Whole Lotta Love 3 escrita por mlleariane
Notas iniciais do capítulo
Oi gente!
Estou amando o retorno que vocês têm me dado. Em 20 capítulos já são quase 500 comentários, e isso é coisa pra caramba! Obrigada mesmo, de coração!
Estava eu escrevendo esse capítulo quando cheguei ao final e pensei “Finalizo ou não com a NC? Será? Castle está numa seca tão grande que merecia um capítulo inteiro disso...”
Pois bem. Eis que surgiu o capítulo das saliências o/
Amanhã, porém :/ segurem os forninhos!
Ahh, e obrigada à SmolderLove e Mariana por terem favoritado
Beijo, Ari ;)
Dias depois...
Kate entrou em casa falando ao celular.
Kate: Isso pai, o aniversário é na quinta, mas nós faremos a festa no sábado. Claro que você pode levar a Maggie. Aliás, não só pode como deve. As crianças a adoram! Ta, se eu precisar de algo aviso. Mas está tudo encaminhado, Castle e Martha cuidaram de tudo. Eu também te amo.
Kate desligou o telefone e parou em frente ao aparador de fotos. Sua mão foi precisa em direção ao porta retrato que continua a foto de sua mãe sorrindo.
Kate: Me desculpa... eu queria tanto que você estivesse aqui. Eles estão enormes, sabia? Claro que você sabe, você os vê de onde você está, não? Nem parecem aqueles dois bebezinhos com menos de 3 quilos que vieram para mim enroladinhos em mantas quentinhas, tão frágeis. Agora eles planejam coisas escondidos, viram a casa de cabeça para baixo – Kate riu sozinha – Eles são incríveis! Aliás... onde eles estão? – Kate correu os olhos pela casa, totalmente silenciosa – Certamente no meu quarto – ela voltou os olhos para a foto da mãe – Os três não saem de lá agora! Eu te amo, mãe.
Kate beijou a foto e recolocou-a no lugar. Saiu andando em direção ao quarto, estranhando o extremo silêncio. A televisão deveria estar ligada ou algo do tipo. Mas não, não havia um único ruído. Empurrou devagar a porta do quarto, entrando a passos leves. Finalmente entendeu tudo: Castle, Johanna e Alexander haviam pegado no sono. Kate sorriu para seus três amores, observando que Tiger também estava ali no meio, porém acordado, lambendo as patinhas.
Kate virou-se para deixar o quarto. Um momento milagroso de silêncio daquele devia ser bem aproveitado. Deu dois passos ainda sorrindo, lembrando das expressões calmas. Era tão lindo ver os três adormecidos juntos. E Tiger ali, dormindo também... Como ele era fofinho...
Kate parou. Lembrou-se que Tiger não estava dormindo. Estranho... o gato dormia a maior parte do tempo, por que não estaria dormindo justo naquele momento de paz e glória? Quanto Kate virou-se novamente para a cama, obteve a resposta, mais rápido do que pode pensar. Seu coração disparou com o grito em coro.
AAAAAAAAAAAAAAAA
Kate deu um passo para trás assustada.
Kate: Seus...
Jo: Enganei o bobo na casca do ovo! – Johanna já pulava em cima da cama.
Alex: Eu não disse que ela ia cair? Eu não disse? – Alexander acompanhava a irmã.
Castle agora ria, sentado na cama. Tiger, por sua vez, havia descido e caminhado até a dona, esfregando-se em suas pernas.
Kate: Pelo menos você gosta de mim! – Kate olhou para baixo, ainda brava.
Jo: Mamãe, a gente te ama!
Alex: A gente só gosta de te assustar!
Kate: Vocês dois vão ver o dia em que EU resolver assustá-los!
Jo e Alex pararam de pular e encararam o olhar bravo da mãe.
Jo: Ela ta falando sério?
Alex: Não sei, mas a mamãe não tem uma boa fama.
Kate: Ah não, é? – Kate caminhou até a cama, parando de frente aos filhos – Se vocês já pensam assim, imagina quando estiverem sozinhos no quarto escuro e ouvirem barulhos... – ela se ajoelhou na cama e foi em direção a eles – E tentarem sair mas a porta estiver fechada...
