Catch escrita por apenasmika


Capítulo 1
Capítulo único - Apenas uma procura qualquer


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente, estou de volta agora uma fic OkiKagu, ai como amo esse casal, é meu OTP, eterno e eu realmente me diverti escrevendo essa fic, muito mesmo e ficaria feliz se voces também gostassem, fiquei meio receosa para não perder a personalidade deles, mas amei em escrever sobre eles.PS: A imagem peguei no google imagens e o capítulo tem esse nome por que os episodios tem nome mais ou menos desse jeito, postei essa fic também na Social spirit apenas com o titulo diferente.Então abraços e boa leitura.



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Okita apareceu em frente a porta do quarto do vice-comandante do Shinsengumi onde Hijikata e Kondo estavam, o de cabelo verde escrevia um relatório enquanto o outro apenas olhava e fazia algumas observações.

– Kondo-san vou para a patrulha agora – Informou o garoto de cabelos castanhos.

– Sim, tome cuidado.

– E Hijikata-san espero que esteja morto quando voltar. – Okita falou com a maior tranquilidade do mundo, como se aquilo fosse a coisa mais normal a se dizer, sorriu e foi embora.

– Esse maldito moleque – Desabafou Hijikata com o cigarro mexendo sobre os lábios e voltando a atenção ao relatório.

– Não acha estranho Toshi? – Perguntou Kondo ainda olhando a porta – Sougo sempre sai nesse horário para fazer a patrulha.

– Deve ter encontrado alguma diversão por aí.

– Será que ele está fazendo alguma coisa de errado? - Perguntou Kondo se exaltando e levantando-se repentinamente.

– Ele é o rei do planeta dos sádicos, não acha que ele está fazendo algo de errado?

– Não podemos permitir isso. – Falou o outro, o vice- comandante sequer tirou os olhos do papel. – Vamos Toshi, ver o que ele está fazendo.

– Kondo-san não precisa se preocupar e também não é certo ficar seguindo-o por ai. – Mas o comandante sequer ouviu já estava puxando o subordinado e indo atrás do capitão do primeiro esquadrão.

‘ ***

Okita andava distraidamente quando avistou a margem do pequeno rio que sempre passava pela frente e a garota que se sentava no barranco quase gramado um pouco acima, a tarde começava a ter um fim, o sol era fraco e como todo dia no mesmo horário ela estava ali, balançava as pernas em alguns dias e em outros apenas ficava quieta observando a escuridão tomar conta de tudo, até ele chegar e começar a arrumar briga, mas aquela era sua rotina dia após dia, brigavam, machucavam-se e se xingavam e mesmo que parecesse que não gostava daquilo a garota estava lá como sempre o esperando e o outro sempre ia encontrá-la, porém naquele dia a Yato parecia diferente os olhos não estavam presos no sol que estava se escondendo e sim em alguma coisa em sua mão.

– Ei – Ele pegou a bainha de sua espada e cutucou sua cabeça – Sabia que é proibido pessoas suspeitas ficar muito tempo paradas no mesmo lugar?

– O que você quer sádico maldito? – Ela sequer lhe direcionou o olhar, ainda encarava o pequeno objeto na sua mão, que só agora Okita percebeu que era um prendedor de cabelo, ele era preto e tinha uma flor sobre ele com pétalas que iam de cores mais claras as mais escuras.

Okita notou que era feminino demais para ela.

Kagura abriu mais um pequeno sorriso ao olhar o tal prendedor e o sadista pensou que talvez ela estivesse afim de tirar os acessórios chineses, mas qual seria o motivo de tanta felicidade? Se aquilo era apenas um maldito acessório de cabelo?

A ideia que talvez algum garoto tivesse dado aquilo lhe veio à mente e por algum motivo o irritou, quem sabe enfim a China tivesse sido dominada por outro sádico qualquer e infelizmente não havia sido por ele.

Ao longe o Hijikata e Kondo o viu cutucar novamente a cabeça da menina com a espada, mas ela sequer se moveu, o ignorando completamente.

– Ei, ele só veio encontrar com a garota do Yorozuya. – Comentou Hijikata um pouco distante dele.

– Pensei que os dois se odiassem. – Completou Kondo.

– Talvez os dois se odeiem.

– Você poderia sumir e morrer, sim? - Kagura pediu, fechou os olhos por um momento tentando não perder a calma. – Poderia parar de irritar garotas frágeis na beira de um rio, seu maldito sádico?

