Eternidade Irreal - Klaus e Caroline escrita por Olivers Lestrange


Capítulo 14
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!
Capitulo novo e gigantesco para vocês!
Preparem o coração e um remédio básico pro diabetes, porque terá muita melação!
boa leitura ♥



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Pov. Caroline
Por um momento eu pensei que talvez se eu mesma tivesse planejado meu casamento, nada disso teria acontecido, mas de um jeito ou de outro Violet teria aparecido e talvez eu teria endoidado de vez porque colocaria a culpa toda sobre mim. Ter minhas fadas madrinhas então, me deu um certo alivio de culpa.
O casamento atrasou por mais uma hora, não entendi como Rebekah e Marie foram rápidas o suficiente para me arranjar um vestido novo. Agora eu parecia que tinha saído de um daqueles grandiosos bailes de conto de fadas, parecia a nova cinderela com um vestido  todo pomposo. 
(Vestido:: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/47/1b/3b/471b3bc7ac776be35bcab6df31bc0009.jpg )
— Só queria saber onde vocês arranjaram isso? - passei a mão pelo vestido e dei um rápida rodopiada, ele parecia que brilhava dependendo da luz. 
— Uma boa magica não revela seus segredos. - Marie piscou para mim, provavelmente ela contrabandeou da loja em que trabalhava. 
— Sei. - semicerrei os olhos - Só fiquei um pouco decepcionada por casar de cabelos soltos, aquele penteado estava tão bonito...
— Podemos dar um jeito nisso - Rebekah tocou meu cabelo - Mas irá levar mais tempo. 
— Já atrasamos tempo suficiente. - sorri ficando de frente pra ela - Klaus está com ela
— Acho que não, Elijah fez com que ela se ausentasse ou ficasse no fundo, algo assim. - Rebekah segurou minha mão - Nada mais irá atrapalhar seu casamento.
— Mais do que já atrapalhou você quer dizer. - Bonnie comentou enquanto vinha com a paleta de batons e retocava o meu.
— Não exagera, ela é uma noiva, não uma atração do bataclã. - Elena ironizou enquanto olhava atentamente para a maquiagem que retocaram. 
— Espero que as balas de mentas tenham dado resultado, apesar da escovação ainda podia sentir o gosto amargo na boca. - comentei enquanto assoprava a cara de Bonnie.
— Meninas - minha mãe abriu a porta e colocou meio corpo para dentro - Posso falar com a Carol?
— Claro, só entrar Liz. - Elena disse arrumando o cabelo no espelho.
— Querida, acho que ela quis dizer, com a Caroline. - Bonnie cutucou Elena que ficou sem graça devido ao fora que deu, e todas se retiraram.
— Alguém já foi embora? - perguntei pra minha mãe. 
— Não, todos ainda esperando sua entrada triunfal, Klaus os hipnotizou quero dizer. - minha mãe estava assustadoramente séria. 
— Algo errado mamãe? 
— Pode se sentar? - ela mesmo se sentou e indicou o lugar para mim, eu não deveria me sentar pois isso amassaria meu vestido. Mas o semblante sério da minha mãe estava tão preocupado e confuso, que eu achei necessário a obedecer.
— O que há de errado? - me sentei ao seu lado e alisei distraidamente meu vestido.
— Caroline não tem como negar o fato de aquela garota ser igualzinha você, apesar das roupas mais ousadas, maquiagem mais pesada e cabelo mais longo, a voz é mais rouca também, mas até um míope notaria a semelhança entre vocês. - ela respirou fundo e me encarou - Ela e você, são como Elena e Katherine não é? 
Eu me tive sem palavras, esqueci-me que ninguém sabia de nada: minha mãe, meus amigos e minhas duas melhores amigas. Rebekah talvez tenha explicados a todos eles, menos minha mãe. Acho que ela merecia uma explicação vinda de mim. 
— Somos mãe. 
— Como isso é possível? - ela se levantou boquiaberta e se virou para me fitar - Não consigo acreditar nisso... num é possível...
— Mãe é uma longa história, e você precisaria de muita paciência para compreender. Posso te pedir para entender essa história outro dia, já aconteceram coisas demais para um dia só... 
— Enquanto eu não entender isso tudo você não vai se casar Caroline! - ela disse brava, aquilo era uma ordem, uma teimosa e terrível ordem - Seu noivo ficou maluco, te largou no altar e eu fiquei sem entender nada. Você começou a passar mal e depois quase caiu de cima de um prédio, acho que eu estou ficando maluca porque nunca me senti tão perdida na vida! 
