Uma noite no museu 4: Saindo das sombras escrita por Lua Chan


Capítulo 1
Capítulo 1: Só queria ver a luz...


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem e lembrem-se: comentários são bem-vindos :)



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Noite. Isso era tudo o que as exposições do Museu de História Natural poderiam ver. Afinal, a placa de Ahkmenrah os dava essa grande oportunidade. A oportunidade de caminhar, de respirar. De sentir-se vivo, novamente (ou pela primeira vez).

Elas viviam bem. Tinham que aceitar o fato de que não poderiam se expor à luz do sol ou, pelo contrário, virariam pó. Poucos já tentaram fazer isso, porém, acabavam em cinzas, o que trazia uma decepção a Larry Daley.

Larry. O vigia noturno do museu. Ele sempre falara às exposições as consequências dos seus atos. Sempre pensou que eles iriam obedecer, mas às vezes acabavam fazendo o oposto.

Muitas vezes o vigia encontrava Ahk, como apelidava o dono da placa, observando o lado de fora do museu. Era possível ouvir murmúrios e suspiros tristes, originados da boca do jovem. Ninguém o entendia, já que falava na sua língua nativa. Infelizmente, nada poderia ser feito. Não podiam ver o sol. Só podiam ficar dentro do enorme museu. Não teriam nunca mais a liberdade.

-Oi, Ahk. Como você está? -Larry perguntara para o faraó.

-Vivendo minha vida noturna.

-Será que você pode ser mais específico?

-Desculpe, Guardião do Brooklyn. Não quero afetar a sua felicidade. Não é necessário que se preocupe comigo. Estou bem, acredito... -O jovem rei o respondeu.

Ahkmenrah, o quarto rei do quarto reino. Larry gostava como o título soava. Ele realmente foi alguém importante. Talvez, depois de sua morte, o rei ficara mais pensativo e triste...

-Hey, Lasanha! O que ocê tá fazendo? -Perguntou Jed, uma das miniaturas do museu, que estava junto ao seu "grande" amigo, Octavius.

-Nada, Jed. Vocês estão perdidos? Querem ajuda para voltar aos seus lugares?

-Certamente, não, caro Larry. -Octavius falou, como se tivesse uma autoridade sobre o homem. -Estávamos indo em direção ao salão principal, porém ouvimos barulhos, e resolvemos chamar o senhor.

-Tudo bem. Ahk, espero que não se incomode. Preciso saber o que está acontecendo.

-Fique à vontade, Guardião. Vou ficar bem.

-Tem certeza?

-Sim. -Larry, se virou, saindo da vista do rei. Pena que não havia escutado a última frase de Ahkmenrah: -Só queria ver luz novamente. -E então, dormiu abraçado à sua preciosa placa.

(...)

-Certo, pessoal. Já estamos no salão, mas de onde veio o barulho?

-Daquela direção, meu bom senhor! -Falou Octavius para Larry. O segurança deu pequenos passos. Ele ouviu mesmo o estranho barulho e continuou a andar, quando então descobriu que se tratava da bela Shepseheret, ou Seh, como chamava a mãe de Ahkmenrah.

-Oi, Seh. Me desculpe, não sabíamos que estava aqui.

-Não me incomodo, Guardião. -Falou para o guarda. -Acabei de sair de meu sarcófago e estou procurando meu filho.

-Ahkmenrah está com o Teddy, eu acho.

-Obrigada. -E então foi embora. Será que essa era uma das suas habilidades? Saber espantar facilmente os egípcios? "Não fale besteiras, Larry!" Ele pensou.

(...)

-Mamãe? O que faz aqui? -Perguntou o jovem faraó à Seh.

-Soube que estava aqui. Também queria lhe informar sobre a sua placa, Ahkmen. -Avisara.

-O quê?

-Essa placa, possui várias finalidades. Ressuscitar os mortos ao anoitecer ou até mesmo um exército... Não sabemos se são todas as funções. Não perca a esperança, meu querido. Nunca. -Antes de sair, Seh implantara um beijo na testa do adolescente.

Será que isso é verdade? Ahk ainda poderia ver o sol?

-Filho, gostaria de lembrar que só temos 30 minutos, até o sol chegar. Sugiro que volte ao seu sarcófago. -Teddy informara.

-Já estou indo. Obrigado, Teddy. -Quando ficou só, Ahkmenrah percebeu algo diferente. Sua placa estava brilhando, o que acontece somente ao anoitecer, porém não prestou muita atenção. -Não me incomodem!-Ordenou, aos seus enormes chacais, antes de entrar na sua tumba. -Adeus, noite. Adeus, vida.


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