– Frágil? Você? – Rebateu o outro ainda em pé atrás dela, a bainha da espada de segundo e segundo a cutucava cada vez com mais força. – Você é mais forte que um gorila.

– Gorila? – Kondo pulou do seu esconderijo – Eles falaram meu nome, não é? – Okita olhou, tirou sua bazuca de Deus sabe onde e atirou, talvez o seu amado comandante estivesse ali, mas ele apenas mirou em Hijikata.

– Tsc. – Soltou e voltou sua atenção a garota. Ela levantou-se tirando rapidamente a poeira e sujeira que estava na bunda e guardando o pequeno objeto no bolso da calça.

– Apenas você não sabe o quão frágil e inocente eu sou. – O rapaz de cabelos castanhos prendeu uma risada.

– Se ser frágil é lançar pessoas por aí você deve ser mesmo, menina gorila. – Okita riu. Uma veia saltou da testa da moça.

– Ah, é seu maldito. – Ela foi para cima dele repentinamente, o garoto não esperava e acabou que saíram rolando no barranco, pararam a poucos passos do rio, ele ficou por cima acertou alguns socos em sua cara, a pele branca da garota começou a aparecer alguns hematomas, a Yato deu um soco em sua costela do lado esquerdo, mas pareceu não fazer nenhum efeito por que o rapaz sequer se mexeu.

– Não será o suficiente, precisará de mais para me derrubar. –Okita lhe acertou outro soco, então em um momento ela segurou seu punho parando a alguns centímetros do seu rosto , quando o rapaz ia lhe socar com a outra mão ela gritou:

– Sadaharu! – Em questões de segundos o cachorro enorme apareceu – Acaba com ele.

– Au! – O cachorro latiu, Okita pensou em sair correndo, mas provavelmente aquele bicho enorme o seguiria até o inferno, preferiu esperar, o animal branco deu uma patada que defendeu, pensou que poderia aguentar, porém com o impacto ele acabou voando para dentro do rio.

– Haha! – A menina sorriu maliciosa, enquanto se levantava – Boa, Sadaharu. – Passou a mão sobre o pelo branco do cachorro. Okita tentou voltar para a margem do rio, mas quando arriscou subir a garota estava lá, pisou em sua cabeça tentando empurrá-lo para dentro da água novamente. – Tome seu sádico maldito, fique aí e morra afogado. – Falou, ela o chamava de sádico, entretanto naquele momento não parecia muito diferente.

– China – Ele deu uma pausa - Não pise em minha cabeça. – Gritou irritado a puxando pela perna e jogando a pequena Yato no rio.

– Droga. – Quando tentou levantar Okita a empurrou para o fundo novamente, ficou por cima dela a impedindo para que não pudesse subir.

– Ei! – Kondo falou levantando-se e vendo a cena do subordinado tentando afogar a garota. – Ele vai matá-la assim. – Ele ia sair correndo, porém Hijikata o segurou pelo ombro.

– Kondo-san é melhor não se meter na briga dos dois. A garota não vai morrer. Vamos embora. – Mal Hijikata e o comandante do Shinsengumi deu as costas Kagura desferiu um soco na costela esquerda do garoto, com aquele golpe ele pareceu sentir e fez cara de dor, quando diminuiu o aperto sobre a Yato, Kagura aproveitou e trocou de posição, puxou-o pelo seu cabelo e ficou enfiando seu rosto contra a água.

– Isso é legal, sim? – Ela o tirou por um momento, para fazer com que a olhasse - Vou te matar seu maldito sádico, o mundo irá me agradecer.

Voltou a pressionar o rosto do rapaz na água fria e a garota sorriu, com a pequena força que restava Sougo forçou o corpo para cima, Kagura por estar em cima de suas costas meio que se desequilibrou e caiu dentro do rio novamente, o garoto de cabelos castanhos não tentou atacá-la, ficou parado apenas arriscando-se a respirar o máximo possível, a Yato levantou-se os prendedores de cabelo chineses haviam se perdido e sendo levados pela pequena correnteza, o cabelo curto solto caia sobre o ombro.

– Tsc. – Soltou, não sabia ao certo se estava desapontada pelo fracasso de não ter conseguido matar o sádico ou se era por que estava completamente encharcada, foi em direção a margem do rio, Sadaharu ainda a esperava deitado, quando a viu se aproximar levantou-se. – Vamos, para casa Sadaharu, já está anoitecendo. Gin-chan deve está esperando.

Okita levantou-se e logo a seguiu, parecia que aquela disputa a Yato tinha vencido.