— Mãe - me levantei, deveria ser o mais gentil e doce no pedido que iria fazer - Por favor, pode confiar em mim?
— Caroline, não posso confiar - ela disse me olhando nos olhos, seu olhar intenso e amedrontador - Como posso confiar que ele te faça feliz depois do que eu presenciei aqui?
— Quando eu contar tudo direitinho, mais tarde, você irá entender. 
— Não consigo confiar que você não será infeliz...
— Mãe - segurei as mãos delas, mantendo pela primeira vez na vida o olhar firme e determinado em contraste com o dela - Alguma vez eu realmente escolhi algo que não fosse bom pra mim?
Ela se manteve em silêncio por um bom tempo, a boca franzida e tentando ao máximo fazer com que eu desviasse o olhar, mas eu não o fiz e por fim ela desistiu.
— Acho que eu não tenho outra escolha, se não entrar lá e te apoiar não é?
— Realmente não. - sorri sentindo os olhos lacrimejarem, eu a puxei e ela me abraçou. Prometi a ela que seria feliz e realmente tentaria, porque nunca jurei nada a minha mãe e não cumpri.
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Entrar novamente por aquele tapete sozinha era no mínimo constrangedor, mas ninguém se lembrava de nada, a não ser os seres sobrenaturais ali presentes, Marie, Matt e minha mãe. Violet estava na última fileira e levantou a mão para mim assim que nossos olhares se encontraram, eu sorri com ironia para ela e me virei para a frente.
Quando "Give Me Love" começou a tocar, meus olhos e o de Klaus se encontraram. Foi nossa primeira dança.
Os convidados me olhavam com ternura e eu me senti completamente uma princesa dos contos de fada. A cada passo que eu dava meu coração acelerava e eu tive a mesma sensação de quando eu entrei pela primeira vez ali, dali a alguns segundos Klaus seria legitimamente meu. 
— Dê-me o amor. - ele sussurrou quando cheguei a sua frente e ele beijou minha mão.
— O que quiser. - sorri - E tudo mais que precisar. - enlacei meu braço ao dele e juntos chegamos ao altar. 
Retomamos a cerimônia depois de um mal estar vindo da noiva. — então é isso que inventaram para todos - Não querendo me prolongar muito, mas também não tirando a importância do que estamos presenciando, quero que ambos troquem seus votos pessoais um para o outro. Lembrando que não precisamos de palavras muito bonitas para enfeitar aquilo que já lindo sem enfeite. 
— Obrigado padre. - Klaus agradeceu e ficou de frente para mim - Vamos lá Carol. - ele disse brincalhão a mim. 
— Não precisamos seguir o padrão cavalheiresco aqui meu caro noivo - disse tão formalmente que cheguei a não me reconhecer - Te dou a liberdade plena de iniciar os votos. 
— Ora minha genuína noiva, já que insiste, tomo então a liberdade de deliciar-lhe com meus sinceros votos matrimoniais. - nossos olhares trocados era de divertimento, alguns dias atrás havíamos visto uma cena de casamento onde eles falaram tão formalmente que chegava a ser cansativo. E como uma espécie de jogo, eu resolvi iniciar isso no nosso próprio casamento. 
Ele de repente se ajoelhou a minha frente e eu percebi que ele não iria entrar no meu jogo, e sim me surpreender. Assim como no dia do pedido, meus olhos estavam arregalados e quase saltando das órbitas. 
— Quando te conheci, fiquei exatamente cinco minutos te olhando, não consegui desviar meus olhos de você. E sabe porque?
Quis responder Porque eu pareço com sua ex namorada morta talvez? mas me contive.
— A resposta não me vem nem por um segundo a mente. - respondi com o tom baixo, indicando que eu estava encabulada. Com vergonha no meu próprio casamento.
— Eu pensei que você era a garota mais linda que eu já via em décadas, e senti que o destino uma hora ou outra nos uniria e quis também muito que isso acontecesse. - ele apertou minha mão de leve - Caroline Elizabeth Forbes é o nome dela, daquela linda garota com olhar de sarcasmo e que gosta de contrariar tudo o que eu digo. Por você eu enfrentaria mil e uma coisas, e mais, buscaria aqueles doces de morango de madrugada por você...
— Aqueles doces? - perguntei me fingindo de estupefatas.
