Os amigos jantaram e se sentaram em frente a televisão, Sam e Carly lado a lado e os dois rapazes no outro sofá.

–Podiamos dormir todos aqui essa noite – Carly sugeriu.

–Medo do escuro Carlinha? – Perguntou Freddie erguendo uma sobrancelha.

–Não, só estou com saudade – Ela disse fazendo biquinho.

–Podemos jogar verdade ou desafio – Brad disse dando de ombros.

–Não vou beijar meu primo – Carly disse piscando pra Feddie que riu.

–Mas eu adoraria beijar a Sammy – Brad disse malicioso e Sam corou.

–Não quero jogar isso – Freddie disse irritado.

–Eu quero – Samantha respondeu séria.

Ela não queria jogar aquilo, muito menos beijar Brad, mas ela estava brava com Freddie, se sentia usada e queria chatea-lo.

–Democracia Freddie – Carly disse deitando a garrafa de refrigerante sobre a mesinha de centro, eles se sentaram em volta da mesinha e Carly foi a primeira a girar a garrafa que apontou para Samantha.

–Verdade ou desafio? – Ela perguntou.

–Verdade.

–Qual o nome do primeiro garoto que beijou? – Carly perguntou sem criatividade.

–James – Sam respondeu dando de ombros.

Sam girou a garrafa que apontou para Brad.

–Desafio – Ele respondeu sem que ela precisasse perguntar.

–Te desafio a... – Ela pensou um pouco – Beijar a Carly – Ela disse sem pensar em nada melhor.

Carly arregalou os olhos, estava assustada, queria fugir, mas ela queria ficar ali, queria finalmente repetir aquele beijo. Brad se aproximou e uniu seus lábios aos da morena, foi rápido, mas ambos sentiram uma sensação diferente.

Foi a vez de Brad, ele girou e a garrafa apontou para Carly.

–Verdade ou desafio? - Ele perguntou olhando nos olhos dela.

–Desafio - Ela sussurrou.

–Me beija de novo - Ele pediu e ela corou, se aproximou e o beijou, dessa vez o beijo foi longo.

Freddie e Sam se entreolharam e saíram de fininho. Os dois foram até a cozinha.

–Me desculpe - Pediu Freddie.

–Vamos embora quando? - Sam perguntou o ignorando.

–Podemos ir amanhã, Freddie e Carly provavelmente vão querer ficar mais uns dias, sozinhos - Freddie disse olhando para o sapato.

–Okay - Ela disse tristonha e caminhou até seu quarto.

Brad e Carly cessaram o beijo e se olharam.

–Me desculpa – Ele pediu envergonhado.

–Eu gostei – Ela disse corada.

–Carly, eu gosto da Sammy – Ele disse olhando nos olhos dela que desviou o olhar.

–Vou para meu quarto – Ela se levantou.

–Me desculpe – Ele pediu segurando a moça pelo braço.

–O que ela tem? Você o Freddie, todo mundo a ama? Ela é um tipo de bruxa? – Carly disse tudo muito rápido enquanto soltava o braço do aperto de Brad.

–Que? – Perguntou Brad confuso.

A ficha de Carly só havia caído agora, ela estava magoada, mas não era intenção dela entregar a amiga, sim, só haviam se conhecido algumas horas atrás, mas ela realmente gostava da moça, era como se a conhecesse a vida inteira.

–Nada – Ela disse envergonhada.

–Carly, o que você disse? – Ele perguntou olhando nos olhos dela.

–Brad, sabia que eu te amo desde sempre? – Ela perguntou revirando os olhos. –Mas você não se importa, nunca se importou.

–Carly, me desculpe, eu realmente não sabia – Ele disse se sentindo mal.

–Não sabia? Me poupe Brad, todo mundo sabia – Ela quase gritava.

Brad ficou em silencio e Carly suspirou.

–Fui para a Italia, fugir de você – Ela disse rindo de si mesma –Sou muito idiota, larguei tudo para ficar longe de você, pois não suportava te olhar.

Carly chorava, nunca havia desabafado daquele jeito com ninguém, na verdade nem ela sabia das coisas que dizia, elas estavam ali, dentro dela, mas ela negava, sempre negou seus sentimentos, sabia que não era correspondida e assim achava que doeria menos. Só que ela estava cansada, desabafou, desabou.

–Mas você sempre teve tantos namorados – Ele disse tentando absorver tudo que ela acabará de jogar em cima dele.

–Sim, já que você nunca sequer olhou pra mim – Ela disse agora mais calma.

–Você não ia se casar? – Ele perguntou ainda mais confuso.

–É, com meu namorado, ele é gay, sabia? – Ela disse revirando os olhos.

–Carly, eu... – Ele tentou dizer.

–Não, não preciso que se rebaixe, eu sei que não gosta de mim, tudo bem – Ela disse sorrindo de forma falsa.

Brad a puxou e colou seus lábios, ela não reagiu, não entendeu, estava surpresa. Ele parou o beijo com ela ainda em seus braços e olhou nos olhos confusos dela.

–Você fala demais – Ele sussurrou.

–Brad, não devia fazer isso – Ela pediu.

–Eu nunca te contei, mas eu amei aquele beijo – Ele falou se recordando do beijo que ambos haviam trocado na infância.

–Brad... – Ela tentou dizer, mas logo ele a beijava novamente.

Ambos necessitavam daquilo, Brad levará a vida toda para notar o que sentia pela morena, mas aquelas palavras o acordaram, ele a amava, talvez não como ela o amava, mas ele amava e queria aproveitar aquele momento.