Pov. Barry

Caitlin chorava do meu lado, e eu não faço ideia do que dizer ou fazer, se essa notícia foi um choque pra mim, imagine para ela....

Passo os braços em sua volta e ela deita a cabeça no meu ombro.

–Me desculpa! –Cait pede.

–Você não tem que se desculpar por nada... –sussurro.

–O que nós vamos fazer?

–Eu não sei... –sou sincero- Mas seja o que for, vamos fazer juntos! –completo e dou um beijo no topo da sua cabeça.

–Estou com medo... –ela tinha parado de chorar- Olha nossa vida! Quase morremos todos os dias! Essa não é para uma criança!

Meu coração afunda quando ela diz isso, mas é verdade nunca teríamos uma vida normal.

–Não vou deixar nada nem ninguém machucar vocês! –garanto.

–Sabe que não pode prometer isso...

–Mas posso prometer que vou fazer o possível e o impossível para mantê-los seguros! –me afasto para olhar nos seus olhos- Você confia em mim?

–Como nunca confie em ninguém... –Caitlin faz meu batimento acelerar.

Acaricio sua bochecha com as pontas dos dedos e ela responde a meu toque fechando os olhos e inclinando a cabeça para minha mão.

Com essa bela visão, não consigo me conter, e junto nossos lábios. Delicadamente e com medo da rejeição. Mas Cait retribui se aproximando mais. As borboletas voltam aparecer no meu estomago e de repente sinto que podemos fazer qualquer coisa juntos.

Me separo dos seus lábios e ela abre os olhos. Ainda próximo do seu rosto, sussurro:

–Você não está sozinha!

Recebo outro beijo como resposta.

–Eu tenho um plano... –a doutora diz.

–O que?

–Vamos levar um dia de cada vez... O que você acha?

–Parece perfeito! –sorrio e ela sorri de volta.

*três meses depois*

Pov Caitlin

Minha barriga já está saliente e visível, mas ainda consigo entrar nas minhas roupas. Os enjoos passaram, agora o único “efeito colateral” é a fome. Mas não é minha culpa! Agora tenho que comer por dois!

Barry e eu estamos bem, começamos a namorar pouco depois dessa surpresa. Ele está mais super protetor do que nunca, as vezes chega a ser irritante, porem eu não posso culpa-lo.

Os meta-humans, não deram tempo, claro! O velocista escarlate continua correndo pela cidade e sendo o herói que sempre foi. Ele me disse para eu parar de ir trabalhar, recusei é obvio, eu sei que ele fica preocupado, mas eu não vou ficar o dia sentada no sofá esperando ele voltar para casa! Ah, estamos morando juntos no meu apartamento. Outra medida de segurança do Barry, não que eu esteja reclamando.

Sobre o bebê... Eu vou ao médico a cada 20 dias para consultas e ultrassons. Quando escutamos o coraçãozinho pela primeira vez, foi tão especial! Eu nunca pensei que poderia amar alguém tão rápido como eu amo essa coisinha crescendo dentro de mim.

Hoje é véspera de natal... E eu tenho uma surpresa especial para o Barry.

–Voltei! –ele aparece no laboratório fazendo meus cabelos voarem levemente. Ele vem até mim e me beija rapidamente- Cadê o Cisco?

–Não faço a menor ideia! –dou ombros.

–Já falei que não quero você sozinha aqui! –o moreno diz e eu reviro os olhos- E se alguém chega e faz alguma coisa com você e com o bebê?

–Não vai acontecer nada! Ninguém sabe que o Flash tem uma namorada grávida! E isso vai continuar assim! –falo levantando da cadeira.

Decidimos manter a criança o mais longe da vida do Flash possível! Não queremos que nenhum vilão a use como refém ou isca... E também não seria nada legal ele ou ela chegar na escolinha contando para todo mundo que seu pai é um super-herói secreto.