— Aqueles mesmos.
— Aqueles com cobertura? 
— Esses ai. - ele riu e eu percebi que  estava um pouco nervoso - Eu gosto bastante de dormir, não é?
— Sim, ama. 
— Mas eu amo mais você e por isso buscaria esses doces. - ele piscou para a mim e eu sorri de orelha a orelha, mas acabei dando uma fungada. Olhos traidores! - Eu quero que você me olhe todos os dias e logo me dê o seu melhor sorriso, quero me sentir o cara mais sortudo por o receber e quero estar com você até que você queria me matar com um incêndio acidental  - ele ironizou e eu não conseguia desviar meus olhos dele, meu olho marejado dizendo que precisa que eu solte as lágrimas, mas eu lá, evitando até mesmo piscar para não as liberar - Eu quero que você me considere a coisa mais maravilhosa que aconteceu contigo, quero que você note que o monstro sem coração que você conheceu tempos atrás foi mutado e ensinado a amar alguém incondicionalmente, foi ensino a ser bom pra você e por você. Eu amo você tanto, que acho que foi difícil alguém ter te amado tanto assim... Desculpe Liz! - todos se viraram para minha mãe que tinha o semblante de "não vou chorar", mas estava como eu, uma boa e velha manteiga derretida - Agora irei te dar uma informação privilegiada - ele se virou para mim - Acredita que eu contrabandeei algumas peças de roupas suas para a minha casa, só para sentir seu perfume a noite?
— Jura? - me fingi de incrédula - Não? 
— Não consigo ficar sem você loira. - ele abaixou a cabeça se fingindo de envergonhado, era como se estivéssemos atuando em um palco e eu nunca me senti mais feliz. 
— Você é algum tipo de maníaco? - puxei minha mão minimamente. 
— Talvez. - ela se levantou rapidamente e se aproximou ainda mais de mim - Mas sou o maníaco que só quer tirar lágrimas desse tipo - ele secou a lágrima que havia caído com o polegar - E que se preciso, matará quem te fizer sofrer. Porque esse maníaco aqui, nunca mais vai deixar que você sofra, que você sinta insegurança ou medo, que vai te fazer feliz a cada dia e fazer o máximo para que você seja amada, plena e apaixonada por todos os dias da nossas vidas. E esse maníaco aqui - ele segurou minha mão firme, meu rosto inerte e sério olhando no fundos dos olhos de Klaus, ele falava tão serio que parecia que tudo aquilo ia para um contrato que seria assinado por ele - Entrega o coração dele numa bandeja para você, e olha que eu preciso dele pra bombear o sangue - ele sorriu e no segundo seguinte seus lábios ficaram numa linha fina e séria novamente, eu estava ofegante só com aquelas palavras e sentia vontade de colocar ele dentro de uma caixa, porque ele era precioso demais pra este mundo - Eu te dou todo o amor que esta dentro de mim, e o que nem sequer achei que existia, te dou o que eu criei e o que você me ensinou a criar, ele é tão infinito quanto o mar. 
— Esse maníaco é tão exagerado. - tentei ser brincalhona, mas minha voz saiu marejada, droga de sentimentalismo!
— Concordo - ele riu - Mas agora devo terminar meus votos, já que ninguém se importa mesmo de eu te amar até meus pulmões doerem. Eu amo você Caroline Forbes.
— Eu amo você também Niklaus Mikaelson. - sorri pondo minha mão enluvada em seu rosto - Porém eu estou me sentindo envergonhada por ter feito votos tão simplórios perante os seus.
— Eu não me importo, serão da mais alta importância para mim. 
Porque eu demorei tanto tempo para dizer sim e me casar com esse homem?
Olhei para o padre e ele fez sinal para que eu começasse os meus votos, olhei todos a minha volta e percebi que havia me esquecido da presença deles. As vezes só pensava que estávamos eu e Klaus ali, trocando nossos votos. 
