– Richard Castle? Detective Kate Beckett, NYPD. We need to ask you a few questions about a murder that took place earlier tonight.

– It would have been great...

– You have no idea...

– I really am ruggedly handsome, aren't I?

– There's always a story.

– We make a pretty good team, you know. Like Starsky and Hutch, Turner and Hooch.

– You smell like cherries.

– I remember everything.

– Next time, let’s do without the tiger.

– Every morning I bring you a cup of coffee, just so I can see a smile on your face. Because I think you are the most remarkable, maddening, challenging, frustrating, person I've ever met. And I love you Kate.

– I just want you.

– So it wasn't a dream? / No. You definitely weren't dreaming.

– You were right. I had no idea.

– You wanna hold my hand?

– Rick... I love you.

– I never could do that without you.

– I love you, Richard Castle, and I want to live my life in the warmth of your smile and the strength of your embrace.

– I love you, Katherine Beckett, and the mystery of you is the one I want to spend the rest of my life exploring.

– I promises to love you and be your friend and your partner in crime and life till death do us part—and for the time of our lives.

– It's perfect.

– I'm proud to have been his inspiration and I am proud to be his wife.

– Thank you for being there with me.

– Always.

– Always.

– Always.

– Always......

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Kate?

Kate?

Kate?

Lanie tentou várias vezes, mas Kate sequer moveu os olhos para a amiga. Estava sentada numa cadeira, a cabeça encostada na parede, e o pensamento longe.

A médica, visivelmente abalada, caminhou até Espo e Ryan.

Lanie: Há quanto tempo ela está assim?

Ryan: Desde que Castle foi levado para a sala de cirurgia, há uma meia hora.

Espo: Ela parece sedada. Deram alguma coisa a ela?

Ryan: Não, mas tiveram que tirá-la de cima dele à força.

Lanie e Espo trocaram um olhar.

Ryan: Ela veio agarrada a ele na ambulância. É por isso que ela está... como está.

Ryan não precisava explicar. A imagem de Kate falava por si.

Espo: Não chora... – Espo abraçou Lanie.

Lanie: Eu não consigo vê-la assim. Ela não pode perdê-lo, Javi, não pode.

Espo: Ela não vai. Castle é forte, nós todos sabemos disso.

Lanie tentou conter o choro.

Lanie: Vocês falaram com a família?

Ryan: Eu telefonei para Jim e Jack. Esse falaria com Martha e Alexis. Já devem estar chegando.

Espo: E as crianças?

Ryan: Jack disse que conversaria com Jim e veriam o que fazer.

Lanie: O médico não disse nada?

Ryan: Não, estamos sem notícias até agora.

Lanie: A cirurgia deve demorar – Lanie olhou novamente para a amiga – Ela não pode ficar ali assim...

Ryan: Nós três já tentamos, Lanie. Talvez quando alguém da família chegar ela reaja.

Lanie: O que aconteceu com Bracken?

Espo e Ryan trocaram um olhar.

Espo: Ela o matou.

Lanie: Isso... isso pode acarretar alguma coisa a ela, digo... ela pode ser punida por isso?

Ryan: Poderia, se Espo não tivesse se adiantado.

Espo: Ela ia descarregar a arma nele, Lanie.

Lanie olhou para os dois assustada.

Espo: Eu avancei e desviei as mãos dela. Ela continuou atirando para o nada. Mas o primeiro tiro já havia sido dado no coração.

Ryan: Na verdade o segundo. O primeiro ela atirou nele de costas.

Lanie: Mas...

Espo: Eu sei o que você está pensando. Kate pode alegar legítima defesa mesmo assim. Ela poderia ter chutado a arma da mão dele, e ele se virado para pegar de volta, por exemplo.

Lanie: Mas não foi isso que aconteceu, não é? Ela quis matá-lo. – Lanie voltou os olhos para a amiga. Kate permanecia imóvel, sem qualquer sinal de reação.

Espo: Eu faria a mesma coisa no lugar dela.

Ryan: Qualquer um faria. O amor da vida dela estava ali, jogado ao chão, morrendo.

Lanie sentiu um calafrio ao ouvir aquilo. Castle não podia morrer, Kate nunca suportaria uma dor dessa.

Passos no corredor atraíram os olhares dos três. Martha vinha caminhando rapidamente, acompanhada por Jack. Chegou aos prantos, já interrogando os amigos da família.

Martha: Onde ele está?

Ryan: Em cirurgia.

Martha: E Katherine?

Lanie apontou para o lado. Martha sentiu as pernas fraquejarem ao olhar a nora, e Jack a segurou. Kate estava coberta de sangue: no cabelo, no rosto, na roupa. O sangue de seu filho.

Jack sentou Martha numa cadeira próxima, e Lanie buscou um copo de água com açúcar, fazendo-a tomar. Assim que criou forças, Martha levantou-se e foi até Kate.

