Whole Lotta Love 3 escrita por mlleariane


Capítulo 21
Curando o mal


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Estou amando o retorno que vocês têm me dado. Em 20 capítulos já são quase 500 comentários, e isso é coisa pra caramba! Obrigada mesmo, de coração!

Estava eu escrevendo esse capítulo quando cheguei ao final e pensei “Finalizo ou não com a NC? Será? Castle está numa seca tão grande que merecia um capítulo inteiro disso...”
Pois bem. Eis que surgiu o capítulo das saliências o/
Amanhã, porém :/ segurem os forninhos!

Ahh, e obrigada à SmolderLove e Mariana por terem favoritado

Beijo, Ari ;)



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Dias depois...

Kate entrou em casa falando ao celular.

Kate: Isso pai, o aniversário é na quinta, mas nós faremos a festa no sábado. Claro que você pode levar a Maggie. Aliás, não só pode como deve. As crianças a adoram! Ta, se eu precisar de algo aviso. Mas está tudo encaminhado, Castle e Martha cuidaram de tudo. Eu também te amo.

Kate desligou o telefone e parou em frente ao aparador de fotos. Sua mão foi precisa em direção ao porta retrato que continua a foto de sua mãe sorrindo.

Kate: Me desculpa... eu queria tanto que você estivesse aqui. Eles estão enormes, sabia? Claro que você sabe, você os vê de onde você está, não? Nem parecem aqueles dois bebezinhos com menos de 3 quilos que vieram para mim enroladinhos em mantas quentinhas, tão frágeis. Agora eles planejam coisas escondidos, viram a casa de cabeça para baixo – Kate riu sozinha – Eles são incríveis! Aliás... onde eles estão? – Kate correu os olhos pela casa, totalmente silenciosa – Certamente no meu quarto – ela voltou os olhos para a foto da mãe – Os três não saem de lá agora! Eu te amo, mãe.

Kate beijou a foto e recolocou-a no lugar. Saiu andando em direção ao quarto, estranhando o extremo silêncio. A televisão deveria estar ligada ou algo do tipo. Mas não, não havia um único ruído. Empurrou devagar a porta do quarto, entrando a passos leves. Finalmente entendeu tudo: Castle, Johanna e Alexander haviam pegado no sono. Kate sorriu para seus três amores, observando que Tiger também estava ali no meio, porém acordado, lambendo as patinhas.

Kate virou-se para deixar o quarto. Um momento milagroso de silêncio daquele devia ser bem aproveitado. Deu dois passos ainda sorrindo, lembrando das expressões calmas. Era tão lindo ver os três adormecidos juntos. E Tiger ali, dormindo também... Como ele era fofinho...

Kate parou. Lembrou-se que Tiger não estava dormindo. Estranho... o gato dormia a maior parte do tempo, por que não estaria dormindo justo naquele momento de paz e glória? Quanto Kate virou-se novamente para a cama, obteve a resposta, mais rápido do que pode pensar. Seu coração disparou com o grito em coro.

AAAAAAAAAAAAAAAA

Kate deu um passo para trás assustada.

Kate: Seus...

Jo: Enganei o bobo na casca do ovo! – Johanna já pulava em cima da cama.

Alex: Eu não disse que ela ia cair? Eu não disse? – Alexander acompanhava a irmã.

Castle agora ria, sentado na cama. Tiger, por sua vez, havia descido e caminhado até a dona, esfregando-se em suas pernas.

Kate: Pelo menos você gosta de mim! – Kate olhou para baixo, ainda brava.

Jo: Mamãe, a gente te ama!

Alex: A gente só gosta de te assustar!

Kate: Vocês dois vão ver o dia em que EU resolver assustá-los!

Jo e Alex pararam de pular e encararam o olhar bravo da mãe.

Jo: Ela ta falando sério?

Alex: Não sei, mas a mamãe não tem uma boa fama.

Kate: Ah não, é? – Kate caminhou até a cama, parando de frente aos filhos – Se vocês já pensam assim, imagina quando estiverem sozinhos no quarto escuro e ouvirem barulhos... – ela se ajoelhou na cama e foi em direção a eles – E tentarem sair mas a porta estiver fechada...

