POV Vanellope

Hoje eu tive que ir com o Ralph porque o Fred tomou um chá de sumiço e com os amigos se mandou da Terra!

Eu estava sozinha lendo um livro quando a Taffyta, o Rei Doce (um apelido meio estranho pra alguém nada doce) e o resto do grupo do Candy Rush (foram apelidados assim por suas altas pontuações no jogo, mas eu acho que ganharia de lavada deles) se aproximou, mas quando viram que eu estava sozinha os dois filhos da mãe mandaram todos embora e ficamos só nós três no corredor.

—Ah, olha, é o Bug! –A Taffyta me chama assim porque a algumas semanas eu estava atrasada pra aula e acabei Tiltando se pensar, resultado uma Taffyta toda pisoteada

—Não sou Bug, Pirulito estragado! –E eu não deixo de botar lenha no fogo

—Olha como fala com a minha namorada! –Disse Rei Doce arregaçando as mangas e formando dois punhos com as mãos

—Eu não tenho medo de você, se quiser vir pra cima que venha, não vai ficar nem vermelho aposto, mas... Se eu te bater não duvido de ficar cicatriz! –Eu disse fechando o livro e estralando os dedos e ele recuou

—Nerd! –Rei Doce

—Baixinho! –Vanellope

—Bug! –Taffyta

—Pirulito estragado! –Eu disse sorrindo de lado

—Pelo menos eu tenho amigos. –Ela disse e eu parti pra cima dela, comecei com socos que foram ficado mais fortes, ela tentava me bater, mas eu era mais rápida e só acabou quando eu peguei o cabelo dela e disse no ouvido dela

—Some daqui. –Eu disse entre dente eu disse e os dois saíram correndo, fiquei sozinha no corredor.

De repente o teto é arrancado por um cara de roupa de corrida que era seguido pelos tais Big Hero 6.

—Agora que eu sai do fliperama, ninguém vai me deter! –Xxxxx

—Quem é você? –Gritei e todos olharam pra mim, mas o cara de macacão pareceu mais preocupado do que com raiva.

—Eu sou Turbo... Não se lembra de mim Vanellope? –Ele disse e eu travei

De onde essa coisa me conhece?!

—Dessa vez você não me deterá! –Ele disse me atirando uma espécie de raio de choque e depois tudo ficou escuro.

—--------------------------Lembrança: On–--------------------------

Vanellope: Ué, mas... Quem é você?

Turbo: Eu sou Turbo, o maior de toda a história! E não reprogramei esse jogo para deixar você e aquele grandalhão com bafo de onça estragar todo o meu trabalho! –Vira o carro da Vanellope contra uma parede - É o fim da linha, seu Bug!

Vanellope: Bug é isso! Ok, Vanellope, eu sei que prometeu não fazer mais isso, mas precisa fazer só mais uma vez... Ok... Certo... E... Tilt!

—--------------------------Lembrança: Off–--------------------------

Acordei assustada com os 6 heróis me olhando em silêncio, mas parecia estar conversando entre si.

—Ainda estou na escola? –Eu perguntei e o de azul negou com a cabeça

—Onde estou? Como sobrevivi? –O silêncio foi a resposta

Já to cansada disso!

—RESPONDAM! –Eu gritei e eles se assustaram

—Em uma ilha próxima a cidade. –Respondeu um de azul água

—Nós... Realmente não... Sabemos como sobreviveu. –Disse uma garota de rosa

—Como não sabem? Sabem fazer essas roupinhas ai, mas não sabem como sobrevivi?! Que merda... –Disse a última parte mais pra mim mesma do que pra eles

—Olha garota, não tinha jeito de sobreviver, em poucas palavras assim que o raio tocou em você devia ter virado churrasco! –Disse uma garota de amarelo