–Está tudo bem! –acaricio seu rosto e ele volta a sorrir- Decidiram onde vai ser o Natal amanhã?

–Vamos manter a tradição! Na casa do Joe, e é claro, você e o Cisco estão convidados! –ele faz uma pausa e segura minha mão- Nosso primeiro natal junto! Estou animado!

–Nós também estamos! –digo e ele acaricia minha barriga ainda olhando nos meus olhos.

–Eu sou muito sortudo! –Barry fala e me beija. Como sempre sinto que estou nas nuvens.

Porém a coisinha se mexe dentro de mim, e eu me afasto.

–O bebê concorda! Olha... –pego sua mão e coloco no lugar certo, mas ele para de se mexer- Parou...

–Hey... –o velocista se abaixa um pouco- Você pode se mexer para o papai? Por favor?

–Você está ridículo! –rio com ele.

–Não escuta a mamãe! Mostra pra mim, meu amor... –ele fala com a voz suave e quando para, o nenê chuta. Barry faz a melhor cara de felicidade.

–Puxa saco! –digo e o papai babão ri- Ele gosta de ouvir sua voz!

*no outro dia*

Pov Barry

–Oi!!! –falo abrindo a porta para o casal loiro- Feliz Natal!!!

–Oi! –Felicity sorri e dá um abraço- Feliz natal!! Cadê a Caitlin?

–Está na cozinha com a Iris! –respondo e ela vai ao encontro das duas.

–E aí? –Oliver dá um sorriso e me abraça rapidamente- Feliz natal! Papai em?!

–Pois é.... –seguro uma risada.

–Você é rápido mesmo! –o arqueiro ri- Como você está lidando com isso? –ele entra e senta no sofá.

–Foi uma surpresa no começo... É bem assustador as vezes, mas estamos levando um dia de cada vez! –sento ao seu lado e começo a contar as novidades do bebê.

Pov. Caitlin

Ouço um gritinho histérico familiar e me viro. Felicity vem na minha direção com o maior sorriso e me dá um abraço.

–Feliz natal!!! Eu não acredito que você está grávida, Cait! –ela diz toda animada.

–Feliz natal! E nem eu acredito!

–Cadê a Iris?

–Foi buscar alguns ingredientes na dispensa! –digo e a morena aparece.

–Oi!!! –ela sorri e abraça Felicity também.

–Vou ser titia! Isso não é incrível?! –Iris diz.

–Vamos continuar recheando o peru agora?

As meninas concordam e nós começamos.

[...]

A noite, depois que jantamos os reunimos na sala para tomar gemada, chocolate quente e admirar a arvore enquanto conversamos.

–Okay, vamos aos presentes! –Cisco fala todo animado.

Começamos a troca os presentes, e abraços, quando Barry me puxa para a varanda da casa.

–Eu tenho uma coisa para você! –ele diz e eu sorrio. O velocista tira do bolso uma caixa azul marinho.

Abro e é uma pulseira de outro com três pingentes. Um raio, um floco de neve e um coração. Sorrio mais ainda sentindo meus olhos lagrimejarem. Hormônios de grávida.

–O coração é o bebê, porque ele é nosso amor! –o moreno sorri sem graça.

–Eu amei! –nos abraçamos e ele coloca o acessório em mim- Também tenho uma coisa para você!

–Não preciso de mais nada!

–Tenho certeza que vai gostar! Já volto!

Corro até minha bolsa e pego o presente. Volto para meu namorado e o entrego.

Ele abre e faz uma cara de surpreso.

–Um retrato do nosso bebê!? Que lindo, amor! –diz e eu suspiro frustrada. Barry Allen pode ser muito lento também.

–Não é uma simples foto! Olha aqui! –aponto para uma parte específica e ele continua sem entender- É uma menina!

–Ai meu Deus!!! –ele me dá um abraço apertado- Uma menininha! –nos separamos e o super-herói se ajoelha- Minha princesinha! –ele segura minha barriga e a beija, sorrio com a cena.

