I Don't Even Know Your Name escrita por Ice Queen
Notas iniciais do capítulo
Boa Leitura e espero que gostem.
Jack andava calmamente entre as pessoas da calçada movimentada. Os fones de ouvido o impediam de ouvir o barulho ao seu redor e o mantinha distraído com os próprios pensamentos. Tão distraído que não percebeu a garota vindo em sua direção e que bateu fortemente contra o rapaz, derrubando os livros e o café que levava.
– Ta tudo bem? – perguntou, ajudando-a a ajuntar os livros que se espalharam pelo chão.
– Sim. Eu... – ela levantou o rosto e, assim como ele, perdeu a fala. Ela era a garota mais linda que já vira. Os olhos eram azul safira, os cabelos tinham uma tonalidade incrível de loiro, os lábios eram vermelhos e contrastavam perfeitamente com a pele clara. Achou extremamente encantador a forma como ela corou, baixando o olhar em seguida. – Ai meu Deus, sua blusa.
– Ah, não se preocupe. – seguiu o olhar dela, vendo uma mancha gigante de café na blusa branca e sorrindo para tranqüilizá-la. Quando olhou para baixo viu também que ainda segurava um dos livros dela, prestando atenção no titulo antes de entregá-lo. – Gosta desse livro?
– Adoro. É um dos meus favoritos. – ela olhou a capa, antes de colocá-lo no topo da pequena pilha em seu braço. – Já leu?
– Já. A escrita é incrível. – ela assentiu animada, arrumando uma mecha do cabelo atrás da orelha e prendendo o olhar no dele. Definitivamente, aqueles eram os olhos mais lindos que já vira. – É... Você parecia com pressa. Tem algum lugar para ir?
– Ai meu Deus, eu esqueci. – a garota deu alguns passos apressados, logo parando e voltando-se para ele novamente. – Desculpa de novo. Tchau.
Jack assentiu, levantando a mão em um breve aceno. Viu ela sorrir uma ultima vez, antes de voltar a andar e sumir na multidão. Quando não podia mais vê-la foi que se deu conta de que conhecera a garota mais linda do mundo, não perguntara o nome dela e provavelmente nunca mais a veria. Bufou e praguejou baixo, voltando a andar em direção a casa que dividia com o primo. Ao chegar nesta, abriu a porta e se jogou na poltrona da sala.
– Parabéns Frost. Vai achá-la como se não sabe nem o nome? – repreendeu a si mesmo, inconformado. Havia passado o caminho todo pensando nela e estranhou-se por isso. Nunca foi de dar muita atenção às garotas com que ficava e, agora, ali estava ele, pensando em uma que mal conhecia.
– Falando sozinho? – ouviu a voz de Kristoff e logo o loiro sentou no sofá ao seu lado.
– Conheci uma garota incrível hoje. – disse e o primo revirou os olhos. - É serio.
– E qual o nome dela?
– Não sei. – Kristoff riu, fazendo-o bufar. – Eu esbarrei com ela na rua, não deu tempo de perguntar.
– E já sabe que ela é incrível? Você nem a conhece. – o outro cruzou os braços, recostando-se no sofá.
– Eu sei, mas ela parecia tão... Incrível. E muito, muito linda. – sorriu lembrando-se do sorriso dela. Aquilo iria ficar grudado em sua mente por dias. – Acha que é loucura?
– Eu diria que é amor a primeira vista. – riu, vendo o primo fazer uma encenação romântica.
– Você tem passado muito tempo com a Anna. – provocou e viu os olhos dele brilharem.
– Tenho mesmo. – revirou os olhos vendo-o sorrir apaixonado. - Falando nela, você sabe que tem que ir comigo na festa semana que vem, né?
– Por que? – fez um muxoxo e uma careta.
– Por que a Anna quer que a irmã dela te conheça. – abriu a boca para argumentar, mas o outro o interrompeu. – Não me pergunte o porquê, ela só me disse que acha que a irmã precisa de alguém. Sabe que às vezes a Anna dá uma de cupido.
– E como é o nome dela, pelo menos?
– Elena, Elisa... Ah não sei, eu sempre erro mesmo.
– E como ela é?
– Não sei. – arqueou a sobrancelha. – O que? Faz tempo que eu não a vejo. Anna disse que ela não mora aqui e que quase nunca vem pra cá.
– Se ela for uma baranga eu mato você.
. . .
– Anna! Cheguei!- Elsa entrou na casa um pouco atrapalhada com os livros. Assim que ouviu os gritos a irmã apareceu na escada.
– Por que demorou tanto? – a ruiva perguntou, caminhando até cozinha. Elsa soltou os livros sobre o sofá, antes de segui-la. – O que é isso na sua blusa?