Ele a observou levar os dedos ao bolso e então gelar, passou as mãos novamente, colocou os para fora e nada.

– Droga. – Urrou – Eu não posso tê-lo perdido.

Okita pensou se por acaso ela tivesse perdido o presente que quem sabe lá deu, ou melhor, se tivesse perdido o presente que o garoto sadista de sua mente lhe deu, acharia bom.

Um sorriso de canto se mostrou devido ao aparente desespero da garota que continuava a procurar o objeto.

Então a viu ir em sua direção e joga-se no rio, ela ficou de quatro, pensou em se aproveitar de sua posição para lhe chutar e voltar a afogá-la de novo, mas se afastou e sentou-se nas bordas do rio, parecia mais divertido observar a garota procurar algo que jamais acharia, pois assim como os prendedores de cabelo ele deveria ter sido levado pela correnteza, para bem longe dali.

– Droga, deve está por aqui sim? – Ela passou a mão novamente pela água e quando puxou a mão sangrava, o menino a viu afundar ignorando completamente o machucado, sempre que pensava ter pegado algo o que vinha era apenas algumas pedras e sujeira, os olhos da garota quase transbordava desespero e Okita apesar de ignorar se irritou com aquilo.

– Por que você não vai embora, Sádico maldito?

– Aqui está divertido. Pode continuar a sua procura impossível. – A garota resmungou algo que foi impossível de ouvir, a noite caía sobre eles, o sol se pôs completamente e Kagura continuou lá, cada vez mais suas unhas se enchendo de sujeira, os joelhos e as costas doíam de tanto ficar naquela posição terrível. – Por que não desisti, China? – A voz desinteressada e tediosa do policial surgiu.

– Cala a boca.

– Se por acaso foi alguém que te deu é só pedi desculpas e dizer que perdeu.

– Cala a boca. Eu não posso me desculpar.

– Por que?

– Por que a pessoa não vive mais. – Okita pensou em falar algo para irritar a garota, porém preferiu ficar calado. – Foi a Mami que me deu aquilo antes de morrer, ele hoje de manhã chegou com uma carta do Papi que me disse que só podia receber quando eu me tornasse uma moça. – Kagura calou-se e o encarou com cara feia como se a culpa fosse dele por ter falado demais.

Então ficou ali não se sabe ao certo quanto tempo, mas quando notou tudo estava tudo silencioso, a garota ainda continuava ajoelhada e o joelho por debaixo das roupas chinesas sangravam, todavia permaneceu procurando algo que em sua mente estava distante e a cada minuto que passava, mesmo que involuntariamente pensava em desistir, mas ao mesmo tempo se recusava a abandonar o prendedor e ir para casa, por que tal pensamento parecia que ela estava desistindo de sua mãe, abrindo mão de algo que pela última vez sua mãe lhe dera.

Ela enfiou as mãos na água e sentiu algo pontudo vir junto a terra.

– Achei! – Exclamou, Okita ficou surpreso, por que nem mesmo em mil anos pensou que a pequena Yato encontraria o objeto, colocou o corpo para frente um pouco interessado, mas tudo que viu foi o sorriso da garota se desmanchar, era apenas um pequeno pedaço de ferro qualquer, ajoelhou-se novamente, uma pequena lua era refletida sobre o rio, tanto roupa do garoto e garota secaram em seus corpos, Kagura repentinamente parou e olhou em torno de si.

Enfim havia desistido, o menino constou, ela espirrou fazendo o barulho do espirro ecoar entre eles.

– Está na hora de desistir, sim? – Falou para si mesma, o rival só a analisou. Viu-a começar a caminhar para fora do rio, Okita percebeu que os joelhos da calça estavam rasgados, as mãos e unhas sujas. – Vamos embora, Sadaharu – Chamou o cão que estava sentado ao lado do rapaz, o cachorro prontamente a seguiu, Kagura subiu nele e foram embora.

Okita ainda ficou um tempo ali sentando olhando a lua que refletia sobre o raso rio sabia que estava perto de fazer algo idiota, subiu a calça do shinsengumi até metade da panturrilha e entrou no rio.

Enquanto procurava constatou que a única coisa que poderia irritar e afligir a garota com roupas chinesa era ele, qualquer coisa que a irritasse além dele poderia ser considerado um sacrilégio.

