Entre Exatas e Humanas escrita por Kokoro Tsuki


Capítulo 4
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas que eu amo ♥ Demorei a atualizar dessas vez, né? Foi mal :v Vou tentar voltar a atualizar com mais frequência. Espero que gostem desse capítulo aqui, e se der certo respondo todos os comentário hoje a tarde.

Beijos na bunda ♥



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Entre Exatas e Humanas

Capítulo IV:

O Estudante de Física.

Shaka quase deu um pulo onde estava quando ouviu a porta do banheiro bater com violência, provavelmente por obra de um leonino irritado. Mas bem, o moreno era o próprio culpado disso. Quem mandou levar um livro daquele conteúdo para um local de estudos? Isso era coisa de gente despravada! E com certeza Camus concordaria com isso quando lhe contasse.

Suspirou pesadamente. Não, Camus não concordaria com aquilo, ainda mais sendo o ruivo certinho que todo mundo admirava. E ainda por cima não conseguia tirar a pergunta do rapaz oriental da cabeça, sobre já ter lido o tal livro da discórdia. É claro que não! Não leria um livro erótico nem que lhe pagassem!

Resolveu, então, voltar a sua posição de meditação, só assim para se acalmar um pouco. Ficou repetindo um mantra qualquer enquanto o barulho do chuveiro continuava a se fazer presente. O indiano quase podia sentir a água caindo em seu corpo, coisa que o fez rir, se achando um idiota por ter tal pensamente.

Se a água estivesse caindo no meu corpo eu estaria tomando banho com aquele brutamonte. Ponderou, corando logo em seguida. Sim, o tal futuro Físico era um pedaço de mal caminho, isso tinha de admitir, mas nem por isso deixava de ser prosmíscuo. E provavelmente só pensava em sexo.

Tratou de tirar esses pensamentos da cabeça, afinal, o pervetido ali era o Amamiya, que pelo jeito não saíria do banheiro naquele noite. Irritou-se novamente. Quem o moreno achava que era para desperdiçar o líquido sagrado daquela maneira.

Encheu os pulmões de ar antes de se levantar, indo para a porta da casa de banho, no qual bateu como se estivesse esmurrando alguém.

— Amamiya, quer fazer o favor de parar de gastar água como se esse fosse o último banho de sua vida? — tentou não erguer o tom de voz, mas demonstrava estar bem irritado, principalmente depois que foi ignorado pelo japonês. — Ei, Amamiya! Estou falando com você!

E, sem obter uma resposta, respirou fundo para não soltar nenhum palavrão, sua educação rígida jamais permitiria alguma coisa desse tipo. Até iria berrer novamente, se o rapaz de cabelos castanhos não saísse antes, em roupas de lazer que grudavam em seu corpo, ainda um pouco molhado.

Claro, o estudante de cabelos dourados não podia negar que ele tinha um físico maravilhoso, ainda mais olhando por aquela regata verde, isso no entanto não o faria escapar de uma bela bronca por parte do indiano metido.

— Finalmente, hein? Pensei que havia ficado surdo. — disse com uma pitada de sarcásmo na voz, espererando alguma reação por parte do rapaz de cabelos escuros. — Não é a única pessoa que mora aqui, lembre-se bem disso.

Ikki arqueou uma sobrancelha, confuso com a reação do indiano. Do que diabos ele estava falando? Sorriu de canto com aquela situação tão... Estranha.

— Estava sentindo saudades de mim, louro? — perguntou, vendo por um momento a expressão séria de Shaka se transformar numa de surpresa e logo voltar ao normal, só que com um tom de deboche. — Eu sei que sou uma delícia, mas sabe, você não faz meu tipo.

O virginiano gargalhou diante a ousadia do japonês. Como assim não fazia o tipo dele? Shaka Narottam fazia o tipo de todo mundo. Ele sambava em qualquer adversário que pudesse existir. Se sentia indignado por isso, ainda mais por estar se incomodando com as palavras do outro.

Deixou um sorrisinho se desenhar em seus lábios finos, num misto de descrença e irritação. Ah, ia matar o desgraçado, ah se ia!

— Não sou, é? Creio que seu tipo seja um bem vulgar, não, engenheiro? — disse com desdém, notando que o outro fizera uma careta de completo descontentamento.

— Engenheiro é o caralho, monge! — ralhou, com um tom que beirava um grito. O homem de longos fios dourados se assustou um pouco, mas controlou-se para não desmonstrar. — Eu estudo Física! Fí-si-ca! Não essa merda de engenharia! Então se não sabe a droga que eu faço fique com essa sua boca — bonitinha, por sinal. — calada!

Shaka aequeou uma sobrancelha. Mas hein? Para que ficar tão irritado assim simplesmente por alguém errar a área que estudava? Isso era coisa de calouros. E por que diabos ele não se irritou quando chamou seu tipo de vulgar? Ele realmente não conseguia entender Ikki Amamiya.

Milo mal havia chegado em seu alojamento e caiu na cama, cansado. Tinha de parar de visitar o bar da Faculdade com Ikki e tentar se mostrar para os gatinhos. Do contrário ia acabar morrendo de cirrose antes do trinta anos. Com toda certeza ficaria com uma baita ressaca no dia seguinte.

Tivera a sorte de agora estar sozinho no quarto, já que seus companheiros pareciam ter saído para alguma coisa. Em contradição com sua personalidade super agitada, o escorpiano dormia apenas com silêncio absoluto.

No entanto, por algum motivo que sua cabeça loura não entendia, ele não conseguia esquecer o gelo tomado pelo ruivo gostoso na biblioteca. Claro que não era todo mundo que caia de amores pelo grego imperativo, mas o tal de Camus fora o primeiro a ignorá-lo completamente.

Se bem que isso não importava completamente. Ele iria de alguma maneira conseguir falar com o colega de quarto do japonês, nem que tivesse de aparecer na sala de aula dele no dia seguinte com uma desculpa besta e esfarrapada. Faria isso ou não se chamava Milo Argyros.

Shaka suspirou e inspirou com todas as forças que tinha, irritado por não conseguir se controlar e irritado pelo oriental não ter ficado irritado do jeito que queria. Ele simplesmente não iria conseguir pegar num sono sem se acalmar antes, ao contrário dos outros dois que já devia estar no sétimo ou oitava sono.

O estudante de filosofia achava difícil compreencer o outro. Principalmente por resolver estudar... Física. Fez um careta só de pensar nisso. Como uma pessoa escolhia ficar o dia inteiro trancado em casa desvendando fórmulas? Isso era mais chato que as tediosas palestras sobre DST's durante os tempos de colégio.

Ah, colégio! A melhor e ao mesmo tempo a pior época da vida do indiano. Se bem que nada era mais complicado que o estudante de física. Aquele ano prometia ser confuso — e cheio de tretas.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, beijos na bunda ♥

Postado 19/07/15