Doutor Estranho: O Diário de Agamotto escrita por Larenu


Capítulo 12
Sem Mentes


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem o capítulo, um dos últimos da fic!



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Enfermeira Noturna estava parada diante do altar naquela câmara. Doutor Druida a estava protegendo, enquanto ela folheava um livro posto no altar. Assim que o abrira, Linda concluíra que não era o Diário de Agamotto. Mas acreditava estar encenando suficientemente bem para que o falso Wong, Barão Mordo, o Rosa e Emma Frost acreditassem.

Ainda que fingisse prestar atenção no livro, contudo, os pensamentos de Linda estavam em Stephen. Ela o beijara, e não conseguira conversar com ele desde então. Tudo correra muito rápido, e agora ela estava em uma posição muito importante.

Sabia que dependia de Druid, mas tinha esperança de que Motoqueiro Fantasma, Wong e Doutor Estranho ajudassem-na. Estava tentando achar qualquer coisa que fosse útil naquele livro, porém ele parecia estar em branco. Com exceção de algumas ranhuras na parte de cima do livro, ele estava completamente em branco.

É claro que ela suspeitava de que havia algo escrito em códigos naquelas ranhuras, mas não parecia haver sentido algum naquilo. Era nisso que se empenhava: encontrar um código por trás daquilo. Ainda havia pressão de que, na mesma sala que ela, estavam pessoas que a queriam morta.




Reunidos em um canto, os inimigos de Stephen tramavam contra Linda.

— Temos que tirá-la de lá. Se aquela mundana comum absorver o conhecimento do Diário de Agamotto, será uma ameaça — disse o Barão Mordo.

— Isso não será nosso maior problema. Eu posso facilmente apagar a memória de Linda Carter e fazê-la esquecer de tudo — declarou Emma Frost. — Agora, se ela revelar a Stephen ou ao Motoqueiro... Tenho quase certeza de que eles serão capazes de se proteger.

O falso Wong permanecia calado.

— Sabe que posso simplesmente colocar uma bala na cabeça dela, não sabe? — perguntou o Rosa.

Mordo o fulminou com o olhar.

— Ótimo. Por que não faz sair mais sangue? Assim manchamos o livro com um sangue indigno e impuro. Ideia fantástica.

O Rosa engoliu em seco, tentando não explodir com Mordo.

— Se não quer mais os meus serviços, pode me mandar embora.

— Ah, obrigado por em lembrar — disse Karl.

Ele sentiu uma mão apertar seu ombro. Uma dor atravessou o peito do Rosa, em seguida percorrendo-o da cabeça aos pés. Tudo começou a escurecer aos poucos.

— Traremos você de volta quando precisarmos — disse o falso Wong.

Richard Fisk caiu de joelhos, inconsciente. Quando abriu os olhos, estava em um sonho.




Atrás de um pilar, Stephen Strange observava cada canto da sala. O teto era alto, sustentado por grandes colunas que variavam entre os estilos dórico e jônico da Grécia Antiga. No centro, havia um altar circular, um pouco acima do chão, ao qual levava uma escada de cinco degraus.

E, nesse altar, havia um pedestal com um livro. Parada diante do livro estava Linda Carter, cuja única proteção era o Doutor Druida ao pé da escada.

— Devemos nos juntar ao Druida, senhor­? — perguntou Wong.

— Faça o que quiser, Wong. Eu ficarei por aqui.

— Senhor?

Stephen não respondeu.

— Há algo te incomodando, senhor. Posso senti-lo. Tenho permissão para saber o que é?

O Doutor Estranho se virou para Wong, um tanto nervoso. Parecia que ia perder o controle, mas falou com calma.

— Eu... desculpe, Wong. Acho que estou mesmo me deixando levar por sentimentos.

— Você é o Mago Supremo da Terra, senhor. Não pode se deixar levar pelo coração.

Ele esboçou um sorriso.

— Obrigado, Wong.

Strange caminhou para perto do Motoqueiro Fantasma.

