O Caderno da Peregrina escrita por The Bellie


Capítulo 25
Página XXV


Notas iniciais do capítulo

Heey! Isso mesmo, eu demorei, novamente. Já tenho uma estimativa de quantos leitores eu perdi com essa demora, mas... Me desculpem, só não ando conseguindo escrever muito esses dias, porém, trouxe um capítulo novo que eu gostei de escrever e espero que vocês gostem também u.u
Espero vocês nos comentários, me xingando ou não, agradeço por estarem lendo, de coração!
Beijocas!



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A maioria das pessoas guarda suas lembranças importantes em caixas, seja a mais simples caixa de papelão até a mais ornamentada caixinha de madeira; já eu, guardo as minhas naquele envelope de papel amarelo que ganhamos quando revelamos fotos, sei que não é o melhor lugar para guardá-las, mas eu gosto dele.

Alessia havia me convencido a mostrar mais sobre o meu passado. Nada melhor do que levar aquela minha máquina do tempo e revelar minha fonte de força reserva. A primeira coisa que tiro do envelope é uma foto.

Via-se um homem sorridente, de olhos pequenos, pele branquinha e cabelos grisalhos, aparentando seus 50 anos, usava óculos de armação redonda e fina. Era meu falecido avô.

Segurava uma criança de cabelos negros e lisos, olhos igualmente pequeninos, apertados em um sorriso, as bochechas grandes e rosadas destacando-se. Era eu.

Essa foto, tirada há anos, detinha grande amor meu. Era uma das minhas favoritas das várias que se encontravam naquele envelope e guardava-a com muito carinho. Só me dei conta dos devaneios quando Alessia chamou minha atenção.

"Você está bem?" ela perguntou, olhando para a foto em minhas mãos.

"Ah, sim, claro" entreguei a foto para ela "é o meu avô".

"Ele parece ser bem legal" Alessia fala com os olhinhos brilhando.

Meu avô era, de fato, o Máximo. Esse era seu nome de verdade. Máximo.

O que eu era realmente, por baixo de todas as máscaras e papéis, estava lá, naquele envelope. Meu lado bom, minha essência, minha verdadeira identidade, mantinham-se guardados ali dentro, protegidos do mundo e das pessoas.

Mas a realidade era que, sempre que eu precisava, recorria ao envelope para me animar. Lá, eu guardava as lembranças que gostava de reviver, fotos de família ou com alguns amigos, cartas, bilhetes, pequenos objetos, adesivos... Todas certezas, no meio de tantas mudanças.

Eram verdades. As minhas verdades.

Algo que talvez não canse de repetir era que Alessia me ensinara algo valioso: não tínhamos motivos, em hipótese alguma, para sermos infelizes; acho que esse é o motivo de eu voltar para esse caderno, para reparar, ou pelo menos tentar, tudo que possa ter feito ou escrito aqui, para pedir perdão por todas as vezes que me deixei abater, que me permiti afundar naquele mar de tristeza ou por... todo esse caderno.

Eu deveria ser feliz, ou pelo menos tentar, devia escrever coisas positivas, procurar ser um porto seguro para você, mas... não sou, não consigo ser.

Quando estiver bem, prometo que escreverei.

Quando estiver suficientemente feliz, contarei sobre ela para você, que já deve estar cansado de ler sobre minhas crises de drama.

Quando estiver pronta...

Eu voltarei.


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Notas finais do capítulo

Então... querem me matar? XD
Espero os que ainda estão aí (esses possuem um lugarzinho muito especial no meu coração) nos comentários e.e
Beijocas!