntou por tia Eleonora, e eu não pude deixar de achar graça, ele sempre procurava por ela, ela era com toda certeza, seu xodó.

— Acho que está o Nico e a Savanah. — Respondi falando os nomes dos filhos adotivos de minha tia e colegas de Cory e Melanie.

Cory tinha cabelos castanhos como os meus, mas eles eram lisos como os do pai, nenhum de meus filhos nasceu com olhos castanhos, os dois nasceram com olhos verdes como os de minha mãe, Melanie parecia a cópia exata da senhora Matilde, até no temperamento.

Lauren se aproximou com Melanie em seu colo, e logo a menininha quis descer, ela era uma criança de personalidade forte, muito diferente de seu irmão que é um doce de menino, não briga com ninguém, nem causa intrigas, de princesinha Melanie só tinha o rosto.

— Mãe! Não me obrigue a falar com aquele boboca do Matt! — Melanie falou piscando os adoráveis olhinhos verdes, ela odiava o vizinho que havia se mudado há poucos meses, eles não podiam se ver que era briga na certa, eu acho que no fundo eles até se gostam.

— Mas ele é seu amiguinho filha, tem que ser educada com ele. — Pedi utilizando um tom de voz baixo, ela odiava que gritassem com ela, e eu tentava ser sempre razoável.

— Ele disse que pareço um coelho com diárreia! — Ela falou dengosa e eu ri, não queria, mas mesmo depois de seis anos casada, ainda não conseguia controlar meu riso.

— Ele só estava brincando, você sabe que é linda, agora vá cumprimentar os convidados. — Falei dando um beijinho em sua bocheca, ela suspirou como se estivesse com raiva e saiu andando como se estivesse entediada.

Ela era mesmo uma menina de opinião, pois passou bem longe do nosso vizinho de adoráveis olhinhos azuis e com um sorriso de covinhas, não quis imaginar, mas eles fariam um belo casal se namorassem algum dia.

Maria veio até mim com Jeremy ao seu lado, os dois traziam presentes, mas eu estava nervosa, pois Peter ainda não havia chegado na nossa própria festa de aniversário de casamento.

— Relaxa baixinha, o seu maridão já vai chegar! — Jeremy falou me dando um leve tapa nas costas que retribuí com uma força descomunal, ele já tinha se acostumado com o meu jeito delicado de ser.

— Não acredito que ele pode conseguir se atrasar para a sua própria festa! — Disse irritada e Jeremy pareceu divertir, Maria apenas revirou os olhos, ela ainda não tinha paciência para as tolices de Jeremy e sempre que podia o chamava atenção.

— Já te passou pela cabeça que ele pode estar se divertindo com a vizinha da casa verde? — Jeremy falou fazendo referência a uma mulher que havia se mudado há pouco para o condomínio e que tinha se encantado pelo meu marido, eu sorri forçadamente.

— Já passou sim e é por isso que eu tenho um revólver lá em cima. — Eu falei pausadamente e Maria arregalou os olhos.

— Cuidado Jade, ele é ainda é meu pai. — Ela chamou a minha atenção e eu caí na gargalhada.

— Relaxa, meu marido é um delegado, é normal que tenhamos armas em casa. — Respondi mexendo em meu cabelo que agora estava em cima do ombro.

— Eu sei, mas não é normal assassinar o marido. — Ela falou ainda séria.

— Se ele der motivo, não há problema. — Respondi tentando parecer ameaçadora, mas pela cara de Maria, não havia dado certo.

— Você nunca cresce Jade! — Ela falou e puxou Jeremy para a cozinha, ele saiu, mas não sem antes sibilar um "A vizinha ao lado" para mim, eu disfarcei e mostrei o dedo do meio.

Minha mãe me abraçou e me deu um beijo no rosto, e em seguida meu pai fez o mesmo, eu sorri para os dois, mas ainda estava nervosa.

— Querida, seu bolo está chegando, não se preocupe, vamos cantar parabéns e logo o Peter chega, combinado? — Minha mãe falou tentando me acalmar.

— Tudo bem. — Respondi claramente chateada, dessa vez Peter tinha passado dos limites, essa noite vai ser cada um para o seu lado.