Jo deu um passo para trás, segurando na mão do irmão para não cair da cama. Kate se apressou e segurou a filha, puxando-a para si.

Jo: Para, mamãe! – a menina enfiou o rosto no pescoço da mãe.

Alex: Você não vai fazer isso! – Alex afirmou em alto tom, mas os olhinhos demonstravam medo.

Kate: Veremos como vocês vão se comportar...

Alex: Se você fizer isso nós vamos dormir aqui com você!

Kate: E quem disse que eu vou deixar?

As duas crianças olharam para Kate assustadas.

Castle: Você é cruel – Castle se aproximou deles – Mamãe está só brincando.

Jo: Isso não é legal.

Kate: Quase me matar de susto também não é legal.

Alex: Foi ideia do papai! – Alexander foi logo entregando. Kate lançou um olhar para Castle.

Castle: Não é bem assim... Eu disse que podíamos fazer uma “surpresa” para a mamãe. A ideia do susto foi sua.

Alex: Ah, é verdade... – o menino admitiu inocentemente.

Kate: Então quer dizer que a mente perversa é esse garotinho aqui? – Kate encarou o filho – Deixa eu ver qual vai ser sua punição...

Alex: Mas mamãe...

Kate: Já sei. Vai ter que me dar 8 beijos, um para cada ano seu. E a senhorita também entra no castigo.

Kate falou séria, mas as crianças riram e logo a empurraram na cama, enchendo-a com os 16 beijos, devidamente contados.

Kate: Bem melhor assim! – agora era Kate quem beijava as crianças – O que vocês fizeram hoje? Além de tramarem contra mim, claro.

Alex: Nós jogamos vídeo game!

Jo: E brincamos de Monster High!

Alex: E vimos TRÊS filmes!

Kate: Nossa!

Jo: E brincamos de esconde-esconde.

Alex: E desenhamos.

Jo: E pintamos também.

Alex: E recortamos um livro do papai.

Jo: É, mas ele ficou bravo.

Kate só lançou um olhar para Castle. As crianças continuavam falando sem parar.

Alex: Mas aí nós colamos com durex.

Jo: Ficou quase perfeito!

Alex: Só que ficou feio.

Jo: Ahhh e nós descobrimos uma coisa nova!

Alex: O que?

Jo: Aquilo!

Alex: Ahhh é mamãe, é super legal!

Kate: É mesmo? E o que vocês descobriram? – Kate riu da empolgação dos filhos. Ela adorava quando eles descobriam algo novo e corriam contá-la.

Jo: O Tiger gosta de pipoca!

Kate: O que?

Alex: É mamãe, não é legal? Agora todo mundo aqui gosta de pipoca!

Kate: Castle! – Kate já foi logo chamando atenção.

Castle: Eu não tive culpa, eu não vi.

Kate: E o que é que você estava fazendo?

Castle: Resolvendo coisas da festa!

Kate suspirou.

Kate: Jo e Alex, prestem bem atenção no que a mamãe vai falar. O Tiger é um gatinho, ele não é igual a gente.

Jo: Ai mamãe, a gente sabe né?

Kate: E sabem também o que isso quer dizer?

Alex: Que ele não toma banho?

Jo: Ele toma banho sim, de língua!

Alex: É verdade...

Kate: Também. Mas o que eu quero dizer é que vocês já sabem que o Tiger só pode comer ração. O médico disse, lembram?

Jo: Mas foi só uma pipoca... – Jo fez carinha de piedade.

Alex: Foram duas, uma minha e uma da Jo.

Jo: Shiu...

Kate: Só duas mesmo?

As crianças assentiram rapidamente.

Kate: Se vocês continuarem dando coisas que não podem ao Tiger eu vou dá-lo para outra pessoa que cuide melhor dele.

NÃOOOOOOOOO – foi o gripo estridente que ressoou no quarto. Castle até tampou ouvidos.

Alex: Mamãe, você não pode fazer isso...

Jo: O Tiger é nosso amigo...

Alex: A gente ama muito o Tiger, mamãe!

Jo: Por favor...

Kate olhou a cara de choro de suas crianças.

Kate: Vocês prometem que vão cuidar dele?

Jo: Eu juro, mamãe!

