Heartless Brigde escrita por Dane Martins


Capítulo 4
Carta


Notas iniciais do capítulo

-Espero que gostem >
—Músicas marotas que ouvi escrevendo o capítulo:
* Nightlife - Phantogram
*S/C/A/R/E/C/R/O/W - My Chemical Romance
*The Mighty Fall - Fall Out Boy
*Carpe Diem - Aqua Timez
*Belive - Skillet
*Gotta Be Somebody - Nickelback

—Links das músicas nas notas finais



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ESTOU REALMENTE FAZENDO UM PUDIM COM O PENSAMENTO? Como costumo a pensar em muitas coisas antes de dar conta de que estou acordada, a primeira coisa que me lembro... É de como fazer um pudim de leite. Você é realmente algo, hein, Kaya.

Dou-me conta de que adormeci no sofá e tem um peso no lado esquerdo da minha cintura. Estou deitada de lado e a primeira coisa que eu vejo quando abro os olhos é uma mão e o estofado preto do sofá.

Colocando a mente pra funcionar, me questiono: por que, diabos, Eric está me abraçando por trás?

–Eric? – Chamo-o, mas ele não responde. Está dormindo. Ótimo.

Esses sete messes foram uma bagunça, para falar verdade. Começou com a volta de Ada que começou seu assédio pulando em cima de mim para me acordar logo no primeiro dia. Nem preciso falar que sofro com ela me zoando pela história do meu acordo com Eric, preciso? Houve muitos maus entendidos e algumas meninas pegando no meu pé por não aceitarem o fato dele “ser meu namorado”.

Falando em Eric... Há seis messes que a casa dele foi metade destruída por um deslizamento. A notícia correu tão rápido que eu fui a última que soube. Como esperavam uma reação minha, quando me contaram eu acabei criando uma cena (apesar de não ter sido intencional, fiz sem pensar, juro!), correndo até ele e ficando preocupada. Enquanto ele não me disse os detalhes como quando aconteceu, o que ele perdeu, se ninguém se machucou e onde ele iria dormir, não sosseguei.

Cientes que nos observavam, entramos no modo "mask on", fazendo acreditarem que “nos amamos”. Eric me disse que iria ficar na casa de uma amiga do seu pai até conseguirem reconstruir uma casa nova. O que eu não sabia era que a tal amiga era minha mãe. Ainda lembro-me da minha pequena (ou não) reação quando o encontrei na minha casa.

Eu tinha acabado de sair da aula de francês. Acabou que estudei um pouquinho sobre a Revolução Francesa e estava louca para falar sobre isso com Paul, que é historiador.

Pergunto-me como um historiador namora a presidente da KL Enterteriment. Paul é quieto, gosta de coisas caseiras e de atividades de pequena proporção (que não seja uma passeata. Quando ele apoia as reivindicações de uma, adora participar) enquanto Kate é agitada e adora festas. Também, sendo presidente de uma agência de entretenimento, conhecendo vários artistas e tendo uma vida de luxo, meio impossível não ser festeira... Realmente, opostos se atraem.

Começou a tocar Howling, de Abingdon Boys School, o que matou a saudade de ouvir rock japonês. Meus ouvidos quase explodiram pelo volume da música, mas não me atrevi a abaixa o volume. Empolgo-me fácil com música, o que me fez saltitar no corredor. Estou indo para a cozinha, sem prestar o mínimo de atenção no caminho.

Péssima escolha. Dou de cara com algo duro, porém macio.

–Olhar por onde anda seria ótimo – Disse uma voz extremamente familiar. Dou um passo para trás e tropeço no meu outro pé, mas o dono da voz me segurou antes de eu me espatifar no chão (que linda você, Kaya).

Olhei para cima e quase surtei ao ver o dono da voz. Ele fica extremamente lindo de perto. Com a luz escura do corredor, o violeta de seus olhos quase desaparece, deixando o cinza claro de seus olhos parecer cor de cimento. Uma blusa preta deixava suas clavículas a mostra. Seu cabelo, molhado que fazia o loiro parecer castanho, parecendo que foi penteado pelo menos uma vez na vida.

–O que faz aqui? – Pergunto, dando um pulinho para trás, perplexa demais por ter um Eric no corredor da minha casa.

–Eu pergunto o mesmo... – Franziu o cenho. Encarou-me por alguns segundos antes de supor: – Você é a filha da Kate?

–Sim! – Respondo quase automaticamente.

–Por isso que a achei semelhante a você... – Comentou baixo.

–Me deixa adivinhar, minha mãe é a amiga do seu pai e eu não sabia de nada.

–Acho que sim.

Respirei fundo e corri para a sala. Lá estavam minha mãe, Carlos, e Paul conversando alegremente com Henry e Ester (a mulher bonita que achei parecida com Eric). Sebastian estava calado apesar de estar no meio de todos, sentados no sofá e nas poltronas.