– Isso o que? - perguntou, olhando para baixo e só então percebeu que o café havia respingado nela também. Sorriu, lembrando-se do garoto que conhecera. Nunca esqueceria o sorriso dele. – Ah, eu esbarrei numa pessoa.
– Hum. – observou a irmã preparar duas xícaras de chocolate quente e colocar uma em sua frente. Segurou-a, mordendo o lábio.
– Anna? – chamou e a ruiva a olhou. – Sabe... Eu conheci um cara...
– Serio? – assustou-se com o grito da ruiva. – Como é o nome dele? Ele é bonito?
– Calma, eu não sei o nome dele. – disse e a irmã cruzou os braços. – Foi nele que eu esbarrei, não deu tempo de perguntar.
– E ele era bonito? - sorriu, lembrando-se dele.
– Muito. Os olhos dele eram azuis escuros, o cabelo era tão loiro que parecia branco. Era tão... Lindo. – suspirou, ouvindo a irmã rir. – O que?
– Nada, é que você parece tão apaixonada. - revirou os olhos para a provocação.
– Do que adianta? Eu nunca mais vou vê-lo. – lamentou, desanimando-se e mexendo na bebida a sua frente com uma colher.
– Não fica assim. Lembre-se da festa que nós vamos semana que vem. – Anna disse animada e a loira suspirou, apoiando o queixo na mão. – Você vai sim, nem adianta fazer essa cara.
– Por que faz tanta questão que eu vá? – estreitou os olhos para a ruiva, que mordeu o lábio e se balançou. – Me conta!
– Ta bom. Eu pedi pro Kriss levar um primo dele pra conhecer você.
– O que? Anna! – arregalou os olhos. – Já disse que não preciso de ninguém. Estou bem sozinha.
– Ah Elsa, dá uma chance. Por favor. – suspirou vendo-a juntar as mãos e fazer um bico.
– Tudo bem – cedeu, vendo-a comemorar e abraçá-la com força.
. . .
Passara uma semana e não teve um dia que Jack não pensara na garota que conhecera na rua. Os olhos dela estavam marcados em sua mente e não conseguia acreditar que não pedira o nome dela. Bufou, arrumando o terno em frente ao espelho. Kristoff enfim conseguira convencê-lo a ir a tal festa, mas não o contara que seria um evento de gala. O mataria nesse momento, se pudesse.
– Finalmente. – bufou para o primo que o esperava na escada. – Melhora essa cara. Não vai ajudar muito se a garota te ver assim.
– Fica quieto antes que eu estrague tua cara. – ameaçou e o outro riu, sabendo que era brincadeira. Foram em completo silencio até o salão de festas e Jack mantinha os braços cruzados e uma expressão nada feliz no rosto.
– Vai lá dentro e tenta achar a Anna enquanto eu estaciono o carro. – Kristoff pediu, logo partindo com o carro. Sem escolha, Jack entrou no salão, varrendo o lugar com os olhos em busca da ruiva. Encontrou-a conversando com uma garota que tinha uma tonalidade de loiro que lhe parecia familiar. Andou até ela, mas antes que pudesse dizer alguma coisa uma voz o interrompeu.
– Você? – Jack olhou para o lado, não acreditando na garota que via.
– Você. – sussurrou, sorrindo para a loira que sorriu em troca, corando um pouco. – Sem café hoje?
– Sem café. – ambos riram e ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. Olhou-a de cima a baixo, encantando-se em como ela estava bonita. Os cabelos estavam soltos, puxados para um só lado, usava uma maquiagem clara, mas os lábios pintados de um vermelho incrível. O vestido era azul escuro, colado no corpo até a metade das pernas, onde se abria um pouco. Não pode deixar de admitir que ela estava maravilhosa.
– Vocês se conhecem? – Anna interrompeu o silencio que pairava entre os dois, que mantinham o olhar preso um no outro.
– Foi nele que eu esbarrei aquele dia. – Elsa explicou, rezando para a irmã não contar o que haviam conversado.
– Ah... – Anna sorriu maliciosa. – Eu vou deixar vocês... A sós.
A ruiva se afastou rapidamente, antes que a irmã a impedisse. Viu Kristoff entrar no salão e andou animada até ele.
– Kriss, olha! – sorriu animada e apontou para o casal que pareciam conversar animados. – Elsa encontrou um cara.
– Anna... – olhou em expectativa para o namorado, que fitava o rapaz com a boca aberta. – Ele é o meu primo.
– Ta brincando? – o loiro negou e ela olhou novamente para o casal, sorrindo ainda mais animada.
– Qual era a probabilidade da gente de encontrar de novo? – Jack perguntou, deliciando-se com a risada doce da garota.