Alex: Ele vai ser o gato mais feliz do mundo!

Kate: Então ta, eu vou confiar. Mas só mais essa vez, heim!

Os gêmeos correram abraçar a mãe, numa tentativa de agradá-la com carinhos. Bem, eles conseguiram. O coração de Kate amolecia rapidinho quando o assunto era seu dois filhotes.

Kate: Agora vocês vão lá dar ração para ele, ok?

Johanna e Alexander assentiram, e saíram do quarto chamando Tiger, felizes e dispostos a cuidar do pequeno e indefeso felino.

Castle: Vamos ver até quando dura isso.

Kate: Se você não desse o mau exemplo, eles seriam mais comportados.

Castle: EU?? Mas o que eu fiz?

Kate: Deixa eu ver... vou começar listando essa mania de entrar no jogo deles pra me assustar.

Castle: Eles me persuadem!

Kate: Ah claro, porque um homem desse tamanho não consegue lidar com duas crianças de 8 anos.

Kate e Castle se olharam. Os dois sentados no meio da cama, frente a frente.

Castle: Eu preciso responder?

Kate: Eles acabam com você, não é? – Kate riu, não resistindo.

Castle: Eu preciso de férias das férias!

Kate: Ai que dó... – Kate se inclinou, deitando sobre ele, num beijo calmo e demorado.

Castle: Você nasceu para acabar comigo, Katherine Beckett. Quando não pessoalmente, na forma de seus filhos.

Kate: Diz que você não gosta – ela arqueou a sobrancelha, mordendo o lábio inferior.

Castle: Ahh eu adoro! – num movimento rápido, Castle virou-se sobre ela.

Kate: Ei, ei, muita calma nessa hora! – ela tentou sair debaixo dele, não conseguindo.

Castle: Como é bom sentir seu corpo embaixo do meu Kate... – ele suspirou, beijando seu ouvido.

Kate: Castle! A porta está aberta, as crianças vão entrar correndo a qualquer momento e você não pode ficar nessa posição!

Castle: A gente troca a posição se você quiser... – o olhar dele era sedutor. Kate, porém, não se deixou seduzir, o que fez Castle se levantar contrariado.

Kate: Existe momento para tudo, Rick.

Castle: Sim, e esse é o momento “Sofra Richard Castle”.

Kate revirou os olhos e envolveu seus braços ao redor dele, beijando seu pescoço, seu rosto e enfim sua boca.

Castle: Pensei que agora não era hora... – ele estava visivelmente emburrado.

Kate: Beijar pode.

Castle: Beijar desperta outras coisas...

Kate: Então beijar não pode – ela se levantou rindo.

Castle: Vai rindo da minha desgraça, vai.

Kate: Dramático! – Kate riu e saiu, deixando-o emburrado no quarto.

Castle: Kate... Kate... Eu queria que você cuidasse de mim. Só não precisava tanto!

XXXXXXXXXXXXXXXXXX

Um tempo depois...

Kate: Então está tudo certo?

Castle: Sim, tudo devidamente contratado.

Kate: Que bom, amor! – Kate soltou o guardanapo com que secava as louças e o abraçou, beijando-o – Você é o melhor pai do mundo, sabia?

Castle: E você a melhor mãe! Menos quando ameaça aterrorizar seus filhos à noite.

Kate: É bom que eles fiquem espertos... – ela riu – A festa vai ser linda, não vai?

Castle: Vai, pode ficar tranquila que vai ser perfeito.

Kate: Obrigada, amor. Eu sei que você fez por eles, mas mesmo assim, obrigada.

Castle: Eu faço por todos vocês – ele afastou o cabelo dela, beijando a boca que tanto amava.

Kate: Você não acha que a casa está silenciosa demais?

Os dois trocaram um olhar e foram até a sala. Johanna e Alexander tinham os olhinhos fechados, deitados em meio aos brinquedos esparramados pelo tapete.

Castle: Provavelmente vão nos dar um susto – Castle sussurrou. Ele e Kate se aproximaram devagar, mas nada aconteceu.

Kate: Susto? Isso é cansaço.

Castle: Já era em tempo!

O casal ajoelhou perto dos filhos.