–Adoraria não ser sempre a última que sabe das coisas, Senhorita Kate – Usei a palavra “senhorita” só para que ela perceba minha raiva. E percebeu.

–Desculpa filha, não tive tempo de te contar, você estava ocupado o dia todo com a Ada ontem e hoje você tinha mais um monte de aulas... Resolvi não colocar mais coisas na sua cabeça.

–Mesmo assim deveria ter me avisado – Reclamo e olho para Eric, que apareceu do meu lado sem eu nem mesmo notar – Realmente vamos ter que conviver juntos? – Perguntei.

–Também não estou nada feliz de ver sua cara quando acordo mas, fazer o quê? – Respondeu com um sorriso de deboche.

–Oh, já se conhecem – Ester sorri – Pensei que não, já que são se turmas diferentes...

–Conheço sim – Digo, forçando um sorriso – Bem mais do que eu queria...

Depois disso, fiquei num canto, emburrada e coloquei Danger - BTS para tocar. A partir desse dia, a casa se tornou mais barulhenta. Não só por Henry e Kate jogarem conversa de melhores amigos fora ou Ester sempre conversar comigo sobre algo (adorei quando ela me mostrou fotos do Eric quando ele era pequeno!), mas pelo fato de eu e o Senhor Gelo (sou ótima com apelidos, não?)discutirmos POR TUDO. Parecemos duas crianças, sério.

Apesar de brigar toda hora, já acostumamos com a presença um do outro, tanto que às vezes entro no meu quarto e ele está lá, lendo um livro (com a cara de pau de estar estirado na minha cama!) ou dormindo. Eu não tinha ideia do quanto ele era preguiçoso quando queria! Esse Eric...

Por outro lado, não consigo odiá-lo. Ele é chato, calculista, indiferente de quase tudo, adora ofender com palavras inteligentes se a pessoa está irritando-o, o oposto do rapaz que ele parece ser quando está mascarado. Mas algo não me deixa sentir ódio total do rapaz.

Sua máscara não é aquela que se coloca sobre o rosto para esconder sua identidade, e sim o baú que guarda suas emoções e seu coração congelado. A chave, ninguém sabe onde Eric a escondeu.

Eu sei que, no momento certo, alguém conseguirá achar a chave e revelar quem ele realmente é. Ok já está parecendo que estou apaixonada, vamos parar que está feio.

Pensando no diabo, Eric deu uma mexida no sofá. Quase saio pulando do sofá quando lembro que estamos dividindo um espaço tão pequeno. O que não entendo de jeito nenhum é como fiquei nervosa de uma hora para a outra.

Primeiramente: O que estamos fazendo aqui mesmo? Hoje é feriado e Henry e Paul inventaram de querer ir acampar e voltam só no domingo á tarde. Nesta casa, só ficou eu, Eric e os empregados.

Lembro que, sexta de noite, estávamos bebendo energético e comendo balinhas enquanto assistíamos qualquer coisa que passava na televisão.

Cada um deitado de um lado do sofá, ele jogando balinhas em mim por estar segurando o pacote. Perfeito até para dividir as coisas... Só lembrar me faz querer sorrir e revirar os olhos.

É bem raro eu parar para ficar na frente de uma TV, sou muito mais assistir minhas séries e dramas pelo computador. Mas quando estou com preguiça de fazer outras coisas, resolvo assistir.

Se não me engano o filme era de gênero drama, o qual eu não consegui ver o nome. Tenho um grande problema com dramas: envolvo-me demais na história do personagem e me emociono facilmente. Adivinha quem riu da minha cara quando chorei? Aquele palerma. Seu sorrisinho de deboche (apesar de ser lindo) já estava me dando nos nervos.

Lembro-me de ter ido para cima dele dar um grande tapão que ele estava merecendo tinha tempos (a culpa é do energético) fazendo o saco de balinhas espatifar no chão.

–Ei! – Ele colocou as mãos na minha barriga para me impedir de aproximar mais e me empurrou, fazendo-me cair para trás, ele ficando por cima de mim. Com uma mão apertou minhas bochechas e me encarou com um ar de superioridade – Eric: 1. Kaya: 0.

Esqueceu-se de imobilizar meu braço, palerma! Dei pelo menos uns cinco tapas leves em sua cara até ele desviar, cair para o lado esquerdo sofá e prender minhas mãos. Depois disso, não lembro direto, acho que consegui me soltar e prender as dele e acabei dormindo com ele ali do lado mesmo (afinal, energético traz o efeito contrário para mim: sono).

Eu sou travesseiro ou coisa parecida pra ele estar me usando como um?! Mereço... Comecei a me mexer na tentativa de conseguir sair dali, mas ele apenas resmunga um “Dá pra ficar quieta?”. Ele tem ideia quem o “travesseiro” ali é?