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Kate não ouvia nada, não via nada. Os olhos fixos no chão branco do hospital não queriam enxergar o que estava acontecendo. Seu marido, seu homem, seu amor. Kate sentia que uma parte de si havia sido arrancada com força, deixando uma dor insuportável. Ela não queria viver se não fosse com ele. Ela não conseguiria viver.

Em sua mente passava um filme dos anos vividos: o casamento, os filhos, as brigas, o tiro, o primeiro encontro, as crianças nos Hamptons, os casos na delegacia, o café, os sussurros ao seu ouvido, o ciúme, as crianças correndo pelo parque, o anel de noivado, os balanços, eu te amo always, always, always...

As imagens se alternavam sem lógica. A mente cansada de Kate não tinha força para colocá-las em ordem. Ouvira seu nome sendo chamado várias vezes, mas não queria se mexer, não queria pensar. Ela queria Castle, só ele ali, com ela.

De repente, a imagem branca do chão ganhou cor.

Martha: Katherine, olhe para mim.

Kate moveu lentamente a cabeça. Martha estava sentada no chão, olhando-a por baixo, tentando chegar a ela.

Kate: Me desculpe Martha, me desculpe... – foi só o que Kate conseguiu dizer.

Martha: Venha, levante-se – Martha pegou nas mãos sujas de Kate – Vem comigo. Você precisa se lavar.

Kate não argumentou. Ela não conseguia dizer nada para Martha. Seu filho estava morrendo, e a culpa era dela.

Martha levou Kate pela mão ao banheiro feminino. Lanie, Espo e Ryan observavam de longe.

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Martha abriu a torneira e colocou as mãos da nora embaixo da água corrente. Kate olhou-se no espelho e se assustou com sua imagem. Ela então lavou as mãos e o rosto, molhando parte dos cabelos também. Quando terminou, Martha já a esperava com papéis para quer ela se secasse. Kate fez tudo isso em silêncio, e só quando terminou, conseguiu encarar a sogra.

Kate: Você devia me odiar.

Martha: Foi você quem lhe deu aquele tiro?

Kate: Não, mas tudo de ruim que aconteceu na vida dele até hoje foi por minha causa.

Martha: Eu vou fingir que não ouvi isso porque a última coisa que eu quero é discutir com você agora.

Kate sentiu as lágrimas escorrendo por seu rosto. Num impulso, se adiantou e abraçou Martha, como um filho corre para os braços da mãe.

Kate: Eu não posso perdê-lo...

Martha: Você não vai perdê-lo, querida. Nós não vamos perdê-lo.

Quase ao mesmo instante Lanie entrou no banheiro, vendo a cena.

Lanie: Eu vim ver como vocês estavam...

Kate: Lanie...

Lanie abriu os braços para receber a amiga.

Lanie: Vai ficar tudo bem, ele é forte, você sabe.

Kate: Você não pode ir lá?

Lanie: Kate, eu não trabalho aqui...

Kate: Por favor, Lanie, por favor...

Lanie: Querida, eu faria qualquer coisa por você. Mas eu não tenho autorização para adentrar aquela sala.

Kate: Eu preciso saber como ele está...

Lanie: Assim que eles terminarem, eles vêm nos dizer. Foi assim quando aconteceu com você.

Martha: Lanie tem razão. Vamos lá pra fora, você precisa respirar um pouco, se acalmar.

Kate olhou para Martha, e pensou o quão forte aquela mulher era. Respirou fundo e deixou-se levar. Quando as três saíram do banheiro, e Kate avistou Alexis ao longe, chorando abraçada ao avô. Sentiu um aperto no peito. Talvez a garota a odiaria para sempre por aquilo.

Kate caminhou até os amigos. Ryan se adiantou e a abraçou.

Kate: Obrigada, obrigada por tudo. Por estarem aqui comigo...

Espo: Nós sempre estaremos.

Ryan: Aguente firme, Castle não desiste tão fácil.

Kate fez que sim. Viu então seu pai se aproximando, e foi ao encontro dele. Ao ser envolvida pelos braços que sempre a acolheram, Kate desabou.

Jim: Katie... – ele deitou a filha no ombro.

O choro desesperado de Kate atraiu a atenção de todos. Comovidos, eles observavam a cena, que se estendeu por alguns minutos. Alexis parou de chorar e se aproximou, juntamente com o avô. Em vez de raiva, ela sentiu pena. Todos sofriam de igual forma, mas Kate tinha algo a mais. Ela carregava a culpa.

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Lanie trouxe um copo de água para a amiga. Kate agora estava sentada com o pai ao lado, segurando sua mão.

Kate: Eu não posso perdê-lo pai, não posso.

Jim: Você não vai. Acredite nisso.

Kate tomou a água com açúcar e olhou ao redor. Todos da família e do círculo próximo de amigos estavam ali. Foi só então que se lembrou.

Kate: Onde estão meus filhos?

Jim: Na minha casa, com Maggie.

Kate: Obrigada pai.

De repente, a grande porta branca se abriu. Dois homens vieram em sua direção, e Kate se levantou rapidamente.

"Senhora Castle, nós precisamos conversar"