Zatanna: O Conceito de Magia escrita por Larenu


Capítulo 4
A Grande Gotham City


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo ainda faz parte do Ato I, no qual Zatanna enfrenta Allura e conhece seus futuros parceiros da Liga da Justiça Sombria.



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Presente - Allura

Encontro Constantine paralisado em frente a um pântano. Ele está com um dos braços esticados para a frente, como se tentasse agarrar algo... ou alguém. Claro. Zatanna Zatara.

— John Constantine. Nunca pensei que nos veríamos numa situação dessas — digo, fitando-o. Sei que não pode me responder, mas a aflição de ver-me está nos olhos dele.

Continuo andando em volta dele, sorrindo.

— Como vai Zatanna? Pergunto-me o quanto ela sabe sobre mim.

Paro em frente a ele.

— Pouco, é claro. Você não tem coragem suficiente para contar sobre mim. Ex-aluna de Zatara? Você mente mal, John.

Devo estar com um sorriso assustador no rosto, pois ele parece cada vez mais assustador.

— Então, covarde. Quero fazer um acordo com você. Eu te liberto do feitiço de Zatanna e você me ajuda a invocar uma alma penada.

Vejo desespero nos olhos dele.

— Edna! [Ande!] — grito, usando minha magia.

Constantine é afetado por meu feitiço e cai para a frente, olhando-me agradecido.

— Agora, John, vamos para Gotham. Lá, invocaremos um espírito.






Presente - Zatanna Zatara

Estamos em Gotham. Eu, Jason Blood (Etrigan em uma forma humana) e Monstro do Pântano estamos caminhando pelas ruas escuras rumo à maior casa da cidade: a Mansão Wayne. Passamos rapidamente pelo escritório de Blood, onde ele vestiu Monstro do Pântano com um terno para que pareça um guarda-costas. Não pude evitar pensar em Tong ao ver Monstro de terno.

Ainda uso minhas roupas de mágica. Se nos pararem, Jason disse para que eu finja ser uma artista circense. Não sei se dará certo. Talvez dê, pois as pessoas de Gotham não são muito inteligentes. Ainda assim, tenho medo que a mulher da estufa tenha visto nossa viagem pelo "Verde".

Sim, pelo Verde. Etrigan e Monstro me explicaram que nós viemos para Gotham viajando pelo Verde: uma dimensão acessível por criaturas como o Monstro (chamados Elementares) através de vegetais. É meio estranho, mas meio que faz sentido. Afinal, tudo que vi durante a viagem era verde. Ele também disse que seres humanos comuns não suportam viagens pelo Verde, o que significa que meus poderes me protegeram.

A Mansão Wayne já é visível ao longe. Porém, ainda há uma longa caminhada até lá. Acho que Jason quer que pareçamos pessoas comuns, para que mais pessoas assistam o espetáculo que ele espera que Bruce Wayne patrocine. Será um simples show de mágica, que talvez sirva para atrair o espírito que matou meu pai.

Agora já estamos quase saindo da cidade. Já consigo ver os portões da Mansão Wayne, que não está mais tão distante. Não há muitas pessoas por perto, mas alguns já perceberam nosso rumo. Há uma mulher nos fitando. Ela usa um vestido verde que parece ser feito de folhas e está em meio às plantas do jardim da mansão. Estremeço ao ver que ela é ruiva. Pisco, mas, quando abro os olhos, ela não está mais lá.

Ignoro o que acabo de ver e digo para mim mesma que estou vendo coisas. Sigo Jason até o portão, onde uma câmera nos aguarda. Analiso o portão e vejo um "W" no topo, dando uma dica sobre quem é seu dono. Como se todo mundo não soubesse disso, penso.

A câmera nos analisa lentamente, mas o portão se abre assim que ela chega em Jason. Entramos e seguimos pela curta trilha até a entrada da mansão, onde um mordomo calvo nos recebeu.

— Bem-vindos à Mansão Wayne. Sou Alfred Pennyworth e os guiarei ao patrão Bruce.

Observo mais um pouco Alfred enquanto ele nos guia por um corredor cheio de retratos. Ele é um típico mordomo: calvo em cima, cabelos grisalhos abaixo do topo calvo e bigode. Passo a prestar atenção nos retratos e vejo um que representa um casal como uma criança. Leio na placa que diz quem está na foto que são Thomas, Martha e Bruce Wayne.

— Senhores e senhorita, apresento a vocês Bruce Wayne.

Alfred nos mostra uma enorme biblioteca. No centro há uma mesa redonda, onde um jovem lê um livro. Olhando os livros nas estantes, Bruce Wayne.

— Jason? O que faz aqui?

— Quero pedir um favor, Bruce. Esta é Zatanna Zatara. E ela precisa de sua ajuda.

— Antes de qualquer coisa, Jason, quero apresentar a vocês o jovem de quem tanto falei. Tim Drake, diga oi.

O jovem lendo abaixa o livro e acena para nós, em seguida novamente escondendo seu rosto com o livro. Primeiro julgo-o mal-educado, mas então o vejo esfregando as mãos no colo, nervoso. Isso significa que ele é apenas tímido. Enquanto Jason e Monstro contam nossa história para Wayne, sento-me ao lado dele.

— Sou Zatanna, prazer.

— Err... oi. Sou o Tim.

— Vejo que você é muito inteligente. Não é qualquer um que lê o livro de Charles Darwin.

— Ah, isto?

Ele abaixa o livro em suas mãos, surpreso por eu ter lido o título do livro.

— Venha, deixa eu te mostrar uma coisa.

Tim me puxa pelo braço e me leva para uma estante grande no fundo da sala, onde uma placa diz: "Estante do Tim".

— Estes são os meus livros.

Dou uma olhada e noto que os livros pertencem a várias pessoas. Aristóteles, Martinho Lutero, Cláudio Ptolomeu, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Claudio Galeno, Andreas Vesalius... tem até um exemplar da Bíblia impressa em latim por Johannes Gutenberg.

— Você fala latim?

— Eu me esforço para ler.

Sorrio, admirando as leituras do garoto. Nunca imaginei que um jovem como ele leria tudo isso. Bruce Wayne se vira para mim, encerrando sua conversa com Jason Blood.

— Diga-me, Zatanna. O que acha de um espetáculo na Torre Wayne?





20 anos atrás — Giovanni "John" Zatara

Estou brincando com minha pequena Zatanna. Estou deitado com ela em seu berço, fingindo que ela é uma super-heroína voando. A estou segurando para cima e a levando para frente e para trás. De repente, ouço passos vindo na minha direção.

Olho para trás e vejo a mãe de Zatanna, Sindella, parada em frente à porta. Ela está sorrindo, mas parece aflita. Coloco Zatanna de lado e digo:

— Papai já volta, querida!

— Tá bom, iap!

Sorrio ao ouvir meu apelido,"pai" ao contrário. Saio do berço e vou até Sindella, que me pede para falar no corredor.

— Giovanni, olhe o que encontrei.

Todas as minhas lembranças de meu tempo da Liga Sombria voltam à tona quando vejo o objeto na mão de Sindella.

— Onde achou isto, Sindella?


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Notas finais do capítulo

Um site para esta fic também!
conceitodemagia.weebly.com
No site temos a única imagem boa da Allura desta fic que consegui achar, no Legião de Heróis. Acontece que a mãe da Supergirl tem o mesmo nome, entende? Mas esta Allura é outra. No DC Comics Database da Wikia temos um artigo meia-boca sobre ela, mas serve.



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