– Nenhuma. Talvez seja obra do destino. – sorriu de lado, vendo-a morder o lábio. Uma musica começou e ele riu, vendo-a fechar os olhos e cantarolar baixinho.
– Gosta dessa musica? – perguntou e ela assentiu, abrindo os olhos e encarando a mão que ele lhe estendera. – Quer dançar?
Ela assentiu, pegando em sua mão. Levou-a até o centro do salão, segurando sua cintura enquanto ela colocava a mão delicadamente em seu ombro. Cada movimento dela o deixava encantado, eram delicados e calmos e ela sempre sorria quando a rodava no lugar. Parecia loucura estar tão maravilhado com uma completa estranha, mas não conseguia parar de encarar aqueles olhos, aquele rosto, aquela boca... . A musica parou e ela deu um passo para trás, afastando-se dele. Porem Jack não deixou que ela soltasse a mão da sua.
– Vem comigo. – puxou-a delicadamente para fora da multidão e depois para o lado de fora do salão. Andavam calmamente pelo jardim, o loiro deliciando-se com a forma que ela sorria, olhando para os lados. Sob a luz da lua, ela conseguia ficar ainda mais linda e perguntava-se se seu coração iria explodir de amor. – Então, voce é o que da Anna?
– Irmã. Voce a conhece? – parou e ela também o fez, encarando-o confusa.
– Conheço... Você é mesmo irmã dela? – ela assentiu ainda confusa e Jack riu com a ironia do destino. – Sou o primo do Kistoff.
– Não brinca? – ela também riu, fazendo-o sorrir. Como era possível ela ter esse efeito sobre ele. – Talvez o destino queira mesmo nos juntar.
– Talvez. – Jack deu um passo a frente, abraçando-a na cintura calmamente. Temia que ela se afastasse achando que fosse imprudência, mas ela apenas sorriu pousando as mãos em seu ombro.
– Vai me beijar? – Elsa perguntou, estranhando a si mesma ao parecer tão atirada. Mas seu coração estava batendo rápido e forte desde que o vira. Havia passado a semana toda pensando nele e quase teve um ataque ao vê-lo ali, ao dançar com ele. E, agora, quando ele estava prestes a beijá-la, sentia borboletas em seu estômago. Ele riu, baixando e balançando a cabeça, voltando a encará-la com tamanha intensidade que a fez corar.
– Antes, quero saber o seu nome. – ele perguntou, puxando sua cintura.
– Elsa, Elsa Arendelle. – respondeu e ele sorriu, repetindo seu nome como se o divertisse. Como se esperasse para descobrir isso por dias, e literalmente esperava. – E o seu?
– Jack Frost. – sorriu, achando o nome lindo, assim como o dono.
– É um prazer conhecê-lo Jack Frost. – riu e ele assentiu, solenemente. Logo, voltou a encará-la, com os lábios tão próximos que era preciso apenas esticar o pescoço para que pudesse finalmente tocá-los. Seu coração deu um salto ao deslizar as mãos pelo pescoço dele, embrenhando os dedos nos fios platinados e dizendo baixinho: - Pode me beijar agora?
Ele assente, inclinando a cabeça e tomando seus lábios em um beijo calmo. Sentia as mãos acariciarem suas costas enquanto parecia que milhares de borboletas batiam as asas em seu estomago. Nunca foi de entregar-se a uma paixão louca como esta, mas ele tinha algo que a atraía de um jeito que era impossível não ceder. Jack enrolou os dedos nos cabelos da moça, sentindo-os macios como imaginara. Cada pedaço de seu corpo pedia de forma avassaladora por ela e teve de aprofundar o beijo, conhecendo cada pedaço da boca dela. Aquilo era uma completa loucura, os dois mal se conheciam, mas sentiam algo tão forte que não podiam reprimir. Afastou-se lentamente, os dois com a respiração ofegante.
– Isso é uma loucura. – ela sussurrou, fazendo-o sorrir com a testa colada na dela.
– Eu sei. – disse, abrindo os olhos e fitando os dela.
– Não seria melhor voltarmos? – levantou a cabeça, olhando em direção ao salão de festa. A musica era animada e a festa parecia que iria durar muito. Os dois tinham muito tempo.
– Acho que não. – voltou a olhá-la. – Quero conhecer mais de você, Elsa Arendelle.
Pegou na cintura dela e levantou-a, em um abraço apertado. Ela riu contra seu ouvido, abraçando seu pescoço. Colocou-a de volta no chão, somente para encará-la e, novamente, beijá-la. Nenhum dos dois se importava com o fato de não se conhecerem direito, ou de que Anna e Kristoff podiam estar os procurando. O que importava era que precisavam, desesperadamente, um do outro. Como se a vida toda, esperassem para se encontrar.
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