Um enorme bolo branco com uma família feita de biscuit em cima, entrou pela sala e as luzes se apagaram, todos foram envolta do bolo, inclusive eu que me encontrava no centro com Melanie de um lado e Cory do outro.

Começaram a cantar parabéns e eu ainda estava chateada por Peter não estar ali, foi aí que o bolo misteriosamente se abriu e Peter saiu de dentro dele com um buquê de rosas, eu sorri involuntariamente e ele me puxou e em seguida me beijou.

— Parabéns... — Ele sibilou entre beijos.

Eu estava um pouco envergonhada por o beijar daquela forma na frente de nossos filhos, mas aos poucos me entreguei ao beijo, ele sorriu entre os beijos e me apertou contra o seu corpo, eu estava vendo que logo ele estaria me molestando em público, então parei o beijo com um selinho, peguei meu buquê de rosas e todos bateram palmas.

— Seu cretino! Pensei que estava com a vizinha nova! — Falei em seu ouvido e ele pareceu achar muita graça da situação.

— Eu também te amo querida! — Ele falou em um tom meloso propositalmente e eu o belisquei por isso.

— Mamãe! Vamos partir o bolo! — Cory falou puxando o meu vestido e eu acatei seu pedido.

— Mas que bolo!? — Perguntei me dando conta que aquele do qual Peter havia saído era falso.

— Esse! — Melanie falou mostrando um outro bolo em outra mesa.

Me aproximei da mesa e com a faca cortei o primeiro pedaço daquele bolo rosa e azul, entreguei para Melanie, e o segundo para Cory, os dois sorriram.

— Vocês sabem o ritual não é? — Perguntei para os dois que pareciam confuso.

— Não! — Os dois responderam juntos.

— Vocês tem que dar o primeiro pedaço de bolo para alguém que vocês amem muito, mas não vale para a mamãe nem para o papai ok? — Falei e Melanie revirou os olhos, Cory correu até Savanah e a entregou seu pedaço, eu sempre soube de sua paixonite pela filha de tia Eleonora.

Melanie parecia confusa, então Matt, o nosso vizinho tão odiado por Mel, pegou o pedaço do mão dela e o enfiou rapidamente na boca, eu vi raiva nos olhos de Melanie, que sem pensar duas vezes pulou em cima do menininho de cabelos pretos e o estapeou.

— Vou te fazer vomitar esse pedaço, seu babaca! — Ela falou segurando o pescoço do menininho, então Peter a tirou de cima do garoto que estava vermelho.

— Filha! Que coisa feia! — Peter chamou a atenção de Melanie que fez um biquinho e deu língua para o menino que parecia assustado.

Todos caíram na gargalhada e ela disparou a chorar, então me aproximei dela devagar e me abaixei para ficar da sua altura.

— Não chore minha princesinha... — Falei enxugando suas lágrimas.

— Eu odeio o Matt, ele é um babaca! — Ela exclamou e eu balancei a cabeça em negação.

— Tudo bem filha... Pode ir para o seu quarto brincar de boneca, eu sei que é isso o que você quer! — Falei e um sorriso se iluminou em seu rostinho.

— Valeu mamãe, te amo! — Ela falou me dando um beijinho na bochecha e correndo para o seu quarto.

Peter então caminhou até mim, com um sorriso que dava pra ver de costas.

— Sabe que a comemoração ainda não começou de verdade não é? — Ele falou me puxando para si.

— Céus Peter! Aqui não. — Pedi quando percebi que suas mãos estavam em meu bumbum, nem depois de seis anos de casamento, seu fogo tinha se apagado.

Então ele me deu um selinho e me puxou para a cozinha que estava vazia, me pos em cima do balcão e transformou nosso selinho em um beijo demorado e foi naquele momento que eu percebi que havia feito a escolha certa, ele com toda certeza não é a minha alma gêmea, e sei que não somos nem nunca seremos um casal certo, mas sei que somos um belo errado.


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Notas finais do capítulo

E aí gente? O que acham de uma historinha sobre Melanie e Matt? HAHAHA, entrou no imaginário de vocês?