–Eric... – Tentei dar tapinhas no seu braço, chamá-lo, remexer, mas nada estava adiantando. – Eric, acorda!

Tento virar-me no sofá para conseguir vê-lo. Quando consigo, meio que me hipnotizo pelo seu rosto. Meus batimentos cardíacos aceleraram e começo a ficar um pouco nervosa. Ele dormindo com um rostinho tão sereno... tão lindo... TÃO PERTO!

Lembrando-me desse pequeno fato, tento afastá-lo o máximo possível. Só que a inteligentíssima Kaya Walker se esqueceu de dois pequeninos detalhes. Um: seu braço estava envolvendo a minha cintura. Dois: NÃO PRECISAVA FAZER O MENINO CAIR DO SOFÁ, INTELIGENCIA!

Após o grande empurrão, ele abriu os olhos e tentou se segurar em mim por instinto. Acabamos os dois no chão. Pela “metralhada” que ele me deu apenas com o olhar, nem precisei me perguntar se ele havia ficado bravo. Afinal, ele estava furioso.

–Você é louca? – Pelo menos me dê um tempo de escrever meu testamento...

–V-Você que estava perto demais! – Tentei me defender. Rapidamente tento virar a situação ao meu favor: – Aliás, não sou travesseiro não! Por que diabos você estava me segurando mesmo?

Kaya: 1. Eric: 1.

–Bom... isso é força do hábito – Ele pareceu um pouco envergonhado, coçando a cabeça, mas logo se recompôs: –Mas se você não tivesse me prendido, talvez eu estaria dormindo confortavelmente na minha cama.

Tem razão... Eu havia prendido ele antes de cair no sono. Estava de madrugada e ele tomou só poucos goles do energético, o que não o impediu de cair no sono. Tinha que admitir, Eric ganhou novamente.

–...– Um silêncio constrangedor surgiu entre nós até ele parecer perceber algo – Dá pra sair de cima ou tá difícil?

Mais um detalhezinho pequenininho: Eu estava por cima dele. Estava tão aflita pelo calor da pequena discussão que me esqueci disso. Levanto-me rapidamente e lhe dou as costas. Não quero que ele veja a cara que estou fazendo de jeito nenhum!

Á caminho do meu quarto meio que dou um “replay” nessa comoção na minha cabeça. Poxa, espero que nenhum dos empregados tenha visto!

–Merda... – Estralo todos os meus dedos. Geralmente faço isso quando estou nervosa... –Por que essa ansiedade toda, Kaya?

Dou dois (quatro) tapinhas nas bochechas com as duas mãos para manter minha atenção ao que estou fazendo. Depois da minha higiene matinal, desci para a cozinha afim de preparar o café da manhã.

Mary e Linda, as cozinheiras, estavam fuxicando baixinho sobre algo. Entrei de fininho para não atrapalhar a conversa, mas não deixei de engasgar quando ouvi os nomes “Kaya”e “Eric” numa frase só.

–Ah... – Mary tampou a boca com a mão, envergonhada.

Linda me olhou com uma cara de “ferrou” e não disse nada, apenas mordendo o lábio. Juro que se eu souber quem foi o infeliz que nos viu, prometo lhe dar umas férias... Mas a causa é por estar internado na UTI de um hospital.

Sem falar nada, começo a procurar algo para comer. Evelyn, filha de Linda, entra saltitando na cozinha. Como Linda é mãe solteira e tem problemas financeiros (o que fez elas perderem a casa), minha mãe e Paul sugeriram elas morarem aqui por uns tempos até se estabelecerem.

Evelyn é parecidíssima com a mãe, sendo ambas loiras e de olhos castanhos. Dois anos mais nova que eu, mas ela parece tão mais velha quando faz seus pequenos atos altruístas como tentar ajudar a mãe no trabalho e dar o mínimo de despesa possível.

–Mamãe! – Correu em direção á Linda – Eric pediu um café!

Revirei os olhos. Depois quem abusa das crianças sou eu... Humpf! Desde que Eric mudou-se para cá, Evelyn nem disfarçava que estava numa paixão platônica por ele. Linda a olhou com uma cara de pena, como se Eric fosse comprometido e as esperanças da filha logo iriam para o lixo.

Linda começa a fazer o café enquanto eu preparava meu sanduíche. No meus fones, estava tocando Young Volcanoes, do Fall Out Boy.

–Deixa que eu termino, Kaya – Mary apareceu do meu lado. – Você deve estar cansada...

–O que está insinuando? – Perguntei lentamente enquanto a encarava. Ela teve a coragem de mencionar sobre isso?!

–Também gostaria de saber – A voz de Eric surgiu atrás de mim. Ótimo, isso virou uma comédia romântica ou coisa parecida?