Jo deu um passo para trás, segurando na mão do irmão para não cair da cama. Kate se apressou e segurou a filha, puxando-a para si.
Jo: Para, mamãe! – a menina enfiou o rosto no pescoço da mãe.
Alex: Você não vai fazer isso! – Alex afirmou em alto tom, mas os olhinhos demonstravam medo.
Kate: Veremos como vocês vão se comportar...
Alex: Se você fizer isso nós vamos dormir aqui com você!
Kate: E quem disse que eu vou deixar?
As duas crianças olharam para Kate assustadas.
Castle: Você é cruel – Castle se aproximou deles – Mamãe está só brincando.
Jo: Isso não é legal.
Kate: Quase me matar de susto também não é legal.
Alex: Foi ideia do papai! – Alexander foi logo entregando. Kate lançou um olhar para Castle.
Castle: Não é bem assim... Eu disse que podíamos fazer uma “surpresa” para a mamãe. A ideia do susto foi sua.
Alex: Ah, é verdade... – o menino admitiu inocentemente.
Kate: Então quer dizer que a mente perversa é esse garotinho aqui? – Kate encarou o filho – Deixa eu ver qual vai ser sua punição...
Alex: Mas mamãe...
Kate: Já sei. Vai ter que me dar 8 beijos, um para cada ano seu. E a senhorita também entra no castigo.
Kate falou séria, mas as crianças riram e logo a empurraram na cama, enchendo-a com os 16 beijos, devidamente contados.
Kate: Bem melhor assim! – agora era Kate quem beijava as crianças – O que vocês fizeram hoje? Além de tramarem contra mim, claro.
Alex: Nós jogamos vídeo game!
Jo: E brincamos de Monster High!
Alex: E vimos TRÊS filmes!
Kate: Nossa!
Jo: E brincamos de esconde-esconde.
Alex: E desenhamos.
Jo: E pintamos também.
Alex: E recortamos um livro do papai.
Jo: É, mas ele ficou bravo.
Kate só lançou um olhar para Castle. As crianças continuavam falando sem parar.
Alex: Mas aí nós colamos com durex.
Jo: Ficou quase perfeito!
Alex: Só que ficou feio.
Jo: Ahhh e nós descobrimos uma coisa nova!
Alex: O que?
Jo: Aquilo!
Alex: Ahhh é mamãe, é super legal!
Kate: É mesmo? E o que vocês descobriram? – Kate riu da empolgação dos filhos. Ela adorava quando eles descobriam algo novo e corriam contá-la.
Jo: O Tiger gosta de pipoca!
Kate: O que?
Alex: É mamãe, não é legal? Agora todo mundo aqui gosta de pipoca!
Kate: Castle! – Kate já foi logo chamando atenção.
Castle: Eu não tive culpa, eu não vi.
Kate: E o que é que você estava fazendo?
Castle: Resolvendo coisas da festa!
Kate suspirou.
Kate: Jo e Alex, prestem bem atenção no que a mamãe vai falar. O Tiger é um gatinho, ele não é igual a gente.
Jo: Ai mamãe, a gente sabe né?
Kate: E sabem também o que isso quer dizer?
Alex: Que ele não toma banho?
Jo: Ele toma banho sim, de língua!
Alex: É verdade...
Kate: Também. Mas o que eu quero dizer é que vocês já sabem que o Tiger só pode comer ração. O médico disse, lembram?
Jo: Mas foi só uma pipoca... – Jo fez carinha de piedade.
Alex: Foram duas, uma minha e uma da Jo.
Jo: Shiu...
Kate: Só duas mesmo?
As crianças assentiram rapidamente.
Kate: Se vocês continuarem dando coisas que não podem ao Tiger eu vou dá-lo para outra pessoa que cuide melhor dele.
NÃOOOOOOOOO – foi o gripo estridente que ressoou no quarto. Castle até tampou ouvidos.
Alex: Mamãe, você não pode fazer isso...
Jo: O Tiger é nosso amigo...
Alex: A gente ama muito o Tiger, mamãe!
Jo: Por favor...
Kate olhou a cara de choro de suas crianças.
Kate: Vocês prometem que vão cuidar dele?
