Um Belo Errado escrita por Mila Karenina


Capítulo 13
O reencontro


Notas iniciais do capítulo

Curtam o capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/621921/chapter/13

"I remember years ago
Someone told me I should take
Caution when it comes to love
I did, I did

And you were strong and I was not
My illusion, my mistake
I was careless, I forgot
I did

And now when all is done
There is nothing to say
You have gone and so effortlessly
You have won
You can go ahead tell them" - Impossible - Fifth Harmony
Sua boca estava na minha, ele me possuía e eu gostava de ser possuída por ele, suas mãos desceram e pararam em meus quadris, abri os olhos devagar, eu queria aproveitar cada minuto com ele mesmo que fosse em um beco.

— Desculpe, perdi o controle, precisamos conversar... — Peter falou e eu saí de meu transe momentâneo.
— Sei que precisamos, mas é só que... — Eu disse e me aproximei novamente, tocando de leve com minha boca em seu pescoço, aquilo pareceu o estopim para a guerra explodir.
Peter me puxou pela cintura e em um rápido movimento prendeu minhas pernas ao redor de seus quadris, naquele momento eu pude sentir o quanto ele me desejava verdadeiramente, suas mãos foram parar embaixo de minha blusa, eu revirei os olhos para a simples carícia que havia me feito, naquele segundo eu pude perceber o quanto precisava daquele homem.
— É melhor pararmos... — Ele sussurrou em meu ouvido enquanto eu enfiava minha mão em seu jeans, ele sorriu ao toque e me apertou ainda mais contra seu corpo.
— Se não quiser que tire sua roupa aqui mesmo, pare agora. — Ele falou sério e eu parei no mesmo instante.
— Por que tinha que acabar com a graça? — Perguntei decepcionada e ele sorriu irônico.
— Adolescentes... — Ele disse e me puxou pela cintura e me beijou novamente, dessa vez de forma rápida.
— Vamos sair daqui... Realmente precisamos conversar, e quando digo conversar, quero dizer conversar mesmo! — Ele disse divertido e por um momento pude acreditar que talvez poderíamos ter um final feliz.
Por quê eu simplesmente não nasci alguns anos antes? Talvez assim eu e Peter poderíamos ficar juntos sem precisar nos escondermos em becos ou sermos julgados pela sociedade.
Eu assenti e sorri de lado, não estava feliz, mas era aliviante ter pelo menos alguns segundos ao seu lado, sua mão tocou a minha e nossos dedos se entrelaçaram, por algum tempo eu pude acreditar que éramos um casal normal.
Ele abriu a porta do seu carro para mim como um cavalheiro e eu entrei e me sentei no banco da frente, ele também entrou e deu partida no carro.
— Sabe que não podemos ir para sua casa não é? — Eu falei e ele me olhou sereno.
— Claro que podemos, a Maria está morando com a sua tia desde que descobriu sobre nós, ela resolveu que sou um péssimo pai e não mereço seu amor. — Ele falou e pude ver tristeza em seu olhar, senti-me mal por ter causado aquilo.
— Ela também resolveu que sou uma péssima amiga, então acho que estamos na mesma! — Eu disse cabisbaixa e ele parou de dirigir por alguns instantes e segurou em minhas mãos.
— Não se sinta mal, a culpa não é sua ou minha, isso foi mais forte que nós dois... — Ele disse calmamente enquanto acariciava meus cabelos, fechei os olhos por alguns segundos.
Peter voltou os olhos para o volante e depois de alguns minutos estávamos finalmente em sua casa, sua casa era grande como todas da rua, mas eu nunca entendi o motivo já que lá moravam apenas ele e Maria, agora só ele.
Ele saiu do carro e abriu a porta pra mim, saí pegando em suas mãos, a sensação de pisar naquele gramado mais uma vez me causou uma súbita felicidade, olhei em seus olhos castanhos que brilhavam e peguei em sua mão novamente, agora mais que nunca eu valorizava cada toque seu.
— Vamos entrar? — Ele perguntou sorrindo.
— A casa é sua, literalmente. — Eu falei irônica.
A porta se abriu quando Peter girou a chave e eu observei enquanto a sala aparecia em câmera lenta, percebendo minha lerdeza, Peter se aproximou de mim e me levantou do chão, tentei sair, mas vendo que minhas tentativas seriam em vão, apenas relaxei e deixei ele me levar até o sofá.
Agora eu estava deitada e ele fazia carinho em meus cabelos, eu queria guardar aquele momento para revivê-lo mais tarde, mas sabia que era impossível.
— Sabe que será ainda mais difícil agora não sabe? — Ele perguntou ainda calmo.
— Eu sei, e será pior ainda quando meus pais souberem... — Eu respondi pensando em como isso seria terrível, meus pais nunca aceitariam uma situação como a nossa.
— Quero apenas que saiba que te amo muito pra deixar que destruam nosso amor ok? — Ele falou beijando minha testa.
— Eu sei... — Foi a única coisa que consegui dizer antes de me deitar em seu colo.
Adormeci daquela forma e quando acordei percebi a loucura que havia feito, como minha mãe poderia estar preocupada comigo nesse momento, me levantei do sofá apressada e Peter me olhou surpreso.
— Minha mãe vai me matar! Meu Deus! Que horas são? — Perguntei agoniada.
Peter me olhou desapontado e em seguida olhou para o enorme relógio dourado em sua sala.
— Oito e quarenta e cinco. — Ele respondeu.
Eu corri até ele e pulei em seus braços, ele sorriu e beijou meu rosto, eu enfiei meus dedos em seus cabelos e uni nossas bocas, ele correspondeu meu beijo puxando de leve o meu cabelo e em seguida me colocando no chão.
— Tenho que ir, te amo! — Eu disse e saí apressada, ele apenas acenou em resposta.
Saí disfarçadamente do quintal da casa de Peter e caminhei em direção a minha casa, mas não sem antes bater em uma senhora que entrava em sua casa, ela era baixa e gorda, tinha cabelos escuros e olhos verdes e vestia roupas sofisticadas, ela me olhou por alguns instantes e fez cara de nojo.
— Quem é você? — Ela perguntou arrogante e eu revirei os olhos, mereço!
A olhei com a mesma arrogância, desde seus pés pequenos e delicados a sua boca carnuda e pintada de vermelho, ela aparentava ter seus 60 anos.
— Eu sou a Jade, e você? — Perguntei ainda a olhando firmemente, o clima entre nós estava pesado.
— Eu sou a Lauren... — Ela disse retirando um cigarro de sua adorável bolsinha de onça, não pude segurar e soltei um riso quando vi o acessório brega.
— Interessante... — Eu suspirei e ela fez um biquinho.
— E pelo que presumo, mãe do seu amante! — Ela disse e se afastou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Responda nos comentários: Está gostando do rumo que a fic está tomando? Quer ter alguns spoilers da história? Fale com a autora: https://www.facebook.com/camiismoraes