Pensou também que poderia fazer chantagem com ela assim que achasse o bendito prendedor, quem sabe fazê-la ficar de quatro, colocar uma coleira e mandar que o chamasse de “mestre”, a ideia o divertiu mais ainda, mas o principal motivo era por que de algum modo ele acabou lembrando-se de sua falecida irmã e ao recordar-se da felicidade da garota com o prendedor mais cedo, sentiu inveja então percebeu que também gostaria de receber um presente vindo da sua irmã, mesmo que fosse de muito longe, mesmo que fosse o mais simples possível, queria apenas receber algo de repente e apenas lembrar-se dela um pouco mais.

Durante o período que procurou acabou pensando em mais motivos de fazer aquela coisa ridícula, afinal era o maior sadista da cidade de Edo e não se preocupava com ninguém, ou melhor, não se preocupava com sua rival, mas ao mesmo instante, mesmo que mentalmente discordou.

Procurou por algum tempo mais desistiu, assim como a menina percebeu o objeto já havia sido levado para longe, arriscou por mais alguns minutos então logo saiu do rio, pegou a espada e seus sapatos e sentou-se no pequeno barranco onde Kagura mais cedo estava.

A lua ainda brilhava no céu de Edo, logo algo chamou sua atenção um pouco distante, ele desceu devagar por que senão a cena que aconteceu mais cedo voltaria a se repetir, só que dessa vez sozinho, uma nuvem tapou a lua quando ele se aproximava. Parou ainda analisando o chão, o que quer que fosse parará de brilhar.

– Estava por aqui.

Ele abaixou e passou os dedos gelados sobre o pequeno gramado e sentiu algo pontudo vir em sua mão, era o prendedor de cabelo, mas havia duas pétalas da flor quebradas provavelmente quando os dois rolaram de lá a peça de cabelo caiu do bolso da garota e se quebrando no mesmo momento, ele procurou pelo resto dos pedaços das pétalas a escuridão não ajudava nenhum pouco, a lua se mostrou presente mais uma vez fugindo da enorme nuvem e dois pedaços começaram a reluzir novamente.

Okita os apanhou enfiou o objeto no bolso, pegou sua espada e sapatos, foi então que descobriu que estava na hora de ir para casa.

***

No dia seguinte saiu cedo, precisava arrumar alguém para consertar aquilo, caminhou pela cidade de Edo enquanto fingia está de ronda, passou por várias lojas e analisava cada uma delas, mas nenhuma delas parecia ser capaz de arrumar objetos quebrados, passou por um senhor que estava na rua em frente ao seu comércio deu uma olhadela para dentro da loja, mas logo não deu atenção.

– Arrumamos objetos quebrados! – O homem de bigode gritou e o garoto de cabelos castanhos voltou lentamente, as mãos no bolso.

– Senhor, consegue arrumar isso? – O homem sorriu ao ver o rapaz abrir a mão.

– Claro que sim.

– Então deixo com o senhor. – O velho o pegou – Quando posso vir buscá-lo?

– Hum, no final do dia, provavelmente estará arrumado.

– Tudo bem.

O rapaz foi embora e mais tarde naquele dia foi buscar o prendedor, estava novinho em folha nem parecia que há horas atrás estava quebrado.

– É um prendedor bem bonito – Soltou o homem depois de Okita o pagar – A garota que o usa deve ser muito bonita também.

– Pior que não. – Soltou o sadista com a voz entediada de sempre – Quem o usa é apenas um gorila. – O velho ficou sem entender nada, piscou algumas vezes enquanto o moço se afastava de sua loja.

Quando o sol estava se pondo ele foi até o rio, mas ela não estava lá, notou que Hijikata e Kondo novamente o seguiu não sabia ao certo o que queriam apenas teve vontade de tirar sua bazuca e atirar neles mais uma vez, porém desistiu, apenas por aquele dia tentou fazer uma patrulha normal.

***

Edo amanheceu chuvosa e Okita se perguntou se ao final do dia ela estaria lá esperando o pôr do sol que não viria, ou melhor, viria sim, apenas de maneira diferente, apenas um pouco escuro e chuvoso, mas mesmo assim esperou até o dia terminar para poder entregar o objeto a garota e ainda que sem querer ás vezes acabava analisando-o, vendo a diferença entre cada pétala do prendedor, as cores que mesclavam das mais claras a mais escuras, do azul dos olhos da garota ao quase vermelho dos seus cabelos.

Certa vez Yamazaki o viu comtemplando o objeto e perguntou a quem pertencia o sadista número um não respondeu e teve que dá um jeito para o jovem esquecer tudo.

