Enquanto houver nós. escrita por sahendy


Capítulo 45
O Inevitável. Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Obrigada a todos os comentários. Em breve, não percam "Enquanto houver nós - 10 anos depois" e "Enquanto houver nós - 50 anos depois" que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês!



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— Paulina? - Eu pergunto e seguro em sua mão esperando algo, qualquer coisa como um aperto de mão, respiração mais ofegante, ou até mesmo uma palavra. Mas, segurando em sua mão e chamando pelo seu nome não percebo mais nenhum sinal. Vou para fora da sala e busco pela enfermeira Cecília que cuidava do caso da Paulina com o doutor Sanchez - Jaime Sanchez. - Por favor. - Eu digo a ela me aproximando do balcão onde ela conversa com sua colega de trabalho, enfermeira Rosa. - Eu acho que minha namorada Paulina está finalmente acordando. - Eu digo a ela que se levanta e corre para o quarto rapidamente e eu a acompanho. Ao quarto a enfermeira começa fazer uns exames simples e pergunta por ela "Paulina Martins, se estiver me ouvindo segure minha mão" e novamente não há resposta. 

— O que a paciente fez para o senhor achar que ela está voltando? - Cecília me pergunta e continua olhando para Paulina.

— Ela deu um suspiro enorme. - Eu respondo e logo ela se aproxima de mim e coloca uma de suas mãos em meu punho que estão fechados. 

— Senhor Bracho, o estado de Paulina continua estável, ela não responde. O senhor está muito cansado. Soube que teve um filho... que está na incubadora. Senhor Bracho, você anda muito cansado. Acho melhor ir para casa e ir descansar. - Ela me diz e me leva até a porta e eu olho para trás novamente para dar uma última olhada para Paulina, e eu saio e então seguro a mão de Cecília com força e digo "Não estou louco se é isso que pensa" ela respira fundo e com muita força responde - O senhor ainda não sabe de algo que os médicos não quiseram lhe contar e acho melhor que saiba de uma vez. Não aguento mais esconder. - Ela olha para baixo novamente e me pede para que eu me sente, e eu o faço me sentando no sofá que ficava ao corredor perto do quarto de Paulina. - Senhor Bracho. - Cecília começa e respira fundo novamente. - Eu sou nova aqui, mas não acho justo que escondam isso do senhor... Quando vocês deram entrada aqui ao hospital e a paciente Paulina estava já naquele estado terrível que se encontrava, descobrimos que... Bom, o fato é que... Paulina Martins estava grávida e perdeu o filho naquela noite. - Assim que Cecília me diz aquilo sinto meu mundo desabar, não era possível... Por que Paulina não havia me contado? Abaixo o meu rosto e num desespero começo a chorar, minha cabeça estava doendo. - Senhor Bracho, está tudo bem? O senhor ficou branco. - Ela me pergunta. Como eu poderia estar bem? Elizabeth acabara de parir um filho meu que estava na incubadora, e Paulina perdeu mais um filho meu naquela noite. Depois de uns minutos de conversa, Cecília me pediu sigilo no que me disse pois os médicos iriam me contar depois...

Entro ao elevador e vou para o 7º andar e procuro meu filho, tão pequenino estava dormindo, um rapaz se aproxima de mim e com um enorme sorriso ao rosto me aponta seu filho, Joaquim que também dormia o rapaz estava realmente muito feliz e disse para mim que não fazia ideia de como era ser pai mas estava entusiasmado. Eu olho para ele e digo "Parabéns" e volto toda a minha atenção a Marco Enrique, meu filho. Depois dele sossegar um pouco em questão do filho Joaquim, me agradece e pergunta qual era o meu filho ele busca em meio a todos aqueles bebês sadios e eu aponto para o único menino da incubadora pequenino. - É aquele! - Eu respondo, ele olha para mim e cadê sua felicidade? Parecia ter sumido, dá dois tapas em minhas costas e diz que ele ficaria bem logo, era só ter fé em Deus. Eu não respondo nada e logo ele vai embora. Deus, me ajude por favor! Passo pelo quarto de Elizabeth e vejo como ela está, e está descansando e Julio deitado na poltrona ao seu lado. Logo meu celular vibra e eu vou para fora da sala atender, é o investigador particular, Sebastian. 

— Boa noite senhor Bracho. - Sebastian me diz e logo eu respondo "Boa noite Sebastian, novidades? E para a minha sorte ou azar ele tinha. - Senhor Bracho, precisamos conversar pela manhã. Tudo bem? 

— Sim, mas estou ao hospital. Meu filho nasceu hoje e ficarei aqui essa noite. - Eu respondo a ele.

— Parabéns! Bom, até amanhã. Boa noite. - Ele me responde mais uma vez. E eu desligo o telefone. Desço novamente para o 5º andar onde Paulina se encontrava e entrei ao seu quarto, me deito ao sofá que tinha de frente para sua cama e adormeço. 

No dia seguinte...

Acordei bem cedo com um barulho da enfermeira que havia entrado ao quarto e trocou o soro de Paulina, ela pediu que eu descesse por um minuto e tomasse um café da manhã pois eu precisava e assim o fiz, desci e fui para uma cafeteria que tinha ao hospital, pedi um cappuccino e um pão na chapa e logo Rodrigo me encontrou por lá se sentou comigo e eu contei a ele tudo o que havia ocorrido.

— Meu amigo, sinto muito por isso. O que precisar estarei aqui. - Rodrigo me disse e ficou comigo sentado enquanto eu tomava meu café. Não demorou muito e Sebastian chegou também.