–Estou pensando já em um nome... –falo e acaricio seu cabelo- Que tal Nora?

Barry para com a carícias e me olha sério se levantando.

–Tudo bem se você não quiser, eu entendo... –ele me corta com um beijo profundo e cheio de sentimentos.

–Eu amei! Eu te amo! Eu amo vocês duas! –diz e me beija de novo. É a primeira vez que ele diz isso.

–Eu também te amo! –separo o beijo para responder. Quando olho para ele seu rosto está vermelho e com algumas lágrimas- Você está chorando? –pergunto desfazendo meu sorriso.

–São lágrimas de alegria! –meu namorado me abraça novamente.

–Ei, vocês dois? –Joe aparece- Vão ficar aí a noite toda?

–Já vamos entrar! –Barry responde e seu pai adotivo assente e volta para dentro- Posso contar a novidade?

–Claro! –respondo limpando as bochechas molhadas dele.

Abrimos a porta e o futuro papai grita:

–GENTE, É UMA MENINA!

Todos começam a bater palmas e fazer comentários alegres.

*5 meses depois*

Acordo com Nora chutando minha barriga com força.

–Ai, filha! –sussurro de repente sinto uma pontada mais forte- AI! –com a dor me inclino para frente segurando minha barriga. Quando eu olho o lençol está todo molhado- Amor! -sacudo ele que dormia ao meu lado.

–Hm? –ele murmura sem abrir o olho.

–Amor acorda! –insisto e ele nem se meche. A pontada volta mais forte- BARRY! –grito e ele senta assustado.

–O que foi?

–Está na hora!

–Agora? Mas não era para ser daqui a duas semanas?

–AIII! –outra contração- Fala isso pra sua filha!

–Tá, vamos! –ele se levanta e um segundo depois, já estava trocado e com a bolsa da bebê.

Barry me ajuda a levantar da cama e me pega no colo, fecho os olhos e quando abro já estamos em frente ao hospital.

–Alguém pode me ajudar? –ele fala histérico entrando no local. Uma enfermeira traz uma cadeira de rodas e Barry me coloca nela.

–Vai dar tudo certo! Vai dar tudo certo! Vai dar tudo certo! –meu namorado repetia sem parar enquanto a mulher me empurrava até a sala médica.

–Amor, calma! –seguro sua mão e ele me envia um sorriso.

[...]

O parto normal, foi mais rápido do que eu pensei. Minha pequena Nora já está em meus braços.

–Ela é tão linda... –Barry sussurra. Ele está sentado do meu lado na cama de repouso do hospital.

Nós não cansávamos de observa-la. Tão pequenininha e tão delicada. Nora puxou os olhos verdes do pai, e meus cabelos levemente avermelhado.

–Sim... Ela é... –digo sorrindo e olho pra ele- Eu te amo!

–Eu também te amo! –responde e me dá um selinho.

–Oi... –Joe abre a porta do quarto- Posso entrar?

–Claro... –sorrio.

–Vem ver sua neta! –Barry diz.

Ele entra, vem a até mim, e pega Nora.

–Eu não acredito que eu já sou vovô! –ele fala balançando-a nos braços.

Meu amor segura minha mão enquanto vê a cena.

Logo em seguida chega Iris, Cisco e depois Felicity e Oliver. A pequena não está parecendo incomodada com a atenção que está recebendo. Não chorou no colo de ninguém.

Depois de um tempo a hora da visita acabou. E nós três ficamos sozinhos de novo, então aproveito pra amamenta-la.

–Vamos ser uma família muito feliz! –o velocista sorri enquanto observa a filha se alimentando.

–Com certeza! –repondo.

Nove meses atrás eu achei que Nora ia bagunçar toda minha vida, mas pelo contrário ela mal chegou e já está colocando tudo no lugar.