Eu ainda não conseguia acreditar que pelo menos uma vez na vida o Raphael tinha acreditado em mim. Nós tínhamos entrado em um acordo que iriamos continuar juntos, mais escondido para que ninguém muito menos a Ana poderia saber. E outro acordo seria que iriamos fazer um teste de DNA e também que eu ia continuar fingindo que o pai do nosso filho era o Christian.

Cheguei em casa junto com Raphael, para combinarmos como iriamos conseguir algo de papai para poder fazer o exame de DNA, mais primeiro de tudo resolvemos ligar para um clínica especializada somente em exames. Ligamos e para nossa sorte o exame seria feito na sexta – feira.

O Rapha exultou de alegria. Mais ainda tinha um problema como faríamos para conseguir algo de papai para fazer o exame de DNA, tinha um fio de cabelo ou... Isso! Um fio de cabelo. Eu poderia ir até lá e com a ajuda da Verinha pegar a escova de cabelo dele e levar para o exame na sexta.

Tudo resolvido, combinamos que eu iria até a casa de papai para poder jantar com eles essa noite, e com isso eu poderia pegar a escova de cabelo dele. Nós despedimos e ele voltou para casa.

Então fui tomar um banho. Mais um banho bem demorado para relaxar um pouco, o dia tinha sido cansativo e tenso demais. Fiquei lá por um bom tempo, deixando com que a água morda caísse sobre meu corpo. Um tempo depois sai de lá e fui para meu quarto.

Abri meu armário a procuro de uma roupa confortável estava me sentindo bem inchada. Com muito custo achei um vestido longo bem confortável. Passei uma maquiagem leve e arrumei meus cabelos. Pronta peguei minha bolsa e sai de casa para a garagem.

Entrei em meu carro e dei partida. E ainda bem que o transito não estava caótico porque si não eu com certeza iria surtar. Em poucos minutos estacionei meu carro em frente á casa de papai. Soltei do carro e fui até a porta principal. Toquei a campainha.

A porta se abri e vi Verinha, que ao me ver ficou toda feliz e sorridente. Me abraçou forte e disse que estava muito feliz em me ver e também por eu ter ido vê – lós. Depois de abraça – lá, entrei na casa onde eu tinha nascido, crescido e passado praticamente toda minha vida. Eu amava aquela casa e senti muito a falta dela, se não fosse pelo que estava acontecendo eu com certeza não teria ido embora dali nunca.

Bom mais deixemos isso para lá. Fiquei olhando em volta enquanto Verinha falava sem parar, tudo estava como sempre esteve, nada tinha mudado, ou talvez tivesse. Verinha dizia que eu fazia muita falta para todos que papai falava e perguntava por mim todos os dias. E que ficava sempre muito triste quando me ligava ou me procurava e nem me importava com ele, aquilo me deixou mal.

– Filha que bom que veio! Fico muito feliz te ver! – Diz papai entrando na sala principal.

– Oi papai! Também fico muito feliz em vê – ló. – Digo o abraçando.

Eu sentia muita falta de papai, dos carinhos dele. Ele sempre foi o melhor para que eu poderia ter, nunca me deixou faltar nada, e nem que eu sentisse falta da minha mãe. Que mal tinha conhecido.

Um tempo depois que papai chegou Eva e Raphael também chegaram. Ela lindíssima e muito elegante como sempre, me cumprimentou com dois beijinhos na face e disse que também sentia minha falta. Sorri para ela, que para mim não tinha feito falta alguma, daquela casa as únicas pessoas que eu sentia falta era de papai, do Rapha e da Verinha, mais dela eu não sentia nem um cadinho pois algo dentro de mim dizia que ela era a culpada de tudo que estava acontecendo em mim, tanto ela com a Ana tinham culpa no cartório e eu ia provar isso.

Papai nos convidou para irmos até a sala de estar para bebermos e conversamos um pouco. Eu por minha vez disse que já iria que antes queria falar com Verinha, e os três seguiram para sala de estar enquanto eu fui até a cozinha. Chamei Verinha em um canto e disse que tinha planejado para ela, que concordou de imediato.

Ela se afastou de mim e enquanto eu vigiava foi até o quarto do meu pai para pagar a escova de cabelo dele. Peguei minha bolsa e já deixei ela aberta para que quando a Verinha chegasse fosse mais fácil de escode – lá. E em pouco tempo ela voltou com a escova de cabelo de papai e eu a peguei apressadamente e coloquei em mim bolsa. Agradeci Verinha e fui para sala de estar.

– Está tudo bem querida? – Diz papai quando me vê.

– Sim papai! – Digo e me sento de frente para Raphael.

Papai começa a falar o quanto estava feliz e orgulho pelos filhos dele fazerem faculdade de medicina, que era uma ótima profissão. Muito honrada e concorrida. Tanto eu quanto o Rapha sorrimos para ele e trocamos um olhar disfarçado. Até então tudo estava indo muito bem. Estava conseguindo me controlar perto de todos, principalmente perto de Eva que era á quem eu mais queria enganar.

Ficamos conversando por bastante e o único assunto que tinha rolado em toda aquela conversar era sobre nossa faculdade de medicina. Em um momento papai sugeriu que nos abríssemos um clínica, e com isso o Rapha quase teve um colapso de riso. Mais conseguiu se controlar e colocou uma das mãos na frente da boca. Só meu paia mesmo abri uma clínica.

– Senhor o jantar foi servido! – Diz Verinha entrando na sala de estar.

– Obrigado Verinha! Filha irá nos fazer companhia no jantar? – Pergunta papai.

– Claro! – Digo.

Saímos da sala de estar e fomos para sala de jantar. Entrei na sala de jantar e minha visão falhou, ficou tudo escura e quando dei por mim eu já estava no chão e todos começaram a se desesperar e a gritar. Minha cabeça rodava e meu corpo estava mole. Sinto que o Rapha me pega no colo e me leva para meu quarto, ou melhor meu antigo quarto que no caso já não era mais meu.

Ele me deitou em minha cama e falação começou me deixando quase louca, não aguentava mais tanta falação e agitação e talvez o que pode ter sido melhor eu acabei desmaiando. Pela agitação e também porque eu realmente não estava me sentindo bem.