— Não nego que eu não ia com a sua cara até muito depois de te conhecer - trocamos olhares furtivos, aquilo era verdade - Mas gradativamente eu me apaixonei por você, e mesmo negando para mim mesma, aquilo era uma verdade inegável. Você mexeu comigo de uma maneira tão forte, que eu passei por cima do fato de você ser um idiota manipulador, estourado, ciumento, possessivo e descontrolado pra te amar. Você discreto demais para uma pessoa atrapalhada e barulhenta como eu, tem um senso de elegância que me deixa maluca, diz palavras que eu tive que procurar o real significado no dicionário e enquanto eu praticamente não sai da mesma cidade, você conheceu cada canto do mundo. - apertei levemente sua mão, apesar das luvas conseguia perceber que as mãos do loiros estavam suadas - Você é o príncipe do século errado e eu a plebeia moderna que é uma maluca controladora - sorri para mim mesma - Mas tcharã, de repente me tornei uma princesa e agora estou de frente para o príncipe, pronta pra o ter pelo resto da vida. Olha só o que você fez comigo? - sabe quando sua garganta fica com nó e você não consegue continuar, foi isso que aconteceu e eu fiquei pelo menos três minutos me recompondo. Klaus havia mudado tanta coisa na minha vida que eu cheguei a me emocionar, maldito sentimentalismo! - Eu não sei expressar todo esse meu amor por você, não consigo descrever, simplesmente sei que te amo e pronto. - minha voz embargada e saindo atropelada, talvez ele não compreendesse o que eu falava mas pelo menos eu estava dizendo - Eu quero acordar vendo teu cabelo brilhar com o sol, e junto ver as iris azuis ficarem vibrantes quando você estiver de frente pra um lugar ensolarado, quero pode pegar na sua mão e sentir que eu estou com boa parte do meu mundo preso a mim. Eu quero te esperar no fim do dia com saudade, pra depois dizer pra você o quanto eu estou feliz por você estar ali comigo. Eu quero também achar uma maneira de te proteger de tudo, mesmo sabendo que é bem possível eu não conseguir te proteger de nada, alguém já morreu de amor? Porque eu acho que vou acabar morrendo... 
Meu peito começou a pular, eu estava chorando de soluçar, droga! Eu realmente estava chorando de soluçar porque eu disse tudo o que sentia pelo meu noivo, sério Caroline?
— Nem pensar - ele apertou a minha mão trêmula e eu percebi um leve tremor na voz dele - Eu não quero ser viúvo antes da hora. - eu havia consegui o emocionar, acho que conclui minha meta de vida. 
— Eu amo você Niklaus Mikaelson e não há nada nem ninguém que um dia vai conseguir mudar esse fato! - apertei a mão dele tão forte quanto consegui.
— Eu também te amo Caroline Elizabeth Forbes e ninguém nem um dia de nossas vidas vão mudar isso - ele de um passo a frente, nós ficamos a um misero centímetro de distância, se ele fizesse um bico nossos lábios já se encontrariam - Ouça bem, ninguém. 
— Ninguém. - repeti abrindo um sorriso. 
— E depois dos votos, que entrem as alianças. - o padre interrompeu e depois pigarreou, nós estávamos a ponto de nos beijar e ainda não era o momento. Um pouco sem graça me afastei de Klaus mas não soltei sua mão, nunca mais deixaria que ele a soltasse.
Minha prima Fleur, uma garotinha ruiva de oito anos entrou com as alianças, parecia uma espécie de anjinha. Ao chegar no altar, ela entregou as alianças a Klaus e beijou o rosto dele e em seguida o meu. 
— Agora diga a promessa para Caroline, senhor Mikaelson. - disse o padre a Klaus que assentiu. 
— Eu, Niklaus Mikaelson, aceito Caroline Elizabeth Forbes, como minha legítima esposa e em sinal do meu amor e da minha fidelidade, eu prometo amá-la e respeitá-la na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza por todos os dias da minha vida. 
Klaus pegou a aliança com os dizeres "Te amarei para sempre Niklaus" e colocou por cima do meu dedo enluvado e beijou ligeiramente os nós dos meus dedos. Foi então minha vez.
— Eu, Caroline Elizabeth Forbes, aceito Niklaus Mikaelson, como meu legítimo esposo e em sinal do meu amor e da minha fidelidade, eu prometo amá-lo e respeitá-lo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza por todos os dias da minha vida. 
Dessa vez Klaus não se conteve e uma lágrima teimosa rolou por sua face direita, ele sequer a notou ali. Quando eu coloquei a aliança em seu dedo e também beijei os nós dos seus dedos, num movimento rápido eu a sequei e ele me agradeceu com o olhar. O olhar que ele me deu fez com que eu sentisse que me apaixonaria por ele todo santo dia, até que o mundo finalmente acabasse.
Assinamos um papel no qual nos faria oficialmente, marido e mulher na legalidade dos homens. 