Castle: Olha – Castle apontou Tiger, que dormia no meio de Jo e Alex – Tiger, “o gato masoquista”. Sofre, mas adora.

Kate: Existe alguém no mundo que não consegue amar esses dois?

Castle: Não... – Castle sorriu orgulhoso. Sim, os dois acabavam com ele. Mas ele amava cada segundo que passava ao lado daquelas duas criaturinhas.

Kate: Jo, acorda, vamos para a cama... – Kate mexeu nos cabelos da filha, que resmungou, mas nem abriu os olhos. Com Alexander foi a mesma coisa.

Castle: É, pelo jeito vamos ter que carregar!

Kate: Eu né? Você ainda não pode pegar peso.

Kate respirou fundo e agradeceu aos treinamentos pesados que tinha. Carregar uma criança de quase 8 anos não era fácil, quanto mais duas!

XXXXXXXXXXXXXXXXX

Devidamente em suas camas, os gêmeos seguiram no sono pesado. Ainda era cedo, mas o cansaço de um dia cheio de atividades tinha derrubado os dois.

Assim que deixaram as crianças e seguiram pelo corredor, Castle percebeu um certo ar aflito de Kate.

Castle: Que foi?

Kate: Nada, é que... eu queria tanto tomar um vinho.

Castle: Vamos tomar!

Kate: Você não pode, Rick, por causa dos remédios e...

Castle: Kate, desde quando você segue tanta regra assim?

Kate: Quando se trata da sua saúde, eu sigo todas as regras.

Castle: Isso é lindo amor, mas olha, um gole de vinho não vai me fazer mal.

Kate: Não?

Castle: Não.

Kate: Mas é só um gole, viu?

Castle: Sim senhora! – Castle já saía em direção à cozinha.

XXXXXXXXXXXXXXXXX

Castle: Pronto, senhora Castle, nosso vinho – Castle adentrou o quarto vazio – Kate?

Kate: Me chamou, senhor Castle?

Castle virou-se para a direção da voz, que vinha do closet. Ficou boquiaberto quando viu Kate apoiada na porta.

Kate: Você vai derrubar o vinho... – ela falou depois de um minuto de silêncio.

Castle: Ah... eu... é...

Kate riu, permanecendo na mesma posição – em pé, com a mão esquerda segurando a maçaneta e a perna direita dobrada para trás.

Castle deu dois passos para o lado, sem tirar os olhos dela, e quando achou o criado mudo, depositou as duas taças.

Sob o olhar dele, Kate virou-se de costas, propositalmente empinando-se para fechar a porta. Castle respirou fundo com a visão da renda branca quase transparente cobrindo parcialmente o bumbum de sua mulher.

Kate: Sabe, Rick, eu tenho andado muito preocupada com a sua saúde...

Kate caminhou devagar até ele. Os seios expostos debaixo do transparente top branco. Na parte de baixo, uma saia minúscula, igualmente transparente, deixava transparecer a calcinha branca com o desenho da cruz vermelha na frente. Para finalizar, um estetoscópio caído por sobre seu colo, enquanto a mão trazia uma espátula.

Castle: É... mesmo?

Kate: É – Kate parou na frente dele. As mãos rápidas de Rick correram em direção à cintura dela, que o impediu – Ei, calma. Eu sei que você ansioso, isso é normal num caso como o seu. Mas eu estou aqui para tranquilizá-lo de que tudo se resolverá da melhor forma possível. Logo, logo você estará curado desse mal – Kate pegou a taça de vinho, tomando um longo gole, e Castle a seguiu, fazendo o mesmo.

Castle: Quando você diz “logo” quer dizer “em menos de 5 minutos”? Porque é o máximo eu vou aguentar te vendo assim!

A voz suplicante de Castle fez Kate rir. Ela não se aguentou e saiu da personagem.

Kate: Você queria mesmo me ver usando isso, não é?

Castle: Ahhh queria!

Antes que Kate pudesse impedir, Castle a puxou rapidamente contra seu corpo, arrancando um gemido dela. Os lábios grudaram-se, numa urgência jamais vista. Eles se queriam, e muito. Era tudo rápido, intenso, quente.

Até o telefone começar a tocar insistentemente.


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Notas finais do capítulo

E aí, Kate atende ou não? hahaha