Mary ficou vermelhinha de vergonha. Viro-me para encarar o palerma incrivelmente bonito, que também entra no jogo. Ficamos parados sem desviar o olhar até eu sentir cheiro de queimado e correr para pegar meu sanduíche. Pelas costas, senti alguém me olhando intensamente, e com certeza não era Eric.

***

Evelyn acabou descobrindo o que aconteceu no sofá de manhã. Ela não para de me encarar e eu já estou ficando sem paciência para isso. Eric parecia estar se divertindo com meu desconforto, me fazendo ficar mais contrariada ainda.

Para evitar estar com a presença dela, subi para o quarto procurando algo para fazer. Achei alguns álbuns de fotografia que são um pouco... embaraçosos. Resolvi levá-los para o sótão para caso algum curioso entre no meu quarto.

Como meu quarto fica no terceiro andar (o de Eric também, infelizmente do lado do meu) fui até o final do corredor e puxei a cordinha da porta que virava uma escada. Mal pisei no sótão e já dei um espirro. As vezes eu odeio minha alergia á poeira.

Achei uma caixa vazia e pensei em colocar os álbuns nela. Porém, quando a tirei do lugar, um papel caiu dela. Erguendo uma sobrancelha, guardo os álbuns e a caixa e logo em seguida o papel.

No primeiro degrau da escadinha, sentei-me para ver o que tinha escrito no papel. Arrependi-me amargamente por ter desdobrado o papel.

Old Brigde, Dezessete de Maio de 20--, galpão perto da estrada de East Villa.

Querida Kate,

Espero que não receba esse papel. Para falar a verdade, quero sim, mas também receio te deixar mais preocupado do que deve estar. Os sequestradores me deixaram escrever esta carta como uma forma de passar o tempo. Eles não fazem ideia da minha vontade de enfiar a caneta na garganta deles, mas eles têm uma arma e prefiro não me arriscar muito até acabar de escrever.

Quero que você saiba que eu te amo muito. Você deve estar até cansada de ouvir (ler) isso, mas essa provavelmente é a última vez que, de algum modo, vou falar com você.

Já ouviu falar do fio vermelho do destino? Minha mãe me contou essa história quando eu era pequeno. Sempre gostei dela... De acordo com a lenda, as pessoas interligadas pelo fio estão destinadas a ficarem juntos.

A muito tempo atrás, um jovem rapaz estava á caminho de encontrar sua noiva quando um velho cego o parou no meio do caminho.

‘A moça que está te esperando no topo do morro não é a pessoa predestinada á você’ Disse o velho.Irritado, o rapaz perguntou ‘Se não é minha noiva, então quem é a pessoa predestinada á mim?’.

O velho, como se realmente enxergasse, apontou para um bebê que estava com a mãe á alguns metros de distância. Furioso, o jovem mandou matarem tanto a criança como a mãe dela.

Porém a criança sobreviveu e cresceu, virando uma bela mulher. O jovem e sua noiva, como dizia o destino, acabaram não ficando juntos. A bela mulher e o jovem acabaram vivendo um romance até ela descobrir quem estava por trás do assassinato de sua mãe. Após uma briga, resolveram se separar. Extramente tristes se despediram, mas antes que a mulher fosse embora, ele disse ‘Se estamos mesmo ligados pelo fio, presumo que nos encontraremos novamente’.

Sabe por que estou lhe contando isso? Bom, acredito que não somos ligados por esse fio vermelho. O que significa que o cara certo para você está por ai, te esperando. Por isso, não se prenda ao meu sumiço e provável morte. Não se esqueça de que eu te amo muito. Cuide-se Kate. Não faça nenhuma besteira e continue a ser a mulher radiante e sorridente que você é e sempre foi . Adeus...

Albert.

Aos soluços, tento controlar meu choro. Essa carta novamente! Pensei ter dado um sumiço á esse pedaço maldito de papel. Por que essa despedida sempre volta pra me assombrar? Sempre que releio, fico pensando sobre quem será Albert Lawrence, a pessoa maravilhosa que nunca conheci na vida. A pessoa que eu queria tanto poder chamar de pai, porém ele infelizmente está... morto.

Meu pulso está acelerado. Escuto passos no corredor. Minha cabeça dói e minhas mãos tremem á ponto de amassar a carta. É impressão minha ou alguém me chamou? Começo a sentir uma enorme dificuldade de respirar. Ergo a cabeça para saber se tem realmente alguém ali, mas minha visão está embaçada.

Vejo um vulto andando em minha direção antes de revirar os olhos e cair na inconsciência.


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Notas finais do capítulo

-Howling - Abingdon Boys School: https://www.youtube.com/watch?v=TnJDfE0Ca20

—Danger - BangTan Boys: https://www.youtube.com/watch?v=bagj78IQ3l0

—Young Volcanoes - FOB: https://www.youtube.com/watch?v=2ZvHkOAtUYQ



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