— E com o poder a mim investido, e o testemunho de todos os presentes eu os declaro Marido e Mulher. - o padre virou-se para Klaus - Pode beijar a noiva. 
— Não era sem tempo. - ele comentou ansioso e encontrou drasticamente meus lábios. Ele passou uma das mãos atrás da minha cintura, que estava na extremidade de onde começava o bufante tutu do meu vestido. Seus lábios me beijaram com delicadeza e suavidade, um beijo casto para uma celebração casta, como se fossemos aqueles noivos da idade média e só pudéssemos nos beijar em publico uma vez na vida. 
Ao nos separarmos, demos as mãos e começamos a andar em direção ao fim do tapete. Iriamos agora para o salão de festas do hotel. Senti um frio na barriga, Klaus iria conversar seriamente com Violet durante a festa e talvez isso mudasse o rumo de tanta coisa...
— Ai que susto! - murmurei apertando a mão de Klaus e dando um leve ofegar, começaram a nos dar uma chuva de arroz e eu não havia percebido, só quando o primeiro grão frio encostou na parte nua de meus ombros. 
— É uma tradição bem antiquada não acha? - Klaus sussurrou ao meu ouvido.
— Na verdade não. - sussurrei de volta - Quando era criança sempre dava um jeito de levar arroz junto dos noivos, agora realizei meu sonho. 
— Fico feliz de estar o realizando ao seu lado. - ele levantou minha mão unida a sua e deu um beijo delicado na mesma - Quer fazer uma cena de filme e sair correndo? 
— Seria uma honra. - fiz uma microscopia mesura. 
— No três. - ele disse - Um...
— Dois....
— Três! - ele não cumpriu o combinado. Quer dizer, não inteiramente.
O que ele fez foi me pegar no colo, e então correr. Suas mãos se perderam no volume do vestido e ele acabou correndo desajeitado por isso, ele temia rasgar ou acabar com meu vestido. 
Se aquele homem me amasse como agora, eu terei uma vida totalmente plena e feliz. Ah se terei.

       Pov. Klaus
Depois de permanecermos parados recebendo os cumprimentos e solicitações dos convidados, um por um, finalmente pudemos ir até a mesa dos noivos e nos sentar.
— A festa mal começou e meus pé estão pedindo uma massagem. - Caroline confidenciou.
— Se quiser eu posso fazê-la, mas seria bem descortês. - disse me servindo de vinho. 
— E é por isso que você não está com meus pés no colo - ela comeu um pedaço de frango - Pelo decoro. 
Depois que terminamos de comer, Caroline quis andar um pouco pela festa para que nos "sentíssemos mais próximos dos convidados", mal sabia ela que eu queria ir direto para a lua de mel. 
— Vá falar com ela de uma vez. - ela seguiu meu olhar, e nem eu havia percebido que estava encarando Violet. 
— Não quer ir junto?
— Isso só pode ser brincadeira. - ela revirou os olhos - Dela eu quero distância, e depois dessa conversa espero que você possua o mesmo sentimento. 
— Isso é ciúmes senhora Mikaelson? - levei sua mão aos meus lábios, aquelas luvas separando meus beijos de sua pele desnuda. 
— Não imagina. - ela se fingiu de desentendida - Eu não ligo em nada pela ex namorada do meu marido, estar na festa do meu casamento, na verdade, quase ter estragado meu casamento...
— Entendi. - a cortei - Não me demoro.
— Mas é claro que não. - ela sorriu enquanto ia na direção da mesa de sua mãe e amigos.
Fui em direção a Violet, a mesma estava solitária em uma mesa lateral parecia que estava a minha espera e quando eu estava próximo o suficiente ela se levantou com um sorriso. 
— Seu casamento foi muito bonito. - ela veio ao meu encontro - E até mesmo eu me emocionei com seus votos, nem por mim você sentiu aquilo pude perceber.
— Chega de sarcasmo. - falei sério e agarrei seu braço a arrastando e jogando sobre a cadeira em que ela estava sentada - Quero explicações, e já cansei de seus joguinhos você quase destruiu meu casamento. 
— Vejo que o velho Mikaelson voltou - ela cruzou as pernas - Então aquele papo de "eu não sou mais o monstro" era mentira não é?
— Ora cale a boca! O que mudei por Caroline não te diz respeito - ela arregalou os olhos rapidamente e logo se normalizou - Só quero que me conte o que houve, porque você está aqui.