Jo: Eu juro, mamãe!
Alex: Ele vai ser o gato mais feliz do mundo!
Kate: Então ta, eu vou confiar. Mas só mais essa vez, heim!
Os gêmeos correram abraçar a mãe, numa tentativa de agradá-la com carinhos. Bem, eles conseguiram. O coração de Kate amolecia rapidinho quando o assunto era seu dois filhotes.
Kate: Agora vocês vão lá dar ração para ele, ok?
Johanna e Alexander assentiram, e saíram do quarto chamando Tiger, felizes e dispostos a cuidar do pequeno e indefeso felino.
Castle: Vamos ver até quando dura isso.
Kate: Se você não desse o mau exemplo, eles seriam mais comportados.
Castle: EU?? Mas o que eu fiz?
Kate: Deixa eu ver... vou começar listando essa mania de entrar no jogo deles pra me assustar.
Castle: Eles me persuadem!
Kate: Ah claro, porque um homem desse tamanho não consegue lidar com duas crianças de 8 anos.
Kate e Castle se olharam. Os dois sentados no meio da cama, frente a frente.
Castle: Eu preciso responder?
Kate: Eles acabam com você, não é? – Kate riu, não resistindo.
Castle: Eu preciso de férias das férias!
Kate: Ai que dó... – Kate se inclinou, deitando sobre ele, num beijo calmo e demorado.
Castle: Você nasceu para acabar comigo, Katherine Beckett. Quando não pessoalmente, na forma de seus filhos.
Kate: Diz que você não gosta – ela arqueou a sobrancelha, mordendo o lábio inferior.
Castle: Ahh eu adoro! – num movimento rápido, Castle virou-se sobre ela.
Kate: Ei, ei, muita calma nessa hora! – ela tentou sair debaixo dele, não conseguindo.
Castle: Como é bom sentir seu corpo embaixo do meu Kate... – ele suspirou, beijando seu ouvido.
Kate: Castle! A porta está aberta, as crianças vão entrar correndo a qualquer momento e você não pode ficar nessa posição!
Castle: A gente troca a posição se você quiser... – o olhar dele era sedutor. Kate, porém, não se deixou seduzir, o que fez Castle se levantar contrariado.
Kate: Existe momento para tudo, Rick.
Castle: Sim, e esse é o momento “Sofra Richard Castle”.
Kate revirou os olhos e envolveu seus braços ao redor dele, beijando seu pescoço, seu rosto e enfim sua boca.
Castle: Pensei que agora não era hora... – ele estava visivelmente emburrado.
Kate: Beijar pode.
Castle: Beijar desperta outras coisas...
Kate: Então beijar não pode – ela se levantou rindo.
Castle: Vai rindo da minha desgraça, vai.
Kate: Dramático! – Kate riu e saiu, deixando-o emburrado no quarto.
Castle: Kate... Kate... Eu queria que você cuidasse de mim. Só não precisava tanto!
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Um tempo depois...
Kate: Então está tudo certo?
Castle: Sim, tudo devidamente contratado.
Kate: Que bom, amor! – Kate soltou o guardanapo com que secava as louças e o abraçou, beijando-o – Você é o melhor pai do mundo, sabia?
Castle: E você a melhor mãe! Menos quando ameaça aterrorizar seus filhos à noite.
Kate: É bom que eles fiquem espertos... – ela riu – A festa vai ser linda, não vai?
Castle: Vai, pode ficar tranquila que vai ser perfeito.
Kate: Obrigada, amor. Eu sei que você fez por eles, mas mesmo assim, obrigada.
Castle: Eu faço por todos vocês – ele afastou o cabelo dela, beijando a boca que tanto amava.
Kate: Você não acha que a casa está silenciosa demais?
Os dois trocaram um olhar e foram até a sala. Johanna e Alexander tinham os olhinhos fechados, deitados em meio aos brinquedos esparramados pelo tapete.
Castle: Provavelmente vão nos dar um susto – Castle sussurrou. Ele e Kate se aproximaram devagar, mas nada aconteceu.
Kate: Susto? Isso é cansaço.
Castle: Já era em tempo!
O casal ajoelhou perto dos filhos.