— Senhor Bracho. Tudo bem? - Sebastian me diz e estende sua mão num cumprimento e o faz com Rodrigo também, que se levanta e pede licença.

— Não, não. Pode se sentar Rodrigo. - Eu respondo e Sebastian puxa um banco se sentando também na mesa. 

— O que tenho a dizer é algo um pouco difícil. Bom, a polícia como sabe encontrou o carro... Todo queimado. 

— Sim, sabemos. - Eu respondo.

— E, eu acho senhor Bracho que já sei quem estava dirigindo o carro naquela noite consegui uma câmera de segurança que estava perto de onde o carro foi encontrado. 

— Bom, então quem foi. Me diga agora quem foi o desgraçado que fez isso com Paulina... - Eu respondo e fecho o meu punho querendo brigar.

— Isso deve ficar por aqui. Tem que me prometer que não falará isso a ninguém. Pois agora eu falarei com a polícia e tomaremos todos os cuidados da prisão do rapaz... 

— Antes investigador Sebastian, eu sei quem era a acompanhante mas não quem era o responsável... Elizabeth, minha esposa eu ouvi ontem a noite ela dizendo ao telefone com alguém, mas não sei quem... Mas, me conte quem é o desgraçado que fez isso com a Paulina.

— Foi o Julio Enrique. - Sebastian me diz e eu não sei o que fazer depois dessa revelação. Me levanto e numa voz alta digo "NÃO PODE SER, ESSE DESGRAÇADO VAI ME PAGAR. EU VOU MATA-LO" e Rodrigo se levanta também e pede para que eu me acalme e que eu me sente e termine de ouvir o que o investigador tem a dizer. Mas, eu saio numa neura e corro para o elevador que está quase se fechando e entro, Rodrigo joga uma nota no balcão pagando a conta e os dois correm atrás de mim, quando subo ao quarto minha reação foi única dei um soco na cara de Julio que cai ao chão e Elizabeth grita "O QUE É ISSO CARLOS DANIEL?" eu mando ela se calar e Julio levanta, limpa o sangue de sua boca se aproxima de mim e pergunta o que foi isso.

— VOCÊ QUEM ATROPELOU PAULINA MARTINS! VOCÊ VAI ME PAGAR SEU DESGRAÇADO.- Eu grito a ele e dou um empurrão, ele não reage de forma diferente e me empurra de volta, numa que ele tenta me dar de esquerda, Elizabeth grita para que ele pare, e ela grita por socorro, novamente dou um soco em Julio e dois médicos entram ao quarto e nos seguram. - VOCÊ VAI ME PAGAR SEU DESGRAÇADO. ME SOLTA!- Eu grito ao médico que me segura e o outro médico leva Julio para fora da sala. Me aproximo de Elizabeth. "FAREI VOCÊ SE ARREPENDER CADA SEGUNDO PELA VIDA QUE POSSUI. VOCÊ É A PIOR MULHER DO MUNDO. SE NÃO ME DER O DIVÓRCIO CONSEGUIREI DE OUTRA FORMA" eu digo a ela e saio do quarto também e Julio está ao balcão limpando o sangue com uma das enfermeiras, logo Rodrigo e Sebastian chega e sabem que já foi tarde demais. 

Mais tarde enquanto estou ainda ao hospital, Maria Julia, Angelica e dona Piedade visitam Paulina e ficam com ela ao quarto por uma hora e eu fico do lado de fora sem querer falar com ninguém. Na saída, Maria Julia se aproxima de mim e me dá um abraço.

— Eu tive um sonho, e um anjo me disse que Paulina logo irá acordar. - Ela me diz e meu corpo petrifica. Sinto um arrepio pelo meu corpo, eu dou um abraço nela que me segura muito forte e me diz novamente "O anjo me disse para termos fé." e Angelica segura em sua mão dizendo que lamenta por tudo e vai embora com Piedade que chora muito lamentando pelo estado de meu amor.

A noite quando vou para casa tomar um banho recebo uma mensagem de Sebastian que estava com a polícia no apartamento de Julio e estava todo revirado... Julio havia acabado de sair levando todas as roupas. O desgraçado havia fugido. Não consigo dormir naquela noite, junto algumas roupas para voltar ao hospital e entro ao carro, e quando chego ao hospital ligo para Rodrigo.

— Rodrigo, quero que me faça um favor. Amanhã verifique todo o trabalho de Julio. Ele é quem deveria estar me roubando. - Eu digo e Rodrigo diz que sim, faria com toda a urgência. 

Ao entrar no hospital vejo Estephanie que estava sentada chorando num banco, ela me chama se levanta e se aproxima de mim. 

— Carlos Daniel. - Ela me chama. Eu olho para trás mas sem querer responder. 

— Onde você esteve? - Eu digo com muita dificuldade em querer falar com ela. 

— Willy me deixou... Fugiu com uma tal de Viviana. - Ela responde e abaixa a sua cabeça. - Mas, não é isso. Depois eu me viro com o cafajeste. - O seu filho... Marco Enrique, acaba de falecer. - Ela me responde e eu caio ao chão em desespero.


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Notas finais do capítulo

Tadinho do Carlos Daniel, tá sofrendo tanto. Paulina nem precisou fazer vingança, porque nossa ele já tá sofrendo muito. E então, o que acharam? Espero que tenham gostado. Comentem por favor. Obrigada a todas.