No final da tarde ainda chovia e ao chegar ao local ela não estava lá, decidiu que teria que levar para Kagura e cedo ou tarde a garota teria de pagar de alguma forma.

Ao chegar ao Yorozuya bateu depois do que pareceu ser segundos, um homem de cabelos prateado e cara de preguiço apareceu na porta.

– O que faz aqui, Okita-kun? – Perguntou o homem com o dedo enfiado no nariz.

– Quero falar com a China. – O rapaz falou com a voz entediada, Gin o olhou com uma sobrancelha erguida.

– Okita-kun, não me diga que foi você que deixou a minha Kagura-chan suspirando pelos cantos e toda triste? – Perguntou o homem, a voz parecida como aquelas mães passando dos cinquenta anos super protetoras, enquanto o olhava fingiu subir um óculos invisível que lhe caia sobre os olhos.

– Danna, não fui. – Esclareceu o rapaz - Mas bem que eu gostaria de fazê-la sofrer. – O chefe do Yorozuya não sabia se ficava aliviado ou preocupado com o que o jovem acabará de dizer, ele o analisou por mais um tempo.

– Kagura-chan. – O homem a chamou, depois de um tempo Okita viu Kagura aparecer por trás do cara de permanente.

– Sim, Gin-chan.

– Visitas, Kagura-chan. – A voz dele estava irritando Okita de alguma forma, Gin se afastou um pouco possibilitando a pequena garota de cabelos despenteados ver o rapaz.

– O que faz aqui, Super sádico? – A menina indagou, Gintoki se afastou, quando a garota se aproximou de sua visita, saiu e fechou a porta (Mas ficou ouvindo tudo atrás da mesma).

– Deveria ser mais educada, China. – O rapaz rebateu.

– Não enquanto você estiver com os seus pés sujos na minha casa.

– Você deveria ser mais grata.

– Grata a você? – Uma veia saltou de sua testa, a pequena o chutou, porém ele se esquivou facilmente. – Por sua culpa, maldito eu perdi algo importante para mim.

– Por isso que deveria ser grata. – O rapaz riu a irritando ainda mais.

– Eu vou te matar. – Quando ela foi para cima dele com um soco armado, Okita tirou a mão do bolso mostrando o pequeno prendedor de cabelo, os olhos dela brilharam e no lugar de irritação tinha apenas felicidade.

– Como você achou?

– Não te interessa. – Ela pegou-o de sua mão delicadamente e mesmo que o cabelo estivesse despenteado prendeu sua franja com ele.

– Bem-vinda de volta, mami. – A voz da garota saiu doce e então sorriu.

Naquele momento Okita percebeu que ela não passava de uma garota normal, não era a garota com força descomunal e sua eterna rival ao qual sempre esteve lutando, a sua frente havia apenas uma garota normal e seu prendedor de cabelo e apenas por aquele momento o rapaz permitiu aquilo.

Ele se afastou com medo de que acabaria vomitando em frente do Yorozuya caso visse mais um pouco daquela cena.

– Obrigada, Okita Sougo. – A garota soltou tanto palavras quanto os olhos azuis demostravam gratidão e mesmo que no dia seguinte se arrependesse de suas palavras, elas foram ditas, o rapaz lhe mostrou o dedo do meio em sinal de total discórdia.

– Não fale isso, China ou parece que não somos nós mesmos. – Ele sorriu, mas até mesmo aquele sorriso parecia diferente de qualquer outro que Okita já havia dado.

Então caminhou para casa lentamente e no dia seguinte sabia que a garota estaria lá, para mais uma luta, para mais um dia de sangue e rivalidade e a história do prendedor de cabelo seria apenas mais um capítulo de suas histórias juntos.

E depois talvez não tivesse tanto valor, por que a pessoa ao qual o prendedor pertencia era apenas um monstro em forma de garota, apenas alguém com força descomunal e uma paciência terrível, o prendedor pertencia a garota que fazia o maior sadista de Edo se preocupar (mesmo que só um pouco), pertencia a garota que sempre estava pronta para uma boa briga e o prendedor pertencia a sua eterna e irritante rival.


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Notas finais do capítulo

Então esse fato de prendedor eu imaginei que fosse um pouco antes da mãe da Kagura morrer e tal, antes de Umibozu e Kamui sairem de casa ela deixou o presente com o marido e também sobre o fato do Okita ter ajudado foi apenas por que lembrou da irmã dele, por que quando se trata da Mitsuba o menino virá um amor. Concordam? Discordam?Então ate a proxima, bye



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