Castle: Olha – Castle apontou Tiger, que dormia no meio de Jo e Alex – Tiger, “o gato masoquista”. Sofre, mas adora.
Kate: Existe alguém no mundo que não consegue amar esses dois?
Castle: Não... – Castle sorriu orgulhoso. Sim, os dois acabavam com ele. Mas ele amava cada segundo que passava ao lado daquelas duas criaturinhas.
Kate: Jo, acorda, vamos para a cama... – Kate mexeu nos cabelos da filha, que resmungou, mas nem abriu os olhos. Com Alexander foi a mesma coisa.
Castle: É, pelo jeito vamos ter que carregar!
Kate: Eu né? Você ainda não pode pegar peso.
Kate respirou fundo e agradeceu aos treinamentos pesados que tinha. Carregar uma criança de quase 8 anos não era fácil, quanto mais duas!
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Devidamente em suas camas, os gêmeos seguiram no sono pesado. Ainda era cedo, mas o cansaço de um dia cheio de atividades tinha derrubado os dois.
Assim que deixaram as crianças e seguiram pelo corredor, Castle percebeu um certo ar aflito de Kate.
Castle: Que foi?
Kate: Nada, é que... eu queria tanto tomar um vinho.
Castle: Vamos tomar!
Kate: Você não pode, Rick, por causa dos remédios e...
Castle: Kate, desde quando você segue tanta regra assim?
Kate: Quando se trata da sua saúde, eu sigo todas as regras.
Castle: Isso é lindo amor, mas olha, um gole de vinho não vai me fazer mal.
Kate: Não?
Castle: Não.
Kate: Mas é só um gole, viu?
Castle: Sim senhora! – Castle já saía em direção à cozinha.
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Castle: Pronto, senhora Castle, nosso vinho – Castle adentrou o quarto vazio – Kate?
Kate: Me chamou, senhor Castle?
Castle virou-se para a direção da voz, que vinha do closet. Ficou boquiaberto quando viu Kate apoiada na porta.
Kate: Você vai derrubar o vinho... – ela falou depois de um minuto de silêncio.
Castle: Ah... eu... é...
Kate riu, permanecendo na mesma posição – em pé, com a mão esquerda segurando a maçaneta e a perna direita dobrada para trás.
Castle deu dois passos para o lado, sem tirar os olhos dela, e quando achou o criado mudo, depositou as duas taças.
Sob o olhar dele, Kate virou-se de costas, propositalmente empinando-se para fechar a porta. Castle respirou fundo com a visão da renda branca quase transparente cobrindo parcialmente o bumbum de sua mulher.
Kate: Sabe, Rick, eu tenho andado muito preocupada com a sua saúde...
Kate caminhou devagar até ele. Os seios expostos debaixo do transparente top branco. Na parte de baixo, uma saia minúscula, igualmente transparente, deixava transparecer a calcinha branca com o desenho da cruz vermelha na frente. Para finalizar, um estetoscópio caído por sobre seu colo, enquanto a mão trazia uma espátula.
Castle: É... mesmo?
Kate: É – Kate parou na frente dele. As mãos rápidas de Rick correram em direção à cintura dela, que o impediu – Ei, calma. Eu sei que você ansioso, isso é normal num caso como o seu. Mas eu estou aqui para tranquilizá-lo de que tudo se resolverá da melhor forma possível. Logo, logo você estará curado desse mal – Kate pegou a taça de vinho, tomando um longo gole, e Castle a seguiu, fazendo o mesmo.
Castle: Quando você diz “logo” quer dizer “em menos de 5 minutos”? Porque é o máximo eu vou aguentar te vendo assim!
A voz suplicante de Castle fez Kate rir. Ela não se aguentou e saiu da personagem.
Kate: Você queria mesmo me ver usando isso, não é?
Castle: Ahhh queria!
Antes que Kate pudesse impedir, Castle a puxou rapidamente contra seu corpo, arrancando um gemido dela. Os lábios grudaram-se, numa urgência jamais vista. Eles se queriam, e muito. Era tudo rápido, intenso, quente.
Até o telefone começar a tocar insistentemente.
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E aí, Kate atende ou não? hahaha