— Quer saber se retornei do inferno pra onde me mandaram? - sua voz foi docemente provocativa. 
— Não sei pra onde te mandaram, nem sei se realmente morreu, é por isso que estou aqui te perguntando. - me sentei ao seu lado, o seu corpo estava tensionado, é bom saber que eu tinha poder sobre ela. Pelo menos aparentava ter. 
— Adianto que o senhor não vai gostar. - ela suspirou - Vai se sentir abandonado, enganado e tudo mais e eu espero que não seja um troglodita e encoste a mão em mim. 
— Não posso lhe prometer nada. - uni as mãos em frente a minha boca e fiquei esperando a explicação dela. 
— Só não se surpreenda demais...
— Nada mais que venha de você pode me surpreender mais. - a interrompi.
— É compreensível, agora vamos para a histórinha. - ela fez uma voz infantil e uma falsa animação antes de começar. 
"Vamos deixar bem claro, que eu sempre soube que você era um vampiro. E eu sempre me fiz de idiota perante isso, todo mundo achava que por eu estar quase o tempo todo fora viajando pelos estudos, eu não tinha a menor idéia de que Nova Orleans era povoadas por bruxas, lobisomens e vampiros. Meu pai sempre me informou tudo e ele me contou sobre você e sobre você ser poderoso demais para ser desperdiçado, então me encorajou a começar um romance com você."
— Você é fria demais. - comentei mas ela resolveu dar de ombros. 
" Quando conheci Marcel eu percebi no mesmo momento o interesse dele em mim, e que ele faria muita coisa para me ter. Foi o que aconteceu, ele convocou seu pai e você se foi. Foi então que eu comecei a me interessar pelo místico, Marcel me contou o que eu já sabia e eu me interessei pelos dons que poderia ter. O convenci de que seria melhor para mim a transformação e ele o fez, logo depois conheci Clifford e o fiz se apaixonar por mim. Eu manipulei todos a minha volta: você, meu pai, Marcel, Cliffod e seu clãzinho, todos. E vocês nunca desconfiaram porque me compraram como uma ovelhinha inocente. Nesse jogo de interesses eu era a única jogadora e vocês as peças, devo lhe contar que nunca amei ninguém."
— Vadia. - murmurei cerrando minhas mãos. 
— Ora híbrido é falta de educação atrapalhar um história. - seu sarcasmo só aumentava a minha ira, mas eu me contive, ela não chegou no ponto que eu queria saber ainda. 
" No dia da invasão, infelizmente eu não contei com a sua presença, você foi muito inteligente não revelando a mim que estava de volta. Marcel foi capturado, meu pai e todo o resto nem imaginavam que seriam traídos por uma recém criada. Eu estava forte, havia me alimentado muito e iria matar Clifford assim que ele parcialmente executasse seu plano. Ele não iria dominar a cidade, eu iria. Mas aquele traidorzinho covarde assim que viu você adentrando aquela porta achou que a melhor saída era me matar e foi o que fez! 
Mas eu nunca fui burra, sempre tive uma carta na manga e não podia negar que Clifford tinha quase 100% de chances de me matar apesar de manter um amor por mim. Essa era a minha principal jogatina, fazer com que todos se apaixonassem por mim, o amor garante coisas a você que nem a melhor arma no mundo conseguiriam, as pessoas não pensam, e ficam cegas."

Nunca pude pensar que Violet pudesse ser tão fria e manipuladora, ela era cruel. E eu a amei a tal ponto que agora me faziam sentir como um completo imbecil. Ela não mereceu nada, e Caroline sofreu tudo por ela.... Vagabunda!
" Eu conheci bruxas bem poderosas, a ponto de conseguirem me trazer de volta a vida e eu prometi coisas a elas caso acontecesse. Foi então que depois de ser morta eu retornei cinco meses depois".
— Impossível, eu enterrei seu corpo! - disse transtornado.
— Realmente, você enterrou o meu corpo, mas ele permaneceu intacto por aqueles cinco meses devido a magia que residia naquele cemitério.
" Vocês não sabiam, mas o feitiço estava em mim a muito tempo, assim que você se foi eu já estava cheia de magia. As bruxas sempre estavam do meu lado, e me ajudavam a vencer muitas barreiras. Inclusive a morte. Quando retornei soube que o quartel tinha pegado fogo, mas Marcel não havia morrido. Você havia abandonado a cidade e Clifford fugido para sabe-se Deus onde. 