— Temos que nos juntar ao Doutor Druida e protege-la. Se aquele é o Diário de Agamotto, é de extrema importância que o protejamos.

Claro, temos que proteger o Diário. Mas me pergunto se ataca-los não é a melhor opção. É claro que isso deixará a senhorita Carter exposta, contudo pode ser mais eficaz.

Isso. Manche o Diário de Agamotto com o sangue de uma mundana.

Motoqueiro Fantasma parou diante de Stephen e olhou-o nos olhos. Um calafrio subiu a espinha do Doutor Estranho, mas ele continuou olhando as órbitas vazias do Motoqueiro.

Tem algum motivo em especial para defendê-la, Stephen?

­— Não. Mas prefiro fazer as coisas com menos mortes.

Stephen caminhou até Druid.

— Estamos juntos nesta, Anthony. Viemos ajuda-lo.

Isso mesmo que ele disse — concordou o Motoqueiro.

Wong, Doutor Estranho e Motoqueiro Fantasma ficaram ao lado de Druid. Então, os vilões se viraram. Mordo e o falso Wong deram alguns passos à frente, revelando o Rosa desmaiado logo atrás.

— Quatro contra dois. Deveriam mesmo ter descartado o Rosa? — perguntou Druida. — E Emma Frost também, julgo eu.

Será mesmo? — perguntou o Motoqueiro Fantasma.

Ele deu alguns passos para o lado e lançou suas correntes. Elas se enroscaram em algo no formato de uma cúpula invisível.

Olá, Emma Frost.

Ela surgiu, completamente feita de diamante.

— Ainda estamos em maior quantidade — confirmou Druida.

— Não por muito tempo — respondeu Mordo.

E o Barão bateu com seu cajado no chão. Algumas criaturas enormes surgiram do chão. Eram Gigantes Sem Mente, servos de Dormammu, o Lorde da Dimensão Negra.

— Não faça isso, Mordo. Essas criaturas servem apenas a um líder.

— Que é o mesmo ao qual eu sirvo, Stephen. Gigantes Sem Mente, destruam-nos.

Os monstros avançaram. Motoqueiro Fantasma puxou Emma Frost e o campo de força dela, pulando para o lado e levantando o braço para cima.

Agora!

Um círculo de fogo surgiu na parede, e a moto do Motoqueiro Fantasma surgiu dali. Ele montou nela, acelerando. Com suas correntes, puxou dois dos Sem Mente para longe, arremessando-os em uma coluna. O enorme pilar grego desabou, soterrando os Sem Mente.

Ele virou bruscamente, ficando de frente para Emma Frost. Acelerou, enquanto ela esticou os braços. O Motoqueiro a acertou com tudo, e Emma foi jogada para trás, ainda intacta. Ela apoiou uma mão no chão, se erguendo novamente.

— Não é com impacto que você vai me derrubar, Motoqueiro.

Enquanto isso, Druida e Estranho batalhavam contra Mordo e os Gigantes Sem Mente. Ao mesmo tempo, Wong lutava com seu sósia do mal. Atrás deles, porém, Linda Carter insistia em decifrar o enigma.

São letras!, ela gritou em sua mente. Agora era tudo óbvio. Os símbolos representavam a parte que as letras não preenchiam. Por exemplo, na letra O, havia apenas o círculo interno e vazio em destaque. Linda começou a formar a frase escrita ao longo do livro.

Transibum tantum unum dignus cognitio — ela sussurrou.

Ela prosseguiu, e reparou que a mesma frase se repetia pelo livro. A questão era a seguinte: aquilo era latim, uma língua morta, e Linda, obviamente, não sabia falar latim. Ela tinha quase certeza de que Stephen sabia, mas ele estava ocupado lutando atrás dela.

O tempo passava, e ela ficou nervosa. Precisava urgente de ajuda, para que prosseguissem para a próxima câmara. A tradução daquela frase poderia lhes conceder a vantagem necessária.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo. Ah, e espero que gostem da segunda temporada de Demolidor na Netflix!



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