—Então parabéns. –Disse um garoto de fantasia

—Você esta bem, não esta? –Disse o de azul me ajudando a levantar

—Sim. –Vanellope

—É muito corajosa. –Azul

—Valeu. Quando eu vou pra casa? –Eu disse cruzando os braços e olhando em volta

—Pode ir agora, mas não vai sozinha. –Disse o de fantasia olhando pro de azul

—Por quê? –Vanellope

—O Turbo consegui fugir e, por motivos desconhecidos, ele quer te matar, então não da pra arriscar. –Amarelo

—Mas o meu irmão e os meus amigos, se o Turbo descobrir deles... –Vanellope

—Vai ficar tudo bem, vamos? –Disse o de azul estendendo a mão

—Tudo bem. –Eu disse pegando sua mão, ele me puxou e abraçou contra o robô e alcançamos alta velocidade, admito que senti um frio na barriga, mas logo passou desde criança eu tenho adrenalina no sangue.

—Ebaaaaa!!!!! –Eu gritei botando as mãos pra cima

—Que original. –Disse o de azul rindo da minha reação

—Esperava o que? Que eu ficasse encolhida e perdesse isso? Só em sonho! – Eu disse e ele riu

—Que tal darmos uma volta pela cidade? Soube que ainda não foram apresentadas. –Azul

—É, mas... Nunca imaginei que seria assim. –Eu disse passando a mão no mar

—Olha eu sei que definitivamente não é um jeito normal de conhecer a cidade, mas... –Azul

—Acredite, minha vida tem sido tudo menos normal, a final um super-vilão quer me matar e eu nem sei o porquê, amanha todos vão me perguntar sobre hoje, que também não passa em branco, mas o pior de tudo é que os meus amigos nem estão ou vão estar comigo e eu nem sei por quê... Mas agora eu quero curtir isso. –Eu disse e acho que ele disse “Eu também Vanellope”, mas deve ter sido só impressão.

Voamos por toda a cidade e, quando chegamos, dei graças a Deus por estarem todos dormindo.

—Olha eu já vou, mas seus amigos devem chegar daqui a pouco. –Disse o de azul montando no robô

—Certo, valeu. –Eu disse e ele alcançou vôo

Eu fiz o maior silêncio para entrar e sentar no sofá, estava louca pra contar isso tudo pra alguém, mas com meus amigos sumidos e o Ralph ainda se acostumando com meus 15 anos tudo que consegui pensar foi: “Acho que preciso de um diário.”

Ri do meu pensamento e levantei para ir me deitar, quando ouço um barulho vindo da porta dos fundos, peguei uma espada daquelas de churrasco e fui tiltando até a cozinha onde encontrei quem menos esperava

—Hiro? –Eu disse soltando a espada

—Vanellope. –Disse correndo até mim e me abraçando, mas era mais um abraço de “Vai ficar tudo bem.” do que “Ta tudo bem?”

—Para. –Eu disse o empurrando e vi que os outros já estavam ali

—O que foi? –Hiro

—O que você acha? Vocês ficam comigo até eu melhorar e... Depois me abandonam. –Eu disse tentando encobrir as lágrimas

—É que... Andamos meio... Ocupados. –Hiro

—Com o que?! –Eu disse aumentando o tom

—... Não... Não te interessa. –Hiro

—Me interessa sim se estiverem me excluindo por causa disso! –Vanellope

—Ah para Vanellope... –Hiro

—E pelo que eu saiba amigos não fazem isso! –Eu disse olhando para os 5

—Amigos?... Nós... Mal nos conhecemos. –Hiro disse e aquilo me atingiu não por ser verdade ou por vir especificamente dele, mas sim por que eu confiava nele, eu confiava em todos eles.

—Bom saber que... A pessoa que eu mais confiava pensa assim. –Eu disse olhando pra baixo e indo pro meu quanto onde me tranquei.

“Como isso aconteceu? Eu nunca depositei tanta confiança em alguém tão rápido. Por que eu fui me iludir?”