Por quinze longos anos eu soube cada passos de vocês três, eu segui Marcel nas viagens dele e o vi retornar para Nova Orleans se instalar novamente. Eu vi você viajar o mundo, matar pessoas, fazer planos cruéis, destruir nações, cuidar da família, os pôr pra dormir nos caixões, e incendiar um bataclã. Vi também Clifford encontrar aquela bruxa passageira e encontrar nela uma nova fonte de poder, o vi fazer planos mirabolantes. Mas só não contei com Caroline".
Seu olhar de repente ficou maníaco e paranoico, parecia que Caroline era um empecilho em sua vida e aquilo me deu uma grande preocupação. Não falaria mais nada até que ela terminasse. 
" Cansei de seguirem vocês e resolvi viver minha própria vida. Me mudei para Irlanda e residi lá por anos, depois fui para a França e conheci Katherine Pierce, soube que ela era uma antiga fugitiva sua e que desde antes de eu sonhar em nascer, ela já te evitava. Mas soube também de Caroline, porque ela me chamou de Caroline três vezes. Eu até me interessei por ela, mas nunca imaginei que você pudesse ter uma ligação com a minha duplicata. Sabe eu me casei duas vezes, foi muito bonito e eles duraram uma semana na minha mão. Espero que você não esteja com fome quando discutir com Caroline. — ela riu como se fosse realmente engraçado - E então dois dias atrás eu soube do seu casamento e quis fazer uma surpresa. Mas não vou me demorar muito aqui, pretendo embarcar para Austrália ainda hoje."
— Austrália? - franzi o cenho.
— Nunca fui pra lá e me parece ser bonita. - ela se levantou. - Sabe Klaus de todos o que me amaram, o único que eu cheguei a me apaixonar de verdade foi Marcel.
Aquilo não deveria ter me afetado, mas afetou. Me vi sem palavras e com uma raiva incondicional! Aquela vagabunda merecia morrer.
— Quem te contou sobre o casamento? 
— Alguém me telefonou, mas mudaram a voz com um pano. - ela rodeou minha cadeira e colocou suas mãos nos meus ombros - Você deveria tomar cuidado, Caroline pode ser exatamente como a mim, afinal, ela é minha duplicata. 
— Ela não é você. - era bom dizer isso. - E diferente de você ela me ama. 
— Ama? - ela riu alto jogando a cabeça para trás - Eu também pareci te amar e no entanto preferi Marcel. - ela aproximou ainda mais sua boca de meu ouvido - Ele esta em seu caminho novamente Klaus, talvez ela também prefira. 
— Já chega! - berrei me levantando e pronto pra arrancar o coração da maldita, mas ela havia sumido. Simplesmente desapareceu e espero que seu avião exploda enquanto ela estiver indo para a Austrália. - Vadia manipuladora! - comecei a praguejar baixo. 
— Klaus. - Caroline tocou meu ombro e eu dei um pulo, não havia notado que estava tão absorto em meus xingamentos. 
— Desculpe, eu te assustei? - ela ficou a minha frente, realmente não queria naquele momento repetir tudo o que ela me contou.
— Vem cá. - puxei Caroline pro meu colo e a beijei com urgência - Estava precisando disso.
— E então? - ela se referia a Violet.
— Ela é uma grande vaca. - Caroline arregalou os olhos de uma maneira que eu cheguei a sorrir, era uma careta engraçada. 
— Como é? - ela conseguiu dizer.
— Desculpe pelo que eu te fiz passar hoje, nunca mais você irá passar por aquilo de novo. Eu juro.
— Até porque acho que nunca mais vou me casar. - ela entrelaçou nossas mãos e descansou a cabeça em meu pescoço - Nunca senti tanto medo de te perder como quando te vi abraçando ela. 
— Jura? - ela levantou a cabeça e me fitou.
— Juro.
— Não precisa se preocupar nunca mais com isso linda, agora você é minha e eu sou seu. - beijei seu pescoço - Ninguém mais pode me tirar de você, eu prometo.
— Promete? - ela perguntou olhando nos meus olhos.
— Prometo. 


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?
E ai gostaram?
Violet sempre foi uma filha da... o que acharam?
Gostaram do casamento e dos votos?
Violet estará tramando algo?
Ela tem uma ligação maior com Katherine?
Alguém notou o sumiço de Marcel?
Espero que tenham gostado mesmo, beijos e até o próximo capitulo aqui mesmo, na Nyah.



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